Desenvolvimento: a nossa grande obra

Publicado no jornal A Tarde  – 22/07/2010 – Pág. 02 – Opinião

 O reencontro entre o Estado e a Nação brasileira foi uma das grandes revoluções promovidas pelo governo do presidente Lula: não mais uma Nação sem Estado (aprisionada por disputas particulares) e não mais um Estado sem Nação, governando de costas para o povo. Nesse novo Estado-Nação, as políticas públicas foram formatadas para garantir a geração de empregos formais, a redução das desigualdades e a diminuição da parcela da população socialmente vulnerável, sem perder de vista o crescimento econômico.

 Raros são aqueles que demonstraram a sensibilidade política para entender essa transformação na política brasileira como Jaques Wagner. Nosso governador conhece a importância das políticas sociais e dos investimentos públicos para a mudança de rumo na história do Brasil e da Bahia. A ampliação do acesso a serviços sociais –com o aumento do número de leitos hospitalares convencionais e de UTI, o crescimento de 900%nos alunos matriculados na educação profissional entre 2006 e 2010, os 460 mil baianos alfabetizados pelo Topa – e a utilização do investimento público para consolidar novas soluções logísticas, como a Ferrovia da Integração Oeste-Leste (já em processo de licitação) e a Via Expressa, e para expandir a infraestrutura social, a exemplo da solução hídrica condensada nas ações do programa Água para Todos (beneficiando mais de 2,5 milhões de baianos) e da construção da nova Fonte Nova (que criará uma nova dinâmica para o esporte baiano), são peças fundamentais para a fusão do crescimento econômico com o desenvolvimento, transformando,pela primeira vez na nossa história, a variação positiva do PIB em redução das desigualdades e melhoria generalizada das condições de vida da nossa população.

 Toda revolução tem seus símbolos, e um dos nossos é o Centro de Educação Científica do Semiárido, em Serrinha, onde 400 jovens começam a dar forma a robôs, maquetes e animações. O governador Jaques Wagner concebeu esta ideia ao visitar, com o professor Miguel Nicolelis, projetos desenvolvidos no Rio Grande do Norte. É a chegada do século XXI àquela que foi a região da Bahia esquecida pelos “planejadores” de outrora.

 No novo modelo de desenvolvimento vivenciado pelo Brasil e pela Bahia, o acesso ao mercado de trabalho formal é condição necessária para a mobilidade social e a erradicação da pobreza. Enquanto FHC criou somente 1,26 milhão de empregos formais nos seus dois governos, o presidente Lula criará mais de 10 milhões. Segundo cálculos do professor João Sicsú,o PSDB teria de governar o Brasil por 64 anos para atingir a marca inédita do presidente Lula. Na Bahia, sucedese algo similar: em três anos e meio de governo Wagner, foram gerados 232.146 empregos formais, quase o mesmo volume de empregoscriadosentre1995e2006(239.573).

 O governo Wagner foi três vezes mais rápido na geração de emprego, renda e oportunidades para os baianos, uma vez que realizou em menos de quatro anos o que os governos conservadores de antigamente levaram de mais de uma década. E são essas oportunidades – o acesso à cidadania e dignidade pelo trabalho – que nos estão permitindo erradicar a chaga da pobreza: em 2002, praticamente metade da população baiana era pobre, esse percentual reduziu-se para 32,7% em 2008.

 No seu livro A Grande Transformação, o economista Karl Polanyi analisou os processos socioeconômicos e culturais que forjaram a sociedade de mercado. A grande transformação a que ele se referiu foi a corrosão paulatina da sociedade pelo desenvolvimento do mercado capitalista.

 A grande transformação que aqui nos referimos é o resultado das corajosas e sábias escolhas políticas do presidente Lula e do governador Wagner para transformar crescimento econômico em ampliação do livre exercício da cidadania, da participação democrática e da igualdade de oportunidades. Na perspectiva de Polanyi, o desenvolvimento da economia de mercado se deu a expensas da sociedade, na nossa, trata-se de sincronizar o crescimento econômico ao livre desenvolvimento de cada um e de todos, fazendo disto a nossa grande obra.

Redação

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