Investimento em ensino superior é um dos caminhos da inovação

Jornal GGN – O investimento no ensino superior, tornando estudantes em especialistas, é um dos caminhos para levar um país ao status de inovador. Essa foi apenas uma das etapas que levaram Israel a ser conhecida como a “nação das startups”, de acordo com Hananel Kvatinsky, presidente da LES Israel e diretor de propriedade intelectual da empresa israelense Orbotech. A capacidade de transformar obstáculos em vantagens, ter cultura de proteção da propriedade intelectual e investimento em programas de financiamento são outros fatores.

As informações são fruto de palestra de Kvatinsky no painel “Transformando Propriedade Intelectual em Negócios”, realizada na 14ª Conferência Anpei, na última semana. Os números corroboram: foram criadas em Israel quase sete mil startups nos últimos dez anos. Entre 2003 e o ano passado, 772 dessas empresas foram vendidas, o que totalizou US$ 41,6 bilhões em recursos. As próprias características da região – dois terços do territórios estão em áreas de deserto – acaba sendo a mola propulsora da inovação.

“Fizemos um obstáculo se tornar uma vantagem, pois isso levou ao desenvolvimento de muitas tecnologias hídricas”, apontou Kvatinsky, citando, como exmeplo, um sistema de irrigação por gotejamento, desenvolvido há mais de 20 anos e que foi patenteado. A empresa Netafim criou um negócio a partir dessa patente que a levou a exportar mais de US$ 1 bilhão na época. “Não dá para fazer algo novo se não há inovação”, pontuou.

Mas o investimento em ensino superior é fundamental, segundo ele, já que não se pode treinar as pessoas para serem inovadoras ou inventoras. “Mas podemos incentivá-las, criando um ambiente adequado. Também é preciso investir na educação superior e na conquista da capacidade técnica, que é a base para termos pessoas inovadoras”, prosseguiu. Para ele, “é preciso proteger as inovações por meio do registro de propriedade intelectual, pensando no que fazer com esse registro – se vai comercializar, transferir, licenciar e receber royalties etc”.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador