MST realiza ocupações por retomada da reforma agrária

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Foto: Ocupação em Agudos-SP / MST
 
Jornal GGN – Na data que marca os 21 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realiza diversas ocupações de terras e também de órgãos públicos ligados à reforma agrária, como o Incra.
 
No Estado de São Paulo, militantes do movimento ocuparam as terras griladas pela empresa Cutrale, na cidade de Agudos. O MST pede que a área seja destinada para assentar mais de 3 mil famílias que continuam acampadas em São Paulo.

 
De acordo com os Sem Terra, mais de 120 mil famílias esperam para serem assentadas. “A política de Reforma Agrária, que já vinha sofrendo com os ajustes do período anterior, teve um sufocamento definitivo após o golpe”, diz Marina dos Santos, da Direção Nacional do MST.
 
Também ocorrem mobilizações em Santa Catarina, Pará, Pernambuco, Piauí, São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Bahia, Paraná e Distrito Federal. Os atos criticam o texto da Medida Provisória 759, editada pelo presidente Michel Temer e que altera o regime fundiário e a reforma agrária. 
 
“É urgente a retomada imediata das vistorias de terras com fins de aquisição para criação de assentamentos”, diz Marina, que também fala sobre a retomada de terras públicas que foram indevidamente apropriadas e deveriam ser destinadas à Reforma Agrária, cobrando também a adjudicação das terras que estão em processo de execução por dívidas.
 
Em 1996, 21 trabalhadores foram assassinados pela Polícia Militar quando se dirigiam numa marcha em Belém (PA).Depois, o 17 de abril seria declarado como Dia Nacional de Lutas por Reforma Agrária.
 
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Redação

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