Petroleiros negociam no TST, neste momento, rumos da greve histórica

"A interrupção da greve está condicionada ao avanço da gestão da empresa na negociação com os trabalhadores", informou a FUP

Foto: FUP

Jornal GGN – A greve dos petroleiros foi suspensa provisoriamente. O objetivo informado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) é “acumular forças” na negociação que ocorre, neste momento, no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A decisão de suspender as paralisações ocorre após 20 dias, na que vem sendo uma das mais importantes e simbólicas greves da história da categoria, desde maio de 1995. “A interrupção da greve está condicionada ao avanço da gestão da empresa na negociação com os trabalhadores”, informou a FUP, em nota.

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (19), as direções sindicais de petroleiros entenderam que o momento é de pausa para “acumular forças” para as reivindicação que, segundo eles, a gestão da estatal, sob o comando de Roberto Castello Branco, vem se negado a dialogar. A suspensão foi anunciada para ocorrer até o dia 6 de março.

Nestes 20 dias de greve dos petroleiros, a categoria conquistou a abertura do processo de negociação via judicial e a suspensão das demissões na fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, a Fafen-PR.

“Essa unidade que está sendo demonstrada na greve trouxe esperança para os trabalhadores da Fafen e para as nossas famílias. Foi a greve que obrigou a Petrobrás a suspender as demissões em massa e a reverter as que já haviam sido aplicadas contra 144 companheiros”, lembrou o petroquímico Ademir Jacinto, diretor do Sindiquímica-PR e um dos integrantes da Comissão Permanente de Negociação da FUP, que ocuparam a sala na sede da Petrobras.

O Conselho Deliberativo da FUP decidiu, assim, suspender os atos para participar do processo de negociação que está sendo mediado pelo TST nesta sexta, entre a FUP e os sindicatos de trabalhadores na indústria de petróleo de diversos estados do país e a Petrobras. O ministro Ives Gandra atendeu ao pedido da Federação de realizar mesa de negociação intermediada por ele.

“Nossa greve foi construída e fortalecida, dia após dia, com organização, estratégia e respeito à categoria. Conseguimos um canal de negociação que só foi possível por conta da força da greve, da ocupação de 30 dias em Araucária, da nossa permanência aqui na sede da Petrobrás desde 31 de janeiro, da vigília em frente ao prédio, dos atos e manifestações de apoio e solidariedade que aconteceram em todo o país, como a marcha histórica de ontem, no centro do Rio”, informou o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, em nota.

Leia, abaixo, a orientação da FUP aos sindicatos:

 

E a decisão do TST de negociar a greve dos petroleiros junto à FUP e a Petrobras:

Documento-6a1662e

 

Redação

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