O Brasil em transformação: a química da coisa e seus reagentes

Sergio Saraiva

Perdeu o bonde da história quem esperou o Brasil começar depois do carnaval.

O Brasil economicamente está em compasso de espera, como, aliás, todas as economias do mundo. Já, a sua organização social fervilha neste primeiro trimestre de 2014.

Há vários sinais de transformação se nos dispusermos a observá-los com os olhos quem examina um conjunto formado de elementos conflitantes, ainda que convergentes. Como em uma reação química.

Em físico-química existe o conceito de complexo ativado. É o ponto intermediário de uma reação química, é uma condição de alta energia onde os reagentes se desestruturaram, mas os produtos ainda não estão formados. Ao fim da reação, o produto sempre estará em um nível energético menor que o do complexo ativado.

Nesse sentido, ainda que não possamos saber que sociedade teremos a partir daqui, já é possível identificar alguns eventos políticos que sinalizam esse momento de transformação.

O governo que teremos a partir de 2015, embora previsível, no momento atual, ou seja, a continuação petista, se não o aumento de sua participação no poder, é apenas um componente da resultante e não o mais importante.

 

Como nas reações químicas existem os catalisadores da reação e seus inibidores.

Vejamos os sinais da presença de ambos nas transformações porque passa a sociedade brasileira.

Os catalisadores

A campanha de doação aos petistas – pouco importa se concordamos ou não com a condenação dos petistas na AP 470, pouco importa se julgamos as multas um componente legítimo da pena imposta ou se, por sabidamente impagáveis pelos condenados, dado seus patrimônios, era uma forma de tentar tomar-lhes, além da liberdade, os recursos de que dispunham; a campanha de solidariedade a eles foi digna de nota. Ainda será escrita como um capítulo memorável da participação política popular.

Surpreendente, surgida de uma busca, provavelmente não planejada, por solidariedade da família de José Genoíno, revelou que a militância e os simpatizantes petistas estavam a postos. Silenciosos e constrangidos pela brutal campanha midiática de demonização a que foram submetidos, mas a postos. Sinalizava que tudo que existe de significado na expressão “PT de Lutas” ainda vive.

Mas mais do que isso, foi a forma que várias personalidades, sintomaticamente não petistas, encontraram de se manifestar e se posicionar contra o autoritarismo emanado do STF, ainda que não nele originado.

Foi uma reação a favor da dignidade humana promovida por essa coisa maravilhosa que é o gesto pequeno e individual de solidariedade que resulta em ato coletivo da maior grandeza. O voto é outro desses gestos.

Sintomático também, a internet foi sua ferramenta.

Foi um recado poderoso para os que achavam que dominavam a opinião pública. Não estranha que tenha tido tão pouca repercussão na grande mídia, afora a das várias tentativas de sua intimidação.

Os rolezinhos – talvez o evento político mais simbólico desde a eleição de Lula. Não, não exagero. Botou à nu a estratificação e o preconceito social e de classe presente na nossa sociedade.

Nada mais simbólico de nossa sociedade estamental e do controle social que ela exerce do que a imagem de policiais agredindo seus próprios filhos para garantia do sossego dos patrões e dos filhos dos patrões nos seus “templos”.

Não, não foi a hora em que “essa gente bronzeada mostrou seu valor”. Foi mais um momento onde essa “gente parda” mostrou seu poder aquisitivo recém-conquistado. A eleição de Lula foi o momento onde esse mesmo povo mostrou seu poder político recém-percebido.

Foi também um momento tragicômico para os estamentos superiores da nossa pirâmide social. Juízes dando liminares que cassavam o direito constitucional de ir e vir. Personalidades constrangidas em mostrar todo o seu preconceito social. E os garotos só a fim de dançar funk ostentação na praça de alimentação.

Lembram-se daquele povo branco nas ruas em junho passado pleiteando escolas e hospitais públicos “padrão FIFA”. Na época perguntei: estão dispostos a dividir a mesma enfermaria com o porteiro dos seus condomínios? Seus filhos irão dividir a mesma classe escolar do filho da diarista?

Com a reação aos rolezinhos eles responderam: não.

Aprendeu-se muito com a reação aos rolezinhos, demonstrou como uma parte das manifestações de junho passado foi um dos momentos mais hipócritas da nossa sociedade.

Os rolezinhos são fruto e etapa das mudanças sociais introduzidas a partir do governo Lula, advindas da melhor distribuição de renda e do desenvolvimento econômico trazido por ela. Tal qual pregam os críticos à esquerda do governo Lula em relação a esse governo, os rolezinhos são uma apropriação de valores burgueses.  Os burgueses julgam, pelo seu lado, que essa apropriação é, na verdade, um roubo.

Assistir aos rolezinhos me permitiu um devaneio: o Brasil continuou no seu caminho de construção de uma economia socialdemocrata, com progresso econômico, com melhoria das condições sociais e com distribuição de renda e se tornou uma nação de primeiro mundo. A primeira “nação parda” de primeiro mundo do planeta e da história.

É para onde os rolezinhos apontam. Devaneio para uns, pesadelo para outros nas duas pontas do espectro ideológico. Mas até lá:

“Rolezinho”, uma batalha involuntária da nossa luta de classes.

A nova formação do STF – a atual formação do STF representa um aprendizado por parte dos governos petistas. Um aprendizado doloroso, mas aprendizado por fim.

Não tenho ilusões de termos um dia o STF como um poder democrático. Nem sei se as Supremas Cortes são democráticas em algum país. Um poder aristocrático no conceito platônico é talvez a “democratização possível” para o STF. A nossa estrutura do Judiciário, do Ministério Público e do funcionalismo público de alto escalão, a Polícia Federal, inclusive, vem dos estratos superiores da nossa sociedade. Comunga, portanto, em grande parte, dos seus valores, mesmo dos seus sentimentos de classe.

Para os governos do PSDB e mesmo de Sarney e Collor, isso não representou maiores problemas. Bastava indicar um dos seus. Para os governos petistas, não ter percebido tal condição, representou o erro político de indicar alguns dos “deles” para a PRG, STJ e STF e ser investigado persistentemente por sua própria polícia.

Finalmente, porém, o aprendizado resultou em uma corte mais equilibrada. As duas últimas indicações são uma evidência disso. Aos poucos haverá uma descompressão e vários exageros serão corrigidos. Espero.

A atual composição é política, não poderia deixar de sê-lo. É um gesto político da presidente Dilma da maior importância. Aponta para uma composição mais liberal depois de um porre de conservadorismo. Pode acabar sendo um “alka seltzer” para a “ressaca barbosiana”.

Os inibidores

Não vai ter Copa – o “não vai ter Copa” se fosse um produto químico deveria ser classificado de alcatrão. Alcatrão é um nome genérico para uma mistura de líquidos ou gases de composição não exatamente definida.

O “não vai ter Copa” tem em comum entres seus elementos constituintes o desejo reacionário de esquerda e de direita.  É sintetizado em um cadinho fervente de insatisfações. A direita insatisfeita com o avanço dos “rolezinhos” e a esquerda insatisfeita com o avanço dos “rolezinos”. Para os primeiros isso representa uma perda das vantagens simbólicas que os permitia nutrir sentimentos de superioridade. Para os segundos, representa a inviabilização, por desnecessária, da transformação revolucionária da sociedade.

A violência é seu método.

E ela está presente nos linchamentos e na sua apologia não combatida e na noção de falência do Estado tão preconizada pela nossa grande imprensa e tão adotada pela nossa classe-média. Mas está presente nas ações de depredação dos black blocs e no uso de ações violentas na condução de greves como as que temos assistido principalmente no Rio de Janeiro. Está presente também nas ações violentas de queima de ônibus nas periferias de São Paulo, onde pode estar ocorrendo uma apropriação por parte da bandidagem comum da imagem de manifestação popular como pretexto para a demonstração de poder intimidatório e de desafio à autoridade policial. Realimentando a noção de falência do Estado e, por isso, não denunciada pela grande imprensa como o que é – banditismo.

Só ingênuos consideram ainda tais ações como idealistas, espontâneas, voluntárias e sem patrocinadores ou lideranças.

Representavam a grande esperança dos grupos que se apoiam no poder da grande mídia para conturbar o quadro político atual. Nesse sentido, o artigo de Elio Gaspari na Folha de São Paulo no dia de Natal de 2013 é referencial, era intitulado “Em 2014, vem para rua você também” . Trateio-o em : Elio Gaspari convoca Eremildo às ruas. De idiota a incendiário.

Ocorre que o assassinato de Santiago Ilídio Andrade, cinegrafista da Bandeirantes, durante uma das manifestações mostrou tragicamente o quanto essa tática tem de risco e de custo.

Sem apoio midiático tal movimento não é viável. Mas não que não encontre eco em corações e mentes, ainda que rejeitado formalmente pelo conjunto da sociedade.

O blocão do Eduardo Cunha – nada mais icônico do que a foto dos deputados federais comemorando sua vitória de Pirro ao derrotar o governo e aprovar a investigação da Petrobras e a convocação de ministros do governo. Estava exultante o grupo de deputados.

Traziam no rosto, os deputados do blocão, o mesmo sorriso canalha que eu já havia visto antes quando da derrota da CPMF. O mesmo sorriso canalha dos que defendem apenas interesses próprios, nenhuma proposta de melhoria. Mostra o quanto o Congresso Nacional não entendeu o momento que o Brasil vive desde junho de 2013.

Reação de um fisiologismo tal que nem a grande imprensa tomou seu partido. Aécio e FHC embarcaram na canoa furada. Mas ambos estão catando papel na ventania e, no caso de FHC, aceitando até elogios de Sheherazade.

Esse talvez seja o nosso principal fator de atraso. Não tenho muita esperança quanto a uma reforma política no curto prazo. O risco é continuarmos uma sociedade desequilibrada, onde o Congresso, apartado dos anseios da sociedade, é substituído por atos do Executivo e do Judiciário.

Em química existe o reagente limitante, aquele que faz cessar a reação. Mas não vejo essa parte do Congresso como um deles. Está mais para chorume. Porém, existem muitas reações ocorrendo na formação do chorume, todas elas tóxicas.

Enfim, as eleições são sempre um momento para renovarmos e melhorarmos Câmara e Senado. Ninguém chega lá sem o voto popular. Esperemos que os sinais de transformação da sociedade brasileira já tenham chegado a tanto.

A química da coisa.

Esses parecem, para mim, ser os principais sinais da transformação por que passa a organização social brasileira. Qual produto teremos ao final? Não sei. Tem o que eu espero que seja e o que enfim será. Mas, de que estamos no meio de uma reação este primeiro trimestre de 2014 não me deixou dúvidas.

Redação

13 Comentários

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  1. A CAMPANHA CONTRA AS FORÇAS

    A CAMPANHA CONTRA AS FORÇAS ARMADAS – Um sinal de transformação que aparece nas redes sociais e agora

    roteiro das organizações GLobo : uma campanha de agressão elevada às ultimas consequencias contra as Forças Armadas brasileiras ao se aproximar o 50º aniversario  da Republica de 1964.

    As Forças Armadas fazem parte central da formação nacional do Brasil, estiveram presentes em todos os grandes eventos de nossa Historia, da expulsão dos holandeses à consolidação do Imperio ,  na Proclamação da Republica, movimento militar do primeiro ao umtilo ato, em todas as revoluções subsequentes a 1889. Getulio Vargas, o maior estadista brasileiro do periodo republicano, sempre tratou o Exercito com extremo cuidado, profundo conhecedor que era da Historia do País e das raizes de sua formação,  a Republica nasceu pelas mãos de Marechais.

    Getulio deu o autogolpe de 10 de Novembro de 1937 somente com o apoio do Exercito, quando este lhe retirou o apoio em Outubro de 1945, Getulio saiu do Catete mediante aviso de duas horas.

    O circulo esquerdista do poder de forma muito mais acentuada no governo Dilma tem desconsiderado, evidentemente por ignorancia e má formação ideologica, qual o papel das Forças Armadas na construção do Poder desde a existencia do Estado brasileiro. O ambiente criado por esse circulo tem permitido em uma escalada cada vez mais agressiva ações de enxovalhamento, de descarada propaganda anti-0militar, de deboche, desqualificação e

    encurralamento especialmente do Exercito. Estão cometendo suicidio, as relações de força provocadas por tensões geopoliticas mundiais está aumentando os riscos nas relações entre paises e diminuindo o prestigio das democracias.

    A esquerda brasileira está se sentindo falsamente forte mas é fraca porque não tem suporte internacional. Quem são os aliados da esquerda brasileira? O Mercosul? E quem mais? Ninguem. Regimes de esquerda são inviaveis na atual globalização economica mundial, não tem nenhuma inserção geopolitica possivel, não existem mais ancoras para a esquerda, a Russia hoje é um paradigma da direita mais reacionaria, a China evolui em alta velocidade para uma economia de mercado cada vez mais completa, Cuba procura desesperadamente uma saida capitalista.

    A desordem crescente nas ruas brasileiras puxa inevitavelmente as Forças Armadas para o centro do poder, por ser a unica instituição que pode garantir a ordem e para faze-lo não depende do Poder politico. As Forças Armadas são uma instituição a serviço do Estado, não do Governo de ocasião e podem intervir legalmente para defender a ordem que ponha em risco o Estado e o Pais, está na Constituição, a subordinação da F.A. ao Governo é circunstancial.

    As provocações contra as Forças Armadas caminhma em um crescendo a partir da liberação do circulo do Poder, permitindo a rebrote de comissões da verdade até em camaras de vereadores, processos contra oficiais nonagenarios, agitação para revogação da lei de anistia, o poder enebriante faz perder a noção de risco, em 1964 menos de meio regimento de infantaria depos um governo nacional sem disparar um tiro, bastou sua movimentação.

    A esquerda brinca com fogo, a posição do Brasil frente ao simulacro de governo na Venezuela desperta espanto nas chancelarias, onde está a grande liderança da America do Sul que não tem um infimo gesto de neutralidade frente a um poder que se esvai em Caracas, o Brasil vai se afogar com Maduro? O peso diplomatico do Brasil afunda junto

    com um reles caudilhete desafiado até pelo Panamá, tudo isso conta contra o poder em Brasilia, cada vez mais fragil

    por desconhecimento do que é realmente um pais potencia, este depende  para existir da integridade de suas Forças Armadas, instituição a ser respeitada até por interesse de sobrevivencia do regime.

    A Republica de 1964 é um fato historico, não pode ser apagado com a borracha da esquerda. Proibir qualquer lembrança da data nos quarteis e escolas militares e querer reescrever a Historia, negar um evento, é um erro.

    Como disse Talleyrand a Napoleão quando do assassinato do Duque d´Enguien, “Majestade, mais do que um crime, foi um erro”. Desprezar as Forças Armadas, algo que Lula jamais cometeu, é um erro da esquerda, aliás é de costume.

    O Presidente João Goulart recebido em 3 de abril de 1962 na Casa Branca pelo Presidente John Kennedy. Jango tinha todo apoio internacional para realizar um bom governo, se não tivesse enveredado pelo caminho das provocações

    contra as Forças Armadas, a esquerda é má conselheira, como ele proprio concluiu no amargo exilio.

     

    http://www.gettyimages.co.uk/detail/news-photo/joao-goulart-the-president-of-brazil-is-greeted-by-us-news-photo/115461692

    1. O que não se faz por amor?

      Quem diria? André Araújo, nosso conservador elegante e refinado tem também um coração apaixonado.

      Apaixonado pelo militarismo. Comete aqui várias impropriedades, mas como é por amor a gente perdoa.

      1. É em isto: Motta Araujo não se livra das amarras que o prendem

         

        Sergio Saraiva (domingo, 16/03/2014 às 11:52),

        Ia comentar sobre este post “O Brasil em transformação: a química da coisa e seus reagentes” de domingo, 16/03/2014 às 08:08, aqui no  blog de Luis Nassif com texto seu, mas dada a dificuldade de fazer pesquisa com o Google, resolvi buscar alguns posts que provavelmente iria utilizar em meu comentário. Quando voltei já existia o comentário de Motta Araujo enviado domingo, 16/03/2014 às 10:30. Resolvi ler o comentário dele. Ainda não havia o seu comentário, e por isso pensei que valia à pena fazer algumas críticas ao que ele diz. Cliquei em algum lugar errado e quando voltei ao post “O Brasil em transformação: a química da coisa e seus reagentes” já havia a sua resposta ao comentário de Motta Araujo. E você disse tudo. Não resisto, entretanto, a destacar a seguinte passagem do comentário dele enviado hoje, domingo, 16/03/2014 às 10:30. Diz ele lá:

        “O peso diplomatico do Brasil afunda junto com um reles caudilhete desafiado até pelo Panamá, tudo isso conta contra o poder em Brasilia, cada vez mais frágil por desconhecimento do que é realmente um pais potencia, este depende  para existir da integridade de suas Forças Armadas, instituição a ser respeitada até por interesse de sobrevivencia do regime”.

        Na frase, ele desce o Panamá bastante, mas não tão baixo como o Panamá merece, simplesmente esquecendo de fazer o upgrade no país e o colocando como quintal dos Estados Unidos.

        E depois fala da importância das Forças Armadas para fazer do Brasil um país potência esquecendo de dizer se ele se refere à potência como potência democrática, que o Brasil já é, potência militar, que o Brasil nunca será uma vez que abriu mão de construção de bomba atômica, ou potência econômica, que o Brasil poderá ser independentemente de suas forças armadas.

        Você já disse tudo e o meu comentário é despiciendo, mas como o que abunda não é nocivo deixo este exemplo do que seriam impropriedades de Motta Araujo a que você bem se referiu.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 16/03/2014 (Em Pedra Azul – MG)

      2. Meu caro, eu faço uma

        Meu caro, eu faço uma digressão historica, não sou apiaxonado ou ideologico, acho que os militares cometeram graves erros em varios episodios de intervenção politica, a saida do regime militar de 54 foi mal feita, a começar da opção por Figueiredo, que não era o homem certo para aquela conjuntura, o rompimento do acordo militar Brasil EUA que vinha da Segunda Guerra ao inves de fortalecer o Brasil diminuiu sua relevancia geopolitica, hoje completamente anulada, o processo começou lá atrás com a empafia de Geisel na direção de um Brasil potencia que ainda não tinha massa critica para ser potencia independente com projeção de poder internacional.

        Critico tambem a fragilidade e a omissão dos comandos da Forças Armadas que recebem pedradas 24 horas por dia sem reação alguma. No Chile, com um regime militar infinitamente mais repressor que aqui, o respeito da esquerda pelas Forças Armadas é infinitamente maior. Me espanta a timidez do Comando do Exercito que nem parece carregar o peso historico da Arma que definiu tantos episodios fundamentais da Historia brasileira.

        Veremos o que acontecerá na Venezuela, onde uma situação limite se aproxima, até onde as Forças Armadas venezuelanas irão carregaram esse caixão apodrecido, mesmo considerando que Chavez transferiu boa parte da PDVSA para os militares, encheu-os de dinheiro e infiltrou coronéis cubanos nas cadeias de comando, motivo pelo qual o General Baduel, seu libertador em 2002, encontra-se até hoje preso, Baduel reagiu absolutamente contra a entrega de comandos do Exercito venezuelano a oficiais cubanos, para não falar das milicias cubanas armadas, mais de 25 mil, hoje capangagem do regime Maduro.

        O que me espanta não são as criticas aos militares perfeitamente admissiveis e absorviveis por eles, me espanta o desprezo da esquerdolandia pelas Forças, mesmo regimes revolucionarias de esquerda radical respeitam as forças armadas como Instituição. Imperadores Romanos, semi-deuses como Nero, não brincavam com a Guarda Pretoriana, que podia expulsa-los do Poder, duzentos homens determinados em insurgencia podem causar um tsunami em Brasilia não importa o resultado que consigam no final do dia, não é bom para nenhum regime ter Forças Armadas acuadas, essa é minha constatação historica, independentemente de juizo de valor.

         

    2. AA lambe botas

      Ei AA, estamos no sec. XXI, seu lambe botas.

      Respeito, disciplina e hierarquia para com a Comandate em Chefe.

      Ou pode tentar a aventura de nos enfrentar nas ruas.

  2. Gostei muito desse texto.

    De todas as análises que li nos a respeito dos últimos eventos no Brasil, me pareceu a melhor. Só tenho dúvidas em relação às manifestações de rua. Ainda me parece que nem tudo está elucidado.

     

  3. alquimias

    Em suma, para uma real transformação, vamos ter que esperar por uma reação nuclear.

    Dessas reações que se limitam à troca de elétrons entre partidos  só resultam cosméticos.

    Discussão acadêmica 1.

    Saraiva, o PT e o PSDB seria um caso de isomeria óptica?

    Quem é o levógiro e quem é o dextrógiro?

    (A olho nu, num dá pra ver. Saraiva, me vê aí um polarímetro…)

    Discussão acadêmica 2.

    O PMDB é o carbono da política tupiniquim: se combina com qualquer coisa.

    (Os experimentos do alquimista Lula buscam dotar o PT  dessa mesma propriedade.Tá quase conseguindo.)

    “Ainda será escrita como um capítulo memorável da participação política popular.”

    KKKKKKKKKKKKKKKK: quando a piada é boa só nos resta gargalhar.

    O quimioarticulista não distingue ouro de pirita.

    É um tolo.

    “Reação de um fisiologismo”

    O Saraiva até pode estar em dia com a química, mas , no que se refere à dinâmica do léxico petista, está desatualizado. Recupero abaixo um singelo comentário, feito aqui mesmo no blogue nassífico.

    “Lá nos tempos de FHC presidente, sempre que o PT se referia ao vice Marco Maciel , a menção se fazia acompanhar do indefectível adjetivo “fisiológico”.

    Hoje, com a revolução semiótica operada pelo PT, “fisiologismo” é mais um termo que praticamente sumiu do léxico político oficial.

    Porém, resquícios da antiga substância do conteúdo poderiam ser recuperados – numa semiose crítica – sob a singela forma da expressão “governabilidade’.”

    Ainda referente à aludida Revolução Petossemiótica: Será que o Saraiva conhece a vetusta expressão – há muito, caída em desuso – “sindicalismo de resultados”, consagrada pela CUT em suas arengas contra a CGT do Magri  e a Força Sindical do Medeiros?

    Saraiva, quem atende no balcão não é do Eduardo Cunha, é o PT. O Cunha é só mais um freguês.

    1. Tolo de ouro.

      Prezado,

      não creio que PT e PSDB sejam isômeros. Mas realmente são muito próximos.

      Tal qual glicose e celuse.

      Um alimenta o povo e lhe adoça a vida, o outro os cupins roem.

      1. discussão acadêmica

        Péssima analogia.

        Sabes muito bem que a celulose tem larga utilização industrial, e a glicose , em excesso , faz mal a saúde.

  4. texto excelente

    Parabens, Sergio,  pelo execlente texto.  As pessoas deviam ser obrigadas a ler bons textos antes de escrever coisas idiotas na rede social.

  5. Um texto a merecer elogios, mas eu tenho algumas críticas

     

    Sergio Saraiva

    Pensei ter enviado ontem o comentário que se segue, mas hoje, domingo, 17/03/2014 que ele não se encontra entre os comentários para este seu post “O Brasil em transformação: a química da coisa e seus reagentes”, aqui no blog de Luis Nassif e publicado ontem às 08:00. Como normalmente meus textos estão saindo com muitos erros de redação e mesmo com frases incompletas ou mal escritas que dificultam o entendimento eu aproveito a oportunidade para fazer a correção possível. Lembro que no tema do comentário que eu lhe enviei ontem, domingo, às 03:05, em razão de erro de digitação, faltou o “b” na palavra bem. Corrigido o tema do meu comentário ficaria assim: “É bem isto: Motta Araujo não se libra das amarras que o prendem”. De agora em diante segue o meu comentário com as correções possíveis.

    Gostei bastante deste seu post “O Brasil em transformação: a química da coisa e seus reagentes” de domingo, 16/03/2014 às 08:08, mas achei um tanto inconsistente a sua descrição da nova formação do STF. Parece texto de Motta Araujo (A bem da verdade parece com textos de um ano atrás de Andre Araujo).

    Não creio que a atual composição do STF seja, após a entrada dos dois ministros, mais liberal que a anterior que seria conservadora. Então não penso que, nas indicações anteriores, o PT tenha indicado um dos deles. O problema nas indicações anteriores do PT foi ter indicado uns do PT (A bem da verdade, pela aproximação com a mídia, o Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto até que poderia ser considerado como um dos deles, mas ele era evidentemente alguém do PT), mas de um PT que deixou de existir depois que assumiu o poder. A ideologia anterior do PT era uma ideologia um tanto infantil impregnada de uma concepção irreal da realidade democrática. Este é o perfil de Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto que foi indicado exatamente por ser alguém bem identificado com o PT, no modelo antigo do partido.

    O Antonio Cezar Peluso foi uma indicação mais do Marcio Thomaz Bastos e pode ser que ele tenha um componente de conservadorismo que o faça uma indicação de alguém dos deles. Ele sim precisaria ser mais bem estudado para que se pudesse compreender qual era o estilo anterior dele e o estilo que ele adotou no STF. Se ele sempre foi um juiz rigoroso, fico sem saber por qual motivo o Marcio Thomaz Bastos o teria indicado. Só que, se ele era rigoroso, a indicação foi mais do PT do que do Marcio Thomaz Bastos, pois o perfil de Marcio Thomaz Bastos é de preferir juristas mais liberais. E de esquerda.

    O grande problema foi o Luiz Fux que é uma indicação do PMDB e que, a tomar pelas entrevistas dele, talvez a Dilma Rousseff o tenha indicado logo no início do mandato dela mais para enfraquecer um pouco o STF no momento em que a força do STF já não interessava tanto o PT. Talvez a Dilma Rousseff tenha avaliado equivocadamente que seria necessário fazer o executivo mais forte enquanto os dois outros poderes poderiam ficar mais enfraquecidos. De todo modo, ficou parecendo que ele só foi indicado na condição que dissesse o que ele disse.

    O ministro do STJ Teori Zavascki deve ser visto mais como uma indicação de Dilma Rousseff que embora de esquerda parece-me ser uma pessoa conservadora. E está de acordo com uma grande alteração na formação do STF e que vem desde Fernando Henrique Cardoso e que significou dar ao STF um perfil mais pró-Estado. Este perfil só não ficou mais forte porque Marcio Thomaz Bastos apesar de pertencer à esquerda tem um perfil mais liberal de proteção dos direitos da sociedade. Ministros com perfil de defensores da sociedade contra o Estado e que pesa muito quando diz respeito à questão tributária era escolha típica dos governos de José Sarney e Fernando Collor de Mello e mesmo durante a ditadura militar.

    Quem é mais dos deles é o ministro Luís Roberto Barroso, pois representa uma volta ao antigo estilo anterior a Fernando Henrique Cardoso. É claro que ele é mais de esquerda que um José Celso de Mello Filho.

    E quanto a Joaquim Benedito Barbosa Gomes, ele está desempenhando exatamente o papel que o PT queria que ele desempenhasse. Ele não foi indicado por Marcio Thomaz Bastos. Ele foi indicado porque era membro do Ministério Público Federal e que corresponde na esfera estadual aos nossos promotores e que bem conhecia os crimes de corrupção. Foi esta mais razão importante para o PT se interessar por ele e foi este o papel dele na Ação Penal 470.

    Ficará na história saber por que coube a ele a relatoria da Ação Penal 470. Também não se sabe por que coube a Ricardo Lewandowski o papel de revisor na Ação Penal 470. Sem os dois dificilmente o resultado da Ação Penal 470 seria o que foi. E acrescento que se no curto prazo o resultado da Ação Penal 470 foi catastrófico para o PT, no longo prazo, traz uma consequência que tão cedo o PT não conseguiria via o Parlamento. Trata-se da transformação do crime de caixa dois em crime de corrupção quando o acusado no crime de corrupção passiva detém ou concorre a cargo que permite deter grande poder de atuação.

    E que se diga que esta transformação não exigiu nenhuma decisão legiferante do STF. Com a decisão da Ação Penal 470, o STF simplesmente entendeu que o caput do artigo 317 não precisa da ocorrência do previsto no §1º do artigo 317 para se configurar o crime de corrupção passiva.

    Concordo com você quando você diz que a direita e a esquerda (radical) ficaram insatisfeitas com os avanços dos rolerzinhos (Na verdade com o avanço que significa a possibilidade do rolerzinho). Só que logo em seguida você entra com a figura de Estado e não fica claro como a extrema esquerda encara o Estado. Há somente a perspectiva da direita que fala da falência do Estado. Neste caso eu gostaria de salientar que a direita não gosta do Estado de modo errado, pois não leva em conta que sem Estado não há capitalismo. E a esquerda não gosta do Estado por um motivo justo que é o fato de o Estado ser um instrumento de dominação capitalista. Só que a esquerda radical esquece que quanto mais o Estado se fortalece, medida a força do Estado pela carga tributária, mais bem distribuída fica a renda o que é o grande desiderato da esquerda. Fiz a crítica a esta parte do seu texto porque me pareceu que você deu ao Estado um caráter de neutralidade que ele realmente não tem.

    Quanto a associação das manifestações com o banditismo, eu penso que não se pode generalizar, pois se trata mais de algo pontual.

    E então há sua referência ao blocão de Eduardo Cunha. Aqui eu tenho com você uma enorme diferença.

    A democracia não é um regime perfeito. Adotado em um modelo de sistema capitalista, a, democracia tende a reproduzir e aumentar a desigualdade que existe na sociedade. O Estado sob a égide do qual a democracia funciona é instrumento de dominação dos poderosos. Então de certo modo se está preso em uma armação que vai contra o próprio nome da democracia. E o que é pior é que o funcionamento da democracia é um tanto aleatório, pois o processo de composição de interesses conflitantes não tem muito como ocorrer sob o domínio da racionalidade. E levando em conta a desigualdade social e o modelo de escolha do representante, a democracia torna ainda mais desigual a representação. Grandes maiorias não são representadas e pequenas minorias são sobrerepresentadas.

    Estes são defeitos que tornam a democracia imperfeita. Só que se esta imperfeição funcionar dentro da lei ela deve ser chamada de a democracia perfeita, ou melhor, a democracia possível. Esta é a democracia que existe, que comporta aperfeiçoamentos, em especial aqueles decorrentes da busca em tornar a sociedade mais igual, mas é a única que pode existir. Idealizar uma democracia diferente não serve a nada, pois essa democracia diferente não tem condições práticas de existir.

    A sua crítica ao blocão de Eduardo Cunha tem, em meu entendimento, uma base de concepção irrealista da democracia. É isto que eu percebo no seguinte trecho do seu texto:

    “Traziam no rosto, os deputados do blocão, o mesmo sorriso canalha que eu já havia visto antes quando da derrota da CPMF. O mesmo sorriso canalha dos que defendem apenas interesses próprios, nenhuma proposta de melhoria. Mostra o quanto o Congresso Nacional não entendeu o momento que o Brasil vive desde junho de 2013.

    Reação de um fisiologismo tal que nem a grande imprensa tomou seu partido. Aécio e FHC embarcaram na canoa furada. Mas ambos estão catando papel na ventania e, no caso de FHC, aceitando até elogios de Sheherazade”.

    Na essência, o que eu censuro nos parágrafos seus acima é o trecho em que você diz:

    “[traziam . . . ] O mesmo sorriso canalha dos que defendem apenas interesses próprios”.

    Ora o representante na democracia representativa não pode representar interesse próprio. A representação de interesse próprio é um desvirtuamento da democracia. É um ato ilegal. Se você não for capaz de apontar um ato de Eduardo Cunha em que ele esteja agindo ilegalmente, você não pode criticar a atuação de Eduardo Cunha sob a acusação de que ele representa interesse próprio. Ele pode estar representando outros interesses que não aqueles interesses daqueles que o elegeram, mas ele está representando interesses de outro. Infelizmente como foi visto, dada a imperfeição da democracia, a sub e a sobre representação pode ocorrer. É claro que à medida que a sociedade torna-se mais igual e mais informada este processo de escolha do representante pode ser aperfeiçoado reduzindo tanto a sub como a sobre representação.

    Aliás a sua crítica deve ser vista como uma crítica da esquerda pró PT, mas um tanto semelhante a crítica de direita anti PT e a qual eu censurei em comentário que enviei quinta-feira, 06/03/2014 às 00:13 para junto do comentário de Alessandre Argolo enviado quarta-feira, 05/03/2014 às 13:29, junto ao post “As semelhanças entre 1964 e 2014” de terça-feira, 04/03/2014 às 10:04, aqui no blog de Luis Nassif em texto de autoria dele. O endereço do post “As semelhanças entre 1964 e 2014” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/as-semelhancas-entre-1964-e-2014

    O meu comentário de quinta-feira, 06/03/2014 às 00:13, para Alessandre Argolo precisou de uma retificação em comentário que enviei quinta-feira, 06/03/2014 às 17:48. O que eu critico no comentário dele tanto no que eu critico no seu comentário é vocês imaginarem que vocês podem conhecer o bem comum, o interesse maior da nação previamente a uma composição de interesses conflitantes que se realiza no Parlamento. Se o interesse maior da nação for previamente conhecido não há porque realizar a composição de interesses sob a forma de barganha, conchavos e acordos como a composição geralmente ocorre no parlamento (Em outras palavras sob a forma de fisiologismo). Não sendo conhecido o bem comum e a composição de interesses conflitantes ocorrer na legalidade, o pressuposto é que a composição atendeu o bem comum, ainda que possa ocorrer ou possa ser considerado que o bem comum não foi atendido. A aceitação do processo democrático requer que se aceite o atendimento do bem comum quando o processo de composição de interesses conflitantes se realiza sob a égide da legalidade, ainda que o que você considere que o bem comum não foi atingido.

    Se a democracia não for entendida como um processo fisiológico, a democracia que se defende é uma idealização. Aliás eu venho há muito tempo insistindo que as pessoas analisam o capitalismo, o Estado e a democracia mais como as três instituições são idealizadas do que como as três realmente funcionam. Para mim, uma das críticas que eu faço às manifestações de junho de 2014 é justamente a idealização das três instituições.

    A idealização ocorre tanto nos altos estratos sociais como nos que estão lá embaixo. Aqui queria deixar indicado alguns posts em que este problema da idealização é manifesto. O primeiro é “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de quinta-feira, 20/06/2013 às 15:10, aqui no blog de Luis Nassif e contendo o artigo “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de Rafael Araújo Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo e da PUC-SP. O endereço do post “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-cegueira-branca-do-estado-e-o-gigante-iluminado

    O segundo post é “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 10/03/2014 às 08:18, publicado aqui no blog de Luis Nassif e de autoria de Aldo Fornazieri. O endereço do post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/clientelismo-e-corrupcao-do-sistema-politico-por-aldo-fornazieri

    Fiz esta indicação do post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri”, mas me arrependi tendo em vista o teor do post “Crise de liderança: o gestor e o político, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 17/03/2014 às 08:28, aqui no blog de Luis Nassif e oriundo de texto de Aldo Fornazieri. O post “Crise de liderança: o gestor e o político, por Aldo Fornazieri” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/crise-de-lideranca-o-gestor-e-o-politico

    Um terceiro post é “A máscara do poder” de sábado, 15/03/2014 às 08:35, publicado também aqui no blog de Luis Nassif com a transcrição de artigo de Bruno Cava. Trata-se do terceiro post porque o post “Crise de liderança: o gestor e o político, por Aldo Fornazieri” não merece ser relacionado entre os posts a serem lidos. O post “A máscara do poder”, originado de sugestão de Leo V pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-mascara-do-poder

    E o quarto post é “As jurisprudências criadas pelo julgamento do mensalão” de sexta-feira, 14/03/2014 às 08:01, aqui no blog de Luis Nassif trazendo o artigo de Valmar Hupsel Filho intitulado “Ineditismo do caso leva Supremo a criar jurisprudências” e publicado no Estadão. O endereço do post “As jurisprudências criadas pelo julgamento do mensalão” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/as-jurisprudencias-criadas-pelo-julgamento-do-mensalao

    Lembrei do post “As jurisprudências criadas pelo julgamento do mensalão” porque ele não menciona a questão das jurisprudências do STF na Ação Penal 470 e não incluiu a que eu me referi acima. Parece que todos estão escondendo esta inovação.

    O post “A mascara do poder” foi indicado mais para mostrar uma outra visão das manifestações, embora eu não concorde com as idéias expressas no texto de Bruno Cava.

    O post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo formaxieri” é para mostrar como a concepção da democracia é equivocada mesmo nos altos estratos sociais. E falei que me arrependi porque com o artigo dele que deu origem ao post “Crise de liderança: o gestor e o político, por Aldo Fornazieri” deu-me a impressão de ter sido escrito por alguém que ainda vive na época das trevas antes do Iluminismo. Esta questão de crise de liderança dita na época atual pede logo a questão e que tipo de liderança ele quer: a carismática, a religiosa ou a burocrática. Qualquer resposta revela o atraso do texto dele. E no post “A cegueira branca do Estado e o gigane iluminado” serve para mostrar que nas camadas populares já existe enraizada uma concepção equivocada da democracia que de certo modo impregna em todos nós.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 16/03/2014 (Em Pedra Azul – MG)

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