Messi ou Cristiano Ronaldo? Por Adilson

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: AS/Reprodução
 
Por Adilson

Messi ou Cristiano Ronaldo?

Cristiano Ronaldo entrará para a história como o jogador que conseguiu se manter no topo do mundo com uma regularidade assustadora na Era Messi. Considerando-se o fato do argentino ser um gênio da bola, talvez o mais assombroso de todos os tempos, fazer a ‘frente’ que ele faz não é pouca coisa. Dito isso, acho que será sempre impossível falar em “melhor jogador de todos os tempos”, pois futebol é um esporte coletivo que sofreu variações drásticas desde que surgiu. Mudanças no ritmo do jogo e mudanças, sobretudo, na evolução técnica dos atletas.


O futebol antigo, que dá pra marcar até ali próximo a Copa de 70, era muito fundamentado em cima da habilidade do jogador. O cara tinha talento, bom controle de bola, tinha ginga, tinha drible ele já estava bastante a frente da concorrência. Força, velocidade, raciocínio rápido, capacidade de improviso, condução e explosão era o ‘por conta da casa’, algo mais que podia dar o diferencial, mas a técnica apuradíssima (que hoje é exigida quase acima de tudo), embora necessária, não era o quesito principal, ou, pelo menos, não era tão exigido. A forma como a bola rolava – com mais cadência, mais espaço, etc – não exigia do jogador o máximo que poderia em termos técnicos: passes longos por baixo, chutes de fora da área, domínio em velocidade, ‘troca de marcha’ rápida e por aí vai. Prevalecia, então, o bom drible, as boas tabelinhas e os gols por penetração. Ou seja, o espaço para o jogador destilar a sua habilidade era enorme.
 
Neymar, super habilidoso, e muito bom tecnicamente, jogasse naquela época, seria considerado um extraterrestre. Um jogador como Robinho, com muita habilidade mas técnica razoável, seria, há 50 anos, craque com o nome marcado na História. Ronaldinho Gaúcho, caso talvez de maior distância entre habilidade (nível estratosférico) e técnica (deficitária em vários quesitos), manteria-se alguns anos a mais no topo, ao invés de só dois (mesmo com todas as desculpas que tentam dar hoje -cachaça, desinteresse, mulheres.. – como se a gente não soubesse quem foi Garrincha e tudo que ele fez em toda a sua brilhante carreira apesar dos pesares). Pelé, provavelmente, seria o mesmo Pelé em qualquer tempo. Messi, certamente – se bobear até mais assombroso. Essas diferenças precisam ser levadas em conta, não tem jeito.

Por isso, qdo o assunto é escolher os melhores de todos os tempos, eu acho que o mais adequado é dividir por eras: Futebol antigo, Futebol moderno e o período da transição. Na minha opinião, Pelé e Garrincha foram os dois grandes nomes da primeira “era do futebol”. Maradona e Zidane, os dois grandes da segunda, a fase de transição – onde ainda se conciliava o velho e o novo e que talvez tenha se estendido por quase trinta anos até a década de 90. E na era atual, as últimas duas décadas, onde vimos o futebol mudar como nunca, onde quase não se vê mais espaço no campo, a bola é ‘trocada’ com uma velocidade impressionante e a força do atleta talvez tenha chegado ao seu limite máximo de aplicação em campo, Messi e Cristiano Ronaldo, a meu ver, são inigualáveis.

 

 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

27 Comentários

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  1. Alguns adendos…

    Acho estúpida algumas comparações entre Pelé e Messi, sempre postas em termos absolutos. Pelé, de certa maneira, foi transformado num espécie de deidade, nunca mais alcançável. Outros, por outro lado, desconsideram os feitos dos antigos, dizendo que na época de Pelé e Garrincha se amarrava o cachorro com linguiça.

    Cada época no futebol teve sua marca. Hoje, sem dúvida, o futebol é mais rápido, físico e técnico. Mas também, as condições de desenvolvimento do jogador são infinitamente superiores. Não são apenas Messi e CR7 quem fazem 50 gols por temporada. Vários outros, menos aquinhoados, mas também bons jogadores, conseguem chegar à média de um gol por jogo, ou próximo disso numa temporada.

    Por seu turbo, o futebol antigo era mais cadenciado e menos físico. Mas era muito mais violento. Ninguém imagina Messi sair desmaiado de campo depois de levar tanta porrada, que era um cotidiano na vida profissional de Pelé. Um marcador que quebrasse a perna de Messi teria sua carreira arruinada. Nada de um jogador só para marcar o Messi, como ocorrera com Maradona ou Zico.

    Os seres humanos deenvolvem-se de acordo com as técnicas que aprendem a conviver. Tanto o Messi faria história se jogasse nos anos de 1960, quanto Pelé seria talvez ainda mais extraordinário se jogasse hoje. Na verdade, Messi provou que Pelé de fato existiu. Nos anos da transição, como diz o autor, muitos diziam que no futebol então moderno seria impossível um jogador ser tão dominante quanto o brasileiro fora até sua aposentadoria. Messi demonstrou que quando alguém é gênio com a pelota, é gênio em qualquer época.

    Particularmente acho que Pelé foi maior do que Messi, por ter sido mais criativo, mais plástico e mais completo. Foi mundialmente conhecido antes da era da internet e quando a TV apenas engatinhava. Mas os dois estão no mesmo patamar entre os jogadores que marcaram suas gerações.

    Nessa história toda, porém, um jogador e depois técnico tem sido pouco lembrado: Johan Cruijff. Ele foi o personagem central para a passagem do futebol antigo para o atual. Foi o grande nome da lendária Holanda de 1974 e implantou o modelo holandês no Barcelona, aperfeiçoado de modo brilhante pelo seu sucessor intelectual, Pep Guardiola. Sem ele (e Pep), o futebol seria muito diferente do atual.

      1. Concordo que este texto é bem

        Concordo que este texto é bem melhor que o post original. Acrescento que Pelé teve algo que nem Messi ou Cristiano têm ou terão: capacidade de decisão, gostar dos ultra desafios e vencê-los. Em seu clube, venceu tudo o que pode, e seu time não era uma seleção de seu tempo, nem mesmo uma seleção brasileira de seu tempo. No nível de Pelé nesse quesito, mas ainda muito distante, só Maradona, ao carregar o time do Nápoles e as seleções da Argentina de 1986 e 1990. Messi  teria alcançado esse patamar se tivesse ganhado a Copa de 2010 ou de 2014. Cristiano idem. No futebol de 1990 para cá, só Zidane, Ronaldo Nazário ou Rivaldo (por que não?) têm esse patamar de decisão.   

    1. Esqueceram de Mim…

      E eu que sempre pensei que o responsável por surpreender o mundo na Copa da Alemanha, em 1974, ao transformar a seleção holandesa na famosa ‘Laranja Mecânica’, ao colocar em prática o conceito por ele criado, ‘Futebol Total’, através do sistema então batizado, ‘Carrossel Holandês’, fosse Rinus Michel, eleito pela FIFA, ‘Técnico do século XX’, morto em 2005 e até hoje considerado o ‘pai do futebol holandês’. 

      1. Meu conhecimento sobre

        Meu conhecimento sobre futebol não é tão profundo… Mas talvez se estudarmos direito, a escola holandesa revolucionou o futebol.

  2. Só o marketing explica

    O futebol é recheado de histórias. E também de folclores e bizarrices. A maior bizarrice atual é a tentativa, mercadológica e marqueteira, de insistir em comparar CR7 com Messi. Não há como haver nível de comparação. Um (Messi) é de outro planeta. O outro, se mistura na multidão. CR7 é um excelente finalizador de jogadas. Ponto. Precisa de um time atrás dele para que ele cumpra com muita competência o seu papel. Ele trabalhou muito por isso. É uma máquina de treinar. Mas ele se encerra aí: um finalizador. E o Messi? O Messi faz todas as funções no futebol: arma as jogadas; dá assistências das formas mais variadas; dá lançamentos precisos; dribles desconcertantes, marca como poucos e, como CR7, finaliza jogadas com competência única. Enquanto CR7 precisa de um time jogando pra ele, Messi é, quase, o time. Só o marketing pode explicar essa bizarrice.

  3. Só o marketing explica

    O futebol é recheado de histórias. E também de folclores e bizarrices. A maior bizarrice atual é a tentativa, mercadológica e marqueteira, de insistir em comparar CR7 com Messi. Não há como haver nível de comparação. Um (Messi) é de outro planeta. O outro, se mistura na multidão. CR7 é um excelente finalizador de jogadas. Ponto. Precisa de um time atrás dele para que ele cumpra com muita competência o seu papel. Ele trabalhou muito por isso. É uma máquina de treinar. Mas ele se encerra aí: um finalizador. E o Messi? O Messi faz todas as funções no futebol: arma as jogadas; dá assistências das formas mais variadas; dá lançamentos precisos; dribles desconcertantes, marca como poucos e, como CR7, finaliza jogadas com competência única. Enquanto CR7 precisa de um time jogando pra ele, Messi é, quase, o time. Só o marketing pode explicar essa bizarrice.

  4. Que os dois vcão lamber sabão

    Que os dois vcão lamber sabão 9pra ser educado) e levem o neymarketing junto,

     

    gente que fica milionaria com essa coisa estupida e inutil chamada futebol, dá um tempo……….

     

     

    1. Diz pra mim o que nao eh
      Diz pra mim o que nao eh estupido hoje?
      Se vc nao deu pra ser jogador paciencia filho…
      Mas guarda essa baba pq o recalque ta claro

  5. Sobre futebol, cada um diz o que quer
    E quantas bobagens são ditas ! Comparar o futebol do passado com o atual é uma destas gigantescas bobagens. Quando fazem isso não mencionam a diferença de material, de campo, de bola, etc. É uma tolice comparável a quem diz que Schumacher é mais rápido do que Fangio, por exemplo. O gênio do futebol aparece é nos grandes momentos, e nestes as carreiras de Messi e Cristiano Ronaldo são uma piada se comparadas às de Pelé e Garrincha. Messi e Cristiano Ronaldo jogaram sempre em seleções, jamais entraram em campo para defender times fracos, e sempre que esta relação de superioridade foi menor, fracassaram. Como Messi na final da Copa no Maracanã. Resumindo para não me estender, a copa de 2018 vai dizer QUEM ficará na história, porque ganhar taças pelo Barcelona e o Real Madrid atuais, é roubar doce de criança.

  6. Messi ou Cristiano Ronaldo? Por Adilson

    Adilson discordo totalmente da sua conclusão.

     

    Cristiano Ronaldo deveria ser premiado como o ATLETA PROFISSIONAL de FUTEBOL mais PREPARADO FISICAMENTE na ATUALIDADE em todo o MUNDO e só, nada a mais.

    Enquanto estiverem jogando MESSI, NEYMAR e COUTINHO e outros CRAQUES de bola, Cristiano nunca será o melhor do mundo.

    1. É cada um que aparece

      É claro que não será melhor do mundo, por isso que Neymar e Coltinho já foram eleitos varias vezes o melhor jogador do ano  kkkkkkkkk o Cristiano coitado, nunca foi o melhor do mundo, quase não faz gol né kkk

       

    2. E o troféu vai pra….

      Parabéns, vc conseguiu dar o pior comentário já visto, sem sentido algum, falando q alguém que já foi eleito 5x o melhor do mundo jamais será o melhor do mundo kkkkkk, parabéns.

  7. O melhor jogador argentino de
    O melhor jogador argentino de todos os tempos foi sem dúvida Dieguito marrento.
    Pelé foi tão genial que não precisou ir para Europa para ser genial. Esnobou propostas milionárias em série, inclusive do Barcelona. Os americanos do Cosmos tiveram de insistir várias vezes, até que ele aceitasse o maior contrato da historia do pais para qualquer esportista até aquele momento. Ao final do contrato os cartolas de la acharam que saiu barato, a primeira vez que futebol lotou um estádio nos EUA foi no jogo de estréia do Pelé pelo Cosmos.
    Ainda hoje impressiona o número de pessoas que consideram Pelé o maior de todos dentre aqueles com idade suficiente para te-lo assistido jogar na década de 60, incluindo-se ai outros grandes gênios do futebol da época. Quem acha que o menino Messi é o ápice na historia do esporte nunca assistiu realmente Pele nem Maradona jogar. Dieguito também era o cão chupando manga. Se não fosse a maldição do pó ele poderia ter brigado pela coroa do Pelé.

    1. André, não sei se devo fazer

      André, não sei se devo fazer a maldade de sugerir que você veja (está disponível no youtube) um jogo inteiro da Copa de 70. Digo “maldade” porque, se você se permitir, vai assistir a desintregação de um mito. Antes do youtube a tv Cultura há uns dez anos ou pouco mais fez isso, reprisou jogos inteiros da Copa de 70. Eu que era um menino de 8 anos à época, pouca lembrança tinha mas fui constituído pelos mitos. E com essa constituição convidei o meu sobrinho para assistir a um desses jogos, alertando-o que iríamos assistir um futebol de verdade. E o que aconteceu foi que eu fui me envergonhando ao lado dele e fui percebendo que o que possuímos por muito tempo era só o mito. Gerson, “o maior lançador de todos os tempos”, como dito no texto acima, só faltava pedir um cafezinho antes de se preparar todo para dar um lançamento e não chegava um marcador. Mas o pior foi ver Pelé. O mito Pelé não errava uma jogada. Dava o rumo a todas as bolas que lhe caía nos pés. E, vimos, perplexos, que a realidade era outra. Erros aos montes e alguns grotescos, coisas impossíveis de acontecer hoje a um Hazard, um Phillipe Coutinho, um De Bruyne e outros jogadores muito abaixo destes.
      Não assistimos o jogo inteiro e teconfesso, foi um dia triste pra mim. A morte de um mito é muito triste. 
       

      1. Sandices
        Quanta sandice cara !
        Ou vc viu outro jogo , ou vc bebeu , fumou ou cheirou alguma coisa , ou está faltando com a verdade não sei porque motivo !
        De repente enlouqueceu e não sabe ! Rsss !
        Comparar Hazard , De Bruyne , Philippe Coutinho ( bons jogadores , por sinal ! ) a genios como Pelé , Gerson e tantos que desfilaram por aquela que é considerada historicamente pelos entendidos a maior competição do esporte de todos os tempos ( sim , a Copa do Mundo de 1970 no México ! ) é falar muita abobrinha , besteira !
        Aliás , Nassif ( vc não tem culpa , é claro !) , o espaço democrático de seu blog , às vezes permite comentários aqui de estarrecer !
        E este acima , com todo respeito à diferença , e democracia , que possamos ter , é um deles !
        Que coisa !

        1. Sobre os mitos

          Eduardo, antes devo fazer um esclarecimento. Reli o meu texto, que você considerou uma sandice, e pareceu que eu tinha 8 anos quando da reapresentação da TV Cultura dos jogos. Não, eu tina 8 anos em 1970, claro, e fui contaminado pelo mito criado. Os mitos são sempre criados e eles viram verdades, senão não seriam mitos. Permanecermos com os nossos mitos intocáveis nos traz um conforto. Melhor não mexer com eles. Eu fui fazer isso ao apresentar o “futebol inigualável do Brasil e do Pelé” ao meu sobrinho e fui me desmanchando ao lado dele.

          Bom, alguém que também assistiu aos jogos inteiros fez uma edição, não dos melhores momentos, como nos acostumamos, mas de alguns momentos ruins. Não assista, se quiser se manter confortável com o seu mito. 
          Que 2018 possamos dar a virada, dar um contragolpe nos canalhas que tomaram de assalto o país.

          https://www.youtube.com/watch?v=L0GOQp-GuFc

  8. Tempos ¨& Tempos

    Que conversa fiada… Na verdade o melhor de todos os tempos foi o Divino, ADEMIR DA GUIA, inconfundível, superior, clássico, elegante…. Rsss, brincadeira à parte do saudoso palmeirense, concordo plenamente com o autor. Nos meus quase 65 anos vi todos os grandes craques jogando.

    MESSI sem dúvida o maior de todos em todos os tempos. E Cristiano não fica atrás. O que eles fazem nos campeonatos europeus, quebrando todos os records, diante de times são verdadeiras seleção de melhores atletas do mundo, não se compara aos adversários que Pelé, Garrincha, Maradona e Zico enfrentaram. O Santos fazia 100 jovos por ano, ou seja, 90% dos jovos em jogo-treino contra times semiprofissionais. Outro dia via um jogo do Machester City e tinha apenas um inglês em campo, todos eram estrangeiros, dentre os titulares, quatro brasileiros, todos da seleção brasileira.

    Sem dúvidas que Pelé, Garrincha, Di Stéfano, Maradona, Rivelino, Zico, Zidane, Romário, Ronaldão foram craques nos tempos que jogaram, muito acima da média, porém, o futebol nem era tão profissional, nem tinha a exigência técnica e condição atlética de hoje. O futebol se desenvolveu extraordináriamente em todo o mundo. Em 1962, a Fifa tinha 40/50 países filiados. Hoje tem mais de 200 filiados. Mais filiados que a ONU. Na África, na Ásia, em toda América Latina, e nos países europeus que pouco praticavam o esporte, hoje, possuem campeonatos de alto nível.

    Quem não concorda, tenha paciência, busque no Youtube, alguns jogos das Copas de 58, 62, 66 e 70. Não há comparação atlética nem de qualidades individuais da maioria das equipes. O futebol evoluiu. E seus craques também.

    Saudações palestrinas! Vida Eterna ao eterno Divino!!!

    1. Besteira
      Militão

      Desculpe , até gosto dos seus comentários sobre política mas nessa área do futebol , vc é “perna de pau” ! ( Rssss ! )
      Mas , falando sério , comparar Messi e Cristiano Ronaldo e com Pelé , Garrincha , Nilton Santos , Gerson , Tostão , Rivellino, Beckenbauer , George Best , Bobby Charlton , Eusébio , Zico , Cruyjff , Maradona , Zidane etc , é a mesma coisa que comparar , por ex. , um Bach , Vivaldi , Beethoven , Mozart , Tchaikovsky , Villa Lobos e outros gênios musicais , com um Gershwin , Duke Ellington , Louis Armstrong , Miles Davis , Noel , Ari Barroso , Pixinguinha , Tom Jobim , Chico Buarque , Lennon e McCartney , Bob Dylan , Milton Nascimento etc .
      Todos estes últimos foram grandes , é claro , mas , uma vez , o próprio Tom , instado a fazer uma comparação entre a melhor música popular do Sec. XX , e a música dos grandes mestres compositores clássicos , deu uma risada ironica e disse que a complexidade , elaboração , sofisticação , para não falar do pioneirismo , da música feita entre os Séculos XVI e início do XX , jamais seria alcançada pela humanidade !
      Aqueles craques dos anos de ouro do futebol , foram , antes de tudo , cerebrais , inventores do futebol como arte , em última análise !
      Não tinham os modernos recursos tecno-cientificos para melhorar a performance , além da mídia e redes sociais ao seu favor ( como hoje é corriqueiro ) mas foram geniais , cerebrais , e possuem a primazia de serem pioneiros na transformação desse esporte em algo que beira a uma verdadeira arte , com a sua genialidade única e inigualável!
      A propósito , caro Militão , tenho mais ou menos a sua idade e, portanto , para a minha sorte , tive o extremo privilégio de assistir ao vivo , cerca de 90% desses monstros sagrados do dito velho esporte bretão ? em muitas de suas eternamente históricas performances !
      Um grande abraço e um Feliz 2018 ao Nassif e a todos desse maravilhoso blog !

  9. Maradona & Eusébio, Fatos & Convicções: Drible ou Passe Lateral

    Ficando apenas na Argentina, dois Messis não valem um Dieguito, sem ‘la mano de Dios’ e sem falar, em seleção, por motivos óbvios e no Barcelona, por ser fácil; queria mesmo ver Messi levar o Nápoles a seus dois únicos títulos de campeão Italiano e a Copa da UEFA, seu único título internacional. 

    Se viermos para o Brasil, então…  

    No tempo em que o Brasil não exportava jogadores, Cristiano Ronaldo (1/10 de Messi) seria reserva de Denner na Portuguesa. 

    Quanto a, “Neymar super habilidoso, e muito bom tecnicamente, jogasse naquela época, seria considerado um extraterrestre”, ve se logo que nunca assistiu em estádio jogos até a época áurea de Maradona, não tendo apurada noção do futebol desse tempo, exceto por cenas e talvez uns jogos parciais e raros completos, pela televisão, caso contrário, saberia que Neymar surgiu chamando atenção justamente por trazer lampejos, insights, vagas lembranças, do futebol de craques desse tempo, que se perderam e praticamente inexistem no futebol força fisica, cabeça de bagre condicionado e saúde de ‘vaca premiada’, de hoje, onde despontam, Cristiano Ronaldo, que seria um Dario melhorado quando do futebol arte, e Messi, que não passa de um Zico sortudo por, não lhe destruírem a perna e não ter jogado na Udinese, e sim no Barcelona, em época áurea que reuniu uma constelação de craques do mundo todo.  

    O fato é que estão acabando com o Futebol, mais um pouco e ficará difícil diferencia-lo de um blockbuster ou Starbucks, como opção de diversão, alternada com ficar-se olhando o smartphone, pouco importa onde e em qual estádio igual se esteja.  Não à toa a FIFA cuida, além dos processos, de um campeonato de futebol de videogame, do qual certamente em futuro próximo, com convicção, despontará o ‘craque’ futebolista melhor do mundo em todos os tempos, desbancando Pelé com as mãos, mesmo não sendo goleiro.

    Aguardemos!

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