Neto de Miró doa obras para ajudar refugiados

Jornal GGN – O neto do pintor espanhol Joan Miró vai leiloar 24 obras de arte do seu avô e doar o valor arrecadado para que a Cruz Vermelha possa ajudar refugiados de países em crise. A expectativa é arrecadar cerca de 50 mil euros.

De acordo com Joan Punyet Miró, essa teria sido a vontade do seu avô. “Considero-me o portador da chama no que toca aos desejos do meu avô e tento fazer o que ele faria se ainda fosse vivo”, disse.

Ele lembrou que Miró passou muitas dificuldades em vida. “Passou fome e viveu em exílio durante a Guerra Civil de Espanha”, recordou. “Ele sempre quis ajudar os mais desfavorecidos, os refugiados e os exilados. Hoje estaria consciente de que o que está acontecendo na Síria poderia acontecer na Espanha”.

Da Agência Lusa e Agência Brasil

Neto de Miró doa 24 obras do artista para ajudar refugiados do Leste Europeu

Mais de duas dezenas de obras do pintor espanhol Joan Miró vão ser leiloadas amanhã (19) em Londres com o objetivo de arrecadar fundos para que a Cruz Vermelha possa ajudar refugiados.

As 24 obras de Miró foram doadas pelo seu neto, Joan Punyet Miró e vão ser leiloadas na casa Christie’s de Londres. A expectativa de arrecadação com o leilão é de cerca de 50 mil euros.

Joan Punyet Miró afirmou que fez a doação porque esta teria sido a vontade do seu avô. “Considero-me o portador da chama no que toca aos desejos do meu avô e tento fazer o que ele faria se ainda fosse vivo”, afirmou o descendente do pintor.

O neto do pintor recordou que Miró passou por muitas dificuldades ao longo da vida. “Passou fome e viveu em exílio durante a Guerra Civil de Espanha”, disse Joan Punyet Miró, lembrando que o pintor acompanhou a situação de milhares de refugiados espanhóis que viveram em campos ao longo da fronteira com a França durante aquele conflito (1936-1939).

Miró, defensor dos Republicanos na Guerra Civil espanhola, estava na França quando começou o conflito e decidiu ficar em Paris. Viveu na França, com a mulher e o filho, até à invasão nazista em 1940, quando regressou à Espanha de Franco.

“Ele sempre quis ajudar os mais desfavorecidos, os refugiados e os exilados. Hoje estaria consciente de que o que está acontecendo na Síria poderia acontecer na Espanha”, disse o neto do pintor.

Miró, que morreu em 1983 com 90 anos, tinha uma dívida de gratidão para com a Cruz Vermelha, já que foi médico desta organização que salvou a perna da sua única filha – mãe de Joan Punyet – após um acidente de automóvel em 1965.

A vice-presidente da Cruz Vermelha espanhola, Rosa María Marco, lembrou que as 24 peças cedidas por Joan Punyet Miró “destinam-se a projetos solidários da organização, como o acolhimento e a prestação de cuidados da população refugiada no Leste da Europa”.

Redação

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