Marinha quer operar nova estação de pesquisas na Antártica em 2015

 

Pouco mais de um ano após o incêndio que matou dois militares e destruiu 70% da Estação Comandante Ferraz, que servia de base para cientistas brasileiros na Antártica desde 1984, o Governo Federal definiu o novo projeto que vai substituir a antiga base.

Escolhida na última semana após publicação de concorrência pública, a nova estação deve ocupar uma área de 3,2 mil m2 quadrados exatamente na mesma região onde ficava a estação antiga, na Ilha do Rei George, Baía do Almirantando.

Para conhecer os projetos finalistas no concurso público, clique aqui 

O projeto escolhido é assinado pelo arquiteto e urbanista Fávio Faria, e conta com 19 laboratórios de especialidades como química, microbiologia e biologia molecular, entre outras, além de auditório, LAN house, biblioteca, sala de reuniões, camarotes institucionais, salas de estar e jantar e área de serviço. Um dos pontos altos do projeto são itens de segurança mais aprimorados. A ideia é evitar tragédias como o incêndio ocorrido na antiga estrutura.

“O edifício possibilita isolamento do risco com portas corta-fogo”, explica Faria. “Há ainda o projeto de prevenção e de combate a incêndio, a ser detalhado”, diz o arquiteto, que já havia sido premiado em concursos como estudante.

No total, cinco arquitetos e cinco estagiários participaram da elaboração do projeto, além da colaboração de engenheiros e arquitetos especializados nas áreas de conforto e energia, instalações, segurança e prevenção contra incêndio, estruturas e geotecnia.

Custos

A nova estação brasileira na Antártica deverá custar aproximadamente R$ 72 milhões, de acordo com informações divulgadas pela Marinha do Brasil, que responde ao Ministério da Defesa.

As novas instalações terão capacidade para acomodar até 64 pessoas, entre pesquisadores, militares e visitantes. Todo o aparato presente no projeto, ainda de acordo com a Marinha, atende aos pontos exigidos no edital, referentes a materiais, instalações elétricas, fontes de energia e sistema de reaproveitamento de água.

Outras características do projeto da estação são estruturas em aço de alta resistência à corrosão e a baixas temperaturas. A área interna é dividida em ambientes organizados em camarotes e montados com componentes de madeira, o que vai permitir que boa parte das instalações já saia montada do Brasil com direção à Antártica.

O edital, promovido pela Marinha do Brasil e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), e a licitação recebeu 74 inscrições. A previsão é de que o processo licitatório para a execução da obra termine no fim deste ano.

O lançamento da pedra fundamental da base está previsto para o próximo verão antártico, que vai de novembro a março. De acordo com a Marinha, o início da operação da nova estação está previsto para março de 2015.

Redação

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