Francisco Celso Calmon
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.
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Um presidente macabro, por Francisco Celso Calmon

A reação ao seu escárnio foi de todas as esferas e lideranças institucionais e sociais, contudo, não basta. O que é mister é dar um basta nele, é desalojá-lo da presidência do Brasil o quanto antes.

Um presidente macabro

por Francisco Celso Calmon

A necessidade que o miliciano que está ocupando a presidência do Brasil tem de causar o terror, o tripúdio e a morte, cada vez espanta mais, as reações aumentam, entretanto, ele continua indiferente a tudo e disposto a continuar a causar o mal. O mal as pessoas que ele nomina e o mal coletivo à nação brasileira.

Demonstra desde os tempos de caserna o prazer em incitar o horror, o hediondo, o terrorismo, a morte, e o faz com sorrisos e gargalhadas sádicas.

Na idade média o termo macabro se referia a uma dança infernal, que representava a morte, presidindo ao tripúdio dos mortos.

“O imaginário macabro nasce e se desenvolve na cristandade medieval, mais especificamente, em seus momentos finais, na chamada Baixa Idade Média. Ele representa uma certa concepção da existência humana e se manifesta na iconografia e na literatura do período. Os temas macabros estavam em plena expansão pela Europa naqueles anos, principalmente a partir do surto de Peste Negra, iniciado em 1348, desencadeados pelo surgimento de novas considerações a respeito da morte. Uma curiosidade quase obsessiva pelo cadáver invade a arte medieval, resultando na produção de imagens e textos que devassam o corpo, insistindo em seu aspecto de deterioração – por vezes dando especial ênfase à podridão e à repugnância desse processo. Não foi à toa. Em uma época castigada por fomes e epidemias, era fácil um homem presenciar uma morte terrível e projetar, nela, seu próprio fim.” (Juliana Schmitt Doutora em Letras pela USP e pós-doutoranda em Artes, Cultura e Linguagens pela UFJF; Universidade Federal de Juiz de Fora /Faculdade das Américas; São Paulo, Brasil, 2017).

A palavra macabra é sinônimo de escuro e sombrio, fúnebre, desagradável, miserável. A palavra é um adjetivo para descrever o estado de uma situação, coisa, pessoa ou lamentos. Neste artigo serve para a situação pandêmica, para a crise econômica e para o escroto presidente.

O ensaísta britânico Thomas Carlyl usou o termo no âmbito da economia, para caracterizar à teoria de Thomas Malthus.

Não é força de expressão ou retórica quando em vários artigos afirmamos que Bolsonaro é adepto do malthusianismo e do darwinismo social.

No ambiente militar a teoria de Maltus é usada para racionalizar a guerra, malgrado ser estúpida e superada pela história. Assim como a lei do mais forte, o vença o melhor, a sobrevivência do mais apto; ou seja: aplicação mecânica do estudo do cientista Charles Darwin, na obra Origens das espécies, sobre a evolução dos organismos que melhor se adaptavam a um meio poderiam sobreviver, pela transmissão das mudanças aos seus descendentes. Os que não apresentavam as mesmas capacidades estavam destinados à extinção. O “darwinismo social”, em resumo, é a ideia de que algumas sociedades, etnias, raças e civilizações são dotadas de valores que as colocam em patamares acima das outras.

Portanto, para os adeptos dessas teorias, o extermínio de muitas pessoas, seja pela guerra ou pelas pandemias, é necessário e inevitável para o desenvolvimento econômico e evolução da humanidade.

Bolsonaro quando diz que é atleta e a covid-19 é uma gripezinha, quer expressar-se como alguém superior. Quando declara que “…vai morrer, e daí? que não pode fazer nada, que todos vão morrer um dia”; quando não se preocupa com familiares e colegas de governo que contraem o novo coronavirus; não é só falta de empatia a todos, mas é a sua crença na sobrevivência dos mais fortes, sejam as pessoas, sejam as nações.

A concepção que tem da vida é a mais primitiva e seus institutos também, racionalizados por teorias, aprendidas sem ler e estudar, pois seu desenvolvimento no Exército, como disse o seu vice, foi somente do físico, o intelecto está no mesmo nível dos ancestrais de sua espécie.

Não falo oficialmente em nome da Rede Brasil Memória, Verdade e Justiça, da qual fui coordenador nacional, mas tenho certeza que todos que dela participaram e sobrevivem comungam da mesma indignação e repulsa ao tripudio do presidente macabro à ex-presidenta Dilma Rousseff, combatente, prisioneira e torturada na ditadura militar, como todos os membros da RBMVJ. Ao visá-la com seu deboche, atingiu a todos nós e agrediu mais uma vez a Constituição brasileira.

A reação ao seu escárnio foi de todas as esferas e lideranças institucionais e sociais, contudo, não basta. O que é mister é dar um basta nele, é desalojá-lo da presidência do Brasil o quanto antes.

O canal POROROCA, ex-resistênciacarbonária, estará amanhã, prestou uma homenagem a Dilma Rousseff, com quem tive a honra de ombrear fileiras da luta contra a ditatura, nas organizações Colina (Comando de libertação nacional) e na VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária).

À companheira Vanda a minha, a nossa, solidariedade.

Ousar lutar, ousar vencer. Sempre!

Ditadura nunca mais, democracia sempre mais.

Francisco Celso Calmon (Túlio da VAR), administrador, advogado, escritor.

 

Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.

1 Comentário

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  1. Ao companheiro Chico Celso a nossa solidariedade pela luta
    politica que desenvolve cotidianamente, sem amarras e em
    proveito dos injustiçados e sem voz.

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