Investimentos de países latinos são criticados na COP20

Jornal GGN – A intenção dos países latino-americanos de aumentar a produção de petróleo foi criticada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O Brasil, por exemplo, que sofre com um momento hídrico desfavorável, vem financiando usinas movidas a carvão e investindo na extração na região do pré-sal. Para muitos dos envolvidos no encontro, as ações de países como o nosso vão na contramão dos discursos.

Além do Brasil, o México está abrindo o mercado de petróleo para as empresas estrangeiras. O Peru, país sede do evento, estuda isentar petrolíferas das avaliações de impacto ambiental. Equador e Colômbia têm agido de maneira semelhante planos semelhante.

Isso levou alguns dos presentes a questionarem o comprometimento desses países na questão da redução de emissões de gases do efeito estufa, já que combustíveis fósseis são vistos como os principais culpados pelo aquecimento global.

Algumas das críticas surgiram de representantes dos próprios países. “[As autoridades mexicanas] Ao mesmo tempo em que aprovaram uma lei ambiciosa de mudança climática, reformaram a legislação energética para aumentar o investimento no petróleo”, disse Gabriela Niño, coordenadora de políticas públicas do Centro Mexicano para os Direitos Ambientais.

Outras vieram de representantes europeus. “Se você tomar as políticas domésticas de muitos destes países, a retórica ainda está muito adiante da ação”, afirmou Guy Edwards, especialista em clima que estuda políticas latino-americanas na Universidade Brown (EUA).

As autoridades, é claro, se defendem. De acordo com Natalie Unterstell, diretora da Secretaria de Assuntos Estratégicos do Brasil, as condições climáticas adversas dos últimos anos forçaram o país a recorrer a uma produção maior de energia térmica.

Roberto Dondisch, negociador do México na convenção, afirmou que o país planeja expandir muito o uso do gás natural resultante de novas atividades de exploração. “Trocar o carvão pelo gás natural nas termoelétricas permitirá ao país reduzir imensamente as emissões de gases de efeito estufa”, declarou.

Além disso, ambos defendem que também estão realizando investimentos em energia renovável e reduzindo o desmatamento.

Com informações da Reuters

Redação

3 Comentários

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  1. E O XISTO DO TIO SAM?

    Esta hipocrisia sempre batendo forte nas costas dos mais fracos.

    E o xisto do Tio Sam, como é que é, o COP vai deixar barato?

    É o maior poluidor de todos. Mas é dos brothers, então, tá!

     

  2. E OS ÁRABES – ELES PODEM AUMENTAR A PRODUÇÃO?

    É gozado este tema.

    A produção brasileira de petróleo está batendo recordes. No ano que se aproxima, estaremos reduzindo e muito a diferença de aquisição e compra no exterior, favorecendo, assim, a nossa balança comercial, face à melhoria na produção do petróleo.

    Assim, parece que isto tudo incomoda e muito aqueles que estão de olho grande aqui em nosso Pré-Sal.

    Agora, os árabes, somados com o xisto dos brothers, podem produzir à vontade e levar o barril de petróleo a menos do que 60 dólares? Ora, esta turma  toda, criticando o Brasil e o México, só podem estar com má intenção. Agora, a moda é bater pesado na Petrobrás. E o pior que pegou.

    Os trabalhadores brasileiros deveriam dar sua resposta: todos, com pequenas economias, comprarem ações da Petrobrás. E vão ficar muito bem de vida, pois o patrimônio da empresa é muito grande, apenas o valor de mercado caiu pelo ataque especulativo. Coisa ládos brothers.

     

  3. Geração nuclear é a solução

    Geração nuclear é a solução limpa!!!

    Pare de ser enganado pela campanha do “norte”.

    De acordo com a OMS a fonte nuclear É A QUE MENOS MATA!!!

    Mas estamos investindo na que MAIS MATA. Depois a conta chega no SUS!!!

     

    Eu mato a cobra e mostro e PAU!

    http://www.nytimes.com/2013/04/02/world/asia/air-pollution-linked-to-1-2-million-deaths-in-china.html?_r=1&

     

    Nossa solução é a mesma da China…mas foi a solução da China da década passada. Hoje estão construindo 30 centrais nucleares e investem pesado em SOLAR.

    Aqui, petróleo e carvão.

    NÃO TEM DEFESA PARA ISSO! NEM TENTE POR FAVOR!

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