A banda podre do cinema estadunidense

 

 

Não sou um critico de cinema. Apenas gosto de assistir. Até ai nada de novidade. Milhões de pessoas no mundo inteiro fazem isso. Mas hoje, eu fui profundamente insultado por um ator. E não é a primeira vez!  Não sei o que acontece com o pessoal. Não quero generalizar os estadunidenses, neste momento estou tão furioso que não estou lá tão seletivo.

Uma vez o Otávio Mesquita, aquele sujeito trapalhão que tem um programa na madrugada foi a Los Angeles e lá encontrou por acaso com o tal Charles Bronson. Quem não conhece aquele sujeito, com pinta de mal, que já fez tudo que foi papel nos filmes americanos? Já vi o Charles Bronson de Índio, Xerife, Policial, bandido… Enfim, o cara tem uma carreira longa. Mas não é que o Mesquita perguntou ao infeliz o que ele achava do Brasil e ele ficou sem entender e perguntando o que era o Brasil? Dizendo que não sabia o que era Brasil, repetindo que não sabia quem era, o que era, e o Mesquita insistindo, tentando explicar, falando de Carmem Miranda, Pelé, futebol, carnaval… E ele ou fingindo de bobo ou realmente não fazendo a menor idéia de que abaixo daquele infeliz pedaço de terra roubado do povo mexicano havia uma grande nação que pagava pra ver aquele infeliz ator. Bom, nem preciso dizer que nunca mais vi um filme em que aquele ilustre desconhecido atuou.

Agora, hoje eu tomei outro soco na cara. Desta vez foi um soco com gosto! Um cruzado de direito bem colocado. Daqueles que a gente primeiro escuta um zumbido e depois vê tudo girando e em seguida a luz apaga!

Pois bem… Então não é de hoje que eu venho dizendo que os gringos estão vindo filmar aqui no Brasil porque aqui esse pessoal tem mão de obra barata e esses SATED/RJ/SP/MG/PR/Sei lá mais onde tem, mas o fato é que são tudo uns PELEGOS quando vê ator de Hollywood. Ficam tudo feito ator de elenco de apoio. Ou melhor, ficam piores! Ficam iguais figurantes de primeira tomada! Entregam tudo! Tudo pode, tá tudo lindo, ele ou ela é linda ou lindo,  e por ai vai… Foi assim com o Magrelo do Rollin Stones que em 1987 veio parar no Brasil para filmar  Running Out of Luck.Um fiapo de história ordinária. Usou a mão de obra do Brasil, bem baratinha,  e falando que iria fazer uns clips e tal, foi paparicado, bajulado, babado, entrevistado pela Gloria Maria para o Fantástico e foi a glória da vida dela ganhar um beijo ao vivo daquele branquelo feio pra caramba, mas que de bobo não tem nada! Enfim… O cara veio, filmou pra lá, filmou pra cá, deu uns trocados para o Richie, Norma Bengell, José Dumont, o saudoso e grandioso GRANDE Otelo, Tony Tornado, Paulo César Pereio e até o Marcelo Madureira, aquele esperto lá do Millenium, entrou na brincadeira. Daí o cabra passou a mão nos rolos e se mandou. Resultado: montou lá fora o filme. O pessoal só descobriu que tinha participado de um filme muito depois.  Ainda bem que o magrelo não tem talento o mesmo talento que tem para a musica. O filme não vale nada! Mas infelizmente e desgraçadamente o filme, como não poderia deixar de ser, trata de modo pejorativo e preconceituoso o nosso povo, a nossa cultura. Humilhante. Sabe aquela coisa tipo pais das bananas? Pois é! E mesmo assim, ele volta e o povo, a pelegada e os bobos brigam pra ficar perto dele. Por mim ele tomava um passa moleque e nunca mais punha os pés aqui antes de pedir desculpa ao povo brasileiro.

Depois foi a vez do famoso 007. Nem vou ficar me alongando nessas porcarias porque não vale à pena. Vou apenas enumerá-las para estabelecer a linha de raciocínio.

Depois fui ver o Hulk. Claro! Sou da geração dos heróis Marvel! Príncipe Namor, Thor, Hulk, Capitão América que ainda era pra mim apenas um herói sem pátria, assim como os outros. Apenas havia o ideal de justiça e isso já tava muito bom. Voltando ao tema, pois não é que lá pelas tantas, me aparece um guaraná verde da cor de uma caneta marca texto! Ah não! Pera lá! Guaraná é um patrimônio cultural imaterial do Brasil. Ou pelo menos já deveria ser. Estamos esperando a Colombia ou a Venezuela tombarem como patrimônio?  Mas voltando… Me digam: Como é que o SATED/RJ ou SBAT, FUNARTE, Conselho de Cultura ou qualquer outro órgão me deixa passar uma coisa dessa?! Estrangeiros vem produzir conteúdo aqui e ninguém toma conhecimento do tipo de conteúdo? Ninguém tem acesso a roteiro? Como isso é possível? Isso é grave! É permitir  destituir, desconfigurar a referencia, a cultura de um povo. O guaraná é tão nacional quanto o Pão de Queijo o Acarajé, o Mate na Cuia o Terêrê e a Buchada de Bode! Vai tentar filmar uma coca cola laranja lá no país deles vai… Não filma porque até a associação das anciãs vão fazer piquete na porta do set. Mas aqui, a pelegada Sindical, Iphan, Conselhos culturais, A FUNART , enfim, seja lá quem for, DEIXA! E ainda ajuda. Periga até o comércio local patrocinar. Não duvido.

Agora, hoje o tal do Sylvester Stallone, um americanóide despresivel, um estadunidense típico, depois de ser bem recebido aqui no Brasil, de ser paparicado por todos, e de pagar uma mixaria pela nossa mão de obra, sai daqui com um trabalho que vai lhe render milhões de dólares por que até as bestas nacionais vão às locadoras deixar seu real para ver o filme dele, me sai com esse insulto ao povo brasileiro:

 

“ FILMAMOS NO BRASIL POR QUE LÁ VOCÊ PODE MACHUCAR AS PESSOAS ENQUANTO FILMA. VOCÊ PODE EXPLODIR O PAIS INTEIRO E AINDA DIZEM PARA VOCÊ “OBRIGADO”  E TOME AQUI UM MACACO PARA VOCÊ LEVAR PARA CASA”

                                                                             Sylvester Stallone

Redação

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