Sindicância da FMUSP concluiu que houve abuso sexual

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Uma sindicândia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), sobre uma das alunas que denunciou ter sido estuprada em 2013, foi concluída e admitiu que houve abuso sexual. A informação foi transmitida pelo diretor da FMUSP, José Costa Auler, durante a CPI da Assembleia Legislativa de Sâo Paulo, nesta quinta-feira (15). 
 
O parecer relata que dois alunos envolvidos devem ser punidos. Um deles é estudante do sexto ano e o outro finalizou o curso, mas está em processo de residência, e podem ser expulsos.
 
A estudante do 5° ano de Medicina vítima dos abusos disse, também na CPI desta quinta-feira, que a Comissão formada por professores na primeira sindicância da Unviersidade, realizada no ano passado, havia forjado o seu relato. Na ocasião, os professores afirmaram que a relação sexual tinha sido consensual.
 
De acordo com a aluna de 22 anos, que teve acesso aos documentos da sindicância, o depoimento que constava como seu era falso. O diretor da FMUSP disse que confia nos professores que integravam a Comissão, mas que vai apurar a denúncia.
 
Já na segunda sindicância, o procedimento mudou, e de 3 homens e uma mulher presentes passou para 3 mulheres e um homem, fato que ocorreu depois de a aluna ter revelado que sofreu o estupro, em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos. Além da estudante, outra aluna também afirmou ter sido violentada.
 
Com informações de O Estado de S. Paulo.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Isso é uma vergonha

    Isso é uma vergonha institucionalizada…

    O pessoal da USP sempre foi omisso. Mesmo antes de Edson Tsue morrer em 1999, sempre aconteciam coisas bárbaras e era claro que um dia iria dar mer#a, mas a USP sempre, sempre se omitiu.

    E continua se omitindo, até hoje. É tão difícil assim proibir os tais trotes? É tão difícil expulsar os maus elementos?

    Por outro lado, sem querer culpabilizar as vítimas, é tão difícil também se negar a participar de tais rituais? Eu fiz duas faculdades no final da década de 90 (uma na USP), e nunca tomei trote, teve dia que sabia que não haveria aula (só trote), simplesmente nao ia (sempre odiei trote). Nunca me aconteceu nada. Mas nego vai porque diz que “é pra se enturmar”. Vale a pena arriscar a integridade física e moral “pra se enturmar”?

    Enfim, isso é um problema seríssimo, se os alunos (e as alunas) são tontos o suficiente para se arriscarem no meio de selvagens, que pelo menos os adultos tenham consciência e coíbam esses absurdos (o que nunca foi feito).

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