Diversidade: a última doença terminal, brasilis

Na sua Casa, quando você abre as portas para uma visita estranha, o acompanhada por todo o percurso. Este é o lema, o paradigma atual do processo civilizatório. Abrir as portas não é entregar as chaves à revelia: isso que as mentes pensantes tem que entender. Da mesma forma que outras mentes pensantes não podem cair no velho conto do vigário, o cavalo de Tróia lendário.

Isso mesmos, caros alienígenas. Estou falando de importação de conhecimento. Sobre a vinda de profissionais para o brasilis – “casa grande senzala”. É também sobre médicos, medicina e doenças.

Antes contarei uma breve história: assistindo o debate para presidente do EUA. No assunto Imigrantes, o atual presidente Obama disse: “Os imigrantes ilegais terão cidadania. Esta é a Fonte desta terra. De braços abertos para todas as potenciais mentes, inteligências e conhecimento do mundo. É por isso que daremos cidadania para aqueles que por hora estão na ilegalidade. O legado desta casa é ser: a Terra dos Sonhos e das Oportunidades”.  O angu que aperta o cerne da questão pouco importa. É nem ligo pra hipocrisia.

O centro, o cerne, o ponto a visão futurística está no pilar da ideia básica: de portas abertas para todo o Conhecimento do mundo! Esse pilar que solidifica a construção de um universo diferente: a Diversidade é o próprio equilíbrio dinâmico; múltipla plural e holística.

Já aqui em terras tupiniquins ainda carregamos os vestígios arcaicos do que há de pensamento mais atrasado na galáxia. Então, os Conselhos até mesmo pronunciam contra a vinda de profissionais/pessoas das mais diversas áreas, das diferente gama do conhecimento, da “scientia”. Ou seja, pequenas mentes mirabolantes penumbram na plena Ignorância coletiva. O medo do novo. Ou o pior dos medos: o medo do diferente, da diversidade cultura! É somos o que cara-pálida? Mistura mexida e miscigenada.

Existe uma diferença muito grande entre abrir a portas de sua casa pra uma visita, e entregar a chaves da sua casa à revelia. Acredito que essa deve/deveria ser o papel dos Conselhos: avaliar, averiguar, fiscalizar e regular. Ponto. Conselhos cumpram apenas com suas funções funcionais e constitucionais. Não abracem o atraso, o retrocesso, a ideia pequena, o pensamento medíocre. Deixem de ficar mastigando interesses pessoais e obscuros.

Aliais, este é um dos únicos pontos que o José Serra teve posição interessante. Ao enfrentar a máfia dos medicamentos lá na década de 90. Sem falar nas patentes dos princípios inativos na doença crônica da corrupção, que pasmem amigos: não é, nem de longe, peculiaridade peculiar da política. Agora amparados em sua moral burguesa vem aqui cuspir tagarelices sem fundamento, distorcidas e tendenciosas. Dizem que é o Grito, alto ensurdecedor, apenas o medo de revelar a essência. Qual a essência da medicina no brasilis?  O que temem revelar? A revelia. Acorda gigante deste sono profundo e míope.

 

O pior é ter que assistir pessoas simples e humildes. Pessoas do povo. Que andam bem à revelia dos privilégios. E mesmo assim defendendo esse discursinho umbiguista e pequeno.  Ou seja, em terras tupiniquins já a muito vem dizendo: Não há material humano pra mudança! Que o pensamento burguês é o mais atrasado dos tempos. Que não conseguem distinguir uma pedra de uma rocha. Ficamos nesta cidadela evoluída e estratégica. Na província marcada pelo atraso: uma doença degenerativa e anacrônica. Parabéns mais uma vez brasilis. Tua doença terá algum dia inversão/pretensão de cura? 

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador