Macura e o homem branco, uma lenda cearense

Enviado por JNS

Macura e o homem branco – Uma lenda cearense

Do Jornal da Besta Fubana

Segundo o historiador Tomás Pompeu de Sousa Brasil, os primeiros habitantes das terras de Aracati, os índios Potyguara, teriam entrado em contato com os europeus quando o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, aportara no local denominado Ponta Grossa ou Jabarana, no litoral do Ceará.

O povo conta há muito tempo que foi nessa época que se deu essa história. Naquele tempo, o acesso a praia de Ponta Grossa não era fácil ou até mesmo quase impossível.  Para se chegar até aquela remota localidade só era possível vindo pela praia do Retiro Grande ou Areia Branca, no Rio Grande do Norte.

 

Não se sabe surgido de onde, um náufrago de pele branca aportou ali, sozinho e doente em busca de água potável e de abrigo. Viu que o lugar era completamente deserto, mas percebeu que havia rastros de pessoas. Mais tarde, para sua derrota,  descobriria que se tratava de uma tribo de índios chamada de Jabaranas.

O náufrago, passados uns dias, conheceu uma nativa  que frequentemente vinha buscar água que brotava nos olheiros no sopé das falésias.

Foi o inicio de uma grande paixão entre o náufrago branco e a nativa que se chamava Macura. Mesmo sem entender o idioma do náufrago, ela  sempre lhe advertia do grande perigo que ele corria em se aproximar de sua tribo. No entanto, certo dia, Macura foi seguida por outra índia e o destino do homem branco naquele instante foi terrivelmente traçado.

Ele já estava muito doente e as idas e vindas de Macura até o local onde se encontrava aquele homem, na ânsia de tratá-lo, chamou a atenção da tribo. Quando o Pajé viu aquele homem misterioso de pele branca, cabelos dourados e olhos azuis com um  linguajar incompreensível, imediatamente o acusou de ser um “Anhanguera” e foi morto impiedosamente. 

O destino, porém, reservava uma surpresa para a Tribo. Macura estava grávida do homem branco. Apesar de a gravidez não ser bem-vinda, Macura pariu o menino que passou a viver como se fosse um curumin Jabarana.

Quando da invasão Holandesa no Brasil no ano de 1599, ao travarem contato com os  Jabaranas para a surpresa de todos, encontraram, vivendo como um índio, um homem, já centenário, de calelos dourados, pele branca e de olhos azuis que falava somente a língua nativa tupi-guarani.

Diz-se também que José de Alencar baseou-se nessa lenda para escrever o romance Iracema.

Imagens: http://fotosporlivio.blogspot.com.br/2012/12/centro-historico-de-aracati…

Texto: Besta Fubana

Redação

11 Comentários

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    1. Girou

       

      Tempo e Desolação

      Amigo, a desolação do tempo cobre a alma de sombras 

      Quando, no abismo profundo, a memória sucumbe à sensação de partir

      A mente tateia timidamente entre formas e delírios sombrios,

      O coração já não pode suspirar; o olho não é capaz de chorar.

      Quando a espessa proteção da alma cai, como asas de fogo, 

      Você, ninguém mais, amedrontado, afunda mais uma vez.

      Diga quem resgata você, então? Quem é o anjo consolador

      que devolve a ordem e traz a beleza para a sua alma?

      Quem reconstrói o seu mundo demolido de volta,

      Quem restaura o seu altar caído e reacende a sua chama sagrada? 

      É a essência poderosa que nasce da eterna noite sem fim.

      Beija os serafins da vida e acorde os inumeráveis sóis ​​para dançar.

      Redima a palavra sagrada, que convida nossa existência

      e viva a energia que ainda move o mundo,

      cuja força conduziu as nossas pegadas através do tempo.

      Portanto, alegre-se parceiro e cante na escuridão:

      “A noite é a mãe do dia; o caos é o vizinho de Deus”

      ( erik johan stagnelius )

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