Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Modinha em memória de Umbelina Felismino Simões, por Luciano Hortencio

Umbelina e João Simões, com minha mãe Luzinha, em 1915.

Ja falei outras vezes sobre minha avó Umbelina Simões, porém hoje abordo a Umbelina que adorava trautear modinhas antigas que nos traziam, e trazem, prazer e doces lembranças. A AVE MARIA de Erothides Campos era entoada por ela de um modo que nunca ouvi através de intérpretes famosos. Ímpar.

Sempre tinha uma modinha, uma quadrinha, um mote para tudo. Sendo viúva e tendo casado suas duas filhas, veio, por insistência de minha mãe, morar conosco em Fortaleza. Saiu de Russas porém Russas jamais saiu dela. Conservou sua casa intacta e terminou voltando para seu lugarzinho bem em frente à Igreja Matriz, assistindo a todos os ofícios de sua janela, que dava exatamente para o altar mor. Ali viveu, morando sozinha, porém com a casa cheia de viziinhas e amigas, até fazer sua passagem, em 21 de abril de 1962.

Hoje apresento um vídeo insólito, onde pago o mico de entoar uma modinha que aprendi com ela. Como já sou protegido pelo Estatuto do Idoso, não tenho que temer críticas bem cabidas… Qualquer coisa, recorro ao Estatuto.

Umbelina Simões e minha irmã Ione Hortencio, fantasiada de baiana.

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

24 Comentários

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  1. Lulu, tenho um preguntado procê

    A judiada rede aguentou o tranco do pançudo Tenor do Ceará?

    Cadê as gatas Patinhas, Manchinha e – estas não podem faltar – as Capetinhas ?

    O alemão provocou o esquecimento do seu inseparável e encardido bonezinho vermelhinho?

    Gostaria de saber se o nobre Tenor amoita o seu enferrujado Baú das Véinhas da MPB, em um buraco cavado no piso sob a sua detonada rede de balanço ou descanso, que o Mineirinho usa, de vez em quando, apenas pra ler os seus alfarrábios e, pra variar, afogar o ganso?

    Sartando de banda,

    Fui!

  2. The Ballad Of Hugo Chavez

                       Música Incidental 

                       PARA A FIGUEIRA COLOSSAL

                       The Ballad Of Hugo Chavez by Swingin Amiss

                       Feat. Josh Joffen, Paul Kaplan, Rana Santacruz and more

     [video:https://youtu.be/KEoyrbyyFq4 width:600]

    1. *

      O MENINO QUE LEVITAVA

      Odonir Oliveira

      Ao clarear do dia o menino abria olhos arregalados
      De beber o mundo.
      Mas era pouco

      Montava seu cavalo alado
      Como se dançasse com ele.
      Era doce o menino

      E partia ao encontro de seus marimbondos
      de suas rãs
      e lagartixas.
      Morcegos eram como flores do campo.

      A tarde tinha a estrela vésper sempre a sua espera
      E nela menino, cavalo e aventuras seguiam,
      Era música
      cada árvore,
      cada trilha.
      Mas era pouco.

      Depois, pisar na água era um barulho celestial
      Era cócega
      Era música
      Era verso
      Era poesia.

      Desmanchar rotas citadinas
      Mergulhar no escuro de grutas cavernas, barcos e estradas.
      Era pouco
      Porque o menino ria, ria, mas ria tanto,
      que de prazer levitava.

      E de baixo, em terra firme,
      Ninguém o alcançava
      E não era pouco!

       

  3. Sartando de banda

    porque não pode sentar de bunda? Arria as trouxas no chão e conta o causo direito!

    As princesas Patinhas e Manchinhas vivem no apertamento… Manchinha não topou ser fotografadaporque disse que o Guru é muito exigente. Patinhas, mesmo a contragosto, accedeu!

     

     

     

      1. Ah Luciano!

        Agora vc quase me fez chorar. Ainda sou do tempo dos cirquinhos em cidades do interior, tipo by by Brasil. Não gostava mt de palhaços , trapézios etc. mas, de vez em quando apareciam alguns chamados de Circo Teatro, que eu amava. Apresentavam peças tipo “Que mãe que eu arranjei”, O céu uniu 2 corações e certa vez passaram ” A mestiça, ou Mucama”. Uns dramalhões, mas que eu , ainda uma pirralha, não perdia nenhum. Sempre amei o teatro, ver os atores vivendo os personagens ao vivo, me encantavam mais que o cinema nas matinés de Domingo. Pobre do meu pai, se não queria me dar o dinheiro p/ o circo.

        Esta música da mulata ficou em minha cabeça por um tempão, pois eu jamais a tinha ouvido e achei belíssima, apesar de triste. E hoje vc me fez recordar daqueles tempos dos mambembes, de roupas mais usadas que tudo, cenários de papelão, etc e que me faziam sonhar.

        Obrigado querido amigo. E bom feriado p/ vc.e família.

        PS: adorei a modinha que sua mãe cantava e ficou muito bem na sua voz.

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