Simpósio debate soberania e desenvolvimento no Rio de Janeiro

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Jornal GGN – Nesta sexta-feira (31), a Federação Interestadual de Sindicato dos Engenheiros (Fisenge) e o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ) realizam o debate SOS Brasil Soberano, onde serão debatidas medidas de retomad do crescimento econômico e de geração de empregos.

Entre os especialista que participam das discussões, estão o economista Marcio Pochmann, o ex-ministro Roberto Amaral, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o jornalista Luis Nassif.

É possível acompanhar o simpósio através da página do SOS Brasil Soberano no facebook. 

 

Veja a programação completa abaixo: 

PROGRAMAÇÃO
 
Debate com especialistas propondo medidas de caráter urgente, anticíclicas, visando à retomada imediata do emprego e reversão das perspectivas cruéis de uma longa depressão da economia brasileira.
 
Dia: 31 de março (sexta-feira) de 2017 
Hora: 9h às 17h
Local: Auditório da Faculdade Mackenzie, Av. Rio Branco 277 – 3º andar
 
Cerimônia de abertura – 9h às 9h30
. Olímpio Alves dos Santos (coordenador da mesa) – Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ)
. Clovis do Nascimento – Presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)
. Chico Teixeira – Professor titular de História Moderna e Contemporânea/UFRJ, professor do CPDA/UFRRJ
. Pedro Celestino – Presidente do Clube de Engenharia
. Marcelo Rodrigues – Presidente da Central Única dos Trabalhadores CUT/RJ
. Newton Augusto Cardoso de Oliveira – Coordenador-geral de Pós-Graduação da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio
 
Mesa 1 – 9h30 às 13h, com intervalo para o café
Emprego e Processo Produtivo
Análise e proposições de caráter imediato de programas na área industrial para a geração de empregos.
 
Palestrantes/Debatedores
 
. Márcio Pochmann (Unicamp) – Economista. Foi supervisor do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Distrito Federal. Foi Secretário Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade no governo Marta Suplicy (SP). Atualmente é professor livre docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Social e do Trabalho.
 
. Roberto Amaral – Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Ceará. É professor adjunto (licenciado) da PUC/RJ e titular da Faculdade Hélio Alonso. Político, um dos fundadores do Partido Socialista do Brasil (PSB), do qual foi secretário-geral e presidente. Foi ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro governo Lula. Articulista, assina inúmeros textos na imprensa de todo o país. Também é autor de mais de 30 livros sobre direito, política, segurança nacional e ciência e tecnologia. É um dos idealizadores da Frente Brasil Popular.
 
. Jandira Feghali – Médica, política, deputada federal pelo PCdoB. É autora da lei que garante a cirurgia reparadora de mama, em casos de câncer, por meio de planos e seguros de saúde, e da Emenda Constitucional que permite o duplo vínculo dos profissionais de saúde. Foi coordenadora da bancada feminina no Congresso Nacional (1998/2004) e também vice-presidente da Frente Parlamentar da Saúde.
 
. Alan Paes Leme Arthou – Contra-Almirante,  graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e em Engenharia Naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), onde também fez mestrado em Engenharia Naval. Pós-graduado em Projeto de Submarinos pela IKL (Alemanha). Foi coordenador do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear da Marinha. Atuou como diretor do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Nuclear do Ministério de Ciência e Tecnologia, encarregado de vários projetos para a Marinha nos últimos 35 anos. Detentor de seis condecorações militares e sete civis, como o Prêmio Destaque nos 40 anos do Programa de Engenharia Naval Oceânica, da COPPE/UFRJ.
 
. Luis Nassif – Jornalista, mineiro de Poços de Caldas, seu blog  GGN é um dos mais acessados do país. Em 1986 ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, com a reportagem “O Plano Cruzado”, no jornal Folha de S. Paulo, onde assinou coluna econômica e política durante muitos anos. Ganhou três vezes o Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se, e o Prêmio iBest de Melhor Blog de Política. Em 1985 criou o próprio programa na TV Gazeta de São Paulo: “Dinheiro Vivo”. A partir daí, nasceu a Agência Dinheiro Vivo, de economia e negócios. Autor de dois livros, também é compositor, bandolinista e pesquisador de choro.
 
. Olímpio Alves dos Santos (mediador) – Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ)
 
Mesa 2 – 14h às 17h30, com intervalo para o café
Estado, Emprego e o Setor de Serviços
Retomada dos programas de prevenção de endemias, Educação, Saúde das famílias, reflorestamento, e demais ações induzidas.
 
Palestrantes/Debatedores
 
. Carlos Lessa – Economista, professor da UFRJ, ex-presidente do BNDES no primeiro governo Lula, e reitor da UFRJ em 2002. Foi professor no Instituto Rio Branco do Itamaraty, na CEPAL e no ILPES da ONU, no Instituto para Integração da América Latina, na Universidade do Chile, na Unicamp e na Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense. Como economista da Cepal, escreveu sua obra mais conhecida, Introdução à economia – uma abordagem estruturalista, em colaboração com Antonio Barros de Castro.
 
. Fernando de Araújo Penna – Professor adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Departamento de Sociedade, Educação e Conhecimento. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com graduação em História pela mesma instituição. Tem experiência nas áreas de História e Educação – ensino, didática e teoria da história, história do currículo e das disciplinas escolares. Atualmente coordena o Laboratório de Ensino de História da UFF e encabeça o movimento contra a ‘Escola sem partidos’.
 
. Alessandro Molon – Professor, tem mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Político, deputado federal, filiado à Rede Sustentabilidade. Foi o relator e principal articulador do Marco Civil da Internet.  Como deputado estadual, durante oito anos, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ficou conhecido por sua defesa dos direitos humanos e pela fiscalização do Executivo e das ações da própria casa legislativa.
 
. Glauber Braga – Bacharel em Direito, deputado federal – PSOL/RJ. Foi relator da Comissão Especial de Medidas Preventivas diante das Catástrofes Climáticas. O seu relatório gerou a primeira Lei Nacional de prevenção e resposta a desastres naturais: o Estatuto de Proteção e Defesa Civil. Em 2013, estava entre os 20 melhores parlamentares destacados pelo Prêmio Congresso em Foco e na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar/DIAP. Por dois anos consecutivos foi citado, em pesquisa divulgada pelo Portal Uol, como o deputado federal que melhor utiliza a internet como ferramenta de prestação de contas. Em 2014 assumiu a presidência da Comissão de Educação na Câmara de Deputados.
 
. Marcelo Auler – Jornalista. Trabalhou na Rádio Globo, O Globo, Pasquim, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, O Dia, IstoÉ, Carta Maior, Carta Capital, entre outros. Foi assessor para assuntos comunitários no governo Franco Montoro (SP); assessor de imprensa da Dataprev e da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (2013). Participou da segunda edição do livro Enjaulados – Presídios, Prisioneiros, Gangues e Comandos (Ed Gryphus).
 
. Clovis do Nascimento (mediador) – Presidente da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)
 
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Redação

2 Comentários

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  1. Perguntas.

    1. Qual a política industrial de Temer?

    2. Qual a política agrícola de Temer?

    3. Qual a política de relações econômicas com os demais países de Temer?

    4. Por qual motivo nenhum jornal e jornalista é claro, objetivo e explícito nestas questões?

    São perguntas do melhor jeito criança, simples e que desconcertam (valeu, priminha, pela inspiração).

  2. Empresariado nacional, vanguarda do atraso suicida

    “A burguesia nacional é incapaz de identificar e defender os seus próprios interesses”, sustentava não me lembro que corrente de esquerda nos tempos da ditadura militar.

    O Nassif escreveu algo semelhante, anteontem: os empresários brasileiros são organicamente incapazes de enxergar um palmo à frente do proprio nariz. Devido à sua ” lógica empresarial”, são reféns  de um cálculo imediatista de ganho a curto prazo. Só que esse cálculo significa suicídio garantido para esse mesmo empresariado, a médio prazo:

    “O foco central dos empresários é em sua empresa. Analisam decisões políticas, monetárias, cambiais, a partir dos reflexos sobre sua empresa. Faz parte da lógica empresarial.

    Não adianta tentar convencê-los de que a melhoria geral dos salários ampliará o mercado de consumo como um todo. Ou que cortes orçamentários aumentarão sua insegurança e de sua família, pois implicará em jogar os mais pobres nos braços da criminalidade. Eles irão avaliar apenas o peso da folha e dos encargos sobre seu faturamento. Não os culpe. Seu papel é esse mesmo, não o de pensar o conjunto da economia.”

    Em resumo: quem não deseja (ou não considera viável) a implantação do modelo norte-coreano no Brasil, reze para que um santo qualquer (Ciro Gomes? ou QUEM?) seja capaz de CATEQUIZAR a “burguesia nacional”, ajudando-a a superar o estágio de pré-história para atingir pelo menos o raciocínio de Ford nos EUA – aquele cara, super hiper mega capitalista, que, já na primeira metade do século XX, dizia ser vantajoso pagar bem a seus operários, para que eles pudessem COMPRAR OS CARROS QUE FABRICAVAM NA FORD.

    A burguesia brasileira ainda não assimilou o trauma da abolição da escravatura. Aplaude a terceirização irrestrita, que significa na prática uma  “flexibilização” da Lei Áurea –  enquanto a burguesia inglesa, JÁ NO SECULO XIX, combatia a escravidão no mundo inteiro, a fim de assegurar mercado para os tecidos que produzia.

    Nosso empresariado não enxerga a si mesmo como uma classe vendedora de produtos, mas como uma classe compradora – de insumos importados (“abaixo o protecionismo fiscal e cambial!”), de força de trabalho (“abaixo o paternalismo trabalhista!”), de bens de consumo suntuário (“nada de taxação de lucros, heranças, jatinhos e iates!”).

    Longe de perceber que o Estado é o único agente indutor de uma economia periférica como a brasileira capaz de alavancar sua expansão, seu mercado e seus lucros, vê nele, Estado, o locus incurável de todo o mal, da corrupção à ineficiência. Adere então à tese do Estado Mínimo, privatização geral e irrestrita, uberização do trabalho etc. Adora a ideia de que a segurança pública seja irrestritamente entregue a milícias, que os pobres e favelados se exterminem entre si (ao invés de melhorar seu poder de compra de modo a consumir os produtos que eles, empresários, produzem), que o meio ambiente seja devastado (afinal, o sonho de todo burguês brasileiro é ir embora do Brasil, mesmo. Que isso aqui vire um deserto e/ou um lixão, que se f…)

    É triste. Tem jeito?…

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