Você só pensa em branco, por Ricardo Laranja

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Do Nada Errado

O namorado negro da Jout Jout e o racismo nosso de cada dia
 
Ou: Você só pensa em branco
 
Por Ricardo Laranja
 
Nota: Este post originalmente, estava ilustrado com uma foto do Caio. Depois de alguns comentários e de uma reflexão, achei por bem excluir a imagem. Não é direito meu expor a figura de alguém que não quer ser exposto. Sorry Caio, sorry JJ. ❤ (Mas se você é curioso e quer saber como é o rosto dele, Google tá aí pra isso)

E aí a internet brasileira descobriu quem é Caio, o namorado misterioso e maravilhoso da Jout Jout (que sempre interagia com ela por trás da câmera).

Vamos aos comentários?

“Não imaginava que o Caio era negro”

“Imaginava um cara meio gordinho, branquinho, com barba”

“Prefiro não acreditar nisso. Vou esquecer essas imagens e fingir nunca te-las visto”

“Caraca, imaginava o Caio totalmente diferente”

“É um negão. Jout Jout gosta de salame extra G. Parabéns Jout Jout”

“Caio na minha imaginação é loiro alto, de olhos azuis e musculoso”

“Será? Na minha mente Caio é branco. Mas ele é um metamorfo, a cada vídeo ele muda”

Aparentemente é impossível que a Jout Jout namore com um homem negro, é impossível que uma mulher “como ela” se relacione com “alguém assim” – a menos que esteja interessada no que os homens negros “tem de melhor”.

A reação em cadeia (que deveria estar na cadeia e não na internet) sobre o fato de Caio ser negro se deve, obviamente, ao racismo, mas vou exemplificar mais, para que não digam que estou supondo nada.

Na nossa sociedade, somos acostumados a “pensar branco”. Quando alguém diz “imagine um homem bonito”, você imagina um homem branco.

Recentemente conversei com um amigo que joga RPG e ele me disse que nunca tinha parado pra pensar na etnia nos personagens, porque isso nunca tinha sido mencionado nas descrições. “Mago, alto, forte, do mais alto círculo da magia. Veste uma túnica amarela e anda sempre com um cajado feito com madeira de Baobá”. Você certamente imaginou um cara branco.

Este é o nosso padrão. A menos que descrevamos alguém como negro, você não imagina que essa pessoa seja negra. Mais exemplos, pra não dizer que não falei da vida real (já que um RPG é só um RPG): “Fulana é linda né? Baixinha, cabelão na cintura, só anda de salto. E o tanto que ela é uma ótima profissional?”. Você imaginou uma mulher branca, aposto.

Não estamos acostumados a construir imagens de negros na nossa mente, a menos que nos seja apontado. Nossos padrões pré-estabelecidos são brancos. Nossos ideais de beleza são brancos.

A imagem do negro precisa ser descrita, mais como uma forma de diminuir a pessoa do que qualquer outra coisa. Mais um exemplo: Sua amiga de trabalho chega, um dia, e diz “Ontem conheci um negão lindo. Super gente boa, fiquei com ele”. Se o cara em questão fosse branco, ele seria só “um cara”: “Ontem conheci um cara lindo. Super gente boa, fiquei com ele”.

Por que temos que apontar o fato de que o cara da noite anterior era negro, sendo que o que importa é que ele era lindo e super gente boa?

O nome disso é racismo. Sempre que “negro” vira adjetivo, é racismo. “Fulana é negra e super engraçada”. Não! “Fulana é super engraçada” ué. Só. Ser negra não a faz ser menos ou mais engraçada. Ou bonita. Ou profissional.

Portanto, quando Jout Jout interagia com Caio em seus vídeos, as pessoas imaginavam o namorado dela como um homem branco. Porque este é o padrão da nossa linha de pensamento. Este padrão que precisamos mudar.

E também precisamos mudar essa mania de cuidar da vida dos outros. Deixa a Jout namorar quem ela quiser! Tá bem? Então tá bem!

P.S.: Não vou nem comentar a sexualização do homem negro, que isso é assunto pra outro textão.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

23 Comentários

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  1. Mais uma para o consultório sentimental Nassif

    O namorado “incoloro” da Jout Jout “Balangandãs” e o racismo nosso de cada dia

    Ou: Você só pensa em não discriminar ninguém

    Por Ricardo “vermelho com amarelo” (Laranja poderia significar o empréstimo do nome do Ricardo para apropriação ilícita de patrimônio mal havido)

    Nota: Este post, originalmente, estava cheio de expressões racistas, machistas e etc., de modo que preferi alterar o texto com uma interpretação mais isenta de preconceitos. Não é direito meu tratar com preconceito alguém ou qualquer coisa que possa me expor perante a patrulha do blog.

    Vamos aos comentários?

    Na nossa sociedade, somos acostumados a “pensar branco”. Quando alguém diz “imagine um homem bonito”, você imagina um homem branco (isso é o que a TV diz, e a gente, depois de anos de bombardeio, acaba acreditando). Agora pergunta o mesmo a um(a) afrodescendente. Em qual tipo de homem ela pensa?

    “Fulana é linda né? Baixinha, cabelão na cintura, só anda de salto. E o tanto que ela é uma ótima profissional?”. Você imaginou uma mulher branca, aposto. (Imaginei uma anã de circo).

    Mais um exemplo: Sua amiga de trabalho chega, um dia, e diz “Ontem conheci um negão lindo. Super gente boa, fiquei com ele”. Eu acharia essa amiga uma galinha, que acabou de conhecer um cara e já foi ficando.

    Por que temos que apontar o fato de que o cara da noite anterior era negro, sendo que o que importa é que ele era lindo e super gente boa? O fato apontado é que a sua amiga é uma galinha, apenas isso.

    E também precisamos mudar essa mania de cuidar da vida dos outros. Deixa a Jout namorar quem ela quiser! Tá bem? Então tá bem!

    Nisso concordo com o Vermelho com Amarelo.

    1. Galinha?

      Você e mais 0,5% acham que uma mulher (com 13 anos ou mais de idade) é galinha por por que ficou com uma pessoa que conheceu na noite passada.

      1. É isso mesmo, Galinha

        Se incomoda o termo de “galinha” posso então comentar que acho essa mulher do exemplo acima extremamente promiscua e, no caso, a gente comum chamaria ela de galinha (há adjetivos piores).  Sobre aquele 0,5% você se surpreenderia se fosse feita uma verdadeira enquete sobre o assunto. Poderá ver que o Brasil é eminentemente conservador e tradicional nos seus costumes, mas bastante progressista no ideai político e de desenvolvimento nacional.

        1. Eh…

          Mas esquerda que se diz progressista, não hesita em jogar bosta em qualquer Geni que não se comporte como uma mulher de “esquerda deva ser”. As pessoas estão quase sempre querendo determinar o comportamento das outras. Como ser, como aparentar, como comportar-se.

          [video:https://youtu.be/OVxYHalX8dg%5D

          1. Superba!!!!!

            Nota por nota por nota por nota eu esperei essa mulher desafinar nesse tom altissimo e…

            Nao aconteceu!  Que pena que tem um nome tao complicado, nao dava pra se uma “Maria algumacoisa” nao?!

            (O Alexis nao eh esquerda progressista, eh ex-evangelico, e atravez dos anos nos vimos o gigantesco, louvavel esforco dele pra se livrar das “herancas” computacionalmente impossiveis.  Vai mais devagar ai, nao tenho duvida NENHUMA a respeito dele por mais que discorde de qualquer coisa que ele falar.  So que na maior parte das vezes ele ta do lado certo!)

        1. Anarquista

          Numa boa. Você tem tido excelentes oportunidades de colocar o seu ponto de vista sobre o tema aqui discutido e, pelo contrário, apenas limita-se a me insultar, em forma pessoal. Acredito que todos estamos expostos a isso, quando emitimos as nossas opiniões, mas, neste caso, simplesmente você persegue toda e qualquer opinião minha sobre algum tema em particular e, em poucas oportunidades, você emite a sua própria opinião. Isso é doença ou mera persecução..

          Eu acho promiscua uma garota que fica já no primeiro dia e, ainda, depois comenta com a sua turma como se isso fosse uma grande coisa.

          Se você acha então que estou errado e que a atitude da garota é natural, então nos ilustre com a sua opinião. Eu respeitarei.

          1. Vc nem nota como esse seu moralismo é cretino, né?

            Te parece uma verdade revelada. Se a moça transou no primeiro dia, no segundo, no sétimo, no décimo, é decisao individual dela, NAO É DA CONTA DE NINGUÉM MAIS. Sexo nao é algo sujo ou pecaminoso. Pode ser feito só por prazer, nao há nada de mais nisso. Nao é nem mesmo algo a “discutir”, é algo da alçada pessoal de cada um.

          2. Concordo em parte

            Acredito que seja mesmo uma opção pessoal, mas, colocada em público, me parece natural que surjam opiniões diferentes, como a que eu tenho.

          3. Opinioes sao permitidas, mesmo quando cretinas

            Mas como, além de cretinas, sao machistas, constituem um julgamento moralizante sobre condutas de outras pessoas e reforçam estereótipos, têm que receber o contraponto que merecem. E chega, tá? Nao quero perder tempo discutindo com vc.

          4. Discutindo?

            Você está apenas justificando a sua particular intolerância com opiniões diferentes. Não perca mais o seu tempo apenas criticando as minhas opiniões. 

          5. Intolerância com machismo e preconceitos em geral tenho sim

            Com muita honra. É preciso que, quando os preconceituosos destilem seu veneno, eles recebam respostas da audiência.

  2. Reflexões sobre racismo, preconceito e auto-imagem.

    “Por que temos que apontar o fato de que o cara da noite anterior era negro, sendo que o que importa é que ele era lindo e super gente boa? O nome disso é racismo”.

    Racismo é coisa muito pior.

    Quando uma mulher negra diz que está com um namorado super bonito. Suas colegas pensarão automaticamente que se trata de alguém negro também. Se o cara for branco, essa informação terá de ser acrescentada.

    Surpresa, ele é branco. Sorrisos amarelos e a desagradável sensação de não saber o que fazer com as mãos. Mas não creio que suas amigas acharão que ela fez uma má escolha. Haveria algum aspecto de racismo nisso? Coisas do Brasil.

    E note se que falamos de Brasil, onde relacionamentos inter-raciais não são vistos como aberrações ou crime. Imagine em países europeus. E na África em geral – os sinais seriam invertidos?

    E em determinadas regiões dos EEUU, aí com os sinais dos dois lados? Seria difícil, nos EEUU, pessoas pretas que se relacionem com pessoas brancas serem criticadas por seus amigos como “traidores do movimento”? Assistam alguns stand up no Youtube, são verdadeiras aulas de sociologia. Ou filmes de Sidey Poitier, para pessoas brancas que se relacionam com pessoas pretas. São da década de 60, mas não creio que mudou muito, apesar de Obama.

    Isso que dizer que “não somos racistas”? 

    Não, quer dizer que, no Brasil, entre o preto e o branco, há muitos tons de cinza.

    Quer dizer que o Brasil de classe média ao qual a Jout Jout pertence tem a auto-imagem de branco. Logo, quando a Jout Jout que é branca diz que está se relacionando com um cara muito bonito, imaginam alguém branco também. Se o cara for negro, essa informação terá de ser acrescentada.

    Surpresa, ele é preto. Sorrisos amarelos e a desagradável sensação de não saber o que fazer com as mãos. 

    Claro, irão achar que Jout Jout fez uma má escolha, ou boa, dependendo do tamanho do “argumento”. E, isso, sem dúvida é preconceito racial. Claro também que, se Jout Jout acrescentar que o namorado é americano ou jogador de futebol ou músico de banda de sucesso, a opinião sobre a qualidade da escolha muda. Coisas da classe média brasileira.

    E quando a moradora negra de um condomínio de “brancos” é confundida com a empregada ou quando um executivo negro, eles existem, é confundido o segurança? Preconceito racial. Porém, a moradora continua moradora, o executivo continua executivo e a Jout Jout continua apaixonada.

    O que embaralha as cartas é que no Brasil, para o bem e para o mal, criamos alguns espaços de conviência inter-racial que disfarçam o nosso racismo. As praías, os times de futebol e suas torcidas; embora, com exceções que confirmam a regra; os blocos de carnaval e escolas de samba, as classes de aula das escolas públicas de primeiro e segundo graus, a maioria das ruas da maioria dos bairros, os restaurantes, lojas e supermercados mais comuns. E por aí vai. Há, contudo, limites, de linhas tracejadas, mas limites.

    É quando entra em cena o racismo. E racismo é muito pior.

    Temos assistido a caso de perfís no facebook de mulheres negras e bonitas serem atacados. Racismo. Embora não saiba, nesses casos, quanto é racismo e quanto é desejo. Racismo e desejo são sempre intercambiáveis pela deturpação do desejo. Mas elas tem voz e continuam suas vidas, buscam e conseguem reparação.

    Racismo é quando uma página do facebook mostrando um menino branco é uma menina preta é invadida por bandos de trogloditas. Racismo e violência, eles não têm voz, logo, trata-se de um caso claro de constrangimento público. E se esse mesmo casal fosse atacado na rua? Hoje em dia está muito comum os trogloditas que se acham autorizados de atacar pessoas diferentes deles próprios, em nome da Pátria, de Deus, da moral e dos bons costumes. Aí seria racismo em estado bruto – bruto na literalidade do termo.

    Racismo é quando meninos e meninas da periferia, a maioria negra ( para ficar na novilingua que une pretos e mulatos no mesmo designativo) são impedidos por ordem judicial de entrar em um shopping que seria de “branco”.

    Racismo é quando meninos pretos são fuzilados pela polícia por estarem dirigindo um carro que seria de “branco”. E eu não estou falando dos meninos do Rio e sim de um dentista aqui de São Paulo, anos atrás.

    Racismo é muito pior.

    Auto-imagem, preconceito e racismo. Poderia-se até dizer que é tudo a mesma coisa, diferenciando-se apenas na graduação.

    Mas é justamente a graduação que faz a diferença. Em um caso, há um espaço de convivência, ainda que mais ou menos conflitiva, no outro, a convivência é impossível. E, as vezes, mortal.

    Mas, por fim, todas estas minhas reflexões são inúteis. Da parte de quem sofre – tudo é racismo e só.

    1. Sergio,
      Não acho suas

      Sergio,

      Não acho suas reflexões inúteis não. Ao contrário: é muito importante chamar atenção para essa graduação. Racismo é quando o “pensar branco” é explicitado em ações que segregam, agridem e matam. Preconceito é quando o “pensar branco” se manifesta de forma implícita, em ações que agridem simbolicamente (mas nem por isso menos dolorosas). Quanto à auto-imagem, é quando o “pensar branco” configura nossa subjetividade, os possíveis e impossíveis em cada vida humana (e aqui penso naquela criança que se identifica com a boneca negra, “porque é da minha cor”, mas acha a branca mais “bonita”… E sim, você tem toda razão: “Da parte de quem sofre – tudo é racismo e só).

       

  3. A insanidade das críticas

    A insanidade das críticas racistas à atriz negra que fará a Hermione de “Harry Potter

     

    Postado em 25 dez 2015por :

     

    Noma ladeada por Jamie Parker (o Harry Potter da meia idade) e Paul Thornley que faz seu marido Ron Weasley

    Noma ladeada por Jamie Parker (o Harry Potter da meia idade) e Paul Thornley que faz seu marido Ron Weasley

     

    O anúncio de uma atriz negra para o elenco da peça de teatro “Harry Potter e a criança amaldiçoada” provocou uma saraivada de reclamações de fãs da saga, inconformados com a possibilidade da atriz Noma Dumezweni interpretar a personagem Hermione Granger.

    Nem a afirmação da criadora da história, J.K. Rowling, de que as descrições da personagem se resumem a “olhos castanhos, cabelo crespo e muito inteligente” e que a cor da pele “nunca foi especificada” freou a onda de queixas racistas na internet.

    “Espere, Hermione negra? Você está brincando? Não faz sentido”, reclamou um internauta pelo Twitter. Outro berrou: “Hermione em Cursed Child é NEGRA? NÃO! Obrigado por destruir Harry Potter”. Várias outras pessoas dedicaram seus tempos para fazer queixas parecidas na rede social.

    As críticas, porém, não foram unânimes e houve elogios à decisão dos produtores da peça em escalar a atriz nascida na Suazilândia, um pequeno país localizado no sul da África.

    Um deles foi o internauta Andrien Gbinigie, que em um tweet matador resumiu o nível de desatino de quem lamenta a presença de personagens negros em Harry Potter, Star Wars, 007 ou outras obras onde até então só brancos tinham papel de destaque.

    “Pessoas reclamando da cor da pele de Hermione em um universo de ficção onde as pessoas montam em vassouras para desafiar a gravidade. Continuem loucos”, escreveu Gbinigie.

    Só loucura mesmo para explicar essa indignação. Uns alegam que o personagem negro deturpa a obra original, outros colocam culpa na “ditadura do politicamente correto” ou mostram-se paranoicos vendo personagens negros como sinônimo de “marxismo cultural”.

    É preciso ter uma boa dose de insanidade mental para achar que o mundo vai acabar por causa de um personagem negro em um trama ambientada em uma escola de bruxaria, como lembrou Gbinigie. Ou que um negro não faz sentido em um universo onde um alienígena peludo de dois metros de altura trabalha como copiloto em uma nave espacial.

    Seria mais coerente, da parte desses racistas, simplesmente admitir que odeiam os negros e que suas características físicas estragariam as histórias que tanto admiram.

    Sanidade mental e coerência, contudo, são qualidades inexistentes nos racistas. Tem um vídeo que mostra a decepção de um neonazista americano, um tal de Craig Cobb, ao descobrir o resultado de um teste de DNA que remete 14% de sua origem à África subsaariana.

    A informação de que ele não é 100 % branco fez com que ele abandonasse as ideia de supremacia branca? Nem um pouco. Ele continua na sua louca jornada de pregação de ódio racial e divulgação de falácias como “genocídio branco”.

    Pelos números de Star Wars – O Despertar da Força, que apesar da ameaça de boicote por causa do ator negro cravou a marca de maior bilheteria de estreia da história do cinema, não há motivo para os produtores cinematográficos ficarem preocupados com o mimimi dos racistas.

    O que não significa que sejam inofensivos, pois a loucura de quem se ofende com uma Hermione negra é a mesma que move neonazistas como Craig Cobb e mantém o xenófobo Donald Trump em primeiro entre os candidatos do Partido Republicano na disputa à presidência dos Estados Unidos.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-insanidade-das-criticas-racistas-a-atriz-negra-que-fara-a-hermione-de-harry-potter/

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