Da Agência Pública
Seis meses depois da lama da Samarco, comunidades do Rio Doce lutam por justiça
A Pública acompanhou a caravana dos movimentos sociais ao Rio Doce, no percurso de Regência, no Espírito Santo, a Governador Valadares, em Minas Gerais; encontrou comunidades desestruturadas e ribeirinhos sem fonte de renda
O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, continua impactando comunidades que dependiam do Rio Doce para obter sustento econômico, abastecimento hídrico, alimentação e lazer. Seis meses após o desastre provocado pela Samarco, pertencente às maiores mineradoras do mundo, BHP Billinton e Vale S.A, pouco foi feito para remediar a situação dessas comunidades.
A Samarco negociou um acordo com os governos estadual e federal e a Justiça para minimizar as reparações devidas, deixando ribeirinhos sem renda e comunidades desagregadas.
Enquanto a barragem segue despejando lama contaminada de rejeitos de minério à bacia do Rio Doce, ribeirinhos e indígenas lutam por recompensa pelos direitos violados.
A reportagem da Pública acompanhou a Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce, articulada por movimentos sociais, pesquisadores acadêmicos e representantes do Ministério Público para fortalecer e ouvir as comunidades atingidas.
No percurso entre Regência, no Espírito Santo, e Governador Valadares, em Minas Gerais, investigou e registrou a situação dos povos do Rio Doce. Confira a reportagem em vídeo:
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Vidas Secas
Essa tragédia na região de Mariana demonstra mais uma vez o drama de nosso Pais: um capitalismo desbragado, que desde a Colônia passou por cima de tudo o mais, que não fosse os interesses de uns poucos.
E o MP Minas Gerais fazendo todas as concessões possiveis e inaceitaveis ao poder econômico.
Repetindo o que estou falando
Repetindo o que estou falando ha muito tempo: NINGUEM recebeu um centavo de indenizacao.