Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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A eterna compulsão brasileira em destruir seus ídolos, por Rui Daher


Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Por Rui Daher

Não mais pelo complexo de vira-latas, como quis Nélson Rodrigues, mas por espírito malévolo, de ódio, inveja e implicância.

Chega-me às mãos a edição impressa desta semana de CartaCapital, com Henrique Meirelles na capa. Nela a matéria “Por que não gostamos de Neymar”, assinada por Nirlando Beirão.

Vou à leitura, pois a lide repete o que, um dia, falou o técnico Raul Simões: “estamos criando um monstro”. O jornalista vai na mesma levada, “é o único craque brasileiro, dizem os hermeneutas da bola. Pode ser, mas não basta para construir um ser humano”.

Diante da má construção do texto de Beirão, unanimidade ente quem milita no jornalismo, penso possível Neymar ser um urso, uma formiga, caranguejo das praias santistas.

Não “gostamos”, quem, cara-pálida? Os hermeneutas das crônicas esportiva e política ou os milhões de fãs que, imbecis e pouco intelectualizados, o seguem virtualmente e fisicamente quando vai a campo em qualquer lugar do planeta?

Sofri, mas li a matéria inteira. Esperava encontrar algum novo malfeito do “menino da Vila” ou de seu nefasto pai. Nada. Um requentado preguiçoso de suas trocas de clube. Tantas assim? Duas, do Santos para o Barça (cantada desde que ele começou a arrebentar em Urbano Caldeira), e agora do Barcelona para o PSG.

No mais, correções e incorreções de alguém assediado diariamente pela imprensa mundial, pago por vocês para aparecer em centenas de peças publicitárias, incompatível com suas idade e formação cultural, e aos 25 anos se encanta com bens materiais de luxo, como muitos de nós o faríamos com tal acesso.

Vamos destrinchar o julgamento de Neymar como feito por Beirão. Não será fácil. Dão-lhe direito de editor a três páginas da revista. O mais difícil: a peça recheia fatos repetitivos e confronta posições políticas, sociais e econômicas aceitas pelo autor, mas deslocadas do contexto do futebolista.

Pelo autor, você saberá o que já sabe: “Neymar foi do Barcelona para o Paris Saint-Germain, deixando um rastro de má reputação”. Por quê? Queixa-se a imprensa catalã de não ter havido transparência na negociação. Um negócio de valor bilionário deveria ser transmitido diariamente pela imprensa em seus mínimos detalhes. Em futebol? Nem a “Velhinha de Taubaté”, muito menos o paxá do Catar o fariam.

A ingenuidade e preguiça de análise passam para a longa história fiscal (não a de nosso ajuste). Cita Neymar como reincidente no truque (2), pois foi assim quando saiu do Santos para o Barça. Seguem-se parágrafos e mais parágrafos contando a prisão de Sandro Rosell, presidente do clube, Nike, CBF, Globo, lavagem de dinheiro, investigação da FIFA, Receita Federal brasileira. Tudo nunca divulgado nas folhas e telas cotidianas.

Esses os motivos de não gostarmos de Neymar. Beirão (lembra-me azeite) anota que o mesmo se deu com Cristiano Ronaldo e Messi, para não deixar claro o azedume persecutório.

E Neymar quando foi para o Barça, seu sonho?

Lembro: não iria se adaptar ao futebol europeu; continuaria um cai-cai; não se daria bem com Messi e Suárez, disputando protagonismo e individualismo (é líder em assistências para o argentino e o uruguaio).

Mas Beirão insiste: “o destino levou-o a compor o mais espetacular trio de ataque dos últimos tempos”. Ah, o “destino MSN” que, segundo o próprio autor, fascinou o PSG naquela virada (6 a 1), no Camp Nou.

Volta, então, à confidencialidade que deixou tão amarga a comunidade catalã, a ponto de um blogueiro do El País sentir-se magoado. Daí em diante, o texto fica mais cansativo, duro de ler, mas Beirão parte para criticar a globalização do futebol, no que acerta, mas erra, pois esperava o quê de esportes que se transformam em entretenimento mundial? Ouviram falar em NBA?

Neymar, o exibicionista. “Anda com fones de ouvidos e celular nas mãos”. Como se isso não fosse o que mais se vê entre os jovens brasileiros. Neymar, “o namorador”. Proibido, embora não deixe de atender a nenhuma criança que o procure e, sempre que possível, leve seu filho para com ele comemorar as vitórias. Neymar, “o que ganha mais dinheiro do que todas as professoras primárias Brasil afora”. Colabora com caridade, como fez Lula. Neymar, o que “não nota o desproporcional privilégio de que desfruta”. Quem o dá? Neymar, o “catimbeiro”, como o próprio jornalista catimba preguiçosamente seu texto.

Termina comparando-o a Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter, síntese do brasileiro que se amolda às situações com covardia esponjosa, omisso quando mais se precisa dele”.

É o único momento em que Nirlando Beirão deixa de lado uma perseguição falaciosa para confessar uma verdade: não entendeu a obra-prima de Mário de Andrade.

 

 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

31 Comentários

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  1. a….

    “A eterna compulsão brasileira em destruir seus idolos…?” Estamos falando de Agronegócio? JBS? Indústrias Nacionais?…(Brincadeira) Não, não, é sério !! Quanto a Neymar,um joguete, um boneco nas mãos dos “gângsters” citados que controlam o futebol. Se necessário: ídolo.Caso contrário:vilão. Dirão que perseguidos por inimigos, deixaram títulos mundiais e história no futebol. As caras das suas conquistas serão Romário e Ronaldo. Dois centroavantes pés-duros, com pés de barro como já percebemos, que substituíram, pensada e propositadamente, a lenda da Camisa 10. Ou foi algum 10 que marcou e marca este período? Futebol virou novela e marketing. E Ditadura, já constatada, para quem vai aos estádios (principalmente paulistas).Neymar é Gênio. A TV o reduziu apenas a garoto-propaganda. abs.    

  2. Gosto dos seus textos Rui Daher

    mas, neste, não entendi direito: Vc gosta ou não gosta do Neymar? Confesso que já gostei e não gosto mais. Ele não é meu parente, então não preciso gostar dele mesmo ele sendo de direita. Verdade: não gosto dele por suas opiniões de direita. Para mim, direita é sinônimo de egoísmo, de defesa de privilégios nefastos.

     

  3. País estranho esse! Os heróis

    País estranho esse! Os heróis são jogadores de futebol, corredores de carro, cantores etc. Enfim, o tipo de ídolo que só serve para alienar o povo e para vender uma suspeita e batidíssima imagem do jovem de família humilde (ou nem tanto) que venceu e se tornou referência pelos seus próprios méritos e esforços. Pois bem, quando se conhece um pouco da vida desses caras, fica-se sabendo que a maioria, com raras e gratas exceções, não passa de imbecis, alienados, mentirosos, fraudadores e cercados de gente igual a eles, em que pese o talento que possuem (e que, do ponto de vista social, não quer dizer nada). Sem falar que são transformados em máquinas de vender tudo quanto é lixo e tornam-se péssima influência para a garotada. A mídia os transforma em santos padroeiros da única causa que importa ao capitalismo rapineiro: ganhar muito dinheiro e gastar tudo o que pode da forma mais estúpida possível.

    Enfim e por fim, já que precisamos de heróis, melhor que fossem quem lutou uma guerra, quem se destacou em prol dos desfavorecidos, quem comandou o país em tempos duros etc. 

     

     

  4. Rui, concordo com você:

    o texto foi longo, repetitivo, e no fundo preguiçoso.

    Neymar não é diferente dos demais jogadores de futebol do planeta, nem o comportamento da sua familia diferente das dos demais (basta verificar no “L’ Equipe” as de Pogba, e até de jogadores bem menos efetivos como Ben Arfa). Sem falar das relações de um Karim Ben Zema.

    Fala sério: prefere ter no seu time do coração Neymar ou Ben Zema?

    1. Lionel,

      o povo que detesta Neymar Jr. nunca o irá admitir, mas contratado, os torcedores de seu novo clube o considerariam o Papa Francisco e o  Neymar pai, Deus.

      Abraços

       

  5. O fato de Neymar ser um ídolo

    O fato de Neymar ser um ídolo do futebol brasileiro, sendo também aplaudido e elogiado lá fora, é uma coisa. Neymar, a pessoa que joga, é outra, e sempre cai na boca do povo por seus atos impróprios a um ídolo.

    São muitas as ações negativas dese moço, incompatíveis com o homem público, de sucesso porque o povo e a imprensa o mimam desde seu nascimento como crak da bola.

    Ao mesmo tempo em que ele se diz evangélico, aparecendo com uma fita na testa com 100% Deus, em outro, mostra ser desprezível quandod espreza o seu povo, tal como fez aqui em Natal, com uma turma na porta do hotel esperando a delegação chegar, e, aos gritos, dizendo seu nome para ele dar um Legal. O cara simplesmente desceu do ônibus de cabeça baixa, pra não ser incomodado. 

    Um dia, deixa de descer do ônibus numa instituição espírita que cuida de crianças doentes, alegando que soubera que ali estaria havendo um ritual, talvez, pra ele, satânico. Por ser um imbecil, e não saber que entre os espíritas Kardecistas não faltam pessoas que dedicam parte do seu tempo para ações caridosas. 

    E aí, o mesmo evangélico que não pode olhar para uma criança carente de carinho, pode aparecer em baladas homéricas, bebendo, dançando, ao lado de mulheres bonitas, as marias-chuteiras que tão bem o mundo conhece. É o falso cristão, que um dia será pastor para viver como tantos, à custa da pobreza dos fieis. 

    As pessoas públicas perdem um bocado quando, na vida privada, deixa trasnparecer um comportamento fora dos padrões éticos e sociais. Foi assim com Pelé, um dos maiores ídolos do futebol do mundo, mas que deixou uma marca indelével, e negativa, ao negar a paternidade a um filha que guardava as suas carecterísticas físicas, pra ninguém duvidar da verdade. E foi assim com Ronaldo Fenômeno, ao ser filmao por uma travesti numa noitada na Barra da Tijuca,e que, por muita sorte, se livrou da AIDS, doença que matou aquela Andreia, conforme li na revista VEJA, numa notinha mínima. 

    Caráter e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

    1. Maria,

      tua matéria é muito melhor do que a do Nirlando. Ele não citou nada disso, embora, a favor de Neymar, sempre me coloco no lugar de pessoas muito famosas do show-business, esportes, e imagino a pouca paciência que teria para tantos assédios, perguntas iimbecis, agradar gregos, troianos, evangélicos, espíritas, católicos e ateus. Abraços.

  6. Pergunto-me se é proibido

    Pergunto-me se é proibido criticar o Neymar? Penso que estamos gastando muita energia tentando fazer de Neymar o que ele nunca será: O Melhor jogador de futebol do mundo. Bastou sua inclusão numa lista de 25 melhores para os fanáticos mais uma vez tentarem alçá-lo a sério candidato a Melhor do Mundo. Ele é apenas, o melhor jogador do Brasil (Um país em franca decadência no futebol). Se o PSG se dispôs a pagar uma fortuna pelo seu passe, isso não quer dizer que ele é um craque de nível Cristiano Ronaldo (nem vou citar Messi)… Os fora-de-série não precisam de tempo para se destacar na Europa: Ou são ou não são (Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho)… Neymar desde 2103 no Barcelona não passa de uma promessa (e coadjuvante) que nunca dá certo… Porém, no Brasil, virou axioma não criticar esse jogador nota 9,8…

  7. Eu acho que o jornalista

    Eu acho que o jornalista esperava que ele estivesse vendendo balas dentro de um trem como qualquer outro jovem comum brasileiro sem perspectiva de uma vida confortável neste país amplacado pela desigualdade social e faltas de oportunidades…

  8. Pobreza mental

    Isso deve ser coisa de santista.

    Rui deve ser santista como eu.

    A maioria dos “especialistas” da crônica esportiva tem esses tipos de destemperos para com os rivais, que muitos insistem em não declarar as suas preferências clubísticas. Coisa mais tosca para tentar dar imparcialidade aos seus comentários.

    E o que é mais tosco ainda, a se basear no que o Rui disse que leu, apesar do seu sofrimento, nos trouxe uma crítica de um fulano nada afinado com o futebol, porque disso ele não tratou, mas usou os “escândalos” perpetrados pela família Neymar, como se fosse crime ganhar muito dinheiro. Coisas do capitalismo.

    A Europa tão correta e rígida ainda não prendeu pai/filho Neymar porque acredito que pela glamorização da estrela Neymar ofuscaria qualquer tentativa nesse sentido. Não pegaria bem no mundo essa truculência.

    O que se passa na cabeça de tantas pessoas, principalmente aqui no Brasil, um menino de 25 anos ser tão rico quanto artista da bola? Inveja, frustração, ódio e tudo mais que possa existir em almas pestilentas.

    Um dos maiores odiadores de Neymar sem explicação plausível é Paulo Henrique Amorim. Chega a ser doentia a alegada vinculação do Neymar com a Globo e por conta disso a Globo encher a bola de Neymar, apesar dele ser um perna de pau.

    A maioria da imprensa, pricipalmente a paulista nunca engoliram o Santos FC, pelo fato do cluber não estar sediado na capital. Sempre quiseram tratá-lo como clube inferior, mas tiveram que engolir seco quando dali surgiu o maior time de futebol de todos os tempos, tendo a frente verdadeiros mestres da arte do futebol e não bastasse isso a divindade chamada Pelé.

    Eles devem ter se interrogados: pô, não bastava ser o melhor time de futebol de todos os tempos e ainda ter o maior atleta de futebol que o munda já viu?

    Vou usar a expressão de torcedor, já que o nível da matéria do azeite de oliva Beirão é tão sofrível que merece um… Chupa Beirão!

    1.  Eu sou palmeirense fanático

       Eu sou palmeirense fanático e concordo inteiramente com você. O Santos, para muitos, é uma grande aberração porque afinal nem da capital é e mesmo assim insiste em ser grande, que ousadia né ? E revela jogador um atrás do outro, mais que os grandões do Brasil. Isso irrita, sabe.

      Quanto ao Neymar o Ruy Daher já disse tudo, nada a acrescentar.

      1. BPS

        obrigado e abraços. Veja se é possível um jornalista deixar-se levar pela pior imprensa espanhola para insuflar o ódio contra um jogador de futebol

    2. Sim Francisco,

      Torço para o Santos. Mas você traduziu perfeitamente o que quis dizer. Na matéria da Carta há diversas fotos da reação da imprensa espanhola, sobretudo a catalã, em manchetes escandalosas, pois a “traição” de Neymar foi feita às escondidas. Ora – ah, como gostaria de soltar um palavrão nesta hora – em futebol, uma transação financeira dessa magnitude PRECISA de confidencialidade!!! E Beirão, ingenuamente, segue o OLÉ espanhol.

      Abraços

  9. O que quer dizer?

    “mas Beirão parte para criticar a globalização do futebol, no que acerta, mas erra, pois esperava o quê de esportes que se transformam em entretenimento mundial? Ouviram falar em NBA?”

    NBA está no mesmo nível do futebol, ou seria  uma abanação de rabo?

    1. Stanislaw

      antes do futebol, outros esportes confome foram-se espalhando pelo mundo, se transformaram em entretenimento profissional, alguns regiamente valorizados, como o s casos, hohe, no futebol de Messi, Cristiano Ronaldo e, até o brasilerio Neymar.

  10. É ! né ?

    Lendo o artigo do Ruy e imaginando o de Beirão, eu pensei :

    Como tinha razão o Tom Jobin !!!!

    E o sentimento de inveja, como o dos tucan0s e Pmdbistas para com Lula. Tantos anos se passaram e conrtinuamos os eternos “vira latas”, não é mesmo Nelson Rodrigues ?

    1. Lenita,

      Impressionante como a sua comparação do que pensam os tucanos e paneleiros sobre o Lula. Extremamente pertinente. Como tantos títulos de universidades para alguém que não frequentou a escola? Como tantos dinheiro e idolatria para um menino de 25 anos que SÓ joga futebol?

      Excelente.

  11. Neymar entre Beirão e Daher.

    Já disse alguém, “infeliz o país que precisa de heróis”.

    E Neymar não é nenhum herói, mesmo porque não atua para defender outrem que esteja em má situação (como faz um heróis-estereótipo), mas apenas para engordar seu ego e suas contas bancárias.

    Um falso herói, jogador que nunca vai ser um Pelé, e que, em campo, só ganha por pontos de outros fakes como Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaucho e Romário.

    Há alguma coisa errada, neste caso não com o Brasil, mas com um sistema político (o Capitalismo outrora Contido mas agora Selvagem) que leva a essas alturas financeiras um simples jogador, “melhor” do que a maioria dos outros jogadores apenas porque nasceu com alguma particularidade física desarmônica. Como Mike Tyson, que tinha os braços alguns centímetros mais curtos do que o padrão mediano, o que permitia que ele se pusesse numa distância do adversário que lhe era ideal para ataque e para defesa (geralmente a melhor posição para ataque é também a melhor posição para o adversário revidar ou antecipar).

    E não digo isto por inveja. Se tiver de invejar alguém, prefiriria invejar Leonardo Da Vinci, ou Aldous Huxley, ou Stendhal, ou Machado de Assis, ou Thomas Alva Edison, ou Henry Ford, etc. etc. E estou feliz por fazer muito dos meus limitados rendimentos de classe média não-paneleiro…

     

    1. Jarbas,

      particularizei o caso de Neymar impulsionado por Beirão. Fosse discutir capitalismo selvagem encontraria catástrofes até maiores do que Neymar por todo o planeta. Se lesse com frequência minhas colunas, veria quantos “herois” maiores do que um futebolista eu trato. Menos o desarmônico Mike Tyson, talvez.

      Abraços 

  12. Neymar, ora, Neymar

    Com tanto acontecendo, gastar precioso espaço aqui para defender e atacar Neymar…O que tem Neymar além dos pés?

    1. Além dos pés, Gilson?

      Ora, as mãos. Respondo a você da mesma forma que respondi ao Eduardo:

      “Escrevo mais de 200 textos por ano, entre CartaCapital e GGN. Se neles tratei três vezes de futebol, foi muito. No mais, analiso não só nosso vira-latisno, mas coisas do planeta. Desculpe, o Neymar não é diariamente citado nas folhas e telas cotidianas”.

      Abraços (pode devolver o palavrão, por que daqui ele saiu) 

  13. Viralatismo
    Para começar penso que o autor do texto se enganou .
    O verdadeiro viralatismo brasileiro se dá nas áreas fundamentais de uma nação, como por ex. , a Cultura , onde o nosso povo não valoriza devidamente a arte genuinamente brasileira de raiz , como a nossa riquissima musica, preferindo tanta porcaria descartavel vinda lá de fora .
    Quanto a Neymar é um produto de nossos ( vazios ) tempos !
    Não discuto sua habilidade , que é realmente acima da media atual (mas será que não seria simplesmente um jogador mediano na época em que dos grandes craques brasileiros e mundiais ? ).
    Quanto ao resto , acho que ele é um icone da pobreza de valores que grassa pelo mundo atual , onde as aparencias e o ” produto ” (= dinheiro) vale mais do que quaisquer essência ou grandeza humana !
    Quando vejo Neymar custar 800 milhões de Reais ( de origem bandida ) e um Professor de Ensino Fundamental que forma a base de um jovem ganhar 5 mil , realmente sinto que a engrenagem planetaria em que vivemos está podre como nunca !
    E nós somos todos culpados disso , no monimo , por nossa omissão e comodismo diante de tanta sandice humana ( quando não participamos ou partilhamos de tal “suruba moral ” ) !

    1. Eduardo,

      interessante você. Escrevo mais de 200 textos por ano, entre CartaCapital e GGN. Se neles tratei três vezes de futebol, foi muito, No mais, analiso não só nosso vira-latisno, mas coisas do planeta. Descculpe, o Neymar não é diariamente citado nas folhas e telas cotidianas.

      Abraços 

      1. Tranquilo
        Tranquilo Rui

        No geral admiro e concordo com a maioria dos seus textos e comentários aqui !
        A minha discordância foi apenas pontual e , francamente , nem sei se Neymar ser humano e mesmo seu personagem “jogador de futebol” merece tal polemica a que nos submetemos aqui ( o esporte com sua progressiva mercantilização , com o passar do tempo , para mim , se tornou uma especie de desencanto ! ).
        Felicidades !

      2. Tranquilo
        Tranquilo Rui

        No geral admiro e concordo com a maioria dos seus textos e comentários aqui !
        A minha discordância foi apenas pontual e , francamente , nem sei se Neymar ser humano e mesmo seu personagem “jogador de futebol” merece tal polemica a que nos submetemos aqui ( o esporte com sua progressiva mercantilização , com o passar do tempo , para mim , se tornou uma especie de desencanto ! ).
        Felicidades !

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