“O Governo é provisório nossos direitos são originários”

Jornal GGN – Guerreiros Kaiowá Guarani afiram que não irão permitir que a equipe de governo de Michel Temer legalize o genocídio indígena. Alexandre de Moraes diz que vai reanalisar as portarias declaratórias de Terras Indígenas e o Pastor Everaldo quer a presidência da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), leia aqui e aqui.

Em seu Blog da Esplanada, Leandro Mazzini afirma que o Partido Social Cristão pediu o comando da FUNAI. O pedido tem o respaldo da frente evangélica na Câmara dos Deputados e o nome cogitado é o de Pastor Everaldo, aliado de Aécio Neves nas eleições de 2014 e de Michel Temer durante narrativa do golpe.

Quem quer que assuma a função vai estar frente a frente com o povo indígena organizado, podendo enfrentar um ritual indígena ou de exoneração, como enfrentou Romero Jucá quando entrou na atual equipe de governo. Ou então escutar o que Walter Coutinho escutou em reunião na FUNAI no último dia 19. Veja aqui e aqui.

No início do governo interino, a Folha de S. Paulo publicou uma entrevista com o ministro interino da Justiça, Alexandre de Moraes. A entrevista teve alta circulação na rede pois o ministro declarou que “nenhum direito é absoluto”, confira aqui. A entrevista também revela que ele pretende reanalisar as portarias declaratórias de Terras Indígenas durante sua gestão.

Num Congresso Nacional sem índio há 29 anos, o processo de decisão tende a ser drasticamente desequilibrado. Conheça aqui o único deputado federal indígena da história.

Mais de 3.000 indígenas se movimentam na região de Dourados-MS para defender as Terras Indígenas (TIs) contra as decisões judiciais de reintegração de posse. A assinatura do decreto pelo juiz federal substituto Fabio Kaiut Nunes representa violência às comunidades de Apyka’i, Ita Poty e Yvuy porque o povo indígena afirma resistir até a morte, assista aqui e aqui.

No mês de março, comunidades do município de Juti-MS resistiram às tentativas judiciais de reintegração. À época, Valdelice Veron afirma que liminar de despejo significa morte para os povos indigenas Kaiowá Guarani. “Eu não sei se um juiz tem ideia quando assina do que é despejo. Despejo é morte”, disse ele.

Com a liminar, é a Polícia Militar de MS quem realiza o despejo. Para Valdelice, primeiro “chega pistoleiro e queima toda nossa aldeia, estupra nossas crianças e amarra nossos caciques. Depois chega também o departamento de Operação da Fronteira (DOP), a mando dos latifundiários, depois chega a Polícia Militar, depois a Polícia Federal, e fazem um massacre, joga nós pra beira da estrada”, disse.

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Redação

3 Comentários

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  1. Não me canso de ver a foto

    Não me canso de ver a foto desses dois índios. Olho para o pequeno e sinto uma vontade de vê-lo pessoalmente, de pegá-lo, de apertá-lo no meu peito, com muito amor, com todo o carinho do mundo, porque ele é uma figurinha linda demais. 

    Sempre tive uma enorme compaixão dos índios, e nunca, jamais, admitirei os maus tratos praticados contra eles, que deveriam ser os brasileiros de primeira classe, por serem os reais proprietários de nossas terras, invadidas por todos que só pensaram em lhes fazer muito mal, e que até hoje os marginalizam, quando poderiam neles se inspirar. São pessoas sábias, guerreiras, valentes, que só querem viver a vida deles, sem a interferência do homem branco.

     

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