Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Adeus Ferro de Engomar

Tadeu Kebian, meu amigo do Facebook, postou ontem essa foto “se sentindo muito feliz” por ter adquirido essa “raridade”.

Esse ferro de engomar (ferro de passar) me fez lembrar minha infância: A Dolores, filha da nossa lavadeira e engomadeira Maria, foi dar uns treinos lá por casa. Juízo que é bom a pobre da Dolores nunca teve. Eu estava correndo pela área de serviço e ela disse que eu saisse dali senão iria me queirmar com o ferro. Não lembro direito como tudo se passou. O fato é que ela me queimou entre o braço e o antebraço com a ponta do ferro de engomar. Durante muito tempo eu carreguei a marca da ponta do ferro como lembrança do acidente… Obviamente Dolores não foi admitida no cargo pretendido!

A foto me faz lembrar também da relatividade das coisas. Enquanto o amigo Tadeu Kebian se sente feliz por ter adquirido um velho e bom ferro de engomar, no interior do Ceará esse artefato continua a ser usado por muitas e muitas famílias. Para “eculumizar” o gás, as donas de casa cozinham no fogão a lenha e, após o preparo da refeição, aproveitam as brasas para encher o ferro de engomar, “eculumizando” também na energia elétrica.

Quem sabe o ferro de engomar vai ser uma opção nesses tempos bicudos de energia elétrica?

Trago, finalmente, o excelente CORAL DAS LAVADEIRAS DO JEQUITINHONHA, interpretando ADEUS FERRO DE ENGOMAR, música folclórica recolhida e adaptada pelo pesquisador e músico Carlos Farias.

luciano

Coral das Lavadeiras do Vale do Jequitinhonha – FERRO DE ENGOMAR – Folclore – recolhido e adaptado por Carlos Farias.

Álbum: Batukim Brasileiro – O Canto das Lavadeiras.

Ano de 2002.

 

Vendi minha aguhinha

Emprestei o meu dedal

Só falta eu vender

Meu ferrinho de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Tirei minha aliança

Botei na ponta da mesa

Quem quiser casar comigo

Não repara minha pobreza

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Amanhã eu vou-me embora

Tô mentindo eu num vou não

Se eu tivesse de ir embora

Eu num tava aqui mais não

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Fui na horta panhá coentro

Panhei  gai de alevante

Pra rezar no meu benzinho

Que está cheio de quebrante

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Meninim da calça curta

Carreirinha de botão

Se não for pra num casar

Deixa de chateação

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Essa casa é de paia

Merecia ser de teia

Pois a dona dessa casa

É bonita e não é feia

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Vendi minha aguhinha

Emprestei o meu dedal

Só falta eu vender

Meu ferrinho de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

Adeus goma, adeus goma, adeus ferro de engomar

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

46 Comentários

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  1. Quando era moleque no final

    Quando era moleque no final da década de 1960 cheguei a ver minha avó usando um destes. O fogão dela era a lenha e as brasas para o ferro de passar eram tiradas do mesmo. Em casa o ferro era elétrico, mas se a energia acabasse minha mãe recorria ao ferro à brasa de minha avó.  

    1. Somos da mesma época!

      Nasci em 1951, caro Fábio de Oliveira Ribeiro. Sou do tempo em que se chamava os eletrodomésticos pela marca. Geladeira era conhecida como frigidaire. Máqueina de costura só se conhecia por singer e liquyidificador por osterizer…

      Abraço do luciano

  2. O saudoso e elegante Walter

    O saudoso e elegante Walter Alfaiate, fazendo jus ao nome das antigas, gravou o samba “Ferro de engomar”, de Naval e Petrúcio Amorim, aos 47 minutos do ábum abaixo.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Xext7x2SHOY%5D

    Minha mãe passe o ferro de engomar
    Na camisa que eu ganhei de Iaiá
    {bis}

    Hoje à noite o pagode é que comanda
    Lá pras bandas do alto do Mandu
    VAi ter vinho, cerveja e cachaça
    E, de graça, batida de caju
    Eu sei que vai ter mais mulher solteira
    Que bandeira em palácio de rei
    Se à dez da manhã eu não chegar
    Mamãe, diga a Iaiá que eu viajei
    E se acaso faltar algum dinheiro
    Você peça emprestado ao seu Vavá
    Passe nele aquele borrachudo
    Eu me viro quando chegar

    Minha mãe passe o ferro de engomar
    Na camisa que eu ganhei de Iaiá
    {bis}

    Minha mãe você sabe do sufoco
    Dessa vida que eu levo a cantar
    Dou um duro danado e ganho pouco
    Se não fosse o pagode, nem pensar
    É no ronco gostoso da cuíca
    Do pandeiro, agogô e do ganzá
    Que eu tiro um sarro com as meninas
    Nem sequer vejo a noite passar
    E mamãe se o salão tiver cheinho
    Aí fica melhor de xumbregar
    No gostoso balanço miudinho
    Ninguém pensa em querer sair de lá

    Minha mãe passe o ferro de engomar
    Na camisa que eu ganhei de Iaiá
    {bis}

     

  3. Ferro na Boneca

                       Ai

                       Que saudade matadora do tempo que os baianos faziam música boa!

                      “E queixas só dá rugas 
                       E vento seca, amor enxuga”

    [video:https://youtu.be/ESYyvymfECA width:600 height:450]

                     “Tudo blue 
                       Belamente azul”

    [video:https://youtu.be/_L0cSHwLIao width:600 height:450]

                       Baby viajo na sua voz
                      “O meu coração flutua 
                       Nessa tua divindade”

    [video:https://youtu.be/2HyBbNrGILI width:600 height:450]

     

      1. E a menina dança

                            O Minerim engomava a calça nos bailinhos de antigamente,

                            nos bons tempos do Véim do Ceará

                            sem papas na língua

                            É pluft, pluft, pluft, pluft
                            É ferro na boneca
                            É no gogó, nenê
                            É ferro na boneca
                            É no gogó nenê
                            É no gogó nenê
                            É no gogô…

        [video:https://youtu.be/nbzVYxxlQPk width:600 height:450]

        [video:https://youtu.be/m4LSDdCD9uk width:600 height:450]

  4. Mamãe tem ódio desse tipo de ferro…

    A infância e a juventude toda ela usou um ferro desse tipo, só não colocava brasas, era posto na chama do fogão pra esquentar.

    Com 1,58 metro e pesando na época de juventude 47 quilos, ela dizia que era um esforço passar roupa com esse ferro. E que, como ele sujava com frequência no fogo do fogão, era preciso lavar e “ariar” o bicho de vez em quando. Uma alternativa pra evitar a sujeira era botar uma frigideira no fogo e o ferro em cima pra esquentar, mas aí ele esquentava menos e mais devagar, só dava pra fazer isso quando não se tinha pressa.

    Não foi à toa que com o primeiro salário dela como professora primária ela comprou um ferro elétrico…

    1. Benedita Marreca!

      Uma filha de escravos que era a lavadeira de minha avó ensinava que se limpava o ferro de engomar com parafina, pra que não sujasse a roupa. Só não sei como ela fazia isso.

      Benedita Marreca era uma negra altíssima, esguia, filha de escravos, que lavava e engomava a roupa da casa da minha avó, em Russas. Ela sabis como limpar o ferro de engomar, porém não descobriu nunca como deixar de manchar a trouxa de roupa com marcas do carvão com que pintava os cabelos que já estavam embranquecendo. Ela usava uma rodilha, porém sempre a gente descobria a trouxa manchada… Muitas vezes a gente escondia a rodilha pra ela ficar aperreada.

      Benedita Marreca morava em uma localidade chamada Tabuleiro de Areia. Muitas vezes fui passar o dia na casa dela, uma casinha de taipa, porém toda caiada e muito bem organizada. Da janela a gente via o tabuleiro de areia alvíssima, tão branco que incandiava a vista.

      Ô saudade…

      1. Reminiscências

        Em casa, minha mãe passa muito bem.  E ela usa uma vela (olha a parafina aí) para limpar a superfície do ferro, assim como o relato sobre a Benedita.  Minha mãe adora passar roupa – como pode ser isso ?  – e sempre que eu sugiro contratar alguém para a tarefa ela diz: “e ainda vou ter que ensinar”?

        As nossas lembranças e hábitos de convivência em casa têm realmente um enorme efeito sobre nós!  Há lembranças que carregaremos para sempre, tal sua influência sobre nossos cotidianos.  Eu volta e meia me pego repetindo coisas que ouvi minha mãe falar toda a vida… É nessa hora que bate a saudade acho; do que foi e do que será!

        1. Bola Cheia

           

          Comandante,

           A Anna bate um bolão!

          Vamos contratá-la, imediatamente, pra jogar no Ceará Sporting Club.

          Você aprova ou não?

          1. Não faça isso com seu amigo!

            Não faça isso com seu amigo!

            Se a resposta dele for não, você o colocou numa situação em que um cavalheiro, para não ferir, hesita, e isso não é bom … rs.

            Eu estou mais para aqueles “cabeças-de-bagre”  cujo vídeo você anexou no post sobre o Paulinho …

            No máximo, no máximo, uma assistente para carregar as toalhas limpas.  E olhe lá!

            Ainda assim, obrigada pela generosidade.

      2. A técnica da parafina eu sei!

        A mamãe passa uma vela (que não é de cera, na verdade é parafina…) no ferro quente, e depois passa uma folha de jornal dobrada em 4 com o ferro quente. O jornal “chupa” a cera quente e a sujeira vai junto.

      3. Benedita Marreca

        Caro Luciano, 

        Boa noite, vi no seu post sobre Benedita Marreca, e é o mesmo nome de minha vó que não conheci (não tive contato com a familia do meu pai, só com o meu pai e por pouco tempo), gostaria de saber se o senhor teria mais informações sobre ela, qualquer coisa. Muito obrigado.

  5. Ah, ah, ah, pois acrescento que em casa tenho dois ferros desses

    um pra adulto, maior, e outro pra criança, menorzinho.

    Se a mãe passava, a filhinha também teria que aprender, né não?

    São alguns dos meus troféus minerinhos aqui em Barbacena. 

  6. Memória

    Oi Luciano, eis aí um artefato doméstico em franca extinção. Há quem pense que já se foi, mas tenho a impressão de que, pelos rincões deste Brasil, resiste bravamente pois que alhures a modernidade ainda não aportou … 

    Eu, que sou antiga (!), adoro roupa de linho, algodão, fio natural. Para nosso calor, nada melhor.

    Mas, e a vida que levamos, a inabilidade das passadeiras modernas (euzinha, por exemplo) e a indústria têxtil, como ficariam se meu gosto pessoal prevalecesse?

    Em breve, não mais o ferro de engomar, mas qualquer ferrinho mequetrefe será ou artigo de luxo ou antiguidade. Muita roupa sintética, calças compridas e falta de tempo e de jeito.

    Uma pena.  A praticidade venceu a beleza.  A correria venceu o desejo.

    Qual será o próximo objeto a nos deixar rumo aos displays nos museus e à nossa memória afetiva ?

     

    P.S.:  Esclarecendo, antiga, de alma !!!   Só de alma!   😉

      1. Pelamor

         

        Anna fala de tecidos & texturas.

        Véim abraçador vem com cinco cantos & trabalho.

        Porquê ninguém sugere uma vida simples & despojada?

        [ sem roupa & sem trabalho & de leve ]

        E deixa a vida me levar…

        Flui!

    1. Oi, Anna, não é so você que é

      Oi, Anna, não é so você que é “antiga de alma”. Eu desde criança brincava muito com o bau da minha voh. Um enorme bau preto, de boa madeira, robusto e com um trabalho em torno da abertura. Olhava inumeras vezes as fotos antigas e os objetos que vovoh guardava de sua infância e de seus pais, que morreram cedo. Até hoje sou assim. Os amigos dizem que gosto de velharias. Não tem problema não.

      Abraço.

      1. Também adoro!

        Maria Luisa, para completar sou canceriana: ou seja, tudo que fala ao coração, memória afetiva, velharias, caixinhas, guardanapos escritos, cartas de amor, todas as adoráveis nulidades e frivolidades do passado, ficam comigo, em minhas caixas, pastas, envelopes e no meu coração.  Há quem ache tudo isso uma perda de tempo e de espaço; pode ser.  Mas o que é de gosto, regala a vida, certo ?

  7. Do tempo dos bons tempos do Lulu

    Bom, vocês que são velhos que se entendam. Eu sou do tempo do ferro elétrico e da Internet 🙂 Logo, deixo ai um video para mantarem a saudade da época em que a onça ainda bebia agua e se comia feijão e arroz de fogo à lenha (ô trem bão!). Ferro de engomar ? Esse negocio devia pesar uma tonelada. Tô fora!

    [video:https://youtu.be/9slIebrFs1w%5D

  8. NO TEMPO DO QUARADOR

    Antigamente, as roupas sujas eram molhadas, ensaboadas, esfregadas e expostas ao sol para branquear. Utilizando-se de uma expressão da época: para quarar. (1) Depois, elas eram sovadas, enxaguadas e colocadas no varal (não deste tipo) para que o sol e o vento se encarregassem de enxugá-las. Por fim, iam as roupas ao ferro de passar a brasa para o gran finale de todo o processo. 

    Siga lendo… http://gurgel-carlos.blogspot.com.br/2013/09/no-tempo-do-quarador.html

    1. Valeu, caro Paulo Gurgel!

      NO TEMPO DO QUARADOR

       Antigamente, as roupas sujas eram molhadas, ensaboadas, esfregadas e expostas ao sol para branquear. Utilizando-se de uma expressão da época: para quarar. (1) Depois, elas eram sovadas, enxaguadas e colocadas no varal (não deste tipo) para que o sol e o vento se encarregassem de enxugá-las. Por fim, iam as roupas ao ferro de passar a brasa para o gran finale de todo o processo.
      Caso se tratasse de uma roupa branca, de festa, ficava também algum tempo imersa numa solução de anil, o que conferia à roupa uma tonalidade levemente azulada.
      O local em que as roupas eram quaradas era chamado de quaradouro. Comumente, um pedaço de chão cimentado no quintal, algum mato rasteiro ou grandes pedras à beira de um riacho.
      Em nossa casa, na Justiniano de Serpa, a tampa de uma cacimba no quintal fazia as vezes do quarador.
      O que mudou: hoje é o tempo do “lava, não quara, veste, dispara”, como disse o blogueiro. (2) Por isso, quarar e quarador são termos fadados ao olvido (esquecimento). O blogueiro inclusive calcula que o verbo quarar só dure uns dez ou quinze anos mais. O tempo necessário para ser substituído por “vanishizar” ou “vanishizar com 02”, sendo este uma subespécie daquele.
      (1) Coisas de caiçara(2) Bota pra quarar!Afora a poesia e a música, o que mais poderá evitar que essas duas palavras se transformem em arcaísmos?
      Saindo pro trabalho de manhã
      o avô vestia o sol do quarador
      tecido em goiabeiras, sabiás,
      cigarras, vira-latas e um amor.
      E o amor ia ao portão pra dar adeus
      de pano na cabeça, espanador…
      Os netos… o quintal… Vila Isabel…
      Todo o Brasil era sol, quarador.
      Hoje, acordei depois do meio-dia,
      chovia, passei mal no elevador,
      ouvi na rua as garras do Metrô.
      O avô morreu.
      Mudou Vila Isabel ou mudei eu?
      Brasil!
      Tá em falta o honesto sol do quarador.

      http://gurgel-carlos.blogspot.com.br/2013/09/no-tempo-do-quarador.html

      1. Livre associação …

        Essa interatividade é interessante!  Lendo os comentários de todos e ao me deparar com o “quarador” do Paulo – que eu também conheci;  isto está ficando cada vez mais comprometedor!!! – me veio à lembrança uma cena do Primo Basílio em que Juliana reclama que só faz passar a roupa branca da patroa, apaixonada, ávida pelas visitas do primo …  De onde veio isso ?   🙂

        Luciano, tiras leite de pedra!!  Quando, de um ferro de engomar, eu chegaria à roupa branca da apaixonada Luisa???

  9. Seguraí Véim

                   Na tina, vovó lavou, vovó lavou
                   A roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
                   E mamãe quando era menina teve que passar, teve que passar
                   Muita fumaça e calor no ferro de engomar

                   Hoje mamãe me falou de vovó só de vovó
                   Disse que no tempo dela era bem melhor
                   Mesmo agachada na tina e soprando no ferro de carvão
                   Tinha-se mais amizade e mais consideração

    [video:https://youtu.be/wVYz__FFbqk width:600 height:450]

  10. Lembranças

    Amigo Luciano,

    Remoendo minhas lembranças de infância (Campina Grande/PB) lembro-me do famoso ferro de engomar a brasa em casa de minhas amigas. Lá em casa toda a roupa era lavada na própria cada da Joana (nossa lavadeira/passadeira) que até hoje está viva. Toda vez que vou à Campina Grande visito nossa querida Joana. Tô pra conhecer pessoa mais bondosa/generosa do que ela. Eita, agora me deu uma baita saudade dela…

    Grande abraço.

    1. Sinceramente não acredito

      que queiras associar essa devastação cruel e absurda ao pobre FERRO DE ENGOMAR…

      Aí eu choro!!!!!!!

      É Flogo!

  11. YouTube

    Mudança deixa os vídeos mais leves

    Por Redação Olhar Digital – 07/04/2015

    O Google divulgou nesta semana dados sobre a utilização do codec de código aberto VP9 no último ano. Ele substitui o H.264 e, de acordo com a empresa, é capaz de reduzir o peso dos vídeos na metade, melhorando a qualidade de reprodução em países com conexão ruim ou em redes saturadas, como é o caso do Brasil.

    O codec comprime um vídeo na menor quantidade de dados possível, sem sacrificar sua qualidade. Segundo a empresa, o VP9 prioriza recursos capazes de deixar a imagem mais nítida, utilizando transformações assimétricas para manter as imagens mais límpidas.

    Confira a diferença na reprodução com o H.264 e com o VP9:

    H.264

    Reprodução

     VP9

    Reprodução

    De acordo com o Google no Brasil, por conta da qualidade da banda larga, muitos usuários do YouTube precisam assistir vídeos em resoluções inferiores a 240p. Graças ao codec, quase 40% dessas pesssoas conseguiram visualizar resoluções superiores ou iguais a 360p sem acréscimo no uso de dados. O YouTube argumenta ainda que o ele pode tornar o streaming de vídeos 4K possível para um número maior de usuários.

    O VP9 está sendo desenvolvido desde 2011 e já é suportado pelos navegadores Opera, Firefox, Chrome e dispositivos que rodam o Android.

    Via YouTube

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