Sala de Visitas: Flávia Ávila explica efeito manada na economia

Ainda nesta edição: porque o modelo do MP brasileiro é único no mundo e o som do Código Ternário

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Jorna GGN – Nesta edição do programa “Na sala de visitas com Luis Nassif” abrimos com uma entrevista da Flávia Ávila, especialista em Economia Comportamental, fundadora do site EconomiaComportamental.org e da consultoria InBehaviorLab. O tema de interesse de Flávia é fartamente estudando nos países desenvolvidos para traçar o comportamento em grande escala dos consumidores na economia. A especialista conta que a crise de 2008 levou a um boom dessa área, tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra.

“Algumas variáveis psicológicas sociais podem ser muito mais efetivas do que incentivo financeiro, do que punição”. Flávia segue explicando que o ser humano não é totalmente racional nem totalmente egoísta. “A gente se preocupa sim com o outro. Temos uma variável importante de reciprocidade”. A economista destaca também como funciona o chamado “efeito manada”.

“A pessoa faz uma coisa que ela vê todo mundo fazendo num momento de crise, ela simplesmente segue. E essa ideia de seguir os outros é tão forte e a gente não sabe muitas vezes as motivações que estão por trás daquilo, e algumas motivações que a gente geralmente observa nesses estudos é que normalmente você acaba seguindo o outro porque acha que aquela outra pessoa já calculou os custos, os benefícios e é mais fácil [portanto seguir o fluxo”.

Em seguida Luis Nassif entrevista Fábio Kerche, pesquisador visitante no Centro de Estudos Latino-Americanos da American University, em Washington, que tem se especializado em analisar o papel do Ministério Público no Brasil. Kercher destaca como ao longo da história do país o Ministério Publico foi se consolidando como um poder sem controle de outros poderes e defende que a Constituição Federal prevê mecanismo que reduzem o poder de atuação do órgão, por isso, mecanismos como a PEC 37, que ficou famosa por ganhar o título de “PEC da impunidade”, em 2013, não são tão ruins quanto fazem a população acreditar.

Segundo o professor não há nenhum modelo de ministério público no mundo semelhante ao brasileiro que acusa, produz as provas e ainda julga.

Por último, Nassif recebe, no Bar do Alemão, o Código Ternário, composto por Carrapicho Rangel, no bandolim, César Roversi, saxofone e flauta, e Gustavo Bali, no pandeiro. Os músicos misturam a tradicional música popular brasileira (choro, samba, bailão, valsa) com jazz, dando espaço para muita improvisação.  

Redação

4 Comentários

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  1. Consegui ver as 2 entrevistas …

    Parabéns, Nassif! A entrevista da Flávia foi muito didática. A do Flávio então … Acho que vc deveria separar essas entrevistas e colocar aqui para as pessoas assistirem. Muito bom. abs

     

  2. Ótimas entrevistas, Nassif. E

    Ótimas entrevistas, Nassif. E esse grupo de chorinho ao final fecha o vídeo brilhantemente. Parabéns!

  3. Os limites do PMP

    O PMP – Partido do Ministério Público tem demonstrado claramente, para quem não se informa pelos meios de comunicação aliados, que tornou-se uma confederação de ma$$onaria$ totalmente fora de controle e absolutamente divorciado do interesse público, justificativa principal da existência do MP, na sua origem. Eh o “..monstro…” que o Sepulveda Pertence assumiu ter criado que acabou sendo solto da caixinha do Dibuk, quando associou-se com a Globo/Mossack-Fonseca. O resultado da ação coordenada do monstro com as quadrilhas midiáticas é o desastre ferroviário iniciado em 2005 (Antônio Fernando de Souza), exercitado em 2012 (Roberto Gurgel) e consolidado a partir de 2014 com Rodrigo Janot e seus Keystone Cops de Curitiba. 

  4. PEC 37 e 2013

    Citaram um ponto muito imporante, que foi a respeito da PEC 37. Sempre falei que a mesma devia ter um debate importante, mas foi obscurecido pela manifestações daquela época. Claro que poderíamos duvidar dos que levantaram a questão, mas era de suma importância o debate. Porém, perdeu-se a oportunidade e sentimos o reflexo hoje ( medidas contra a corrupção postergada pelo MP de Curitiba da Lava jato).

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