Com corte de 50%, Olimpíada de Astronomia não tem dinheiro para pagar medalhas

Jornal GGN – A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) teve um corte de 50% da verba que recebe do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e agora está sem dinheiro para pagar pelas medalhas que deveriam ser entregues aos melhores colocados. Longe de se resignar, a organização do evento criou uma vaquinha virtual e está tentando arrecadar o dinheiro por conta própria.

A meta é conseguir levantar R$ 170.455,00. Até o momento, 416 pessoas já contribuíram com um valor total de R$ 26.811,00, que corresponde a 15% do objetivo final. A campanha ainda ficará no ar por mais 45 dias. Além da OBA, a organização também vai premiar os melhores colocados da 10ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG).

 “A redução do orçamento afetou diretamente a premiação dos alunos”, disse o professor João Batista Garcia Canalle, coordenador nacional da OBA. “As medalhas já foram encomendadas”, afirmou. A 19ª OBA de 2016 teve a participação de cerca de 800.000 alunos e a 10ª MOBFOG cerca de 90.000 alunos. O custo total anual é de R$ 1,2 milhões.

A OBA entrega medalhas a 45 mil participantes, ou seja, 5% do total. E a MOBFOG premia outros 5 mil.

A competição é organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Os participantes são alunos do ensino fundamental e médio, além de 60 mil professores, de 10 mil escolas de todo o Brasil.

O comitê organizador também está com dificuldades para preparar as delegações brasileiras que representarão o país na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, que será realizada na Índia, e na Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica, que acontece na Argentina. Os custos das viagens serão pagos por meio de rateio feito pelos próprios alunos.

Quem quiser ajudar a OBA e MOBFOG a premiar seus competidores pode acessar o site da vaquinha e doar qualquer valor, a partir de R$ 10.

Redação

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