O Hércules pós-moderno da Disney

Enviado por Cris Kelvin

Ecoando o Orfeu pós moderno de Steven Connor, Hermes chega ao Olimpo  com  um novo “arranjo” ao recém nascido:  1) em vez do pesadume da tragédia, a proposta de leveza de Ítalo Calvino para o nosso milênio; 2) em vez do Céu cristão, a Terra do Super-Homem; 3) do helenismo ao cristianismo, do eterno retorno à ressureição, um novo mito, embalado pela bela  trilha gospel de Alan Mencken. 

 

 

Redação

3 Comentários

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  1. Vamos falar de cinema

    Vamos falar de cinema americano? A Counterpunch de 30 de Dezembro trouxe um artigo que pode trazer luz sobre o que americanos conscientes estão a pensar sobre seu cinema. Um trecho de uma crítica lúcida sobre Star Wars:

     

    Star Wars e a morte do cinema americano

    Por John Wight

     

    ‘Star Wars’ é uma história simples, contada simplesmente, do bem contra o mal, da luz contra as trevas, e da liberdade contra a tirania. Em outras palavras, é a história da luta da América para preservar a democracia e a civilização em um mundo assediado pelo mal e por ‘malfeitores’.

    Filmes e propaganda política há muito tempo caminharam de mãos dadas. Na verdade, se alguma vez um meio foi adequado para propaganda, este meio é o cinema. E se alguma vez uma indústria pudesse ser creditada pela criação de uma realidade alternativa que foi tão difundida que conseguiu convencer gerações de americanos, e de outros ao redor do mundo, que subir é descer, que o preto é branco e que o errado é o certo, esta indústria é Hollywood.

    George Lucas, o criador de uma franquia chamada Star Wars que, incluindo este último rebento, tem agitado com sete filmes desde que o original apareceu em 1977 é, juntamente com Steven Spielberg, um filho da reação à contra-cultura americana dos anos sessenta e início dos anos setenta.

    Embora ambos sejam produtos dos anos sessenta – uma década em que a cultura e as artes, particularmente o cinema, estavam na vanguarda da resistência ao complexo industrial militar dos EUA – Lucas e Spielberg ganharam destaque na década de 1970 com filmes que, em vez de atacar ou questionar o establishment, o que fizeram foi abraçar o papel tanto de protetores como de árbitros da moral da nação.

    A cortina começou a cair no período mais culturalmente vital, emocionante e cerebral do cinema americano, responsável pela produção de clássicos como “Bonnie and Clyde ‘,’ MASH ‘,’ The Last Detail”, “The French Connection ‘,’ The Wild Bunch ‘,’ Taxi Driver ‘ e ‘ Apocalypse Now ‘, com o surgimento do “Tubarão” de Spielberg, em 1975, seguido em 1977 por “Star Wars”, de Lucas. Os primeiros filmes assustaram a América, enquanto que os últimos a fizeram sentir-se ótima sobre si mesmo novamente.

    (…)

    Em Counterpunch:

    http://www.counterpunch.org/2015/12/30/star-wars-and-the-death-of-american-cinema/

     

  2. Oi, Severino

    Acho que certo cinema americano se presta ao maniqueismo idel[ogico. mas neste caso, nao consequi ver a  relacao, além dos claros e azuis  do hwrói e sua oposicao aos infernos. um forte abraço!

    1. Não estou mergulhando na obra

      Não estou mergulhando na obra em si, apenas vendo de fora para dentro. O lançamento do War Stars 7 se deu em Paris, e um museu francês fez, para parafrasear o lançamento, uma exposição chamada “Os mitos humanos, de Hércules a Darth Vader”.  Creio que foi para confirmar a submissão colonial da Europa aos EUA. Mas o bom da crítica está de fora desta tradução, no link exposto.

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