O iPhone e a Saúde


Há algum tempo, durante minhas buscas por ideias ou empresas iniciantes que pudessem se adequar à estrutura de aceleração que temos no CIM (Centro de Inovação em Medicina) no Hospital Alemão Osvaldo Cruz, me encontrei com um dos executivos médicos da Singularity University, uma instituição que cresce com a busca e o desenvolvimento de tecnologias nascidas de ideias que beneficiem a vida do ser humano, em múltiplas áreas do conhecimento.
 
Naquela ocasião, perguntei ao executivo do encontro qual seria, na opinião dele, a tecnologia mais importante para o desenvolvimento de soluções e empresas de saúde. A resposta foi um estender de mãos e um iPhone com um app que, ao tocar minhas mãos, revelava o traçado de meu eletrocardiograma. Desdenhei…
 
Mas, a partir daquela data, procurei prestar mais atenção nas interações entre o iPhone e as tecnologias de saúde e, com raras exceções, não encontrei perspectivas promissoras para o uso do celular no Brasil para esse fim. Por aqui, seu uso me pareceu muito limitado à interação de pessoas em redes sociais ou a algumas novidades apenas pontuais e realmente úteis na área de saúde.

 
Em contraponto à minha desesperança com o iPhone e a saúde, pude encontrar boas ideias em programas e apps selecionados como finalistas do Doctors 2.0 – 2013. Essa reunião voltada para entusiastas empreendedores em saúde procura sistematicamente estimular start-ups promissoras da área médica, colocando juntos empreendedores, investidores, empresas estabelecidas e executivos.
 
Dentre os laureados como finalistas 2013 encontramos empresas que pensaram em soluções com real impacto na vida das pessoas, algumas óbvias e outras de interação menos imediata, mas que melhoram o fluxo de informação em serviços de saúde, o que conseqüentemente, também colabora para melhores serviços e em tempo mais adequado e seguro.
 
A lista completa dessas empresas pode ser vista em http://www.doctors20.com/doctors-2-0-you-start-up-contestants-2013/.
 
Nosso grupo, ainda iniciante, também promete boas surpresas nessa área.
 
Cesar Camara
Doutor em Ciências pela USP
Diretor do CIM – Centro de Inovação em Medica, no Hospital Oswaldo Cruz
Redação

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