Muçulmanos estão entre as principais vítimas de intolerância religiosa no Rio

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Enviado por Alfeu

O representante da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio, Fernando Celino, a aeromoça Ana Cláudia Mascarenhas e a atendente de telemarketing Ana Carolina Jimenez oram na Mesquita da Luz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Representante da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio, Fernando Celino ora ao lado de mulheres muçulmanas na Mesquita da Luz

Da Agência Brasil

Por Flávia Villela

Insultos, cusparadas, pedradas e ameaças de morte são algumas das denúncias de agressões contra muçulmanos no Rio de Janeiro nos últimos meses.

Depois dos adeptos das religiões de matriz africana, os seguidores do islã são os que mais sofrem com a intolerância religiosa no estado, segundo o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social.  Desde janeiro, pelo menos uma denúncia é recebida mensalmente. A estimativa é que haja 2 mil muçulmanos vivendo no Rio.

Os números destoam dos demais estados do Brasil. Apenas cinco denúncias de Islamofobia foram feitas ao Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. As mulheres, mais facilmente identificadas nas ruas pelo uso do véu, são as principais vítimas de violência.

A aeromoça Ana Cláudia Mascarenhas, 43 anos, levou um soco de um homem após ser xingada de terrorista em pleno centro da cidade.

Muçulmanos estão entre as principais vítimas de intolerância religiosa no Rio. A aeromoça Ana Cláudia Mascarenhas relata casos de agressão em entrevista na Mesquita da Luz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Muçulmanos estão entre as principais vítimas de intolerância religiosa no Rio. A aeromoça Ana Cláudia Mascarenhas relata casos de agressão em entrevista na Mesquita da Luz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

“Fui fazer exame médico e notei que uma pessoa me seguia. Ele parou atrás de mim, começou a me xingar e a dizer que odiava terroristas. Fiquei quieta, pois não sou terrorista. Quando o sinal abriu, ele me puxou pelo braço, repetiu que odiava  terrorista e me deu um soco no rosto. Saí correndo como louca, sem olhar para trás. Se às 7h, com toda aquela gente na rua, ele fez isso, não gosto de imaginar o que faria se eu reagisse ou respondesse”, afirmou Ana Cláudia.

Um dos casos denunciados ao Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos foi um trote universitário com uma estudante muçulmana. Colocaram fogo no hijab [véu] da menina, que acabou tendo o couro cabeludo queimado.

A coordenadora do centro, Lorrama Machado, lamentou que, durante um curso de formação para peritos criminais da Polícia Civil sobre o tema, um agente tivesse comentado que pessoas como a menina mereciam morrer.

“A equipe ficou em choque. Por sorte, outros colegas do perito o contestaram e vimos que era uma posição isolada. Mas esse policial, agora formado, pode um dia ser responsável por analisar um crime contra um muçulmano”, disse Lorrama. “Que tipo de laudo ele dará com essa opinião sobre muçulmanos? Por isso é importante informar e conscientizar”, acrescentou.

A Lei 7.716, de 1989, protege fiéis de todas as crenças, prevendo cadeia para quem cometer crimes de intolerância religiosa. De acordo com o assessor de Comunicação da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro (SBMRJ), Fernando Celino, muitos policiais não são treinados para identificar crimes de intolerância religiosa.

Segundo Celino, uma muçulmana que frequentava a mesquita já fez dois boletins de ocorrência contra o vizinho que a ameaçou de morte mais de uma vez, mas os policiais tratam o caso como briga de vizinho. “Por isso, o assédio continua. Há muitas delegacias que tipificam um caso desse de forma errada, como calúnia, injúria ou qualquer outra coisa, sem dar a real importância, tratando como um crime menor.”

Fernando Celino informou que outro caso de intolerância ocorreu no início do ano, quando um motorista de ônibus expulsou a passageira, dizendo que não transportava mulher-bomba. Também neste ano, uma professora de inglês teve o emprego ameaçado por pais de alunos que pediram ao dono do curso para que a demitisse, pois não queriam “mulher de Bin Laden” dando aulas para os filhos.

“Outra muçulmana foi tema de reunião de condomínio. Os moradores queriam a saída dela e de sua família do prédio por medo de que escondessem bombas. Somos um estado muito acolhedor quando o assunto é samba e turismo, mas não aceitamos o novo”, criticou Lorrama. O fato mais recente foi de apedrejamento, seguido de cusparadas a uma moça em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

Muçulmanos estão entre as principais vítimas de intolerância religiosa no Rio. A atendente de telemarketing Ana Carolina Jimenez relata casos de agressão em entrevista na Mesquita da Luz (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Muçulmanos estão entre as principais vítimas de intolerância religiosa no Rio. A atendente de telemarketing Ana Carolina Jimenez relata casos de agressão em entrevista na Mesquita da Luz (Fernando Frazão/Agência Brasil)Fernando Frazão/Agência Brasil

A atendente de telemarketing, Ana Carolinha Jimenez, 22 anos, também passou pela humilhação de ser atingida por uma cusparada. “Estava no ponto de ônibus. Alguns jovens no ônibus começaram a falar bobagem e a me xingar. Quando o ônibus partiu, eles cuspiram. Senti uns respingos, limpei e continuei olhando para frente.”

Se as agressões físicas não são rotina, o desrespeito é diário. “Ouço risadas pelo menos uma vez por dia. As pessoas apontam, se cutucam. A maioria acha que nem somos brasileiras. A primeira coisa que falam é: ‘volta para seu país’”, disse Ana Cláudia.

De acordo com a coordenadora do centro, mais de 90% das vítimas são brasileiras natas, que se converteram ao islamismo na idade adulta.

Mercado de trabalho

O preconceito também é um obstáculo para as mulheres no mercado de trabalho. Ana Carolina passou por cinco entrevistas e em todas a retirada do véu durante o trabalho era pré-condição para a contratação. “Fiz vários cursos de especialização em secretariado executivo e sou fluente em inglês. As pessoas gostam do meu currículo, mas querem que eu tire o véu, mesmo eu afirmando que ele não atrapalha meu desempenho. Para mim, é como seu tivesse de trabalhar de sutiã. O véu não é um acessório para a cabeça.”

Após mais de 100 currículos distribuídos e um anos depois, ela conseguiu emprego como assistente de telemarketing. “Para mim, é frustrante, mas sou grata a essa oportunidade, pois estava precisando.”

Ana Cláudia trabalha sem o véu a contragosto. Como está na empresa há muitos anos e essa é a principal renda da família, não tem como abdicar do emprego. “A vestimenta faz parte da religião. Até tentei levar isso adiante, mas sou a única muçulmana na empresa. Saio do avião e coloco o véu. Para mim é muito difícil.”

Dossiê

As denúncias se intensificaram em 2015, de tal modo que, em julho, o centro encaminou aos ministérios Públicos federal e estadual um dossiê elaborado pela SBMRJ sobre casos de islamofobia pela internet. O documento também foi entregue à Polícia Civil e Delegacia de Crimes de Internet e à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. A Polícia Civil e o Ministério Público já começaram a investigar o caso.

No documento, são denunciados páginas e vídeos na internet que atacam a religião islâmica com inverdades sobre Maomé, principal profeta do Islã. Há fotos de muçulmanos brasileiros, acusados de terroristas. Ainda segundo o dossiê, a maioria das páginas afirma que o terrorismo é algo intrínseco ao islã.

Conforme o dossiê, em uma das páginas, a circuncisão é descrita como mutilação imposta pelo iIslã às mulheres, “quando, na verdade, é recomendada pela religião aos homens”. Em outra página, há uma referência inexistente no Alcorão de que o islã permite o estupro. Segundo a SBMRJ, esse tipo de iniciativa contribui para que mulheres muçulmanas sejam agredidas.

Coordenador de Diversidade Religiosa do governo federal, Alexandre Brasil Fonseca informou que o Ministério da Justiça, em pareceria com outros ministérios e órgãos do governo, já se mobilizou para apurar as denúncias.

“O caso está sendo investigado por um grupo de trabalho de combate a crimes de internet. Como Estado, é importante garantir essa atividade religiosa, assim como combater as ações de preconceito e discriminação, que, infelizmente, temos notificado.” Fonseca destacou que cerca de 35 mil pessoas se declararam seguidores do islamismo no Censo de 2010.

O governo do Rio lançará uma campanha até o fim do ano para combater atos de intolerância e violência contra muçulmanos. A campanha é fruto de uma articulação entre as secretarias de Direitos Humanos e Assistência Social e das Mulheres e do Trabalho.  

“Prezamos muito a paz, a confraternização e o bom relacionamento com as pessoas, o contrário do que dizem do islã. Respeitamos todos, mas não somos respeitados”, disse a jovem Ana Carolina.

“Temos uma ótima relação com todas as religiões. E temos um interesse em comum, que é o direito constitucional à liberdade de crença. Não pedimos nada além disso”, concluiu Fernando Celino.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

17 Comentários

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  1. Distinção

    Talvez seja o caso de separar casos de intolerância consciente de casos de loucura pura e simples, como o citado acima onde um louco seguiu uma mulher de véu chamando-a de terrorista e a agrediu do nada. Loucos possessos manifestam em todo lugar: nas ruas, nos cemitérios, nos shoppings, nos cinemas, nas escolas, nos templos, nos terreiros, etc.

  2. A intolerância chegou mesmo

    A intolerância chegou mesmo para ficar aqui no nosso país, historicamente identificado exatamente pelo seu oposto. 

    Procuro racionalizar qual a “moral”, ou para ser mais condescendente, em que e por que certas pessoas julgam que suas religiões são melhores que as outras. Isso sem descurar do aspecto legal da questão no tocante a Constituição garantir a liberdade de culto. 

    Os cristãos que hoje apontam o dedo para islamitas e, desonestamente, os identificam com terrorismo, esquecem que ao longo da História nenhuma Religião adotou práticas tão  violentas como o Cristianismo. E isso de forma generalizada e institucionalizada. Trata-se, portanto, de cinismo. 

    1. sou obrigado a concordar

      A situação está cada vez mais dificil e vai piorar. Será que a burrice é contagiosa!!! Para mim é o resultado que obtemos quando a população despreza o estudo e o conhecimento. Somente odinheiro vale.

    2. JB não faça isso…rsComo

      JB não faça isso…rs

      Como adulto voce já deve saber que não como fazer analogia decente misturando os conceitos.

      O mundo mudou amigo, hoje ninguem fuma em local publico, há 30 anos fumavam em todos os lugares.

      Não tente defender uma religião extremista em nome da democracia pois isto é patético sem querer ofende-lo.

      Essa gente se conseguissem impor sua visão de mundo fariam voce ter saudades do Malafaia.

      São devido a estrutura de sua religião naturalmente totalitarios e contra tudo aquilo que a esquerda EM TESE diz defender.

      Voce pode muito bem condenar agressões , ameaças ( isso eu tambem faço ) mas SER CONTRA ISSO e dDIFERENTE de defender uma fé ( enquanto mantar a Sharia na forma atual ) que é sim uma AMEAÇA a todos aqueles que tenham uma vida que eles julguem condenavel.

      E por favor não tente citar a igreja evangélica atual ou mesmo a católica ( devido seu passado realmente totalitario ) isso seria má fé ou ignorancia e acho que vc não é burro e quero crêr tambem não é desonesto…

      1. Ah, sem falácia leonidas, sem

        Ah, sem falácia leonidas, sem falácias. Não queira me dar lições de história nem me impute avaliações que não fiz. 

        O Islamismo realmente alberga hoje um nicho de intolerantes, radicais, criminosos, psicopatas e alucinados. Isso é fato. Mas isso não implica em condená-lo no todo;  torná-lo menor que o Cristianismo. Não cabe aí generalização. 

        O post trata de pessoas comuns, fiéis do Islamismo que tem TODO o direito de serem deixados em paz, tal como cristãos, budistas, umbandistas, kardecistas e tudo o mais. Isso é CONSTITUCIONAL, entende? 

        Não devia, mas vou te informar: quando cristão queimavam hereges, bruxas, acobertavam a aristocracia, inventavam as cruzadas para matar infiéis na terra “santa”, os muçulmanos conviviam harmonicamente nas áreas ocupadas, a exemplo da Península Ibérica e o norte da África. Enquanto os cristão rastejavam na ignorância e obscurantismo, florescia nos países islâmicos o conhecimento; em especial a matemática e a astronomia. 

        Essa opção para o extremismo se agudiza a partir da colonização européia no século XIX e mais recente pela criação do Estado de Israel(1948) via roubo das terras dos palestinos que, a propósito, desde a diáspora sempre conviveram em paz com os judeus na Palestina.

        Vou insistir: não estou defendo religiçao nenhuma, mesmo porque sou ATEU. Só não tolero é a HIPOCRISIA e a MENTIRA. Deploro como poucos essa aberração como ISIS e o malsinado Taliban. Realmentre duas excrescências. Só não posso é ignorar que esse radicalismo não floresceu e se expandiu só pelo simples ânimo religioso, mas sim, e principalmente geopolítico. 

        Por fim, não fiz referência ao cristianismo atual em termos de comparação com o radicalismo islâmico. Não sou tão iletrado a esse ponto. Entretanto, não foi por concessão do Cristianismo que o Ocidente avançou em termos civilizatórios. A depender dele ainda estaríamos na Idade Média. Ao contrário: ele foi que que se adaptou à Nova Ordem. 

  3. Tirar o véu

    Há no universo uma velha frase: Em Roma como os romanos.

    A hostilidade talvez não seja proveniente do preconceito religioso mas da raiva por ver alguém, como uma mulher muçulmana, insistir em  chamar a atenção por ser diferente, usando véus mesmo em países não-árabes e independente da temperatura local.

    O uso dessas vestimentas – khimar, chador, hijab, niqab, burga – pode até chocar os nativos, mesmo porque esses véus se apresentam como um sacrifício para a usuária que, na maior parte dos casos, é mera obediência aos costumes lá, deles, em seus países de origem Mas uma árabe nascida e vivendo no Brasil, existiria mesmo essa necessidade? Não haveria, aí, um nasgo de vaidade?

  4. Chocante

    O artigo é tão chocante que não consegui ler até o final: parei quando foi dito que o agente da Polícia Civil em curso de Perícia criminal disse que pessoas como a menina Muçulmana deveriam morrer formou-se. Como há um policial pensando assim? Como ele diz isso e continua policial e ainda forma-se em Perícia Criminal? Devo dizer que tenho perdido o orgulho que tinha de nossa Nação pela tolerância que eu acreditava existir aqui. Contudo, talvez seja mesmo muito difícil para uma cultura fraca e isolada resistir à pressão de uma midia globalizada.

  5. ameaça

    É um retrocesso muito triste neste país. A intolerância é um dos poucos males dos quais estávamos livres, e agora com este renascimento da extrema direita no Brasil, formou-se uma onda em que muitos temerarios surfam: adeptos do golpismo, de massacres sem distinção, jornalista insuflando linchamento, uma loucura geral. Chegar à intolerância dos chamados cristãos fundamentalistas era questão de tempo. Um arremedo perigoso dos famigerados talibãs e Estado Islâmico. Que Deus nos livre dessa insensatez.

  6. Pergunte a um muçulmano se

    Pergunte a um muçulmano se ele condena as ações dos radicais do Islã. Melhor pergunte se ele apoia a Sharia como lei para o seu país.

    Você condena o Hamas como grupo terrorista, sim ou não, pergunte como fez 

    David Horowitz e vai ver com quem esta lidando na verdade.

    A esquerda faz uma aposta bem furada ao defender o Islã, pensam eles que o Islã é uma alternativa ao cristianismo, desta forma a mudança cultural lhes será vantajosa na guerra politica.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=lQkLp-D4A0o%5D

     

     

    1. PQP vai ser obsessivo assim

      PQP vai ser obsessivo assim no raio que o parta. Que esquerda e direita? Quem financiou a Al Qaeda para derrubar o governo afegão? A esquerda americana? Quem financiou o EI para provocar a primvara árabe? Fidel Castro ou Obama? 

      Considerar todos os muçulmanos terroristas não é apenas ignorância, mas má fé. Por acaso você considera todo católico pedófilo? Pelo seu raciocínio, deveria. 

  7. Sei lá….
    Eu não tenho, nem

    Sei lá….

    Eu não tenho, nem quero ter, nenhuma tolerância com “religiões” tipo neopentecostais, malafaia, macedo, igreja “mundial”, etc. 

    Por mim essa gente, seus dirigentes, deveriam ser processados por estelionato, falsa propaganda, etc., e seriam cobrados impostos sobre dízimos e ofertas não aplicadas inteiramente na caridade.

    Em minha opinião nenhuma religião poderia ser propagada por meios de concessão pública, como TV e rádio por exemplo. 

    Deveria ser sumariamente proibida qualquer concessão pública à religiões, todas elas. 

    Afinal o estado é laico ou o quê?

    Concessões públicas para ajudar a enriquecer picaretas? 

    Ou fazer proselitismo religioso?

    Eu não tenho também lá muita tolerância com religiões que restringem a liberdade individual e se imiscuem politicamente na vida coletiva querendo impingir seus dogmas a sociedade.

    A igreja católica era contra o divórcio e o Brasil ficou décadas com proibição de divórcio para todos, fazendo muita gente infeliz por causa desse dogma atrasado, quem lembra?

    Pessoalmente acho o islamismo, o judaísmo e o catolicismo, seus mandatários, com algumas poucas excessões como o atual papa, grandes atrasos para espécie humana.

    Essa história de povo ou povos “escolhidos” por deus é uma aberração, discriminação braba que autoriza o genocídio do outro, do que não aceita o teu deus.

    Sei lá, sou contra a intolerância contra “fiéis” (ou “infiéis”), mas não gosto nada de seus chefetes religiosos e acho que o assunto deveria ser discutido num foro mais amplo.

    Acho a concessão pública para religiões e seitas, ou a permissão de programação religiosa nesses veículos, assunto da maior gravidade.

     

    1. exceções, é lógico….essa

      exceções, é lógico….essa foi feia!

      Aproveito para verificar que o artigo 175 da Constituição Federal não é atendido, pelo menos nas concessões públicas dos serviços de rádio e televisão.

      “Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

      Parágrafo único. A lei disporá sobre:

      I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

      II – os direitos dos usuários;

      III – política tarifária;

      IV – a obrigação de manter serviço adequado.”

      Como se sabe não há licitações para esses serviços de rádio-televisão,  sequer regulação e menos ainda o previsto no item IV – a obrigação de manter serviço adequado….

      Como resultado temos um serviço concentrado nas mãos de uns poucos impondo sua ideologia e interesses à sociedade, inexistência de diversidade e/ou livre exposição de opiniões e pensamentos, serviços de baixíssima qualidade, nenhuma fiscalização e até concedidos ou com profusão de horários alugados ou subconcedidos para “religiosos”, grande parte picaretas profissionais.

  8. Intolerante tambem é o

    Intolerante tambem é o Islã.

    Pergunte a qualquer um mulçumano se ele se dispoe a renegar a Sharia de modo publico.

    Ele não fará isso, e não fará por uma questão de fé.

    A Sharia diz que toda religião que nao seja do livro deve ser “enquadrada” e seus seguidores juntos com ela caso não 

    abandonem as mesmas.

    Só há aceitação mediante proibição de externar sua fé ( leia-se pregação para mulçumanos ) do judaismo e do cristinismo mesmo assim com severa vigilancia, e tdo mulçumano não pode deixar de ser islamico sob pena de heresia com a punição sendo a morte.

    Esses mulçumanos são “democratas ” em terra onde não podem dar as cartas, mas mesmo aqui ainda que ele não seja violento esta irremediavelmente comprometido com sua fé que aceita que pessoas sejam mortas em nome de deus.

    Ou seja o apoio existe seja na ajuda financeira que há para esses grupos extremistas ou mesmo na simpatia para com os tais,.

    Claro que não admitiriam isso nunca, e mesmo aqueles que acham que jamais iriam aceitar algo assim se fossem confrontados entre renegar a Sharia iriam preferir deixar o pais.

    A religião mulçumana é TOTALITARIA imcompativel com a s LIBERDADES INDIVIDUIAS enquanto nao renegar a sharia.

    Não há nada que possam fazer ou mudar enquanto isso não ocorrer.

    Obvio que a integradade fsica dos seus fiels não pode ser comprometida pois isto é uma questão de CONCEITO DE UMA DEMOCRACIA coisa que no islã não existe e para ele o estado não pode existir sem a religião.

    A esquerda demagoga como sempre gosta de dizer que admitir isso é ser islamofobico só não explica que para o Islã gay bom ( obviamente o gay declarado ) é gay morto , mulher boa e mulher dentro de casa, fiél bom é fiél mulçumano, cidadão bom e cidadão mulçumano e que no depender dessa gente todos os valores conquisgtados pela democracia no campo de direitos individuais DEIXARIAM DE EXISTIR.

    O Cristinismo tambem tem seus loucos porem a estrutra cristão hoje reconhece que alguem pode morrer em nome de deus MAS JAMAIS MATAR POR ELE

    No Islã outra grande diferença é que para eles não basta que  ELES RESPETEM SEUS DOGMAS vc não mulçumano TAMBEM DEVE OBSERVA-LO do contrario caso entendam que um não mulçumano que não tem nada a ver com a religião deles ofendeu Alá ele pode e deve ser morto por heresia.

    Enfim é uma religião totalitaria e é bom que os inocentes uteis entendam que não é possivel defender o Islã e defender emancipação feminina, direito da comunidade gay, liberdade de credo, ou sexual e ate mesmo de beber…rs

    Se vêr alguem falar que isso é possivel pode ter certeza que é um louco, um sem vergonha, ou um radical agindo nas entrelinhas do sistema.

    Se alguem duvidar disso ( caso não tenha observado a experiencia empirica no trato da questão ) é só perguntar para qualquer mulçumano o que acha dessa agenda e o que na visão dele deveria ocorrer para que eles estivessem “confortaveis “

     

  9. É bom que ocorra

     Pelo menos vamos parar com esta besteira, uma das maiores mentiras sobre a sociedade brasileira, somos SIM tão preconceituosos com o diferente, como qualquer outro país, intolerantes com referencia a etnias, religiões, incluindo as de origem brasileira.

  10. Islã da “paz”?
    O islamismo deve ser proibido no Brasil!!! O Islã é a única religião que manda os crentes a matar não-crentes.O Islã é a única religião que manda matar os apóstatas.O Islã é a única religião que ordena a decapitar pessoas.O Islã é a única religião que ordena a apedrejar mulheres até a morte.O Islã é a única religião que é contra a liberdade de expressão e críticas.O Islã é a única religião que tem seu próprio Tribunal: “Islâmica Sharia Court”.O Islã é a única religião que incentiva a casar com crianças.O Islã é a única religião que exige punição das mulheres vítimas de estupro, se elas são incapazes de trazer 4 testemunhas do sexo masculino para testemunhar o estupro.O Islã é a única religião que é contra a democracia e os direitos humanos.O Islã é a única religião que permite a escravidão.O Islã é a única religião que possui um profeta tão violento, perigoso e bárbaro: Maomé!

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