O dia que as fábricas de lorotas piscaram, por César Cardoso

O dia que as fábricas de lorotas piscaram, por César Cardoso

Primeiro aqui, precisamos lembrar de uma coisinha inconveniente: o Facebook está combatendo mentiras e lorotas (ou fake news, que é o termo atual e que estou evitando usar) porque é uma questão de sobrevivência. Errou nas eleições americanas de 2016, e se errar em alguma outra eleição importante não terá uma terceira chance de errar.

Para ajudar a entender ainda mais o que aconteceu, existe a desconfiança do Monitor do Debate Político no Meio Digital de que havia uma rede sendo montada pelo MBL para influir nas eleições. Ou seja, é bem possível que o Facebook tenha identificado uma campanha de desinformação em gestação e atacou proativamente, usando a necessidade de “autenticidade” (o Facebook costuma ser bem rigoroso com quem não usa o nome civil) explicitada nos Termos de Serviço.

Dito isto, não deixa de ser absolutamente hilário como o mecanismo de apoio e alimentação das lorotas do MBL se desnudou com a decisão do Facebook. Pelo Twitter (rede que, devemos lembrar, foi salva da irrelevância pela campanha de Donald Trump e que, como agradecimento, deixa a direita fazer o que quer), Flávio Rocha da Riachuelo vestiu a carapuça de financiador e o indefectível Ailton Benedito vestiu a carapuça de tropa de choque do MBL. Evidente que não faltariam as acusações de “esquerdismo”, as distorções de sempre do MBL, correlacionando uma forte queda do valor das ações do Facebook à ação de derrubada, os RTs de perfis dormentes apenas para criar volume e distorcer o algoritmo do passarinho, o de sempre.

Ou seja: a mais bem-sucedida fábrica de lorotas da internet brasileira piscou forte hoje. E, ao piscar, descobrimos quem o financia, quem o sustenta e quem o defende.

Redação

4 Comentários

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  1. E se o “Centrão” montasse uma fábrica de FakeNews??? E se o PT??

    O MBL é apenas um grupo de moleques ingênuos que serviram de buxa de canhão para o impeachment. Com isso pensaram que tinham algum poder e autonomia… chegaram a tentar lançar candidato próprio.

    Aí descobriram como funciona o Brasil.

    AQUI A JUSTIÇA, A MÍDIA E A POLÍCIA TEM LADO: P. S. D. B. !!!!

    ESSE É NOME DO JOGO!!! ESSES SÃO OS DONOS DA BOLA!!! ESSES SÃO OS LÍDERES DOS ESQUEMAS!!!

    Duvido muito que, se o MBL estivesse apoiando Alckmin, essa fábrica de “fake news” estaria sendo desbaratada:

    1-A MÍDIA DEMONIZARIA A ATITUDE DO FACEBOOK… “CENSURA!!!”…COMO DEMONIZA QUALQUER FORMA DE REGULAÇÃO DA MÍDIA… E GANHA NO GRITO SEMPRE!

    2-JUÍZES DE TODO PAÍS ENTRARIAM COM AÇÕES SIMULTANEAS CONTRA O FACEBOOK DANDO PRAZO PARA RETORNO DAS CONTAS E PÁGINAS

    3-ARTISTAS SE SOLIDARIZARIAM COM A CAUSA DOS GAROTOS E A MÍDIA FICARIA FALANDO NISSO UMA SEMANA

    Mas o MBL traiu o “esquemão”… aí já era…

    Faltou ao MBL o que sobra no PSDB: mídia + justiça + Polícia Federal

    E se o Centrão de Alckmin resolver montar uma fábrica de “fake news” aos moldes do MBL??? Quem impediria??? Ou a “Grande mídia” já se configura como uma “Rede de Criação e Propagação” de fake news pró-PSDB???

     

    Vale também imaginar o que aconteceria se essa rede de FakeNews fosse do PT:

    1-Polícia Federal prenderia o MBL na frente das câmeras da Globo

    2-Mega-Operação em diversos Estados invadindo diferentes sedes do PT simultaneamente.

    3-Juíz Sérgio Moro arrumando delações e relacionando o dinheiro do MBL com a Petrobrás

  2. Financiadores do Golpe

    Há informação de que o MBL e o VemPraRua receberam recursos financeiros do exterior para desestabilizar o Brasil.

    O bilionário Jorge Paulo Lemann teria usado sua fundação pra financiar a mobilização que levou ao golpe contra Dilma.

    Por que nenhum partido, vítima desses esquemas, investiga e denuncia ?

  3. Nada a ver

    Trup salvou o Twitter ?
    Gosto e acompanho o Nassif e GGN há anos, mas tem alguns “especialistas” aqui, principalmente os que falam sobre tecnologia, que dá vergonha de ler…

    1. Todos os números (usuários,

      Todos os números (usuários, engajamento, receita etc) do Twitter melhoraram após a eleição de 2016, especialmente nos EUA.

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