2015 foi o ano mais quente da história, diz Nasa

Da Agência Brasil

A média da temperatura global em 2015 foi a mais alta já registrada desde o início da medição das temperaturas na superfície da Terra, em 1880. A informação foi divulgada hoje (20) pela Nasa e confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que chegaram a essa conclusão em estudos independentes.

A temperatura média global no ano passado superou o recorde anterior, de 2014, em 0,13 °C. A Nasa informou que o recorde de 2015 acompanha a tendência de aquecimento observada nos últimos anos. Segundo a agência espacial, de 2001 para cá, ocorreram 15 dos 16 anos mais quentes já registrados na história.

A temperatura média do planeta subiu 1°C desde o final do século 19, aumento atribuído em grande medida às emissões de dióxido de carbono e outros gases resultantes da atividade humana na atmosfera.

Segundo a agência espacial, fenômenos como El Niño, com forte efeito no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ao longo do ano passado, podem contribuir com variações temporárias da temperatura média global.

No entanto, o especialista Gavin Schmidt, que dirigiu a análise da Nasa, diz que 2015 foi um ano notável mesmo no contexto do El Nino. “As temperaturas do ano passado tiveram, sim, influência de El Niño, mas é o efeito cumulativo da tendência de longo prazo que resultou no registro de aquecimento que estamos vendo”, afirma Schmidt, em declaração publicada no siteda Nasa.

As análises da Nasa têm por base medições feitas em 6.300 estações meteorológicas, navios e boias de temperatura nos oceanos, além de estações de pesquisa da Antartida. As medições brutas são analisadas com o uso de um algoritmo que leva em conta a distância entre as estações em todo o mundo e os efeitos do aquecimento urbano, que poderiam distorcer os resultados.

 

Os cientistas da NOAA baseiam-se nos mesmos dados brutos de temperatura, mas usam métodos diferentes para analisar as temperaturas globais.

Redação

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. El niño

    Só falta explicar a existência do El niño. O que causa o aquecimento das águas do Pacífico e a que profundidade?

    Esse calor vem do fundo do oceano, onde a crosta terrestre é mais fina?

     

  2. ninguém precisa se preocupar!

    pode continuar destruindo a natureza, poluindo, se reproduzindo (feito o mr catra). não há mal nenhum. é tudo coisa natural, o que está acontecendo. não tem relação com o aumento da presença humana.

    cada vez mais acho que aquela propaganda tem razão:

    nossa geração conseguiu mudar o mundo!

  3. Ação de madeireiros ilegais ameaça promessa de zerar desmatament

    Ação de madeireiros ilegais ameaça promessa de zerar desmatamento até 2030

    19 de janeiro de 2016Filled under NewsletterNotíciasNenhum Comentário

    Na Conferência do Clima em Paris, o Brasil se comprometeu a zerar até 2030 o desmatamento ilegal, mas a ação de quadrilhas na Amazônia pode inviabilizar a meta

    Como parte das negociações na Conferência do Clima em Paris (COP-21), o Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2030. Mas a violenta disputa por terra na Amazônia, que por vezes extrapola o Estado de direito, ameaça a proposta brasileira.

    Assassinatos de ativistas ambientais e agentes de órgãos que trabalham para conter a ação de quadrilhas de desmatamento ilegal não são raros na região. O assassinato da irmã Dorothy Stang, há dez anos, e recente a execução do segurança do Incra, Wislen Gonçalves Barbosa, são dois exemplos.

    A grave situação faz do combate a estes criminosos uma meta mais urgente do que zerar o desmatamento. Isso porque a ação das quadrilhas inviabiliza a compromisso brasileiro apresentado em Paris.

    Em entrevista ao jornal Financial Times, o Procurador-Chefe do Ministério Público Federal, Daniel Azeredo, alertou para a situação. “Conseguimos reduzir de forma significativa o desmatamento por parte de grandes fazendeiros e pecuaristas, mas ainda temos áreas menores sendo desmatadas por pequenos e médios produtores e quadrilhas criminosas.”

    O Brasil conseguiu reduzir um quinto do desmatamento desde o pico registrado em 2004. No momento, o país tem uma média anual de desmatamento ilegal de cerca de 5 mil km. Mas, levando em conta a extensão territorial, o Brasil ainda desmata mais florestas por ano do que qualquer outro país.

    Fonte: Financial Times/ Tradução: Opinião e Notícias

    http://amazonia.org.br/2016/01/acao-de-madeireiros-ilegais-ameaca-promessa-de-zerar-desmatamento-ate-2030/

  4. Só sei o seguinte:

    Nasci em Belém do Pará há 44 anos. Quando eu era criança e até os meus 13, 14 anos, não havia necessidade de ar-condicionado pra dormir em Belém do Pará. A temperatura à noite era amena, usava-se só ventilador pra espantar os mosquitos. Inclusive quando chovia de madrugada, era comum a gente acordar com frio e desligar o ventilador, que começava a incomodar.

    Hoje Belém é um forno de padaria a céu aberto. O calor é escaldante a qualquer hora do dia, e não refresca muito nem com a chuva – aliás, sabe a estória de que em Belém a gente marca encontro pra antes ou depois da chuva, já que chove todo dia? Chovia: passar 5 a 7 dias sem chuva tornou-se absolutamente comum por lá. Dormir sem ar-condicionado em Belém hoje é um sofrimento.

    Em Macapá, cidade que visitei muito desde a infância por ter parentes lá, é ainda pior: o calor entre 11 da manhã e 3 da tarde é infernal, insuportável. Macapá sempre foi quente, mas era um calor suportável. Estive lá no final de novembro e o gramado da Universidade Federal, onde ministrei um curso, estava totalmente seco, amarelo e esturricado, devido à falta de chuvas. Passei uma semana e não vi chuva. Só nao tem racionamento de água pelo fato da cidade ser à beira do Amazonas e captar água do rio. Se dependesse só das chuvas, Macapá estaria na sede.

    Se isso tudo não é sintoma de um aquecimento global, então não sei o que é…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador