A diversidade brasileira no carnaval de Pernambuco

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sugerido por Mara L. Baraúna

do Vermelho.org

Carnaval em Pernambuco: diversidade, arte e muita brasilidade

Em ritmo de carnaval, porém sem perder de vista sua veia analítica sobre as questões políticas, sociais e culturais, Urariano Mota, colunista da Rádio Vermelho, fala sobre o carnaval e o que essa manifestação significa para o estado de Pernambuco, com destaque para Recife e Olinda.

da Rádio Vermelho

De acordo com Urariano Mota, o carnaval é a mistura de todas as classes e raças. “Será um mundo ideal? Aí faço duas observações: 1. O mundo ideal só se faz na embriaguez do frevo? 2. É mesmo assim tão ideal a mistura de raças e de classes, como se tivesse havido uma superação? – É claro que não, amigos. Ainda persistem no gozo e no acesso ao gozo uma franca divisão de classes. Ainda existem.” 

 

Durante sua coluna “Prosa Poesia e Política”, o escritor e jornalista pernambucano pontua que “já começam a chegar, infelizmente, ao Recife, os camarotes reservados, exclusivos, dos bem nascidos e famosos. Aquele gente cheirosa, lembram? Disso não vem, nem pode vir nada bom. Mas isso, ainda bem, é tão minoritário, que não chega sequer a um bilionésimo do carnaval do Recife. Nós, que somos mais de um milhão, passamos ao largo e de longe, sem qualquer inveja, porque aqui embaixo, na rua, é que está a festa e o encanto para os olhos, ouvidos e coração”. 

Ele lembra que no carnaval do Recife e de Olinda existe ainda a mistura de todas as manifestações. Maracatus, de baque solto e de baque virado (maracatu nação). Os caboclinhos, também chamados pelo povo de “caboco linho”, os blocos líricos e a mistura também do mais baixo instinto ao mais lírico. 

“Quem somos nós? Repito ao fim. Quem sou eu? Eu sou um filho do Recife. Como no frevo de Antonio Maria, digo ao fim: o Recife mandou me chamar. Ouçam os frevos número 1, número 2 e número 3, com Claudionor Germano”, indica Urariano. Carnaval em Pernambuco: diversidade, arte e muita brasilidade. 

http://www.youtube.com/watch?v=xZTaJ-KHR7E

Carnaval em Recife e Olinda

A abertura do Carnaval de Recife ocorre nesta sexta-feira (28) com concentração na Rua da Moeda a partir das 16h. De lá seguem às 18h batuqueiros e cortes das 12 nações de Maracatu, sob o comando de Naná Vasconcelos, em direção ao Marco Zero. E começa a cerimônia oficial de Abertura do Carnaval com um show de fogos de artifício e rufar de tambores.

A partir das 20h se unem o Maestro Forró, Spok, Claudionor Germano, Expedito Baracho, Nonô Germano, André Rio, China, Fabio Trummer, Nena Queiroga, Elba Ramalho, Lenine, Coral Edgard Moraes, Getúlio Cavalcanti, Antúlio Madureira, Dalva Torres, Gustavo Travassos, Marron Brasileiro, Almir Rouche, Ed Carlos, Silvério Pessoa, Geraldo Azevedo e o homenageado do ano: Antônio Nóbrega.

As principais atrações do Carnaval 2014 em Recife são: Mundo Livre S/A, Zeca Baleiro, Lenine, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Nação Zumbi, André Rio, Maria Gadú, Alceu Valença e Sandra de Sá. E Jorge Aragão, Martinho da Vila e Fafá de Belém. E mais a estrela máxima, para mim, que é a grande Frevo Orquestra do maestro Spok. Como diziam os populares, ele faz miséria no frevo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. O carnaval é a maior prova

    O carnaval é a maior prova que o Brasil está um caos, está numa convulsão social tremenda, olhem só, mais de 2 milhões de pessoas no Galo da Madrugada, rsrsrs

  2. Sem demérito algum aos
    Sem demérito algum aos carnavais do Rio de Janeiro e da Bahia, o carnaval de Pernambuco é mesmo o carnaval síntese de nossa brasilidade. Afirmando essa brasilidade pela mistura dos ritmos, pela democratização da folia, pela diversidade das manifestações culturais…O carnaval pernambucano é um dos poucos onde a lógica de mercado ainda não capturou a genuína participação popular e cultural das massas que fazem da folia de Momo uma apoteose sem igual. No passo do frevo, no toque do maracatu, ou na leveza do caboclinho, o carnaval pernambucano é único, incomparável.

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