Unicef alerta sobre saúde de crianças refugiadas que cruzam a Europa

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Policial húngaro barra a passagem de crianças refugiadas em Röszke (Hungria), em 8 de setembro de 2015

Da Agência Brasil

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) advertiu hoje (19) sobre o delicado estado de saúde das crianças refugiadas que cruzam a Europa, já que estão “esgotadas fisicamente, assustadas, angustiadas e, muitas vezes, precisando de cuidados de saúde”.

Segundo o Unicef, aumentaram as dificuldades da travessia e pioraram as condições físicas e de saúde dessas crianças com a chegada do inverno.

A falta de roupas adequadas para as temperaturas geladas no Leste da Europa e a escassez de alimentos apropriados para as crianças, juntamente com a falta de aquecimento em abrigos e transportes, agravam a situação. Atualmente, de acordo com dados da instituição, mais de um terço dos refugiados é menor de idade.

Segundo as autoridades locais, 37% dos refugiados que cruzaram a Macedônia em dezembro eram crianças, número que fica acima dos 23% registrados em setembro.

Na Sérvia, o índice de menores entre os refugiados era de 36% em dezembro, número também maior do que os 27% registrados em setembro. A maioria dos menores que se encontravam na Sérvia tinha idade entre 5 e 9 anos.

A situação das crianças refugiadas faz com que elas fiquem vulneráveis a infeções respiratórias, problemas digestivos e diarreia, como alertou em comunicado o coordenador especial do Unicef para os refugiados, Marie-Pierre Poirier.

No total, em 2015, entre mais de 1 milhão de refugiados que foram para a Europa pelo Mediterrâneo, 253.700, ou seja, um em cada quatro, eram crianças.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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