No 16º dia de greve, petroleiros de 118 unidades da Petrobras estão mobilizados

O 16º dia de greve dos petroleiros continua desaparecido da grande mídia. Mas é uma realidade de 118 unidades da Petrobras mobilizadas e com a estatal ainda se recusando a dialogar com a FUP.

Jornal GGN – O 16º dia de greve dos petroleiros continua desaparecido da grande mídia. Mas é uma realidade de 118 unidades da Petrobras mobilizadas e com a estatal ainda se recusando a dialogar com a FUP. Mas as adesões continuam, e os petroleiros seguem pressionando a gestão da empresa para que suspenda as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que já tiveram início no dia 14.

No final de semana, a plataforma do Norte Fluminense aderiu à greve, que já se estendeu pela Bacia de Campos. São 36 plataformas grevistas, das 39 da região. A mobilização é para que as três últimas plataformas da Bacia que ainda não entraram em greve, se somem ao movimento.

Na Bahia, a Estação de Distribuição de Gás de Camaçari também faz parte da mobilização.

A terceira semana traduz a mobilização dos petroleiros em todo o país. Das 118 unidades paradas, 57 são plataformas, 24 terminais, e todo o parque de refino da empresa: 11 refinarias, SIX (usina de xisto), Lubnor (Lubrificantes do Nordeste), AIG (Guamaré).

A Comissão Permanente de Negociação da FUP está já há 17 dias no edifício sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, ocupando uma sala do quarto andar do prédio. Eles cobram da gestão da estatal um canal de diálogo, buscando o atendimento das reivindicações da categoria.

No Rio, do lado de fora do prédio da sede, na Avenida Chile, a Vigília Resistência Petroleira busca o apoio e participação ativa de diversas outras categorias, organizações populares, estudantes e movimentos sociais, para construção de uma frente ampla de luta em defesa da Petrobras e contra as privatizações.

Em Araucária, petroleiros e petroquímicos da Fafen-PR e suas famílias seguem acampados há 27 dias em frente à fábrica, resistindo ao fechamento da unidade e lutando para reverter as demissões anunciadas pela Petrobrás e que já tiveram início no último dia 14.

Na terça-feira, 18, uma grande marcha nacional em defesa do emprego, da Petrobrás e do Brasil será realizada no Rio de Janeiro, com a participação de caravanas de trabalhadores de vários estados. A concentração será a partir das 16h, em frente à sede da Petrobrás, onde está instalada a Vigília Resistência Petroleira.

Quadro nacional da greve – 16/02

57 plataformas

11 refinarias

24 terminais

7 campos terrestres

7 termelétricas

3 UTGs

1 usina de biocombustível

1 fábrica de fertilizantes

1 fábrica de lubrificantes

1 usina de processamento de xisto

2 unidades industriais

3 bases administrativas

Redação

2 Comentários

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  1. E a míRdia, sempre a serviço do capital, da venda do país, da privataria, do financismo e quetais, se finge de “surdo-muda ativa”:
    1) Não destaca um assunto relevante de caráter nacional.
    2) Omite ou abafa as razões da greve.
    3) Destaca apenas os eventuais transtornos que a greve traz.
    4) No futuro, culpará a greve como causa de problemas, que na verdade foram tipicamente as causas da greve, como no caso dos aumentos dos combustíveis, insuportáveis aos caminhoneiros, para atender acionistas estrangeiros, depois dizendo que o PIB caiu por causa deles, e não da “direção Temer-Parente” da Petrobrás.
    E alguém acha que com Bozzo, Guedes, Moro, Damares, Weintraub, Theresa, Araújo, militares no poder político, os empresários, os banqueiros, as forças de (in)justiça (MP´s, PF, PM’s…), justiciário politico, seletivo e corrupto, boa parte ativa da classe política ideológica (BBBB: bíblia, bala, boi e banco) e corrupta, milícias e esta “imprensa”, temos “futuro” no curto e médio prazo?!
    Só se for zumbi … ou zumbozzo.

  2. Só queria deixar claro que o movimento é dos petroleiros, se dependesse da FUP nada aconteceria… ou aconteceria o que aconteceu em novembro do ano passado e em 2017, quando as bases foram abandonadas pela federação.

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