“Adeus”: Fonte de inspiração dos compositores, por Laura Macedo

 

Inúmeras composições envolvendo a temática “Adeus” permearam, ao longo do tempo, a Música Popular Brasileira. Tem pra todo gosto. Selecionei algumas que socializo com vocês. Espero que gostem e contribuam com outras.

 

“Benzinho adeus” (Zequinha de Abreu) # Artur Castro e Orquestra Jazz Band Pan American do Cassino da Urca. Disco Odeon (123.157). 1925/1926.

 

 

 

Adeus” (Noel Rosa/Francisco Alves/Ismael Silva) # Jonjoca/Castro Barbosa e Grupo da Velha Guarda. Disco Victor (33.548-B) / Matriz (65451). Gravação (12/4/1932) / Lançamento (maio/1932).

 

 

 

Adeus vida de solteiro” (Mário Travessos de Araújo) # Luiz Barbosa. Disco Victor (33.660-A) / Matriz (65721). Gravação (28/4/1933) / Lançamento (junho/1933).

 

 

 

Adeus” (Geraldo Decourt) # Sonia Carvalho. Disco Odeon (11.287-A) / Matriz (5160). Lançamento (dezembro/1935).

 

 

 

 

Adeus batucada” (Synval Silva) # Carmen Miranda. Disco Odeon (11.285-A) / Matriz (5164). Gravação (24/9/1935) / Lançamento (novembro/1935).

 

 

 

Adeus” (Newton Teixeira/Cristovão de Alencar) # Orlando Silva. Disco Victor (34.319-A) / Matriz (80718). Gravação (28/3/11938) / Lançamento (junho/1938).

 

 

 

Adeus, orgia adeus” (Djalma Esteves/Felisberto Martins) # Moreira da Silva. Disco Odeon (11.793-B) / Matriz (6212). Gravação (30/10/1939) / Lançamento (dezembro/1939). [Segundo o pesquisador Miguel Nirez Azevedo essa música é um plágio da melodia de Ketalbey – Em um mercado persa].

 

 

 

 

Adeus favela” (Nelson Trigueiro/Paulo Pinheiro) # Carmen Barbosa. Disco Columbia (55.069-A) / Matriz (152). Lançamento (junho/1939).

 

 

 

Adeus” (Roberto Martins/Mário Rossi) # Gilberto Alves. Disco Odeon (11.991-A) / Matriz (6612). Gravação (9/4/1941) / Lançamento (maio/1942).

 

 

 

Adeus mocidade” (Roberto Martins/Benedito Lacerda) # Francisco Alves. Disco Columbia (55.262-B) / Matriz (357). Gravação (6/1/1941) / Lançamento (fevereiro/1942).

 

 

 

Quero dizer-te adeus” (Ary Barroso) # Orlando Silva. Disco Victor (34947-B) / Matriz (S-05252-7). Gravação (19/5/1942) / Lançamento (agosto/1942).

 

 

 

Adeus, vou-me embora” (Alberto Ribeiro/José Maria de Abreu) # Ademilde Fonseca. Disco Continental (16.144-B) / Matriz (2182) – 1950.

 

 

 

 

Adeus querido” (Eduardo Patané/Floriano Faissal) # Ângela Maria. Disco Copacabana (5.451-A) / Matriz (1201). Gravação (agosto/setembro/1955).

 

______

Agradecimentos especiais ao pesquisador Miguel Nirez Azevedo pela liberação dos áudios:”Benzinho adeus”, “Adeus vida de solteiro” e “Adeus, orgia adeus”.

______

************

Fontes:

– Banco de Dados do Acervo Nirez.

– Foto montagem: Laura Macedo.

– Montagem áudios SoundCloud: Laura Macedo.

– Site YouTube – Canais: “Noel Rosa”, “Gilberto Inácio Gonçalves”, “N2010R”, “SenhorDaVoz”, “Tralha Brasil”, “luciano hortencio”, “Igor Tavile”, “Carlos Cotonete”, “TheM209”.

************

Laura Macedo

63 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Estou na metade da coletânea

    mas já vou comentar pra ganhar tempo.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=p_m1FHu0jbk%5D  

    Poema do adeus

    de Luiz Antonio, com Miltinho  

     

    Então, eu fiz um bem, dos males que passei

    fiz do amor uma saudade de você

    e nunca mais amei, deixei nos olhos seus,

    meu último olhar e ao bem do amor eu disse adeus

     

    Caminho o meu caminho e, nos lugares que passei,

    as pedras no caminho, são o pranto que chorei.

    Escondo em minhas mãos, carinhos que eram seus,

    e guardo sua voz no poema do adeus…

     

     

    1. Maravilha!!

      Querida amiga,

      Maravilha esse poema do Luiz Antônio!! E a intrepretação do Miltinho, idem! Cenas do filme “O vendedor de linguiça”, com Mazzaropi e grande elenco.

      Odonir sou fã do Mazzaropi. Já assisti quase todos os filmes dele.

      Super beijos e bom feriado.

      “Adeus América” (Geraldo Jacques/Haroldo Barbosa) # Os Cariocas. Disco Continental (15.893-B) / Matriz (1822). Gravação (29/3/1948) / Lançamento (junho/1948).

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=YLDqZnKLRCE%5D

       

    1. Arrasou!!

      Almeida,

      Você demora aparecer nos meus posts, mas quando aparece desconta o atraso (rsrsrsrsrs).

      Adorei a sua seleção da bela “Serenata do adeus”.

      Grande abraço.

      Deixo pra você outra da década de 1930.

      “Adeus Estácio” (Benedito Lacerda/Gastão Viana) # Trio de Ouro. Disco Odeon (11.696-B) / Matriz (5989). Gravação (8/12/1938) / Lançamento (fevereiro/1939).

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=k26RwLs8cW0%5D

    1. Concordo plenamente

      Alfeu, Concordo plenamente com você. Nas nossas trajetórias de vida pessoal/profissional os momentos das despedidas são dolorosos, principalmente, quando elas são do tipo “para sempre”. Adorei sua contribuição. Grande abraço. “Adeus, Pernambuco” (Manezinho Araújo/Hervê Cordovil) # Luiz Gonzaga (1952). [video:https://www.youtube.com/watch?v=Pf7YqXhVJVA%5D

    1. Um clássico do nosso cancioneiro

      “Adeus [Cinco letras que choram]”: Um belíssimo clássico do nosso cancioneiro. Você trouxe três grandes intérpretes: Francisco Alves, Orlando Silva e Nelson Gonçalves e uma das mais belas vozes femininas – Ângela Maria, que terei o prazer de conhecer pessoalmente nesse mês de novembro, aqui em Teresina (PI).

      Abraços.

       

       

    1. Valeu, amigo!

      Valeu, amigo Luciano.

      Confesso que não conhecia o compositor Pedro Raymundo. Prazer em conhecê-lo!!

      Grade abraço da amiga Laura.

    1. Muito belo o “Adeus” de Maysa

      Almeida,

      O “Adeus” de Maysa é uma composição muito linda. Foi gravada no seu 1º LP Convite para ouvir Maysa (1956).

      “É fácil dizer adeus” (Tito Madi) # Maysa. Álbum Maysa, Amor… Maysa (1961).

       

       

      1. Sucesso no carnaval de 1948

        “Não me diga adeus” (João Correia da Silva/Paquito/Luiz Soberano) foi um sucesso no carnaval de 1948.

        Que bom que você lembrou!

          1. Com Erasmo não conhecia

            Almeida,

            Com o Erasmo Carlos não conhecia.

            Você e a Vânia são dois garimpeiros pra ninguém botar defeito. Os dois arrasam, sempre!

            Abraços aos dois amigos.

    1. Palmas para a garimpeira Vânia!

      Palmas para a garimpeira Vânia!!

      Linda letra, melodia e arranjos. “… Toda vez que eu digo adeus eu quase morro…”

        1. “Se é por falta de adeus”

          Composição de Dolores Duran e Tom Jobim, gravada no álbum ‘Dick Farney e Você’ (1974). Além dos vocais, Dick Farney toca piano e é o responsável pelos arranjos.

      1. “É tão triste dizer adeus”

        Composição de Nelson Lins de Barro e Carlos Lyra, gravada por Carlos Lyra no álbum ‘Depois do Carnaval – O Sambalanço de Carlos Lyra’ (1963). O terceiro disco de Lyra, com arranjos de Luiz Eça, a participação de Nara Leão e do Tamba Trio, nos apresenta um compositor eclético engajado nos movimentos culturais da época com uma profunda reflexão social, mas sem deixar o lado lírico/sentimental. Um marco da música brasileira e um registro da revolução cultural que se operava no país antes do golpe militar.

          1. Maravilha, Almeida!

            “Vestida de adeus”

            Composição de Luís Antônio, gravada por Helena de Lima para o Compacto Duplo ‘Vestida de Adeus’ (1961).

  2. Adeus, Belém do Pará

    https://www.youtube.com/watch?v=ScqQKAvG–U

    Canta: Gal Costa

    Compositor: Dorival Caymmi

    Peguei um “Ita” no norte

    Pra vim pro Rio morar

    Adeus, meu pai, minha mãe

    Adeus Belém do Pará

    Vendi meus troços que eu tinha

    O resto eu dei pra guardar

    Talvez eu volte pro ano

    Talvez eu fique por lá

     

    Ai, ai

    Ai, ai

    Adeus Belém do Pará

    Ai, ai

    Ai, ai

    Adeus Belém do Pará

     

    Mamãe me deu uns conselhos

    Na hora de eu embarcar

    “Meu filho ande direito

    Que é pra Deus lhe ajudar”

    Tô a bem tempo no Rio

    Nunca mais voltei por lá

    Pro mês intéra dez anos

    Adeus, Belém do Pará

     

    Ai, ai

    Ai, ai

    Adeus Belém do Pará

    Ai, ai

    Ai, ai

    Adeus Belém do Pará

     

     

      1. Grato, Laura Macedo!

        Por favor, anexe a outra, do Adeus amor eu vou partir, sim? Escocesa de origem, segundo a wikipedia.

        Dia desses, espero que o tema seja VOLTA, (de novo, pois já temos hoje algumas músicas com ele) porque tem uma porção de  desesperad@s querendo que ele volte, que ela volte, com letras e músicas bonitas.

        Grande abraço!

         

        1. “Se é por falta de adeus”

          Composição de Dolores Duran e Tom Jobim, gravada no álbum ‘Dick Farney e Você’ (1974). Além dos vocais, Dick Farney toca piano e é o responsável pelos arranjos.

  3. “Adeus amor, eu vou partir” é escocesa!

    Auld Lang Syne é a melodia do folclore escocês de tempos imemoriais. Toda a terra canta esta música. No Brasil há mais de uma letra, cantada por escoteiros e também pela Aeronáutica.

    http://www.vagalume.com.br/dalva-de-oliveira/valsa-da-saudade.html

    Adeus amor

    Eu vou partir

    Ouço ao longe um clarim

    Mas onde eu for irei sentir

    Os teus passos junto a mim

    Estando em luta

    Estando a sós

    Ouvirei a tua voz.

    A noite brilha em teu olhar

    A certeza me deu

    De que ninguém pode afastar

    O meu coração

    Do seu.

    Então na terra

    Onde for

    Viverá o nosso amor.

    A luz que brilha em teus olhar

    A certeza me deu

    De que ninguém pode afastar

    O meu coração

    Do teu.

    No céu na terra

    Onde for

    Viverá o nosso amor.

    Esta música tem uma bela história, contada na Wikipedia:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Auld_Lang_Syne

    1. “Estou para dizer adeus”

      Composição de Benil Santos e Raul Sampaio, gravada no álbum ‘Maysa, Amor… e Maysa’ (1961). O décimo disco de estúdio de Maysa, assim como os anteriores, vem com uma forte inspiração na Bossa Nova.

        1. “Adeus Rio”

          Composição de Jota Junior, gravada no álbum ‘A Voz Adorável de Clara Nunes’ (1966). A moça da voz adorável está hoje por aqui, no seu disco de estreia e já contratada pela gravadora Odeon, mais romântica do que nunca, interpretando boleros com orquestrações bem cuidadas do maestro Lyrio Panicali.

           

           

    1. Feliz com sua participação

      Anna,

      “Não pode ser adeus”. Composição de Waldir Azevedo e Humberto Teixeira, gravada por Francisco Carlos em 1962.

      Beijos.

       

       

  4. Agradecimentos

     

    Aos amigos/amigas que participaram/enriqueceram nossa postagem meu muito obrigada. Valeu!!

    O bom do amor é quando ele permanece, ou seja. “Amor sem Adeus”, não é mesmo? Encerro com essa lindíssima composição de Luiz Bonfá e Tom Jobim.

    “Amor sem Adeus”. Composição de Tom Jobim e Luiz Bonfá, gravada no álbum ‘Dick Farney e Você’ (1974). Além dos vocais, Dick Farney toca piano e é o responsável pelos arranjos.

    Abraços agradecidos a todos.

     

     

      1. Clara fantástica!

        Odonir,

        A Clara Nunes é fantástica e imortal.

        “Sofrimento de quem ama”

        Composição de Alberto Lonato, gravada por Clara Nunes no álbum ‘Claridade’ (1975). O ano de 1975 ficou marcado na carreira de Clara Nunes, lançou o LP ‘Claridade’, maior sucesso de sua carreira, batendo o recorde de vendagem feminina, com mais de um milhão de cópias.

        Beijos

         

         

  5. Simplesmente maravilhoso esse

    Simplesmente maravilhoso esse acervo que você ofereceu e colaboradores-garimpeiros ampliaram. Penso que uma infinidade de países contam com alentado número de canções sobre o adeus, mas ao deparar com essa constelação de estrelas brasileiras a gente toma consciência da riqueza e amplitude de que a MPB é possuidora.

    A Anna Dutra observou que ia se abster de comentar para não macular a beleza do post. Eu deveria seguir o exemplo, mas não consigo me conter. E fui ouvindo, uma a uma, começando com a composição de Zequinha de Abreu (‘Benzinho adeus’, 1926 – na hora pensei: “Santo Deus! Música produzida 8 anos antes de meu pai nascer! Já pensou que dica fantástica de post eu daria pra ele, se ele, claro, estivesse ‘assim’ com a internet?!”). E fui ouvindo… ‘Adeus’, de Noel, Chico Alves e Ismael, 1932! (E eu, embevecido com Jonjoca/Castro Barbosa e os bambas do grupo Velha Guarda, achando que Carlinhos Vergueiro e Rui Faria é que haviam sido os únicos bambas!). E eis que lá na frente aparece a saudade da orgia (só no papo, pois depois de casado a orgia continuava, como você, com conhecimento de causa, comentou – rs) e mais adiante se consolida a excelência definitiva de Orlando Silva, merecidamente o ícone maior da canção brasileira. E após a Sapoti, eis que se descortinou um desfile luxuoso de mais e mais canções, indicadas por ‘n’ colaboradores, co-autores de um dos mais concorridos posts-comunitários (post-comunitário… gostei) aqui publicados! Simplesmente o máximo, para curtir e guardar (junto a tantos outros, como o da homenagem ao monsro sagrado Jacob do Bandolim, para não me alongar mais).

    Sei que a ‘fila temática’ é extensa, mas isso deve ser dito: Agora, é pautar a VOLTA – seguindo a sugestão de um dos colaboradores – e aguardar o desfile multicor de canções em torno desse tema positivo, humilde, humano, ‘up’ e apaixonante!

    Beijos do

    Gregório.

     

     

    1. Meu comentarista nº 1

      Gregório,

      Sempre arrasando nos comentários!! Nota 10 com louvor (rsrs).

      Nós que já passamos por tantas “saudades” ao longo da nossa convivência de quase quatro décadas fiquei pensando que música postar aqui pra você. Lembrei de uma composição antiga – “Adeus saudade”. E é ela que deixo pra você.

      Beijos.

      “Adeus saudade” (Kid Pepe/Raul Rezende) # Mário Reis. Disco Victor (33.989-A) / Matriz (79986). Gravação (17/7/1935) / Lançamento (novembro/1935).

       

       

       

      1. Saudade!

        Apoiando a sugestão do Gregório – e já mandando minha contribuição – agora é hora de pautar a SAUDADE, essa palavra poesia da língua:

        “saudade não está e se bem diz
          que fere mas não deixa cicatriz
          saudade, doce bem que nos tortura
          e ao coração maltrata com doçura… “

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=vjlo9VR1vI8%5D

        Abraços, beijos e felicidades a vocês dois.

         

        1. Valeu, Almeida!

          Estou com a pauta apertada, mas assim que puder vou retomar, com mais frequência, as postagens aqui no GGN.

          De já você está intimado a contribuir com a mesma qualidade/quantidade de vídeos.

          Grande abraço.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador