Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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As origens do “Paradigma Disney”: arquétipos na comunicação globalizada

 

O “Paradigma Disney” é um exemplo dessa forma globalizada de explorar os arquétipos, ao mesmo tempo repetitiva e transformadora, ao confinar os símbolos do insconsciente coletivo na ideologia do mundo globalizado e seus valores corporativos: individualismo, empreendedorismo, mobilidade social, inovação e relativismo ético e moral.


 

 

Em uma postagem do ano passado falávamos sobre a habilidade das animações norte-americanas, voltadas para o público infantil, de tornar divertidos temas trágicos, pesados e adultos (para ver clique aqui). Para ficarmos nos exemplos das produções dos Estudios Disney, desde Bambi (onde o protagonista perde a mãe de forma cruel) até Wall-E (ficção científica cínica e dark) as animações dos estúdios norte-americanos exercitam essa capacidade de fazer crianças rirem do cruel e do trágico.

 

Na última postagem, quando analisamos o filme “Tron: O Legado”, também da Disney, discutimos como uma produção comercial de entretenimento explora uma complexa simbologia alquímica (homem primal, Anthropos, casamento alquímico etc.). Essas duas reflexões nos conectam com as discussões em torno do chamado “Paradigma Disney” e dos estudos sobre a morfologia e estrutura das fábulas e contos de fada.

 

A década de 80 foi o divisor de águas na história da indústria do entretenimento no que se refere às técnicas para a exploração das mitologias, mito e arquétipos do inconsciente coletivo. Nesta época as produções Disney passavam por um período ruim: produções como “O Cão e a Raposa” (The Fox and the Hound, 1983), “O Caldeirão Mágico”(The Black Cauldron, 1985) ou “Oliver” (1988) foram fracassos de bilheteria e de marketing. Parecia que a fórmula de sucessos como os clássicos Bambi, Dumbo ou Branca de Neve já não mais funcionava.

 

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