Passe Livre encerra ciclo de protestos contra aumento das passagens em SP

Jornal GGN – Nesta quinta (28), o Movimento Passe Livre encerrou um ciclo de protestos contra o aumento das passagens do transporte público em São Paulo. Após a sétima manifestação desde o reajuste, o MPL disse que só se mobilizará no dia 25 de fevereiro.

O protesto de ontem teve início do largo do Paissandu, no centro de São Paulo, seguindo pela avenida São João e pela rua Líbero Badaró, até a prefeitura de São Paulo. Na sede da administração municipal, foram palestras sobre a viabilidade de se adotar a tarifa zero no transporte público.

Da Folha

MPL encerra ciclo de protestos contra a tarifa do transporte em São Paulo

O MPL (Movimento Passe Livre) encerrou nesta quinta-feira (28) um ciclo de seus protestos contra o aumento da tarifa dos ônibus municipais, trens e Metrô de São Paulo.

Nesta quinta, depois de um protesto com bem menos manifestantes do que nas últimas vezes, o MPL anunciou que só voltará a se mobilizar no dia 25 de fevereiro.
 
O sétimo protesto do MPL, desde o anúncio do reajuste no transporte público, começou no largo do Paissandu, no centro de São Paulo. Com número de manifestantes nitidamente menor do que em seus últimos atos, o MPL seguiu pela avenida São João e pela rua Líbero Badaró até a prefeitura de São Paulo. Com esse trajeto, o MPL não chegou a percorrer 800 metros, diferente de outros protestos do grupo que costumam ser longos e duram horas de caminhadas pela cidade.

Chegando à sede da administração municipal, o MPL reservou cadeiras de plástico que seriam destinadas ao prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e ao governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB). Na última terça, o grupo havia feito um convite ao debate aos dois políticos. Nenhum deles respondeu ao convite.

Os manifestantes então, realizaram uma sequência de palestras sobre a viabilidade de se adotar a tarifa zero no transporte público de São Paulo. Segundo Lucio Gregori, defensor da ideia, a tarifa zero deveria ser bancada por uma maior taxação aos mais ricos no país. “”Os que ganham menos pagam mais impostos do que os ricos”, disse ele.

Os manifestantes ainda queimaram duas réplicas de catracas de papel em frente à prefeitura e encerraram o protesto.

Na dispersão, os manifestantes ainda discutiram com seguranças do Metrô, que haviam fechado a estação Anhangabaú, da linha vermelha.

“Acho isso aqui [manifestantes] um bando de vagabundo. Querem protestar na hora que a gente quer ir embora. Por que não protestam às 5h? Porque não acordam cedo para trabalhar, como a gente. Esse protesto perde a legitimidade. Esse protesto aí prejudica trabalhador. O Haddad está lá tranquilo. A gente aqui sofrendo para ir embora”, disse Mônica Cunha, 54, que estava em Santo Amaro (zona sul) para um tratamento médico. Aposentada por invalidez, ela é submetida a sessões semanais de hemodiálise. “Sabe Deus que horas chegarei em Itaquera, onde moro”, disse.

Duas horas depois do fim do protesto, manifestantes ainda tentavam entrar na estação Anhangabaú do Metrô. Houve tumulto e um segurança do Metrô teve um corte na testa. Outros seguranças reagiram com cassetetes.

Um manifestante foi detido nesta quinta-feira, segundo a Polícia Militar. Ele teria sido flagrado em outro protesto, no dia 8, praticando atos de vandalismo. Segundo a PM, ele participou do protesto desta quinta e foi reconhecido, pois usava as mesmas roupas do dia 8. 

 

Redação

13 Comentários

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  1. Já não possuem mais o mesmo

    Já não possuem mais o mesmo protagonismo de 2013, conseguido inesperadamente.

    Ficou no movimento a pecha de estopim das tais “jornadas de junho de 2013”.

     

    Interessante é ver como o Metrô é simplesmente fechado ou gratuito dependendo do patrocinador e da massa protestante.

  2. Outro dia destes li umas

    Outro dia destes li umas declaracoes de um professor da Usp. Segundo ele, agora ia esquentar, porque a populacao estava mais insatisfeita e o MPL estava mais determinado. A população pode estar mais insatisfeita com muita coisa – inclusive com os professores da USP, seria bom ele saber. Mas a determinação do MPL parece não ser lá essas coisas. Ou, então, está se reduzindo a um circulo muito fechado do grupo. Na manifestacao anterior já ocorreu uma coisa sintomatica. Pouca gente, em frente à estacao da Luz, e uma discussao sobre o trajeto, o que já demonstrava que a pauta começava a ser escrita fora do movimento. Dai, posta em votacao, a proposto do MPL foi derrotada pela proposta do tal Bloco de Lutas. Neste ultimo ato, o da “reuniao” com Hadad, o comparecimento foi ainda mais reduzido e, claramente, surgiam criticas fortes à direcao do MPL. O movimento está precisando de algum ativante. Recentemente alguns de seus ‘portavozes’ disseram coisas preocupantes (para o proprio MPL). Diziam que, diante do cerco, adotariam uma tatica de sabotagem, com trancamento de pontos estratégicos que inviabilizassem a circulacao na cidade. Essa “fuga para a frente” pode até resultar em alguns sucessos, mas pode, por outro lado, isolar e colocar em evidencia (negativa) os ativistas envolvidos. Guardadas as enormes diferenças de contexto, essa tática de “guerrilha urbana” pode ser um suicidio político.

  3. Faltou, como em 2013, a Globo

    Faltou, como em 2013, a Globo fazendo entradas, ao vivo, nos intervalos das novelas! Isso só prova que aquele junho de 2013 foi uma armação orquestrada pela Globo e seus parceiros e financiadores.

  4. Se o pessoal do MPL não tem

    Se o pessoal do MPL não tem cérebro para perceber que Haddad é um cara honrado, bem intencionado e inteligente – o que é uma benção para a prefeitura de São Paulo, ultimamente ocupada por crápulas da pior espécie – então merecem viver numa cidade governada por desqualificados como Çerra, Maluf, Dória, Russomano, Datena ou qualquer outro da mesma espécie.

  5. A “Revolução” de 2013 e a Realidade Nua e Crua em 2015

    Será que o MPL e os teóricos sóciolomidiáticos, especialistas no Movimento Revolucionário 2013, irão perceber dessa vez que foram manipulados escancaradamente, na ocasião?

    Ocasião em que estranhamente, depois de anos de manifestações ignoradas, a Globo, logo na primeira, não apenas deu longo espaço mostrando-a ao vivo no JN, como prosseguiu com o “ao vivo” nos intervalos da novela, repetindo a dose na segunda e  terceira manifestações, quando entra em ação a Tropa de Chuchuque, partindo sem mais ou menos para cima de noctivagos em manifestações, que compareciamo em funçao da anabolizada dada pela Globo nas duas manifestações anteriores, causando o caos, o horror, apimentando o virtual através das redes sociais e provocando a expansão geométrica do happening, até chegar-se a pororoca “Mula Sem Cabeça”, onde bastava participar por 15 minutos para perceber a presença preponderante de colegiais descobrindo a rua, sem saber bem por que estar ali e para que, que se espraiou pelo Brasil como moda, até acabar quando todos tinham experimentado sua caminhada cidadã, restando apenas os de sempre às ruas.

    Aí o estrago estava feito, a porta da cripta do atraso arrombada, a vitrine estilhaçada, os zumbis vestindo verde-amarelo e nossa presidenta Carolina, nada vendo e depois cada vez menos, até chegarmos hoje, discutindo cotas e reformas de apês e sítios, como se o aparelhamento da justiça, do MP e da PF, com o patrocínio da mídia monopólio, resultando na prática da doutrina jurídica seletiva do NÃO VEM AO CASO e do principios jurídicos da PRESUNÇÃO DA CULPA e da DELAÇÃO PREMIADA COM SCRIPT, não fossem suficientes aberrações, para a república e a sociedade cívil reagirem e darem um basta, para botar toda essa camarilha organizada no olho da rua, rumo ao hospicio ou à prisão, se caso, após o devido processo e sentença de culpa, jurídicamente provada, declarada, sem ou com o devido exame psiquiátrico aos requerentes.          

  6. Vão pular carnaval no clube

    Como boa cambada de mauricinhos black-bloc’s de Adidas/Nike que são, vão dar um tempo pra pular carnaval no baile do clube, ou curtir o feriado em alguma localicade de praia, com tudo pago pelo papai.

    Depois voltam. Ser ativista seletivo e de boutique cansa, né não?

    1. Centro de São Sebastião para Maresias

          Subiu para R$ 4,70 , então eles até podem fazer um protesto na Rio – Santos, mas creio que não farão, pois os carros dos papais ficariam presos no congestionamento, iriam chegar tarde a praia, e no final da tarde seria muito improvavel, afinal após sair da praia, tem a “balada”, que ninguem quer perder, ainda mais no carnaval. ( pior ainda, as empregadas/babás/arrumadeiras/jardineiros/piscineiros chegariam atrasados em suas residências, e mamãe e papai ficariam bravos ).

           Quem sabe, eles não fazem um protesto “trio elétrico”, mistura de protesto com micareta, muita faixa, muita mascara, muito beijo, sem black blocks, pois na praia preto não combina, talvez um “pretinho basico”, bem contestador ,na balada noturna, seja o “it” da temporada. E claro, encher o saco do Suplicy na Praia da Baleia.

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