O Espiritismo em sua expressão mais simples, por Marcos Villas-Bôas

O Espiritismo em sua expressão mais simples

por Marcos Villas-Bôas

O Espiritismo em sua expressão mais simples

 

Em diversos dos textos publicados neste blog, temos visto comentários de leitores que revelam grande desconhecimento sobre a Ciência Espírita, um dos pilares do Espiritismo. Obviamente, ninguém aceitará uma ciência que estuda Espíritos quando sequer entende como tudo começou e o que está por trás dela.

Voltaremos, então, ao básico e à história utilizando inicialmente o não tão conhecido livreto “O Espiritismo em sua expressão mais simples”, publicado por Allan Kardec em 1862 e facilmente encontrado em .pdf na Internet.

Trata-se de obra com 17 páginas, sendo que o conteúdo mesmo já começa na página 5. Para facilitar ainda mais aos nossos leitores, iremos resumir esse livreto de modo a apresentar em breves linhas a história do surgimento do Espiritismo e, consequentemente, do advento do estudo científico das manifestações espirituais.

“Por volta de 1848, chamou-se a atenção, nos Estados Unidos, para diversos fenômenos estranhos que consistiam em ruídos, batidas e movimentos de objetos sem causa conhecida. […] mas notou-se também que ocorriam particularmente sob a influência de certas pessoas, às quais se deu o nome de médiuns, que podiam de certa forma provocá-los à vontade, o que permitiu repetir as experiências. Para isso usaram-se sobretudo mesas; não que este objeto seja mais favorável que um outro, mas somente porque ele é móvel, é mais cômodo […]. Obteve-se dessa forma a rotação da mesa, depois movimentos em todos os sentidos, saltos, reversões […]. O fenômeno foi designado, a princípio, com o nome de mesas girantes ou dança das mesas”.

“Até então, o fenômeno podia explicar-se perfeitamente por uma corrente elétrica ou magnética, ou pela ação de um fluido desconhecido, e esta foi aliás a primeira opinião formada. Mas não se demorou a reconhecer, nesses fenômenos, efeitos inteligentes […]. Foi então evidente que a causa não era puramente física e, a partir do axioma: Se todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, concluiu-se que a causa desse fenômeno deveria ser uma inteligência”.

“[…] A primeira ideia foi que poderia ser um reflexo da inteligência do médium ou dos assistentes, mas a experiência demonstrou logo a impossibilidade disso, porque se obtiveram coisas completamente fora do pensamento e dos conhecimentos das pessoas presentes, e até em contradição com suas ideias, vontade e desejo; ela só podia, então, pertencer a um ser invisível. O meio de certificar-se era bem simples: bastava iniciar uma conversa com essa entidade, o que foi feito por meio de um número convencional de batidas significando sim ou não, ou designando as letras do alfabeto; obtiveram-se, dessa forma, respostas para as diversas questões que se lhe dirigiam. O fenômeno foi designado por mesas falantes. Todos os seres que se comunicaram dessa forma, interrogados sobre sua natureza, declaram ser Espíritos e pertencer ao mundo invisível”.

“Da América esse fenômeno passou para a França e o resto da Europa onde, por alguns anos, as mesas girantes e falantes estiveram na moda e se tornaram os divertimentos dos salões […]”.

“Salientemos, antes, que a realidade do fenômeno encontrou numerosos opositores; alguns, sem levar em conta a preocupação desinteressada e a honradez dos experimentadores, só enxergaram uma fraude, uma hábil sutileza […]. Outros, não podendo negar os fatos, e sob o império de certas ideias, atribuíram esses fenômenos a influência exclusiva do diabo e procuraram, assim, assustar os tímidos”.

“Os outros críticos não tiveram sucesso maior porque, aos fatos constatados, com raciocínios categóricos, só puderam opor denegações. Leiam o que eles publicam e em toda parte encontrarão a prova da ignorância e a falta de observação séria dos fatos; em nenhum lugar, uma demonstração peremptória de sua impossibilidade. Toda a argumentação deles resume-se assim: ‘Eu não acredito, então não existe; todos os que acreditam são loucos; somente nós temos o privilégio da razão e do bom senso’”.

“As comunicações por batidas eram lentas e incompletas; verificou-se que, adaptando um lápis a um objeto móvel (cesto, prancheta ou um outro, sobre os quais se colocavam os dedos), esse objeto começava a movimentar-se e traçava sinais. Mais tarde verificou-se que esses objetos eram tão-somente acessórios que podiam ser dispensados; a experiência demonstrou que o Espírito, que agira sobre um corpo inerte dirigindo-o à vontade, podia agir da mesma forma sobre o braço ou a mão, conduzindo o lápis. Tivemos então médiuns escritores, ou seja, pessoas que escreviam de modo involuntário, sob o impulso dos Espíritos, de que eram instrumentos e intérpretes. A partir daí, as comunicações não tiveram mais limites, e a troca de pensamentos pode-se fazer com tanta rapidez e desenvolvimento quanto entre os vivos. Era uma vasto campo aberto à exploração, a descoberta de um mundo novo: o mundo dos invisíveis, assim como o microscópio tinha desvendado o mundo dos infinitamente pequenos”.      

“Soube-se logo, por eles mesmos, que não se trata de seres à parte na criação, mas das próprias almas daqueles que viveram na Terra ou em outros mundos; que essas almas, depois de terem despojado de seu envoltório corporal, povoam e percorrem o espaço. Não houve mais possibilidade de dúvidas quando se reconheceram, entre eles, parentes e amigos, com quem se pode conversar […]”.

“Há no homem três coisas essenciais: 1o) a Alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral; 2o) o corpo, o envoltório material, pesado e grosseiro, que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior; 3o) o perispírito, envoltório fluídico, leve, e que serve de laço e intermediário entre o Espírito e o corpo”.

“A morte, portanto, não passa da destruição do grosseiro envoltório do Espírito – só o corpo morre, o Espírito não. Durante a vida o Espírito está de certa forma limitado pelos laços da matéria a que está unido e que, muitas vezes, paralisa suas faculdades […]. Em seu estado normal, o perispírito é invisível, mas o Espírito pode fazer com que sofra certas modificações que o tornam momentaneamente acessíveis à vista e até ao contato, como acontece com o vapor condensado, é assim que eles podem às vezes mostrar-se a nós em aparições. É com ajuda do períspirito que o Espírito age sobre a matéria inerte e produz os diversos fenômenos de ruído, de movimento, de escrita, etc.”

“As batidas e movimentos são, para os Espíritos, meios de atestar sua presença e chamar para si a atenção, exatamente como quando uma pessoa bate para avisar que há alguém. Há os que não se limitam a ruídos moderados, mas que chegam a fazer um alarido como de louça quebrando, de portas que se abrem e fecham, ou de móveis derrubados”.

“Os Espíritos podem ainda manifestar-se de várias maneiras, entre outras pela visão e pela audição. Certas pessoas, ditas médiuns auditivos, têm a faculdade de ouvi-los e podem, assim, conversar com eles; outras os veem – são médiuns videntes. Os Espíritos que se manifestam à visão apresentam-se geralmente sob forma análoga a que tinham quando vivos, porém vaporosa; outras vezes, essa forma tem toda a aparência de um ser vivo, a ponto de iludir completamente, tanto que algumas vezes foram tomados por criaturas de carne e osso, com as quais se pode conversar e trocar apertos de mãos, sem se suspeitar que se trava de Espíritos, a não ser em razão de seu desaparecimento súbito”.

“Que cada um junte suas lembranças e veremos quantos fatos autênticos desse tipo, de que não nos apercebíamos, aconteceram não só à noite, durante o sono, mas em pleno dia e no estado mais completo de vigília. Outrora víamos esses fatos como sobrenaturais e maravilhosos, e os atribuíamos à magia e à feitiçaria; hoje, os incrédulos os atribuem à imaginação; mas desde que a ciência espírita nos deu a chave, sabemos como se produzem e que não saem da ordem dos fenômenos naturais” (grifo nosso).

“Acreditamos ainda que os Espíritos, só pelo fato de serem Espíritos, devem ser donos da soberana ciência e soberana sabedoria: é um erro que a experiência não tardou demonstrar. […] Os Espíritos, não sendo mais do que as almas dos homens, naturalmente não podem tornar-se perfeitos ao abandonar seu corpo; até que tenham progredido, conservam as imperfeições da vida corpórea; e por isso que os vemos em todos os graus de bondade e maldade, de saber e ignorância”.

“As instruções dadas pelos Espíritos de categoria elevada sobre todos os assuntos que interessam à humanidade, as respostas que eles deram às questões que lhe foram propostas, foram recolhidas e coordenadas com cuidado, constituindo toda uma ciência, toda uma doutrina moral e filosófica, sob o nome de Espiritismo” (grifo nosso).

“No espaço de alguns anos conseguiu adesões em todos os países do mundo, sobretudo entre as pessoas esclarecidas, inúmeros partidários que aumentam todos os dias em uma proporção extraordinária, de tal forma que hoje pode-se dizer que o Espiritismo conquistou direito de cidadania”.

“O Espiritismo, entretanto, não é descoberta moderna; os fatos e princípios sobre os quais ele repousa perdem-se na noite dos tempos, pois encontramos seus vestígios nas crenças de todos os povos, em todas as religiões, na maior parte dos escritores sagrados e profanos; só que os fatos, não completamente observados, foram muitas vezes interpretados segundo as ideias supersticiosas da ignorância, e não foram deduzidas todas as suas consequências”.

“Se as almas ou Espíritos podem manifestar-se aos vivos, é que isso é natural e, portanto, eles devem tê-lo feito todo o tempo; assim, em qualquer época e qualquer lugar encontramos a prova dessas manifestações abundantes, sobretudo nos relatos bíblicos”.

“O que é moderno é a explicação lógica dos fatos, o conhecimento mais completo da natureza dos Espíritos, de seu papel e de seu modo de ação, a revelação de nosso estado futuro, enfim, sua constituição em corpo de ciência e doutrina e suas diversas aplicações. Os Antigos conheciam o princípio, os Modernos conhecem os detalhes. Na Antiguidade, o estudo desses fenômenos constituía o privilégio de certas castas que só os revelavam aos iniciados em seus mistérios; na Idade Média, os que se ocupavam ostensivamente com isso eram tidos por feiticeiros e, por isso, queimados; mas hoje não há mistérios para ninguém, não se queima mais ninguém; tudo se passa claramente e todo mundo pode esclarecer-se e praticá-lo, pois há médiuns em toda parte”.

Nota-se desse breve resumo do livreto de Kardec que a ciência espírita foi construída de forma séria, com observação, experimentação, olhar crítico e um ceticismo razoável, partindo de induções (da prática para a teoria, do particular para o geral, do concreto para o abstrato) via manifestações espirituais e seguindo o rigor lógico-dedutivo (da teoria para a prática, do geral para o particular, do abstrato para o concreto) exigido no seio científico do século XIX para se construir um corpo científico e filosófico. O viés religioso veio apenas mais tarde e, sobretudo, no Brasil.

Para se por a favor ou contra a Ciência Espírita em si e suas teorias, é preciso ao menos conhecer o básico sobre elas, o que a imensa maioria dos favoráveis e contrários ainda não o faz, mesmo entre aqueles que se dizem fervorosos adeptos do Espiritismo e entre aqueles que dizem já tê-lo estudado profundamente e não encontrado nada de real.

Esperamos humildemente que este blog possa ajudá-los nessa empreitada de expandir o conhecimento sobre tema tão fundamental para nossas vidas. E antes que os espíritas se decepcionem com essa afirmação acima, encerramos este texto com uma assertiva no mesmo sentido do Espírito Bezerra de Menezes, ao prefaciar a excelente obra, que merece ser lida do início ao fim, em todos os seus volumes, Filosofia Espírita (volume VI), psicografada por João Nunes Maia sob acoplamento mediúnico com o Espírito Miramez:

“Os espíritas, em geral, precisam estudar mais, para melhor assimilarem as leis de Deus, alargando a compreensão em todas as áreas da vida na edificação da caridade, porque somente conhecemos o amor pelos caminhos da benevolência. Não pode, portanto, ficar sem estudar as obras básicas da codificação; partindo delas, eles encontrarão, nas outras, que vitalizam mais o Espiritismo, um mundo de revelações, que nos leva a grandes esperanças”.         

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Redação

35 Comentários

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    1. mas muito bonita…

      bem mais bonita que uma caverna, por exemplo, porque ser livre tem seu principal significado no ser em todos os sentidos que há para ser

      1. livre?

        Livre como, se vc vive preso à idéia de que existe a tal vida após a morte?

        mas não tem.

        Isso é só pra enganar otário.

        É como a reencarnação dos hindus.

        O cara nasce na casta inferior e vai morer inferior.

        Mas se ele trabalhar avida inteira sem reclamar, TALVEZ ele reencarne em uma casta superior.

        Vai esperando, mané…

        1. rs……………..gostei do “mané”

          lembrou-me que já fui zé mané e zé ninguém aqui neste novo velho mundo

          e a caverna que mencionei, só o fiz por já ter sido spelunker…………………………………………….

          mas não deixa de ser interessante a gente se sentir livre para reencanar em qualquer casta ou sempre na mesma

          o reconhecimento dessa impossibilidade, pelo que já consegui entender do que já tomei conhecimento até agora, é o que me afasta dos ditos profundos…………………….uma vez livre, voltar em, ou com, predeterminações pra quê?

          pelo que já pude entender dos ditos profundos, voltar como se deseja é que liberta

          queira-me bem ou não me leve a sério, porque a bem da verdade até a vida é uma mentira, uma ilusão

          1. direito seu

            É um direito seu acreditar em qualquer coisa que faça vc se sentir melhor.

            mas isso não te livra de ser um mané.

  1. Coicidência? 2 artigos
    Coicidência? 2 artigos sucessivos com matéria religiosas. Uma enaltecendo uma linha e outro denigrindo outra oposta a primeira. Fica atento Luis Nassif. Não permita q teu espaço se torne tendencioso, por favor. De tendeciosos basta a Rede Globo.

    1. Nada a ver… Em um artigo

      Nada a ver… Em um artigo trata-se de um agente do estado extrapolando suas atribuições ao fazer proselitismo religioso. No outro, nada se faz senão esclarecer a pretensão dos adeptos do espiritismo de se utilizar da ciência para efetuar as necessárias depurações na doutrina.

      Se estivéssemos diante de um procurador simpático ao espiritismo praticando passes, fazendo preces ou exortando o público a adotar determinada postura quanto a educação de crianças e adolescentes, certamente mereceria o mesmo tratamento de reprovação.

      “Daí a Cesar o que é de César, a Deus o que é de Deus”: A atuação do agente ministerial deve se resumir ao estrito cumprimento da legislação e das recomendações expedidas com base em normas jurídicas. Assuntos religiosos só devem ser objeto de “discussão” quando houver alguma violação à liberdade de crença, o que não parece ser o caso.

      De resto, devem ser tratados com a máxima neutralidade possível pelos agentes estatais, deixando que os pais conduzam a educação moral e religiosa de seus filhos, na linha que lhes bem aprouver, desde que respeitando a integridade física e psicológica dos filhos. 

  2. agora sim…………………….muito belo

    como é bonito se aproximar de uma existência real……………………………………………………………

    vida e consciência são fundamentais para tudo mais ser perfeito,

    não vontades, não comportamentos………………………………..

    a morte é perfeita, mas não quando fora de época, provocada ou acidental

    gostei muito do que foi dito do acoplamento…………………….vou ler mais sobre o que já se sabe

    devemos cuidar dessas passagens fora de época, muitas respostas estão lá, no amor e na caridade

    na falta desta……………………………………………………………….bem…vamos em frente

  3. Será que os espíritos são

    Será que os espíritos são contra ou a favor de eleição indireta? Será que existe espírito de “direita”, de “esquerda”, de “centro”, democrata, autocrata, ditador ou monarquista?

  4. Uma vez que a polêmica

    Uma vez que a polêmica ciência vs não ciência será inevitável, gostaria de saber vossas opiniões sobre 

    Ginzburg e o Paradigma Indiciário

    https://cafecomclio.wordpress.com/2014/09/14/ginzburg-e-o-paradigma-indiciario/

    Ementa

    O presente artigo trata do importante papel do paradigma indiciário no interior das ciências humanas e de sua estreita relação com a semiologia médica. O autor procura mostrar que assim como o médico produz seus diagnósticos observando, investigando os sintomas, assim muitos outros saberes indiciários produzem um conhecimento lendo e interpretando os sinais, as pistas e os indícios.

    http://www.historiaecultura.pro.br/cienciaepreconceito/instrumentos/sinais.pdf

    Universidade Federal Fluminense

    Curso: Estudos de Mídia

    Aluno: Gabriel Gallindo Pacheco

    Disciplina: Metodologia de Pesquisa Prof.: Marco Roxo

    Resenha dos textos:

    GINZBURG, Carlo. Sinais, raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, emblemas e sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 143-179

    GINZBURG, Carlo. Introdução. In: História noturna: decifrando o sabá. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. p. 9-37.

    Paradigma indiciário: da fundamentação à prática

    Como se aprofundar em um modo de vida, ou melhor, na cultura de um grupo disperso em localidade e que não tem sequer literatura própria? Talvez essa pergunta seja o que motivou Ginzburg a escrever “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”. Ele carecia de um método apropriado de estudo científico para um objeto, os praticantes do sabá exposto em “História Noturna: Decifrando o Sabá”, que em seu primeiro ponto (após uma breve introdução do assunto) questiona: “Como e por que se cristalizou o sabá? Que se esconde por trás disso?”. Logo a seguir é exposto que a pesquisa a qual gerou o “História Noturna” (sendo esse uma retomada e aprofundamento do Andarilhos do bem de 1966) visava conhecer as crenças de tais homens e mulheres acusados de bruxarias por volta do século XV e XVII.

    https://www.passeidireto.com/arquivo/18168816/resenha-raizes-de-um-paradigma-indiciario

     

    1. muito interessante…

      das escrituras ou da boca pra fora, qualquer passo adiante podemos nos perder…………………….

      quanto a isso vale estudar o Lar de Sara, entre outras e por exemplo

      elos que são levados de uma região para outra, contam muito mais, porque é do homem não se preocupar ou não dar valor aos relicários domésticos…………………..

      ou peça ao homem, daquela época, para descrever seu lar e ele descreverá sua terra

  5. Pomba gíria neguinha lindinha vai revelar!

    Kardec baixou na pomba gíria neguinha lindinha!!!

    Foi tudo gravado, esperem o audio.

  6. espiritismo, uma questão de fé

    A fé talvez seja o mais poderoso entorpecente natural produzido pela mente humana. Abrir mão dos critérios , da critica e da dúvida promove uma sensação de bem estar indescritível . Plenitude , um poder sobre o desconhecido e a ignorância. O preço a pagar por este “barato” é a alienação , o descolamento da realidade. Toda hipótese espirita está fundamentada em batidas de mesas, aparições misteriosas e nos seus médiuns. Muito pouco para uma teoria cientifica. A ciência conhecida explicaria os fenômenos com frequencias ressonantes nos casos físicos e com a psiquiatria no casos dos médiuns. Explicações sem o mesmo apelo psicológico do conto de fadas espirita mas plausíveis. Quanto mais avança a nossa ciência materialista menos espaço vai sobrando para as fantasias espiritas . Aproximar o espiritismo da ciência é um ardil criminoso dos espiritas. Apesar de se considerarem cultos e esclarecidos a maioria dos espiritas que conheço tem fundamento escolar precario e desconhecem as noções mais elementares da nossa ciência , o espiritismo cria um esteriotipo mistico à ciência que prejudica justamente os de menor preparo. A natureza não é humilde, caridosa ou mesmo tem um propósito. Estes valores são humanos . Acredtar em deuses e espiritos traz todo o conforto que a fé pode proporcionar. Acreditar no homem com todas as imperfeições e sua inexorável finitude é a dura realidade que se apresenta. 

    1. Antena de grande potência

      Escritores e artistas parecem ter uma antena mais potente que a dos reles mortais

      Fernando Pessoa

      “(…) O médium – Tudo indica que Fernando Pessoa pertencia a uma família de médiuns. Frequentemente, confessava a amigos que fazia parte de um pequeno grupo de sessões práticas de Espiritismo. Nelas, sua mãe apresentava, segundo o poeta, expressivas manifestações mediúnicas. Além da participação de sua família, ele sempre mencionava sua tia Anica e uma senhora de nome Maria, ambas médiuns de escrita automática. Consta que Fernando Pessoa tornou-se médium de escrita automática – psicomecânica e também médium vidente, aos 28 anos.

      Sua primeira comunicação mediúnica foi através da escrita de seu falecido tio Cunha. A expressiva mediunidade psicomecânica, ou de escrita automática, como Fernando Pessoa classificava, não interferia na mente do médium, nem havia, tão pouco, alterações de personalidade, mas, segundo o poeta, por vezes ficava inconsciente, magnetizado e caindo para o lado.

      Quanto à sua mediunidade de vidência, Fernando Pessoa conseguia ver com absoluta nitidez a sua aura, a irradiação de suas mãos e a presença de Espíritos benfeitores que o assistiam nas horas de necessidade.

      http://espiriteiro.blogspot.com.br/2009/09/fernando-pessoa-poeta-e-medium.html

      Ligia FagundesTeles sobre os sinais emitidos acerca da morte de Lispector

      “(…) Clarice Lispector

      Era uma grande amiga, além de excepcional escritora. Sempre me dizia: “Liginha, não sorria nas fotos. Ninguém leva a sério mulher que aparece sorrindo na fotografia!”. Também era ótima companhia em viagens. Certa vez, em Cali, na Colômbia, abandonamos os debates para ficar no bar, bebendo champanhe (ela) e vinho tinto, enquanto ríamos gostosamente e ela pedia a minha opinião sobre quem era mais indiscreto nas suas traições, o homem ou a mulher. Aliás, na viagem de ida, quando o avião balançava muito e eu estava preocupada, Clarice se voltou para mim e disse: “Não tenha medo porque o avião não vai cair. Minha cartomante disse que eu morreria deitada, portanto, fique tranquila”. Esse misticismo era contagiante. Certa noite, quando eu dormia em um hotel da cidade de Marília, onde participava de um seminário, fui acordada por uma andorinha desgarrada, que entrou voando no meu quarto. Levei um susto, mas logo estranhei a forma como o animal me encarava, muito amigável. Logo, consegui que o pássaro saísse pela janela. No dia seguinte, fui informada que Clarice morrera naquela noite. Só consegui dizer, baixinho: “Eu já sabia”.

      Fiódor Dostoiévski

      “A obra dostoievskiana explora a autodestruição, a humilhação e o assassinato, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio: seus escritos são chamados por isso de “romances de ideias”, pela retratação filosófica e atemporal dessas situações.[7] O modernismo literário e várias escolas da teologia e psicologia foram influenciados por suas ideias.[7]

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Fi%C3%B3dor_Dostoi%C3%A9vski

  7. Agradecementos…

    Meu caro,

     

    Continuemos as lutas em prol da disseminação da doutrina espirita, especialmente no seio das pessoas de pensamento progressista de esquerdas, como todos os antecessores sempre é um caminho cheio de adversidades e adversários ferrenhos, aos quais penso eu que somente o tempo, as experiências da vida e a experiência da morte apaziguaram as animosidades. Aos editores e ao autor peço que apesar das adversidades continuemos o trabalho em prol da divulgação do pensamento Kardecista em nosso pais, de forma alguma observando nos artigos o proselitimso e a tentativa de conversão forçada, trata-se de um espaço àqueles que como alguns segmentos dos movimentos esperitas e kardecistas, há muitas convergências e sintonias entre o progresso socialista e o pensamento espiritita , lembremos de Fourier, Owen que foram grandes em ambas áreas do conhecimento. Se me permitem sugiro o texto a seguir que prolonga a discussão:

    http://www.koinonia.org.br/tpdigital/detalhes.asp?cod_artigo=422&cod_boletim=23&tipo=Artigo  Por: André Andrade Pereira (Cientista da Religião – professor da UFF)

    1. Walace Roza: o fundametalista!

      Acima Roza cometeu dois atos explícitos, não falhos, que demonstra seu fundametalismo:

      1°) chamou de adeversários ferrenhos – os que discordam da doutrinação que nessas páginas fazem. Contudo, classificou os lúcidos e realistas como inimigos.

      2°) recomendou não fazer conversão forçada – mas isso, sim, foi ato falho, tal desejo é latente nele. 

      Por tudo é um fundamelista envergonhado: o desejo de abrir uma inquisição espírta, com júizes do além em mesas flutantes, é recoberto por uma humildade hipócrita e dissimulada!

    2. Walace Roza: o fundametalista!

      Acima Roza cometeu dois atos explícitos, não falhos, que demonstra seu fundametalismo:

      1°) chamou de adeversários ferrenhos – os que discordam da doutrinação que nessas páginas fazem. Contudo, classificou os lúcidos e realistas como inimigos.

      2°) recomendou não fazer conversão forçada – mas isso, sim, foi ato falho, tal desejo é latente nele. 

      Por tudo é um fundamelista envergonhado: o desejo de abrir uma inquisição espírta, com júizes do além em mesas flutantes, é recoberto por uma humildade hipócrita e dissimulada!

    3. Walace Roza: o fundametalista!

      Acima Roza cometeu dois atos explícitos, não falhos, que demonstra seu fundametalismo:

      1°) chamou de adeversários ferrenhos – os que discordam da doutrinação que nessas páginas fazem. Contudo, classificou os lúcidos e realistas como inimigos.

      2°) recomendou não fazer conversão forçada – mas isso, sim, foi ato falho, tal desejo é latente nele. 

      Por tudo é um fundamelista envergonhado: o desejo de abrir uma inquisição espírta, com júizes do além em mesas flutantes, é recoberto por uma humildade hipócrita e dissimulada!

    4. Walace Roza: o fundametalista!

      Acima Roza cometeu dois atos explícitos, não falhos, que demonstra seu fundametalismo:

      1°) chamou de adeversários ferrenhos – os que discordam da doutrinação que nessas páginas fazem. Contudo, classificou os lúcidos e realistas como inimigos.

      2°) recomendou não fazer conversão forçada – mas isso, sim, foi ato falho, tal desejo é latente nele. 

      Por tudo é um fundamelista envergonhado: o desejo de abrir uma inquisição espírta, com júizes do além em mesas flutantes, é recoberto por uma humildade hipócrita e dissimulada!

    5. Walace Roza: o fundametalista!

      Acima Roza cometeu dois atos explícitos, não falhos, que demonstra seu fundametalismo:

      1°) chamou de adeversários ferrenhos – os que discordam da doutrinação que nessas páginas fazem. Contudo, classificou os lúcidos e realistas como inimigos.

      2°) recomendou não fazer conversão forçada – mas isso, sim, foi ato falho, tal desejo é latente nele. 

      Por tudo é um fundamelista envergonhado: o desejo de abrir uma inquisição espírita, com júizes do além em mesas flutantes, é recoberto por uma humildade hipócrita e dissimulada!

  8. Walace deveria consultar a pomba-gíria neguinha lindinha!

    Assim, que sabe Nietzsche baixaria nela, para adverti-lo de é um sacerdote ascético não-assumido, que seu sentido de vida é renegar a própria, te-la como suja e fétida. Buscando, com isso, dominar a vida dos demais homens, para, mediante, essa humildade cínica, ter prazer de viver!

    1. Amigo, para seres lido não

      Amigo, para seres lido não precisas repetir seus comentários à exaustão, pois você está tirando o direito  de outros se manifestarem

  9. Walace deveria consultar a pomba-gíria neguinha lindinha!

    Assim, que sabe Nietzsche baixaria nela, para adverti-lo de é um sacerdote ascético não-assumido, que seu sentido de vida é renegar a própria, te-la como suja e fétida. Buscando, com isso, dominar a vida dos demais homens, para, mediante, essa humildade cínica, ter prazer de viver!

    1. Esteja à vontade!

      À seu desejo e vontade, caro André!

      Não vou lhe censurar moralmente nem culpalizar como tentou comigo linhas abaixo!!!

      Isso, são velhas estratégias espíritas. 

    2. Esteja à vontade!

      À seu desejo e vontade, caro André!

      Não vou lhe censurar moralmente nem culpalizar, como tentou comigo linhas abaixo!!!

      Isso, são velhas estratégias espíritas. 

  10. Vocês tem o direito de crer

    Vocês tem o direito de crer no que quiserem. Só acho que chamar de ciência não é apenas equivocado , mas desonesto. Qualquer ilusionista é capaz de reproduzir os truques relatados de forma bastante simples. Há números até mais complexos performados por magicos atuais (reproduzir desenhos “telepaticamente”, fazer sumir e reaparecer objetos em frente à plateia,  entortar chaves e colheres – todos truques já desmascarados). Se hoje nos parecem eventos inexplicáveis,  imagine no século. XIX.   Estar no mundo de modo finito e transitório é assustador, mas nos dá um senso tanto de nossa irrelevância quanto de nossa responsabilidade. Não somos o centro do universo nem a razão de ser do mundo natural. Somos um acaso. Quando tomarmos consciencia disto aprenderemos a darmais valor a todos os momentos e experiência s que temos a sorte de experimentar e dar um sentido a existencia para além de nós mesmos, pensando nas futuras gerações. 

  11. O método conjectural de Carlo Ginzburg

    Para não cair na cilada da ciência vs não ciência, postei alguns links sobre o método conjectural de Carlo Ginzeburg…,..interesante o quanto a pesquisa me serviu para ver a importância dos processos judiciais como registro de uma memória de uma realidade…,..aliás, processos que, com a era da digitalização, estão virando pó…

    Um caso de injustiça da putrefata justiça contra nossos familiares

    https://josecarloslima.blogspot.com.br/2017/05/um-caso-de-injustica-da-putrefata.html

     

  12. Espíritismo x Ciência

    Não vou falar do texto, mas de alguns comentários que tinha visto depois dos textos do Villas Boas. Mais precisamente os comentários que tentam demonstrar que a Doutrina Espírita não é ciência.

    Realmente, até certo ponto esses comentários estão corretos, no entanto, gostaria de transcrever apenas um trecho da Revista Espírita 01 de janeiro 1858:

    “Talvez nos contestem a denominação de Ciência, qeu damos ao Espiritismo. Ele não teria, sem dúvida e em nenhum caso, as caracterísitcas de uma Ciência exata e precisamente nisso está o erro dos que o pretendem julgam e experimentar como uma análise química ou um problema de Matemática; já é bastante que seja uma Ciência filosófica. Toda Ciência deve basear-se em fatos; mas estes por si sós; não constituem a Ciência; ela nasce da coordenação e da dedução lógica dos fatos; é o conjunto de leis que o regem. Chegou o Espiritismo ao estado de uma Ciência? Se se trata de uma Ciência acabada, sem dúvida será prematuro responder afirmativamente; mas as observações já são bastante numerosas para permitirem pelo menos deduzir os princípios gerais, onde começa a Ciência.”

    Acho que alguém já publicou alguma coisa, mas não custa repetir, a ciência vem estudando a reencarnação que é um dos princípios da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, estudos que estão sendo realizados na Universidade de Yale.

    https://ositedosespiritas.wordpress.com/2017/04/30/

     

     

     

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