O #primeiroassedio de Ana Estela Haddad

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad, participou da campanha virtual #primeiroassedio, criada pelo movimento Think Olga, que incentiva mulheres a relatarem seu primeiro caso de assédio sexual ou outro tipo de abuso durante a infância. A hashtag, usada nas redes sociais, surgiu após uma participante do Masterchef Junior, de apenas 11 anos, ter sido alvo de postagens pedófilas.

Veículos de imprensa também aderiram à movimentação e lançaram a campanha #‎AgoraéQueSãoElas, abrindo espaço para que jornalistas e figuras públicas também escrevam sobre assédio, direitos da mulher e violência doméstica, entre outros pontos. 

Ana Estela publicou seu relato na Revista São Paulo, do Grupo Folha.

O GGN reproduz abaixo:

“Eu tinha 12 anos. Havia visto um filme romântico no cinema com uma prima minha. Gostei do filme e resolvi assistir de novo, mas não tinha ninguém para me fazer companhia. Fui numa sessão de tarde, havia poucas pessoas. Um senhor bem mais velho sentou do meu lado, com um intervalo de uma cadeira. Durante a sessão, ele começou a se masturbar. Eu não entendi direito o que ele estava fazendo… Aquilo me perturbou demais. Eu não estava preparada para aquela situação. Saí um pouco antes de terminar a sessão. Tinha apagado essa memória da minha mente. Comecei a ler um pouco sobre o assunto [do primeiro assédio] e a lembrança foi vindo.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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      1. Pois é.

        Pelo teor e semelhança do arjumento, sobre o que ele faria e recomenda para o prefeito, o pompeuzinho deve também ser daqueles que, “aqui agora”, se desfazem… do sofá!!
         

      1. oh povo mau humorado…só

        oh povo mau humorado…

        só tentei fazer uma boutade inteligente!

        eu até sigo a primeira dama ana estela lá no face

        e votei de mala e cuia no doutor haddad, apesar do maluf…

        GGN tá meio zoado… não consigo acessá-lo com meu login original pelo google chrome…

        fiz uma gambiarra no opera pra entrar, mas saiu um joao carlos da silva!!?? sei lá o que acontece…

    1. Desejo pofundamente

      que tu não tenhas filho ou filha. Tenho muita pena de quem tem um pai assim, pois não acredito que uma pessoa com um pensamento igual ao teu zele pelo bem estar dos filhos. Quem tem filho sabe o medo que a gente tem de que façam qualquer tipo de maldade aos rebentos. O que a mulher do Haddad contou, ela sofreu aos doze anos, quando era criança. Criança é um ser vulnerável sempre. Zelemos pelas nossas crianças..

  1. O sujeito era um pedófilo.
    O
    O sujeito era um pedófilo.
    O que mais ressalta nessa campanha é como a pedofilia é uma prática arraigada na sociedade brasileira, independente da classe social.

  2. Não estamos imunes, a

    Não estamos imunes, a salvo!

    A sociedade deve ter a CLAREZA para cuidar de seu lado escuro!

    Precisamos trabalhar de forma aberta o nosso lado escuro, oculto que se revela das mais diversas agressões se quisermos ter uma sociedade menos violenta!

  3. Assédio sexual

    Pois é, coisas como essas, nos todas mulheres hoje, meninas ontem, vivenciamos. Parabéns Ana Estela pelo depoimento e apoio à essa campanha. Pelas meninas e meninos do Brasil. Por uma outra relação entre mulheres e homens. 

     

  4. O número de meninas e meninos

    O número de meninas e meninos que sofreu assédio há algumas décadas é incalculável. Não havia qualquer tipo de punição e era inaceitável uma criança falar sobre o assunto nesses tempos.

    Hoje, acho que criaremos adultos melhores, a abertura é muito maior . Os psicopatas já podem ser flagrados nos primeiros abusos. Vemos, toda hora, velhotes de 60, 70 e 80 anos sendo flagrados. Imaginem quantas crianças essas aberrações não abusaram em quase um seculo de vida e impunidade.

  5. Assédio sexual: será ?
    Eu

    Assédio sexual: será ?

    Eu devia ter 13 anos de idade.

    Éramos uma família de classe média  média. Pai, mãe, três irmãos homens. Eu era o mais velho.

    Minha mãe tinha duas empregadas domésticas que nos serviam dia e noite. Casa Grande e Senzala em pleno século XX. A que folgava no sábado trabalhava no domingo e vice-versa.

    Uma cozinhava e lavava a louça. A outra arrumava  e varria a casa e, também, cuidava dos jardins do quintal e da frente da casa.

    A cozinheira servia o café da manhã, às 7:00 hs, antes da gurizada ir para a escola,  às 10:00 hs, um lanche para a mãe e amigas, às 12:30 hs, o almoço para a família toda reunida, às 16:30 hs, o lanche da tarde para os filhos e amigos e, às 19:30 hs, o jantar.

    Nada  de direitos trabalhistas.

     Bendita a lei que libertou da escravidão as nossas queridas empregadas domésticas.

    Chegava da escola, tomava um banho, vestia uma camiseta e uma bermuda, calçava uns chinelos.

    Na hora do almoço, discretamente, não cansava de olhar de banda para a nossa cozinheira, que nos servia sempre alegremente, com o bom humor que encantava a todos. Uma ocasião, meu pai me deu um chute no meio das canelas. Era um alerta para que eu me comportasse. Minha mãe ria.

    Lá pelas 14:00 hs, meu pai já havia se dirigido para sua empresa, supervisionar o trabalho dos operários que o enriqueciam cada vez mais e minha mãe já havia se recolhido ao quarto do casal, para ler seus inúmeros livros e tirar a siesta até às 16:30 hs.

    Enquanto Joana (nome fictício) lavava a louça, eu vagava pela cozinha imensa, indo e voltando da área de serviço até a sala de jantar completamente desnorteado, às vezes indo até o quintal brincar com o meu casal de cachorros da raça pitbull para ver se a tesão largava do meu corpo.

    Não contei:  Joana era uma mulher de trinta anos, belíssima aos meus olhos, uma verdadeira Gabriela.  Jamais tive a ousadia de dirigir qualquer palavra a Joana até então. Eu era realmente um sem noção de nada. Um paspalhão.

    Um belo dia, após enxugar e guardar a louça, Joana me pega pela mão e me leva ao seu quarto.

    Separados da casa principal, havia dois pequenos apartamentos térreos geminados, situados nos  jardins do quintal todo arborizado, onde dormiam as duas empregadas, cada uma no seu.

    Os apartamentos tinham em volta deles um terraço estreito,  mas que permitia estirar uma rede. Dentro, uma pequena sala e cozinha conjugados, um quarto e um banheiro. Entradas independentes.

    Um pouco distantes da casa principal, os apartamentos se interligavam à grande área de serviço e à um grande terraço, situados na parte traseira da casa, por uma estradinha de pedras cercada por coqueiros e mangueiras  por todos os lados, onde, também,  entre as árvores, localizava-se o canil dos cachorros.

    Já dentro do apartamento de Joana, ela olhou-me bem nos olhos,  tentando decifrar-me, ou seja, se eu iria aceitar o que ela iria me propor.  Então decidiu-se e tirou, primeiro a blusa e, depois, a saia, apresentando-me aquele corpo lindo, vestindo apenas uma calcinha samba-canção e um soutien. Tremi nas bases.  Meu pau cresceu como um balão . Ela olhou-me bem nos olhos de novo, segurou o meu pau por cima da bermuda, verificou que eu estava pronto e se despiu totalmente.

    Eu falei pela primeira vez com Joana: Meu Deus ! Você não existe. Naquela época, as mulheres não se depilavam. Uma floresta negra foi me revelada quase que na altura da minha boca, um pouco abaixo, creio eu.

    Joana tirou minha blusa, tirou minha bermuda com muita dificuldade. E eu olhei para o meu pau e o vi apontando para a minha testa.

    Joana virou-se e mostrou-me sua bunda baiana, carioca, gaúcha ou goiana, sem demérito para os outros estados da federação, a mais perfeita que vocês possam imaginar, porém extremamente proporcional  às suas pernas bem torneadas e sua cintura fina. Deitou-se na cama dis costas e pediu-me que eu me deitasse com a minha barriga encostando  na sua. Eu obedeci. Eu estava completamente submisso à Joana. Não sabia o que fazer. Já ouvira falar sobre o que fazer nessa situação em conversas com meninos de maior idade que a minha. Mas eu nunca havia estado daquela maneira com uma mulher de verdade. Ela, então, guiou o meu pau para dentro dela e eu explodi. O meu coração batia como um pandeiro e eu, por um instante, achei que ia desfalecer.

    Entretanto, eu era forte como um bode e o meu pau não amoleceu e permaneceu dentro do corpo de Joana.  Foi aí, que ela disse: Carlos, meu menino, coloque e apoie  suas mãos ao lado de cada lado do meu corpo. Levante o peitoral com os braços e faça um movimento de vai e vem e de sobe e desce flexionando os cotovelos. E não pare até eu mandar parar.

    Ela gozava e uivava como uma loba. Ela não mais se importava se minha mãe poderia ouvi-la.

    Para terem uma ideia do meu tamanho à época, no movimento de vai e vem, eu encaixava os dedos dos pés na metade de suas pernas e minha cabeça alcançava os seus seios.

    Após um breve descanso em que ela me ensinou a lamber seus seios empinados, levou-me ao banheiro, lavou-se e enfiou sem dó nem piedade o meu rosto em sua floresta negra,  cheirosa como uma flor, incitando-me a beijar e lamber seus grandes e pequenos lábios de sua boceta e a chupar seu clitóris.

    Eu confesso a vocês que  fiquei  traumatizado por aquela experiência,  que  repetiu-se inúmeras vezes,  até minha mãe descobrir que eu estava obcecado pela nossa cozinheira e, então, demitiu-a.

    Quando Joana foi embora, minha mãe chamou-me para uma conversa e me disse, secamente, achando que eu iria entender que ela sabia de tudo: “Menino, vê se para de ser danado”. E eu pensei cá comigo: “Danado, eu ? Joana  é que era danada”

    Porém, o pior de tudo foi o trauma da ausência de Joana.

    Encontrei Joana  5 anos depois em um cabaré. Passamos a noite juntos e ela me disse, ao nos despedirmos, que eu iria ser para sempre o seu  menino.

    PS:  essa estória me foi contada por Carlos (nome fictício), um grande amigo, torcedor do São Paulo.

    Eu acredito que ele me contou a estória, pois sou torcedor do Corinthians, com a seguinte lógica: se ele me inveja por eu ser o campeão do brasileirão de 2015, eu vou ter que invejá-lo  por ele ter conhecido Joana. Foi uma vingança por eu ter ganho o campeonato.

    E não é que o cabra tem razão.

     

     

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