Jornal GGN – O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou no último sábado (28) que o país irá investir em energia nuclear para fins pacíficos. Autoridades bolivianas afirmaram que a Bolívia espera contar com a ajuda da Argentina e da França para desenvolver projetos na área nuclear.
O presidente boliviano afirmou em discurso que o país vive uma liberdade econômica, política, social e cultural, e agora deve abrir caminho para a liberdade científica. Ele espera desenvolver programas de cooperação entre universidades públicas e privadas.
“Queremos e vamos contar com a energia atômica para fins pacíficos”, disse.
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Local da construção
Não construindo na fronteira com o Brasil e nem pedindo empréstimos ao BNDES está bom.
não confio no indio!
não
não confio no indio!
não confio na tecnologia argentina, afinal eles possuem menos reatores que nos, e e bem mais antiquado, portanto dizer que vai pedir ajuda argentina me parece apenar provocação!
A Usina de Fusukima continua
A Usina de Fusukima continua com seu vazamento radioativo, os danos são irreparáveis. Nós temos uma loucura aí em Angra, num terreno a beira mar que os nativos chamavam de terra oca.
Qual será a próxima?
Prioridade
Por princípio, creio, mesmo para o Brasil, que devemos conhecer a tecnologia, e saber de seus potenciais, e se houver melhora da segurança, pensar em incrementar seu uso. Mas é muito melhor trabalhar nos projetos de “energia limpa”: solar, eólica, maremotriz, coeficiente térmico , e outras. E para um país ainda menos desenvolvido que o Brasil, com tantos problemas sociais, será esta uma prioridade ? A Bolívia, rica em petróleo, em recursos hídricos precisa mesmo desta matriz agora ? Tenho dúvidas, parece ser mais jogo de cena.
Pra daqui 70 anos?
Não acredito q a Bolívia tenha nível tecnológico, nem estabilidade institucional, nem aval mínimo do clube nuclear para mexer com energia nuclear a curto prazo. Se tivesse dois desses fatores, talvez em 30, 40 anos.
A tecnologia nuclear demanda uma grande capacitação técnica e uma tradição em desenvolvimento científico próprio e, mesmo q a Bolívia compre uma usina 100% estrangeira, ela vai ter q se gabaritar até para conseguir tirar proveito científico dela. Mesmo os grandes desenvolvedores do século XX tiveram seus problemas com energia nuclear (Japão, URSS, EUA), então não é pra qualquer um a qualquer tempo. Mas o interesse da Bolívia não é isolado. Peru, Chile e Venezuela tem suas ambições em tecnologia nuclear (seja geração de energia, produtos radiológicos ou… aquilo q vc pensou).
Está na hora da UNASUL assumir ou criar uma ABACC (Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares) e determinar uma regulação comum da atividade nuclear no hemisfério sul. Se o Brasil e Argentina vivem recebendo pressão externa por conta de suas capacidades nucleares, tendo sempre de reafirmar o caráter pacífico, imagina a Venezuela e a Bolívia.
Tendo esse controle pela UNASUL, o mercado nuclear pode ser uma oportunidade muito boa para o Brasil.
USINA NUCLEAR
A priori, devo informar não ser contra a energia nuclear, até por que é uma das fontes mais limpa de energia; entretanto, não se pode olvidar que as usinas devem estar localizadas em placas tectônica estáveis para garantir um status de segurança; o que não é nem o caso da Bolívia, tampouco do Japão. A Bolívia poderia aprofundar estudos para a viabilização de usinas geotérmicas, com o fito de aproveitar a sua localização na placa tectônica em que está inserida; como também aproveitar seus recursos hídricos em rios binacionais para a produção de energia de fonte hidráulica e outras fontes como biomassa, eólica e solar. Não se pode olvidar que a Bolívia guarda uma das maiores, senão a maior, reserva de lítio deste planeta; o que a coloca na geopolítica energética internacional como ator indispensável para o seculo XXI.
Amarilio Lopo Neto