Doria acabou com o Clube do Choro de São Paulo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Do Clube do Choro

O que temíamos aconteceu: Doria acabou com o Clube do Choro de São Paulo. 

Durante um ano e meio, realizamos diversas atividades no Teatro Arthur Azevedo. As rodas, shows e workshops tiveram sucesso de público e de crítica não só pela qualidade artística e técnica, mas também pelo reconhecimento de ver ali um projeto realizado com paixão, por centenas de artistas que dedicam suas vidas à Música e, em especial, ao Choro. 

A insensibilidade perversa da nova gestão se esconde atrás do argumento da austeridade, da necessidade de cortar custos. Entretanto, a Secretaria da Cultura possui apenas 0,8% do orçamento da cidade, e o Clube do Choro, por sua vez, representa 0,1% dos recursos desta Secretaria (R$500 mil por ano). 
Assim, dizer que cortar o orçamento da cultura é fazer economia é o mesmo que dizer que uma família de classe média está economizando, combatendo a crise, ao deixar de comprar um pacote de sal em sua compra mensal. Em outras palavras, é um item irrisório no orçamento familiar, ou seja, comprá-lo, ou não, não gerará o impacto objetivado. 

Não desistiremos! A partir desta semana, iniciamos uma série de ações para reverter o quadro. Ontem, na Câmara, nos dirigimos aos Secretários da Fazenda e da Cultura. 

No dia 12, iremos direto ao prefeito. A partir das 11h, faremos uma Grande Roda de Choro pela continuidade do Clube do Choro de São Paulo em frente a Prefeitura. 

Contamos com o apoio da população, a grande beneficiária da Cultura. 
#VidaLongaClubeDoChoro

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Acreditamos que o normal

    Acreditamos que o normal seria não entrar no jogo do anormal. Na própria Moóca existem vários locais que poderiam abraçar o Clube do Choro, até mesmo o Juventus, quem sabe.

  2. COMO OS PAULISTANOS PUDERAM ELEGER UM SUJEITO COMO DÓRIA?

    É a pergunta que eu me faço. Que os ricos dos Jardins e Higienópolis, tão ciosos de seus privlégios, elegessem esse projeto mal acabado de político, vá lá. Mas a periferia? Os mais necessitados dos programas sociais? Como é possível que alguém como este senhor, que tem estampado na cara seu asco elitista, pôde se tornar o prefeito de uma das maiores cidades da Amércia Latina? O que esperavam seus eleitores fora da alta estirpe? Que ele iria fazer alguma coisa pelos pobres, pela classe média? Agora é o gosto amargo de quem deu as costas a um Prefeito (com P maiúscula) como Haddad. Agora são 4 anos de desmandos, conchavos, privilégios e assaques aos mais frágeis na sociedade. Modelo de gestão do PSDB.

  3. O estado não deveria de modo
    O estado não deveria de modo algum influenciar na cultura, essa é uma expressão do povo e deveria vir do povo a iniciativa de fundos. A prefeitura usou dinheiro público para ajudar esse ou aquele, ao tempo que escondeu esse ou aquele, conforme suas vontades e desejos obscuros. Chega! Estado menor e iniciativa privada, isso sim é a forma de representar o povo, pois aquilo que povo consome será o que se destaca.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador