Crianças de antigamente no interior da Minas próxima da Bahia quase nunca saíam nos tapas, mas batiam boca com frequência. Um dos rituais dos bate-boca era a exigência de que fossem rimados. Não se incluíam palavrões, necessariamente.
– Cala a boca!!
– Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu.
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Ei, Josias, anda! Seu primo está indo embora!!!
– Já vai tarde!
– Pimenta no seu cu prá ver se arde!
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– Joaquim não fez o dever de casa!
– Não é da sua conta!
– Cachorro cagou cê tomou conta!
– Sua vó morreu de baixo da ponte!
– Comendo feijão de treisantonte!
(e iam emendando, emendando, se possível com rimas, tortas ou não).
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