“Profecia” de Spielberg sobre fracasso no modelo de blockbusters vira realidade

Jornal GGN – A Slate publicou um artigo destacando a previsão de Steven Spielberg sobre uma mudança de paradigma na indústria cinematográfica de Hollywood, há mais de um mês, em uma palestra na University of Southern Califórnia. Segundo o diretor, “vai haver uma implosão de três ou quatro, ou talvez até mesmo meia dúzia de filmes com superorçamentos fracassarão, o que vai mudar o paradigma”, o que deverá forçar a indústria a repensar sua dependência por megafilmes.

Um mês depois, a primeira parte da previsão de Spielberg já virou realidade: Os filmes “O Cavaleiro Solitário” e “Depois da Terra” foram fracassos de bilheteria. Enquanto, “Invocação do Mal”, do diretor de Jogos Mortais, James Wan, conseguiu mais que o dobro do seu orçamento em apenas um fim de semana. Com um lucro bruto de US$ 407 milhões de dólares, “Homem de Ferro 3” se tornou o filme do ano, enquanto “Velozes e Furiosos 6” continuou a longa linha de sucesso de sua franquia.

“Não vai ser uma reavaliação do risco”, afirmou Harold Vogel, autor do livro “Entretenimento Indústria Economia”, o que a indústria experimentou ao longo da última meia década foi a criação de uma bolha de blockbusters, na qual os grandes estúdios seguiram o mesmo modelo global “do evento do filme”.

Segundo Vogel, filmes com marca reconhecida são mais fáceis para o mercado exterior, afinal sequências de ação e efeitos especiais não perdem muito com a tradução. Além disso, a ênfase na repetição de sucessos do passado só tem crescido. Como os custos administrativos com contabilidade e seguros relativamente mudam de filme para filme, uma superprodução de US$ 200 milhões poderia, assim, ser vista como uma aposta mais segura do que vários projetos de US$ 75 milhões.

Embora o aumento da importância do mercado global tenha acelerado o interesse dos estúdios por estrelas, histórias familiares e efeitos especiais, esses impulsos não são novos. As baixas bilheterias dos blockbusters deste verão [nos EUA] também pode ser sintomática das recessões, mas, até agora, a participação nacional tem sido compensada pela emergência da China como o segundo maior mercado de cinema do mundo. Além disso, as ofertas de TV a cabo, Netflix e video sob demanda surgem como exemplos do aumento da concorrência que Hollywood enfrenta agora.  

Com informações do Slate

Redação

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