A capacidade da economia de brigar com os fatos

A formação acadêmica, o conhecimento teórico é uma ferramenta que só tem utilidade se empregados para entender os fenômenos analisados.

Em geral, há uma enorme dificuldade do economista ideológico em submeter a teoria ao crivo do senhor fato. Mesmo que os fatos não se comportem conforme previsto na teoria, os economistas de menor visão apegam-se à teoria julgando que em algum ponto qualquer do futuro a verdade aparecerá e a teoria se imporá sobre os fatos rebeldes.

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É o que está por trás da fé cega do Banco Central no uso desmedido da Selic contra a inflação, e do Ministério da Fazenda em insistir em um ajuste recessivo que está promovendo uma queda do nível de atividade e da arrecadação mais que proporcional ao ajuste fiscal pretendido.

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A ideia é que quanto mais rápido o ajuste (isto é, quanto mais agressivas as medidas tomadas), mais rapidamente a inflação convergirá para o centro da meta, mais rapidamente os empresários acreditarão na higidez fiscal e voltarão a investir.

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O Ministro Guido Mantega se perdeu devido à fé cega no poder da fé e da palavra. A cada frustração do PIB armava uma coletiva na qual anunciava mais incentivos fiscais e garantia que dali para frente a economia iria crescer.

Esse mesmo procedimento está sendo adotado pelo Ministro Joaquim Levy. As previsões de queda do PIB já batem em 2%, a receita cai em nível muito mais agudo. Ninguém no mercado espera a manutenção das metas de superávit fiscal. Os formadores de opinião se dariam por satisfeitos em perceber uma trajetória segura – realista e sem fantasias – rumo ao equilíbrio da relação divida/PIB em um ponto qualquer do futuro.

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A maneira como o BC está aplicando o sistema de metas inflacionarias futuramente será um caso a ser estudado nas boas escolas de economia internacionais.

Tem-se hoje em dia uma economia exangue. Desde fins do ano passado, havia sinais nítidos de trajetória descendente. No último trimestre, uma queda brutal da arrecadação já demonstrava a inversão do ciclo.

Os grandes estrategistas econômicos, ao lado do conhecimento teórico, acumulam experiência prática e capacidade de, a partir dos dados e do clima econômico, intuir a trajetória da economia. Não importa o nível em que ela está hoje, mas o nível em que poderá estar daqui a alguns meses, mantidas as mesmas condições de temperatura.

É por isso que cada Banco Central norte-americano, além das séries estatísticas, mantém contato permanente com as principais empresas do setor real da economia, para captar as tendências. Não se trata se ciência exata, mas da capacidade de intuir o todo, somando o conhecimento estatístico e a sensibilidade para o mundo real.

Por aqui, aplica-se uma tecnicalidade de quinta categoria. Só depois que a vítima está estrebuchando na calçada e que se consegue avaliar o tamanho do tombo.

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Daqui a um ano se terá uma economia mais pobre, uma relação dívida/PIB maior (por conta dos juros), nenhum investimento por conta da capacidade ociosa da economia e da taxa de retorno dos títulos públicos.

Daí, quando parar de cair, haverá uma comemoração pela recuperação, sem se avaliar o quanto se deixou de ganhar no período.

Luis Nassif

66 Comentários

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  1. Piada velha exorciza crise? Então lá vai…

    Conta a estória e reza a lenda que…

    Numa cidadezinha do interior de algum país das américas, todos os habitantes, endividados, estão vivendo às custas de crédito… Grassa a crise, e o Ministro da Fazenda é louco!

    Por sorte, chega um turista estrangeiro, entra no único hotel e desencadeia os fatos que seguem:

    – O gringo saca uma nota de U$100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.
    – Enquanto o gringo vê o quarto, o gerente do hotel sai correndo com a nota de U$100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.
    – O açougueiro, pega a nota e vai até um criador de suínos a quem deve, e paga tudo.
    – O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário para liquidar sua dívida.
    – O veterinário, com a nota de U$100,00 em mãos, vai até à zona pagar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise essa classe também trabalha a crédito).
    – A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde levava seus clientes; e como ultimamente não havia pago pelas acomodações, paga a conta de U$100,00.

    Nesse momento, o gringo chega novamente ao balcão, pede sua nota de U$100,00 de volta, agradece e diz não ser o que esperava e sai do hotel e da cidade.

    Ninguém ali ganhou um centavo, mas todos saldaram suas dívidas e começam a ver o futuro com outra esperança!

    Moral: Se o dinheiro circula, não há crise!

    Recado: Levy e Tombini, FAÇAM O DINHEIRO CIRCULAR (perguntem ao Bernanke como se faz). 
     

    1. Brilhante comentário, José

      Brilhante comentário, José Mayo. É Marx, na veia. Não sei se és admirador do economista-filósofo alemão, mas tudo o que disseste neste comentário está nos escritos de Marx, de forma quase literal.

    2. Putz, lindo!

      É a mentalidade keynesiana em toda a sua exuberância!

      Faltou seguir na piada – “um dia o turista não vêm e as contas continuam a chegar…”

      Continua daí pra frente que eu estou curioso pra saber o final.

       

    3. Só é lenda mesmo.

      O que aconteceu foi apenas um encontro de contas ou troca de dívidas. Isso em Contabilidade é possível devido às partidas dobradas.

  2. Essa tal de independência do Banco Central

    tal qual eles querem faz muito mal ao Brasil.

    Acho que  tinha que colocar as PF pra investigar esses caras que regulam esses juros também.

  3. Lá atrás os economistas

    Lá atrás os economistas ortodoxos e repetidores na mídia xingavam o pessoal que queria tabelar os juros em 12% a.a. de “teólogos medievais”. Se não fosse trágico, seria interessante lembrar que essa fé na dupla [alta da taxa básica de juros + austeridade total nos gastos públicos(sobretudo os sociais)] é também um resquício da economia teológica. “Pecamos com essas políticas sociais insensatas; agora nos arrependemos e mostramos isso através das penitências”. A lógica desse raciocínio é simplesmente a do pessimismo teológico. No caso, pré-medieval….

    Afinal, ninguém precisa ser econoista para saber que empresário investe quando acha que a demanda vai aumentar. Quando a expectativa é de retração da demanda, entesoura. Simples como isso. 

  4. Corretissima esta analise. O
    Corretissima esta analise. O problema e que aqui estao se formando economistas de quinta, dai o resultado. Alerto ainda, a qualidade esta baixa no geral, do governante ao ajudante geral. Estao assassinando o profissionalismo valorizando tao somente o canudo. Vejam o futebol, ate la isto esta ocorrendo.

  5. Falta no Brasil a responsabilização de governantes

    por má gestão. No dia em que esse pessoal correr o risco de ser responsabilizado pelas cagadas a que nos submetem, com consequências devastadoras e de longo prazo, talvez eles brinquem menos e fiquem mais “espertos”. Falta também a noção de que tem gente de carne e osso sofrendo com inflação, desemprego, etc. É muito fácil tratar economia como um conjunto de gráficos e dados e mais fácil ainda brincar de todo poderoso quando as consequências trágicas de políticas econômicas burras nunca são sofridas por quem as determina.

      1. Exatamente, se ela mantém gente fazendo burrada no governo,

        deveria responder por isso já que o Levy não foi eleito por ninguém, mas escolhido por ela, certo? 

        1. Vem doída.

          Doi a responsabilização para políticos. Ela vem nas urnas. Foi assim com FHC e o tucanato e vai ser assim com Dilma e o PT caso não haja uma correção de rumo e o discurso se alinhe com a praxis. Dilma tem que lembrar de quem a elegeu. Simples assim.

  6. Corretissimo. Ate onde vao
    Corretissimo. Ate onde vao insistir no erro. Nao dao o braco a torcer. Melhor seria estimular o consumo com o juro menor e cortar gastos. A maior receita viria da arrecadacao. Deram um tiro no pe. O brazil esta formando muito mal seus profissionais. Instituicoes de ensino, vejam ai o resultado, nao sabem nem fazer conta de mais e menos.

    1. Mas esse é o problema, cortar

      Mas esse é o problema, cortar quais gastos ?

      Os gastos que dá para cortar são de investimentos e gastos sociais, é estes que sugere ?

      Jà viu o tamanho da boca da turma que quer 70% pois não recebem aumento desde 1900 ?

      1. Economistas… será mesmo?

        Não estou aqui para defender os economistas, pois muitos deles se esquecem que a economia é uma ciencia extremamente dependente da política. No entanto, não há como negar que muitas vezes na história recente do país, engenheiros com pós-graduação em economia ou administração substituíram economistas em funções públicas relevantes. E se os economistas podem ser bitolados, “os engenheiros-economistas” levam a ortodoxia econômica ao absurdo e isto estamos a ver agora e mais uma vez.

          1. O que nos leva à conclusão de que…

            PIB é uma questão de densidade específica: bem menor na “água doce” que na água salgada.

            Talvez por isso e segundo Levy, o “Joaquim”, para ajustar o PIB deve-se rebaixar o SAL(ário).

            Entendi, entendi…

    2. formação dos profissionais da área economica hoje

      passa RELIGIOSAMENTE por estudos com o viés das escolas americanas, do neoliberalismo.

       

      Quase nenhum profissional da área tem contato com teorias outras que não NEOLIBERAIS.

       

      É por isto que não tem luz no fim do túnel…

  7. O que o Governo poderia fazer

    O que o Governo poderia fazer de diferente era não aumentar tanto os juros e também cortar mais em gastos correntes.

    O problema é que a inflação está batendo em 9% ao ano. Se abaixar os juros e reduzir a carga fiscal ela vai para quanto ? Ninguem sabe, esse é problema. Como o Govenro virou refem da inflação principalmente pelos absurdos seguramentos de preços que realizou ele prefere errar em outro sentido agora.

    Da forma como estão fazendo é perigoso não termos superávit este ano, se afrouxar mais ainda o fiscal como é que vai ficar ?

     

  8. Nassif, a análise é boa, mas

    Nassif, a análise é boa, mas o texto está mal escrito e parece ter sido feito às pressas; antes de publicar é bom revisar, pois há erros de concordância que comprometem a credibilidade do autor.

  9. Seria razoável o Nassif

    Seria razoável o Nassif colocar em suas matérias a responsável pela política econômica, que não é nenhum tecnocrata mas quem os nomeia. E seu nome é Dilma Roussef. Se não, fica parecendo que ministros caem de paraquedas para “fazer o mal” e viram Guidos “escorraçados” em restaurantes e hospitais. A César o que é de César.

  10. Se o Banco Central tivesse

    Se o Banco Central tivesse tido autonomia pra fazer seu papel e manter a inflação na meta nos últimos 4 anos, com juros realistas, hoje, mesmo com os ajustes dos preços administrados e do dólar, a inflação estaria facilmente acomodada no topo da meta e estaríamos discutindo quando começar a reduzir juros (sequer teríamos subido a esse patamar). Mais uma vez, é o preço que se paga por segurar preços administrados e pela perda de credibilidade do BC. A queda do PIB no longo prazo, em caso de ajuste lento, muito provavelmente seria pior.

  11. Selic não tem poder de congelar os preços no Paraná

    A inflação no Paraná está nas alturas depois do governador Beto Richa aumentar o ICMS de 95 mil produtos, aumentar o IPVA em 40%, aumentar água, etc. Com isso, a inflação de Curitiba foi a maior do país nos últimos 12 meses. Como se vê, aumentar a Selic não tem o poder de congelar os aumentos no Paraná. E alguém acha que o governador do Paraná está interessado em combater a inflação?

  12. Texto do Luis Nassif

    O argumento para o aumento do juros é o controle da inflação. Todos sabem que a inflação até o momento tem origem nos custos do governo, para cobri-los aumentaram os derivados, energia eletrica, água, impostos, etc. Vamos aos interesses. O governo e seus economistas precisam saber que ao manipularem os juros para prender o dinheiro do mercado investidos em papeis ( do governo ) causam o desinvestimento do mercado em produção e consumo. Por outro lado nem mesmo os bancos ganham com isto, o custo do dinheiro fica caro e ninguém recorre ao crédito, pior, não saldam suas dividas pois perdem capacidade financeira por falta de ganho ( baixa atividade e consequente desemprego ). O arroxo é tão somente para sacar o dinheiro do mercado em busca de liquidez, não tem nada a ver com inflação, pois esta já era sabida. O governo é o seu fiel causador. O sistema financeiro esta merecendo a muito uma CPI, lógico antes uma investigação Federal. Vejam que é muito estranho. Aplicamos no Banco em fundos que não chegam a 1% a.m. mas se utilizarmos o cartão de crédito no rotativo pagamos 360% a.a. que dá 30% a.m.. Diferença de 29%. O que é isto. Onde estão as autoridades. Empobrecem os mais desavisados. Evadem a renda dos menos favorecidos. Que governo é este que diz buscar a distribuição equitativa. Quem regula o setor financeiro? Não tem limites?

    1. Se fosse só de custos os

      Se fosse só de custos os aumentos não continuariam, ja que a gasolina o diesel e a conta de luz ja subiram.

       

      1. Tem também os aluguéis,

        Tem também os aluguéis, Daniel.

        Taí outra coisa indexada na economiaa brasileira. Os aluguéis têm impacto enorme e direto no indice de inflação e são corrigidos por esses mesmos indices.

        Digo mais: foi um importante estopim da revolta da classe média à partir de 2012. O tomate, sabemos, foi apropriado de maneira oportunista, posto que a sêca foi a causa do aumento no outono de 2013. Mas a insatisfação já estava lá. E na base do varejo e dos serviços (sobretudo das “profissões liberais”), além do impacto direto no orçamento das famílias, é inegável também o impacto que o preço dos aluguéis tem na formação de preços.  Foi comentado aqui ao longo do período: até butiquim aumentou o preço da cerveja e do tira gosto por causa dos aluguéis.

        E isso aconteceu com maior intensidade nas sedes da copa, diga-se. Daí que em algumas sedes as manifestações antigoverno e anti PT foram mais intensas também por causa desse fator (entre outros, é claro).

        Ou seja: o governo quis agradar a classe média com financiamento para imóveis usados (que são o caso dos bairros já estabelecidos, com infraestrutura, etc) e se ferrou. Ajudou a valorizar a compra e venda e diminuiu a oferta pra aluguel… Só agora que acordou… Ainda vai demorar um pouco pros aluguéis estabilizarem, pois, como eu disse, são indexados.

        Saudações.

    2. Temos que reduzir

      Temos que reduzir drasticamente os juros e desindexar os preços controlados, é daí que vem a inflação. 

      Os preços controlados são em sua maioria de áreas onde houve privatização (energia elétrica, água e esgoto, pedágio, educação, planos de saúde, telefonia, etc..).

      Algumas privatizações tem que ser revistas.  Não é possível pagarmos água que vem das chuvas de forma gratuita a empresas que remetem seus lucros para o exterior.  A falta de água é só nas torneiras em São Paulo.  Enquanto não tem água nas torneiras as ruas estão alagadas. É falta artificial de água, provocada intencionalmente justamente para aumentar os preços. A continuar assim em breve vão privatizar o ar e cobrar por metro cúbico para podermos respirar.

      Há necessidade de verificar porque algumas empresas abusam de preços no Brasil e corrigir esses abusos, um exemplo clássico é o setor automobilístico que aqui vende os seus produtos no mínimo pelo dobro do preço deste mesmo produto lá fora.

      A ganancia de varejistas é outro problema. Por exemplo compram um produto e o revendem com lucro de mais de 200% 300%. Tem como resolver? Acho que tem. Poderia o Governo divulgar preços de atacado e de varejo, isso com certeza tiraria os mais ganancioso do mercado.

      E na Construção Civil, o custo do metro quadrado é inferior a R$ 1.000,00 e vendido a mais de R$ 5.000,00. A Construção Civil está em crise? Baixem seus preços, pratiquem um lucro civilizado e com certeza a crise acaba.

      Falar da gasolina é besteira, em 2002, pagava-se a gasolina no sul em torno de R$ 2,80, hoje 13 anos depois está em R$ 3,00, apenas 5,17% de aumento em todo esse período.

      É fundamental também uma política de manutenção de emprego com salário valorizado.  A população empregada mantem ou aquece a demanda.

      Acredito que é isso que fará a economia retomar.

       

       

  13. A capacidade da economia de brigar com os fatos.

    Não entendi nada. Que ajuste este desgoverno fez alem de diminuir as aposentadorias, e cortar a pensão por morte. Não fez nada, tirou de que contribui e de que trabalha. Não tirou nada e é por isto que sobrou ao BC apenas aumentar os juros. Este governo é perdulário, gasta mais do que arrecada e é por isto que não conseguirá recuperar a economia. 

  14. NA CONTRAMÃO DA REALIDADE E

    NA CONTRAMÃO DA REALIDADE E DO MELHOR PENSAMENTO ECONOMICO – O mais moderno conhecimento da ciencia economica se afasta do pensamento teorico puro que teve seu auge no Segunda Escola Monetarista, a chamada Escola de Chicago, onde Joaquim Levy estudou. As mais recentes indicações para os Premios Nobel de Economia, apesar de contestações é um indicador do estagio da ciencia economica, mostram a emergencia de uma etapa de novo tipo de conhecimento da economia, baseada nos fatos e nas circunstancias e não na teoria pura empurrada como verdade revelada.

    É o caso dos Premios conferidos a Jean Tirolle (2014), Thomas Sargent (2011), Paul Krugman (2008) e Edmund Phelps (2006), alem do classico Joseph Stiglitz.  Não se trata de modo algum de desprezar o conhecimento doutrinario acumulado mas sim de usa-lo de acordo com as circunstancias. Os grandes economistas operacionais sempre foram ecléticos. Conhecem todas as teorias mas as deixam na prateleira e usam de acordo com as conveniencias e no geral fazem um coquetel de todas elas, uma especie de “fusion economy”, como fazem os grandes cozinheiros da “fusion food”. Grandes operadores economicos são peritos nessa mescla, Schacht, Delfim e Greenspan são conhecidos.

    È mais que evidente que as circunstancias de uma economia  JÁ NO CHÃO não recomendam super elevação de juros, não importa o que diga a teoria. É preciso aferir o pulso da economia minuto a minuto. Alan Greenspan que presidiu dois mandatos de prosperidade na economia americana, para horror dos ortodoxos, recebia diariamente a estatistica de pedidos para material de cobertura de casas, para ele um indicativo fundamental do pulso da economia e regulava a expansão monetaria dia a dia (pela recompra de titulos federais), não operava por teoria e sim pelo pulso.

    Está obvio na economia de hoje que é preciso segurar o emprego, é prioridade numero 1, a inflação vem depois e não antes. No mundo civilizado o emprego é a prioridade porque suas consequencias sociais e politicas são imediatas.

    É o mesmo que a pressão sanguinia no corpo humano. Economista que desconsidera isso em pleno 2015 não serve.

    Keynes já sabia isso em 1933, salvou a economia americana da Depressão, Schacht fez o mesmo na Alemanha.

    Keynes e Schacht podiam ser ortodoxos e heterodoxos, dependia das circunstancias politicas e sociais.

    A receita atual da economia brasileira vai aprofundar a recessão e o desemprego, NÃO VAI SALVAR a luz verde das agencias de risco, não vai atrair investimentos para o Pais e vai levar o  Brasil ao coma economico profundo.

    1. Inflação a quase 3 pontos

      Inflação a quase 3 pontos acima do topo da meta e você sugere não ligar muito pra ela (aliás, não ligar pra inflação foi o que se fez nos últimos anos). Ok. Sugere abandonar o sistema de metas de inflação? O que colocar no lugar?

      1. O sistema de metas de

        O sistema de metas de inflação em periodos de recessão não serve. Sugiro METAS DE EMPREGO e METAS DE CRESCIMENTO, a inflação fica em terceiro lugar, depois de atingidas as outras metas.

        O erro da crença  é achar que uma vez atingidas as metas de inflação a economia volta a crescer automaticamente.

        Isso é crença religiosa da escola monetarista de Chicago, a historia economica provou N vezes que é possivel inflação zero sem crescimento, com a economia estagnada por muito tempo. O crescimento depende de muitos fatores, não só

        de estabilidade da moeda.

        O Japão teve inflação zero por 30 anos e não cresceu nada, pelo tipo de economia e de sociedade pode suportar tres decadas sem crescimento, o BRASIL NÃO PODE. O Brasil tem problemas sociais que só podem ser resolvidos com crscimento, então uma economia sem inflação e sem crescimento não serve para o Brasil.

         

  15. Aliás, abro um parêntese:

    Aliás, abro um parêntese: tenho dúvidas se Economia, no Brasil, é Ciência ou Religião.

    Desconheço outros cientistas que encarem os ramos de conhecimento de forma tão sectária como os Economistas brasileiros. O cara se diz keynesiano ou socialista ou liberal ou amantegado,… eles entendem as teorias como Verdade Revelada e não como ferramentas de trabalho.  É muito estranho. Mais ou menos como se entre os Encanadores houvesse a corrente da Chave Inglesa que não se cruza com a do Alicate. Bom, talvez a Economia seja uma Ciência, mas não no Brasil…. 

    Sei lá, como brasileiro lê pouco, talvez seja isso, preguiça intelectual mesmo. O cara escolhe uma teoria e diz “ah, já tá bom pra mim. Vou com essa!” E talvez a animosidade entre as “tribos” venha justamente dessa falta de preparo. Agressividade para disfarçar falta de leitura.

  16. A crise que vivemos é muito mais política do que econômica

    A crise que vivemos é muito mais política do que econômica, afinal, não temos passivo externo que nos incomode, nossas reservas externas chegam aos 400 bilhões de dólares e não dependemos do FMI para nada. Lembro bem do tempo em que as missões do FMI aqui chegavam e ditavam ordens aos ministros brasileiros. Para mim, crise tem este paradigma, e é assim que a vejo. Fora disso, temos sim, é uma profunda crise política. Ela foi  e vem sendo forjada nos porões de determinadas redações de jornais, por empresas insatisfeitas ao estarem de fora dos processos de internacionalização da economia brasileira, por uma classe média rebelada pela ampliação do consumo e de direitos fundamentais para outros setores da sociedade e entre os partidos políticos de oposição e etc.

    Resolveríamos facilmente este problema se pudéssemos nos sentar todos à mesa e discutir com serenidade o que estaríamos dispostos a perder para que o país como um todo ganhasse. O que nos falta neste momento é uma liderança política. Dilma se desgastou muito em seu primeiro governo e no governo Lula, sobretudo, por seu temperamento agressivo e pouco dado ao trato político. Os que foram destratados pela presidente esperavam apenas a oportunidade para dar o troco e é isto que estamos vendo.

    1. ERRATA…

      As reservas brasileiras em dólares eram 400 bilhões em 2009. Com a crise financeira desses últimos 6 anos, com a política de subsídios e controle da cotação do dólar internamente, importações alucinantes para atender a demanda interna a preços competitivos, torrou-se mais da metade desse valor. No momento, não chega aos 200 bilhões.  Represou um tsumani, tratado como marolinha, servindo para amenizar aquele momento crítico a um custo enorme. Agora, Dilma em desespero, tenta conter essa sangria.

    2. ERRATA…

      As reservas brasileiras em dólares eram 400 bilhões em 2009. Com a crise financeira desses últimos 6 anos, com a política de subsídios e controle da cotação do dólar internamente, importações alucinantes para atender a demanda interna a preços competitivos, torrou-se mais da metade desse valor. No momento, não chega aos 200 bilhões.  Represou um tsumani, tratado como marolinha, servindo para amenizar aquele momento crítico a um custo enorme. Agora, Dilma em desespero, tenta conter essa sangria.

  17. Deflação

    Existem, na economia duas quantidades de dinheiro, as significativas e as não significativas.

    A primeira gira no Forex e roda toda a grana do planeta a cada três dias, o que importa aqui é o Dollar Index e o Vix.

    Eles apontam, de forma insofismável para deflação do Dollar, como reflexo no mundo dos fatos, onde se pega na coisa, o ouro, o petróleo e as commodities estão, em Dollar, mais baratas.

    As reservas brasileiras estão valorizando, dando um  voto de confiança para o Mantega e deixando os especuladores que querem encurralar o Brasil no torniquete bursátil à beira do ataque de nervos.

    O tempo joga a favor do Brasil, nunca uma procrastinaçãozinha foi tão benéfica como agora.

    Que se reduza o deficit brasileiros atrazando, poucos mêses é claro, o pagamento dos juros da dívida pública, que fica mais barata a cada dia que passa, com isto dá um desafogo no caixa do governo para impedir mais desempregos, dá um tempo para situações mais agudas se acomodarem e ao mesmo tempo, amolecem o coração dos credores que quando vêm o calote pela frente, vide Grécia, fazem concessões e mais concessões para saldar o shorteado no dia do vencimento de opções.

    Dilma, suspednde por 360 dias o pagamento dos juros e do principal da dívida pública brasileira, pode parar de pagar que eu garanto, sairás numa boa, nos braços do povo e da mídia que precisa do povo e não vai ficar contra ele. E ai já será 2017 e a eleição está no papo.

    Moleza como esta, para ficar no poder mais 20 anos, nunca mais.

    1. fio da navalha fio da guilhotina

      Sera que a terna e meiga Dilma tem coragem para tanto?

      E seria muita desconsideração com o povo, utiliza-lo maquiavelicamente em beneficio proprio. O Ciro Gomes lembrou que apesar das aparencias, o povo guarda la alguma sabedoria e o que menos tolera é ser enganado, as pesquisas de popularidade estão ai pra confirmar

    2. Por isso, também, que a
      Por isso, também, que a oposição está histérica: “é agora ou nunca”, se desesperam eles. Eles sabem bem (pelo menos alguns) que a infraestrutura está contratada e a seca não vai durar pra sempre

  18. Tour didático

    Levy e Tombini deveriam ir a 25 de março em SP e aprender um pouco de economia da vida real! E aproveitar e comer um churrasco grego com k-suco por dois reais para calibrar o paladar!

    Economia da vida real! Não aquela cantilinária que ensinam nas escolas de água doce!

  19. Politicos – Economistas O mesmo do mesmo – Alienação indiferença

    No inicio da era industrial o capitalismo se apresentava na sua forma mais original, a economia se portava baseada em premissas de simplicidade e o arcabouço financeiro, tanto local como internacional, cresciam apoiados em estruturas firmes e coerentes. A lei de mercado era simples.

    Produção e venda.

    A conhecida oferta e procura a inflação se portava exemplarmente condicionada a realidade econômica do momento. Com a magnitude do avanço do capitalismo no mundo os interesses do lucro criaram formas mais rápidas de acumulação da riqueza, evidentemente não se preocupando com qualquer ética social. O setor financeiro passa a incorporar gradativamente as inovações técnicas da produção industrial, fazendo emergir um incomensurável esqueleto automatizado no universo econômico que lhes possibilitou de alguma forma se desprender da velha lei da produção e do lucro tradicional. Na outra ponta a tecnologia igualmente possibilitou o inicio do desmonte da relação da força do trabalho com o patrão, resposta as exigências do corporativismo sindical, que vivia de ameaças aos donos do capital. Esse procedimento contínuo de substituição do trabalho vivo pelo trabalho objetivado na esfera financeira aponta para uma tendência de subsunção real do trabalho vivo ao capital rentista, sem que haja possibilidades de retorno. A mesma coisa aconteceu com a inserção da tecnologia na produção, fazendo com que a área do serviço ganhasse expressão a consequência disto foi a crescente substituição de trabalhadores especializados por precários.

    Qdo se diz que os economistas estão desprendidos do mundo real limitados pelas teorias lembra-se de que a realidade da vida aporta no cotidiano da sobrevivência do povo que espera resultados imediatos que influenciam suas necessidades diárias. Na maioria das vezes economistas aburguezados criados em redomas sociais não possuem a noção básica do complexismo da realidade das coletividades humanas e mesmo do complexismo da realidade da produção e dos fundamentos das economias, sentem-se muito confortáveis com as teorias mais popularizadas no mundo acadêmico e se satisfazem no já ultrapassado embate KeyneXHayknen. Imaginam-se generais sem exercito, estrategistas de vídeo-game.

    Assim o capitalismo foi invadido pela ganancia e pela irresponsabilidade.

    O povo?

    -Oras… o povo.

    1. Bruxelas

      O raciocínio contra o povo, desenvolvido pelo Conde está ai as claras, para quem quiser ver, o presidênte da União Européia quer acabar com a participação popular, levando todas as decisões político-econômicas para o parlamamento europeu, assim, criando de fato, um governo europeu sem anuência do povo europeu.

      Na Grécia, as revoltas populares só atrapalharam a Troika nos seus desejos.

      Querem implantar uma democracia sem povo, retorno à escravidão na cara dura.

      Aqui a mesma coisa, o nosso negócio aqui, o povo é contaminar os índices rsrsrsrsrs….

  20. O neo-liberalismo treinou uma

    O neo-liberalismo treinou uma legião de ditos economistas, que na verdade são meros contabilistas, do pior tipo, pois reduzem tudo a uma planilha e reduzem os cidadãos e suas vidas a simples números.

    Alem desta formação deficiente estes economistas são lobotomizados e  inculcados numa fé cega de que o capital financeiro se auto-regula.

    Não chego ao ponto de dizer que acreditam que o capital financeiro atua como grande indutor econômico para benefício da sociedade como eles proclamam. Disto estou convencido que nem eles acreditam. Apenas aproveitam-se do discurso para iludir incautos.

  21. Senhores, nem me fale da

    Senhores, nem me fale da formação educacional!

    Ontem fui a uma cerimônica de colação de grau e ainda estou em estado de choque!

    Alunos que ao discursar não conseguem elaborar minimamente seus pensamentos, utilizar corretas flexões de gênero, usam advérbio em lugar de adjetivos, etc.

    Discurso forrados de platitudes, evidenciando a absoluta falta de conexão entre as palavras e o orador, a miséria do corta e cola.

    O vocabulário diminuto, a incapacidade de ler, apenas ler, palavras mais “elaboradas”!

    Os professores não se saem muito melhor.

    Que país é esse em que um professor universitário cita em sua fala como paraninfo frases como “é nois cachorro”?!

    Essa gente vai depois tecer loas a discursos como o de Steve Jobs, que assistem pelo yutube, indicativo da ausência de senso patriótico, algo espelhado também na trilha sonora do evento, composto exclusivamente pelo “pop” medíocre americano.

    Esse povo, sonha o sonho americano, morto até mesmo em sua terra natal, almejam Miami, sem sequer dominar o vernáculo.

    Nenhuma, nenhuma música brasileira tocada. Nehuma!

    Por que tudo tem que ser esculhambação? Por que ninguém se incomoda com o fato de que os alunos riem seja por deboche ou incompreensão quando fazem o “juramento” de suas profissões?

    Sinto um enorme pesar após um evento como esse, especialmente, porque o mínimo apreço pela liturgia é tido como atitude intolerante e antipática. 

    O futuro do Brasil nas mãos dessas pessoas obtusas, ignorantes e diplomadas é sombrio.

    Luciana Mota

  22. “É por isso que cada Banco

    “É por isso que cada Banco Central norte-americano, além das séries estatísticas, mantém contato permanente com as principais empresas do setor real da economia, para captar as tendências.”

    Aqui o BC pergunta pro mercado financeiro, e somente pro mercado financeiro, por meio do boletim Focus: “quanto que vocês querem de juros pros balanços de vocês ficarem bem bonitos e ninguém ficar nervoso; façam as continhas aí que na próxima reunião do COPOM eu anuncio”.

    … E ainda tem quem se pergunta: “oh, por que será que os juros no Brasil são tão altos!?”

    É assim desde o fim da ditadura. Só não tinha esse bendito boletim.

    Se o atual governo falar um “ai” aí é que ele não dura uma semana a mais.

    É assim desde 2002.

    Em setembro de 2012, quando as taxas chegaram a 7,5%, o bloco reacionário se reagrupou; inclusive ameaçando setores inteiros da economia pra ajudar a sacrificar o bode expiatório.

    1. “oh, por que será que os

      “oh, por que será que os juros no Brasil são tão altos!?”

      Porque o nivel de poupança nacional é muito baixo.

      1. Pode comparar qualquer

        Pode comparar qualquer economia nacional em qualquer tempo ou lugar com indicadores de poupança e dívida comparáaveis que você não vai encontrar em nenhum caso níveis de juros sequer parecidos. E é por isso, aliás, que essa comparação jamais foi feita.

        Ou seja, o que você fez foi explicitar a mesma ideologia que faz os agentes financeiros combinarem preços. Em outras palavras: é por meio desse discurso ideológico que coordenam ações…

        … E o BC ainda vai e “tira a média”, arredonda a conta por meio do tal “Boletim Focus”… Com a desculpa de dar “previsibilidade”… Pro mercado não ficar “nervoso”…

        … Ai, ai… Repito: a taxa de juros no Brasil é indexada; indexada à taxa de lucro média do estamento financeiro.  Enquanto a coisa não for posta nesses termos não avançará; não vai passar de lamúria e resmungação, pra uns, enquanto pra outros vai continuar parecendo “natural”.

  23. O problema não é a ciência

    O problema não é a ciência econnomica, apesar do keynesianismo,  mas o uso desta para avalizar o populismo.

    O problema e o uso da politica para enriquecimento privado, a economia é só o mais um instrumento.

    Explica para um cidadão comum o que é o sistema de reservas fracionárias , ele vai concluir , é uma fraude, que se sustenta apenas pela ignorência coletiva.  

    1. Será que entendi direito, Ó Neide?

      Embora a qualidade de sua escrita frequentemente leve a um esforço maior de “interpretação”, se seus dois últimos parágrafos forem sérios e inteligíveis como devem ser, congratulo-me com eles..

  24. Enquanto o Banco Central

    Enquanto o Banco Central norte-americano mantém contato com as principais empresas do setor real da economia, o Banco Central do Brasil mantém contato preferencial com as empresas do setor financeiro, através do boletim Focus, 

    1. A solução é desindexar, não

      A solução é desindexar, não permitir reajuste de preços controlados e redução drástica dos juros.

  25. ousar

    … e ninguem ousa falar em DESINDEXAÇAO  DE PREÇOS E SALARIOS  …

    parece doença incuravel, que nenhum economista tem coragem de enfrenta-la.

    sendo uma das causas mais relevantes do ciclo inflacionario é assunto incomodo.  ate quando  ?!

    1. Preços e salários não definem

      Preços e salários não definem a formula da equação soberana, ou seja, estão num canal de fluxo inválido para começar a previsão econométrica.

      Tem gente pior que os economistas com doença aparentemente incurável que os torna cada vez mais fracos; e fica pensando que Deus joga dados.

      É melhor se colocarem em ponto morto.

  26. Veio a ser um hábito que a

    Veio a ser um hábito que a Ciência da Economia analisa os fatos segundo princípios gerais: sem deveres, sem direitos, sem representantes de onde está o lugar que ocupa o objeto do pensamento acadêmico, etc. Estes princípios são seguramente essenciais para determinação da máxima científica, porque aferir inflação e taxas de juros para situações humanas revelam apenas a farsa de domínio entre inumeráveis objetos para memória de um dinheiro fictício a peso de ouro.

    Triste para todos os povos, portanto, são os investimentos externos, representantes de todas as sociedades como herdeiros dos princípios gerais. E, quando os países tentam classificar os recursos por finalidade própria os agentes financeiros intervem em tudo; e, de modo grosseiro, excedem a multiplicidade, aplicam regras inimagináveis e ocupam as relações verdadeiras que poderiam passar para os meios de remissão das necessidades.

    O produto da vida que a generalidade do dinheiro exprime a peso de ouro – uma imagem de um espírito – deveria existir neutro (o valor), daí não ser um direito que podemos apreciar para cada cidadão ter uma forma concreta da sua missão: o justo valor e a presença da dignidade, do ponto de vista da justiça – como se expõe em uma corte; posto que pela produção o que interessa é o conjunto da sua alteração, de modo que valor externo seria as partes na forma em que estamos todos nós, porque é participe da vida.

    Ainda que capaz de possuir esta imediatidade a ciência nas mãos de pessoas corrompidas não pretende que o “valor econômico” da produção seja apto ao tratamento tecnológico, para servir-se a seriedade das circunstâncias políticas e atestar a complexidade do real; querem o manter inerte – como preço do valor de uso da riqueza para sociedade – a partir da forma de alienação concreta, ante o nível sistemático do acesso ao valor digital.

    Os economistas contentam-se em citar os farsantes que motivaram que as discussões dessa categoria de assunto ficassem demasiado mesquinha, e sobrepuseram o resultado oposto sobre objeções político partidárias.

    A arte de nossos dias em que o valor ocupa o lugar verdadeiramente vivo na vida se oferece por outros povos. Por isso, é preciso recorrer a reflexão do mundo para representações abstratas e gerais (valor) e receber a consagração do poder que sobre ele se exerce.

    Aliás, para confirmar essa reflexão do mundo preciso que Hegel me ajude, onde o pensamento de si se aliena – Livro Estética, ideia e o ideal – página 13: “Afirmação incontestável é a de que o espírito pode considerar-se a si próprio, dotado como é de uma consciência que lhe permite pensar a si próprio e a tudo quanto origina. Porque o pensamento constitui a mais intima e essencial natureza do espírito. Graças a esta consciência pensante que tem de si mesmo e qualquer que seja a aparência da liberdade ou de arbitrariedade que os seus produtos possam apresentar comporta-se o espírito na verdade imanente, em conformidade com a essência e a natureza próprias.

  27. Querem aplicam uma teoria que

    Querem aplicam uma teoria que deve funcionar na economia americana, altamente competitiva, consumidores com renda elevada e juros baixos, aqui no Brasil, mercado cheio de falhas, com oligopólios, juros altíssimos e população de baixa renda.

      Acho que eles imaginam possuir uma fórmula de remédio que cura todos os males, de qualquer pessoa, usando a mesma dosagem.

     

  28. Juros

    Tudo se resume a uma palavra: Juros. O país gasta 400 bilhões com pagamento de juros, e por isto está encrencado.

    E a causa dos Juros, é que não exite uma pessoa em todo este país capaz de enfrentar o rentismo. Dilma não tem peito para enfrentá-los. Ficou refém deles. Nestas horas me pergunto qual a diferença entre Dilma e Aécio Neves, uma vez que ambos são capachinhos de mercado.

    Se não surgir mesmo nenhuma pessoa com capacidade de enfrentar o mercado e determinar quanto serão os juros “bons para o país” , e não para os especuladores, toda e qualquer política de ajuste será ilusória. Uma palhaçada para inglês ver. Conversa para boi dormir.

    Igualmente esta pirotecnia de combate à “corrupção” como na lava jato, que jura ter pego esquema de 6 bilhões ( sem contar os outros 200 bilhões de prejuízo que esta operação causou ao país com a quebra de grandes empresas). Este 6 bilões são uma gota no oceano, perto do que o governo paga de juros à Selic. E poder nenhum tem força para peitar isto, nem a mídia, nem o MP ( cadê a independencia nestas horas?), nem a PF ( pra que serve a autonomia nestas horas?). nem o Congresso, nem ninguém.

    Ou seja falam grosso com o povo na hora de fazer ajustes fiscais que eliminam empregos, e falam fino com o mercado, na hora de aumentar a Selic. Mais ou menos como na era FHC.

     

     

     

     

     

     

     

     

  29. Tempos difíceis

    Vivemos um momento complicadíssimo onde é preciso não transigir na defesa de um governo eleito ainda comprometido com ideais progressistas do ataque delirante da turba fascista insuflada por uma mídia inqualificável, sem, contudo, deixar de apontar e criticar os equívocos que se avolumam.

    Ano passado, após vencer as eleições criticando o arrocho que seus oponentes produziriam na economia, Dilma decidiu arrochar sem piedade. Desapareceu dos holofotes para cortar calorias em dieta pessoal e entregou o país à dieta neoliberal capitaneada por um funcionário de terceiro escalão recomendado pelo Bradesco (melhor que o Itaú de Marina, talvez).

    Algum arrocho era incontornável depois de dois anos empurrando reajustes represados (gasolina, dólar, luz) e abrindo mão de receitas para manter empregos em setores “campeões”. Sem a usual entrada de divisas devido à queda dos preços internacionais das commodities e diante do adiamento do sonho da bonança do Pré Sal (crise na Petrobrás, depreciação do petróleo…), havia poucas saídas para fechar as contas públicas senão costurar o bolso, retirando o prato das mesas das famílias.

    O problema era como fazer, o quanto fazer, quando fazer e como comunicar o que seria feito.

    Acuada, Dilma delegou o como, o quanto e o quando aos burocratas da plutocracia nacional e abriu mão de comunicar. Acreditou que finalmente dando de modo rápido e intenso ao “mercado” o que ele exigia dela, o mundo voltaria a sorrir. Faltou combinar com os russos, como se diz no futebol.

    O receituário recessivo neoliberal baseado no corte brutal de gastos e aumento de juros a patamares delirantes é uma fantasia arriscada, pois a economia feita para pagar juros é insuficiente diante do aumento dos mesmos juros e da queda da arrecadação provocada pelo conjunto. Isso só funciona num mundo fictício onde empresários voltam a investir no país ao verem que o governo faz direitinho o dever de casa. Ou seja, o arrocho ideal é um truque de retórica baseado numa matemática temerária. Economia nao como ciência, mas como cassino.

    O supremo paradoxo é que nossa presidente entrega tudo que seus mais ferrenhos detratores exigem dela: Dilma é indubitavelmente honesta e faz hoje um governo comprometido até a insensatez com a responsável fiscal. Suas dificuldades expõem antes a falência daquele ideal do governante-gerente, que está na origem da sua candidatura inventada. Dilma foi a resposta de Lula ao modelo idealizado de gestão pública eficiente e eficaz propagandeado pelo PSDB. Dilma era a gerentona perfeita de passado limpo, numa época onde políticos tradicionais do PT estavam sendo justa ou injustamente tragados pelo mensalão. A previsão de que Lula sozinho atuaria nos bastidores para suplantar as deficiências políticas da pupila não se confirmaram (não apenas pelo câncer na garganta, mas também pela arrogância implícita na ideia).

    Talvez tudo funcionasse como planejado sem os moleques golpistas inventando impeachments e sem os mafiosos alojados no Congresso a extorquir à luz do dia um governo reduzido à quase impotência. Não saberemos. O que sabemos hoje é que a solução implementada por Levy e pelo Banco Central com o aval do governo petista agravou a crise, destruiu a arrecadação e a popularidade, impossibilitou o cumprimento de metas e não controlou a inflação. O relaxamento da meta fiscal anunciado agora junto com mais cortes é o atestado do fracasso e o prenúncio de um ciclo futuro comprometido.

    Gerentes em crise e nenhum estadista no horizonte. Tá complicado. De um modo ou de outro, ainda vai piorar.

  30. Tempos difíceis

    Vivemos um momento complicadíssimo onde é preciso não transigir na defesa de um governo eleito ainda comprometido com ideais progressistas do ataque delirante da turba fascista insuflada por uma mídia inqualificável, sem, contudo, deixar de apontar e criticar os equívocos que se avolumam.

    Ano passado, após vencer as eleições criticando o arrocho que seus oponentes produziriam na economia, Dilma decidiu arrochar sem piedade. Desapareceu dos holofotes para cortar calorias em dieta pessoal e entregou o país à dieta neoliberal capitaneada por um funcionário de terceiro escalão recomendado pelo Bradesco (melhor que o Itaú de Marina, talvez).

    Algum arrocho era incontornável depois de dois anos empurrando reajustes represados (gasolina, dólar, luz) e abrindo mão de receitas para manter empregos em setores “campeões”. Sem a usual entrada de divisas devido à queda dos preços internacionais das commodities e diante do adiamento do sonho da bonança do Pré Sal (crise na Petrobrás, depreciação do petróleo…), havia poucas saídas para fechar as contas públicas senão costurar o bolso, retirando o prato das mesas das famílias.

    O problema era como fazer, o quanto fazer, quando fazer e como comunicar o que seria feito.

    Acuada, Dilma delegou o como, o quanto e o quando aos burocratas da plutocracia nacional e abriu mão de comunicar. Acreditou que finalmente dando de modo rápido e intenso ao “mercado” o que ele exigia dela, o mundo voltaria a sorrir. Faltou combinar com os russos, como se diz no futebol.

    O receituário recessivo neoliberal baseado no corte brutal de gastos e aumento de juros a patamares delirantes é uma fantasia arriscada, pois a economia feita para pagar juros é insuficiente diante do aumento dos mesmos juros e da queda da arrecadação provocada pelo conjunto. Isso só funciona num mundo fictício onde empresários voltam a investir no país ao verem que o governo faz direitinho o dever de casa. Ou seja, o arrocho ideal é um truque de retórica baseado numa matemática temerária. Economia nao como ciência, mas como cassino.

    O supremo paradoxo é que nossa presidente entrega tudo que seus mais ferrenhos detratores exigem dela: Dilma é indubitavelmente honesta e faz hoje um governo comprometido até a insensatez com a responsável fiscal. Suas dificuldades expõem antes a falência daquele ideal do governante-gerente, que está na origem da sua candidatura inventada. Dilma foi a resposta de Lula ao modelo idealizado de gestão pública eficiente e eficaz propagandeado pelo PSDB. Dilma era a gerentona perfeita de passado limpo, numa época onde políticos tradicionais do PT estavam sendo justa ou injustamente tragados pelo mensalão. A previsão de que Lula sozinho atuaria nos bastidores para suplantar as deficiências políticas da pupila não se confirmaram (não apenas pelo câncer na garganta, mas também pela arrogância implícita na ideia).

    Talvez tudo funcionasse como planejado sem os moleques golpistas inventando impeachments e sem os mafiosos alojados no Congresso a extorquir à luz do dia um governo reduzido à quase impotência. Não saberemos. O que sabemos hoje é que a solução implementada por Levy e pelo Banco Central com o aval do governo petista agravou a crise, destruiu a arrecadação e a popularidade, impossibilitou o cumprimento de metas e não controlou a inflação. O relaxamento da meta fiscal anunciado agora junto com mais cortes é o atestado do fracasso e o prenúncio de um ciclo futuro comprometido.

    Gerentes em crise e nenhum estadista no horizonte. Tá complicado. De um modo ou de outro, ainda vai piorar.

    1. Carry Trade

      Não se conformaram em perder a boquinha fácil do Carry Trade e enquanto não conseguiram “ligá-lo” de novo não deram sossego. Meio birra de criança mesmo que fica sem o doce.

      Grana mole, ganha com os juros e com a apreciação do Dollar por aqui, se os juros americanos subirem então é JACKPOT, cassino financeiro mafioso na veia e a Dilma ohhhhhh!!!!!!

  31. A CAPACIDADE DA ECONOMIA DE BRIGAR…

    Alguns analistas do assunto em tela, leigos ou não, se esforçam para esmiuçar esse intrincado emaranhado de dados sobre a economia brasileira, a qual vive um momento de retração tão comum em nossa história, sem no entanto, causar os danos alardeados pela mídia desonesta, onde o caos se torna aparente, porém, não real, como nos velhos tempos, evidência falsa que interessa à ex direita do Brasil, hoje caracterizada e considerada ultra direita acrescida de um viés fascista. Lembro-me que quando o Lula assumiu em 2003, a inflação beirava os 13%, o dólar beirava os R$4,00, o país endividado até o pescoço, esquelético com as privatizações de FHC, as reservas cambiais em 35 bilhões de dólares, mais de cinquanta milhões de brasileiros abaixo da linha de miséria, salario mínimo de R$200,00, pontes e viadutos em todo o pais, aos milhares, servindo de abrigo para famílias inteiras com casas de papelão, o trem Brasil estava fora dos trilhos, todo enferrujado e depenado, mas, nem porisso alardearam CRISE, CRISE, CRISE.. como acontece hoje. Lula do alto de sua inteligência e capacidade assimiladora, dizia que  o país precisava crescer e começou a agir. Não dependeu de ministros A ou B. Partiu para o exterior com comitivas de emprésários às centenas, uma boa assessoria e, como grande vendedor conseguia fechar negócios com cada país visitado, que variava  entre quatro e seis bilhões de dólares em exportações, a cada viagem, em verdadeiros saltos para o futuro. O resultado deixou o mundo estarrecido. Só que naquele tempo, o hoje falido 1º mundo não estava em crise, essa crise que perdura há  oito anos. Não podemos esquecer que hoje, diferentemente daquele tempo, temos fundamentos sólidos, essencialmente reservas cambiais de quase 400 bilhões de dólares, investimentos públicos de grande monta,  PIB gigantesco, o segundo maior do  BRIC’s, com perspectivas vagas, em função da irresoluta crise internacional mas, longe de ser o que é de  forma covarde, suja, maldosa, vilependiosa e mentirosa, divulgada pela mídia sem vergonha na cara. Há sim, crise política mas, é o sujo contra o limpo. Só que, um é  sujo de lama da corrupção e a lama faz escorregar e cair. A recuperação será lenta e até penosa mas, acontecerá. Um recado à Dilma para  conter grande parte dos obstáculos. Dilma, “Ley de Médios, os Marinhos são três tigres de papel (Cristhina Kichtnner ?) #Lula/2018.

  32. O assunto é muito adiante da curva, mas justifica o anterior

    Muitos devem estar se perguntando, o que este artigo anterior têm a ver com economia. A prestigiada revista newscientist tráz um artigo que coloca perspectiva no assunto. A Biologia evolucionária e outras disciplinas foram objetos de um encontro Ernst Strüngmann Forum at the Frankfurt Institute for Advanced Studies , onde novas idéias de como superar as dificuldades dos atuais modelos econômicos e suas vicissitudes  podem ser implementadas.

     

    After the crash, can biologists fix economics?

    Orthodox economics is broken. Applying what we know about evolution, ecology and collective behaviour might help us avoid another catastrophe

    After the crash, can biologists fix economics? 

     

    Moulding the future of economics (Image: Matt Murphy/Handsome Frank)

    THE GLOBAL financial crisis of 2008 took the world by surprise. Few mainstream economists saw it coming. Most were blind even to the possibility of such a catastrophic collapse. Since then, they have failed to agree on the interventions required to fix it. But it’s not just the crash: there is a growing feeling that orthodox economics can’t provide the answers to our most pressing problems, such as why inequality is spiralling. No wonder there’s talk of revolution.

    Earlier this year, several dozen quiet radicals met in a boxy red building on the outskirts of Frankfurt, Germany, to plot just that. The stated aim of this Ernst Strüngmann Forum at the Frankfurt Institute for Advanced Studies was to create “a new synthesis for economics”. But the most zealous of the participants – an unlikely alliance of economists, anthropologists, ecologists and evolutionary biologists – really do want to overthrow the old regime. They hope their ideas will mark the beginning of a new movement to rework economics using tools from more successful scientific disciplines.

    Drill down, and it’s not difficult to see where mainstream “neoclassical” economics has gone wrong. Since the 19th century, economies have essentially been described with mathematical formulae. This elevated economics above most social sciences and allowed forecasting. But it comes at the price of ignoring the complexities of human beings and their interactions – the things that actually make economic systems tick.

     

    The problems start with Homo economicus, a species of fantasy beings who stand at the centre of orthodox economics. All members of H. economicus think rationally and act in their own self-interest at all times, never learning from or considering others.

    We’ve known for a while now that Homo sapiens is not like that (see “Team humanity“). Over the years, there have been various attempts to inject more realism into the field by incorporating insights into how humans actually behave. Known as behavioural economics, this approach has met with some success in microeconomics – the study of how individuals and small groups make economic decisions. It has persuaded governments to “nudge” people into doing what’s best for the economy, influencing behaviour by more subtle forms of persuasion than financial inducements. In 2010, the UK government set up the Behavioural Insights Team (known as the Nudge Unit) and the White House established something similar in the US in February last year.

    Pass the risk

    But the complexities introduced by behavioural economics make it too unwieldy to be applied across the board. And it has had little to say about macroeconomics – the workings of financial markets and national and global economies, which have been so troubled in recent years. In the run-up to the recent crash, for example, economists seemed blind to the perils associated with selling sub-prime mortgages and bundling them up as derivatives, where the financial risk is transferred from party to party over and over again. “It’s macroeconomics where the problem lies,” says Alan Kirman, an economist at the School for Advanced Studies in the Social Sciences in Paris, France, who co-chaired the Frankfurt forum.

     

     

    Its aim was to try to address the macroeconomic problem by looking to psychology, anthropology, evolutionary biology and our growing understanding of the dynamics of collective behaviour. That way we might better understand the deficiencies of current economic models and how they can be improved.

    Prime among those is their indifference to how individual humans really interact, and the wider effects of those interactions. For simplicity’s sake, orthodox economics assumes that H. economicus, when making a fundamental decision such as whether to buy or sell something, has access to all relevant information. And because our made-up economic cousins are so rational and self-interested, when the price of an asset is too high, say, they wouldn’t buy – so the price falls. This leads to the notion that economies self-organise into an equilibrium state, where supply and demand are equal.

    After the crash, can biologists fix economics? 

     

    How different is a stock price crash from a wildlife population crash? (Image: Spencer Platt/Getty Images)

    Real humans – be they Wall Street traders or customers in Walmart – don’t always have accurate information to hand, nor do they act rationally. And they certainly don’t act in isolation. We learn from each other, and what we value, buy and invest in is strongly influenced by our beliefs and cultural norms, which themselves change over time and space.

    “Many preferences are dynamic, especially as individuals move between groups, and completely new preferences may arise through the mixing of peoples as they create new identities,” says anthropologist Adrian Bell at the University of Utah in Salt Lake City. “Economists need to take cultural evolution more seriously,” he says, because it would help them understand who or what drives shifts in behaviour.

    Using a mathematical model of price fluctuations, for example, Bell has shown that prestige bias – our tendency to copy successful or prestigious individuals – influences pricing and investor behaviour in a way that creates or exacerbates market bubbles.

    We also adapt our decisions according to the situation, which in turn changes the situations faced by others, and so on. The stability or otherwise of financial markets, for instance, depends to a great extent on traders, whose strategies vary according to what they expect to be most profitable at any one time. “The economy should be considered as a complex adaptive system in which the agents constantly react to, influence and are influenced by the other individuals in the economy,” says Kirman.

    This is where biologists might help. Some researchers are used to exploring the nature and functions of complex interactions between networks of individuals as part of their attempts to understand swarms of locusts, termite colonies or entire ecosystems. Their work has provided insights into how information spreads within groups and how that influences consensus decision-making, says Iain Couzin from the Max Planck Institute for Ornithology in Konstanz, Germany – insights that could potentially improve our understanding of financial markets.

    Collective stupidity

    Take the popular notion of the “wisdom of the crowd” – the belief that large groups of people can make smart decisions even when poorly informed, because individual errors of judgement based on imperfect information tend to cancel out. In orthodox economics, the wisdom of the crowd helps to determine the prices of assets and ensure that markets function efficiently. “This is often misplaced,” says Couzin, who studies collective behaviour in animals from locusts to fish and baboons.

    By creating a computer model based on how these animals make consensus decisions, Couzin and his colleagues showed last year that the wisdom of the crowd works only under certain conditions – and that contrary to popular belief, small groups with access to many sources of information tend to make the best decisions.

    That’s because the individual decisions that make up the consensus are based on two types of environmental cue: those to which the entire group are exposed – known as high-correlation cues – and those that only some individuals see, or low-correlation cues. Couzin found that in larger groups, the information known by all members drowns out that which only a few individuals noticed. So if the widely known information is unreliable, larger groups make poor decisions. Smaller groups, on the other hand, still make good decisions because they rely on a greater diversity of information (Proceedings of the Royal Society B, doi.org/565).

    So when it comes to organising large businesses or financial institutions, “we need to think about leaders, hierarchies and who has what information”, says Couzin. Decision-making structures based on groups of between eight and 12 individuals, rather than larger boards of directors, might prevent over-reliance on highly correlated information, which can compromise collective intelligence. Operating in a series of smaller groups may help prevent decision-makers from indulging their natural tendency to follow the pack, says Kirman.

    Taking into account such effects requires economists to abandon one-size-fits-all mathematical formulae in favour of “agent-based” modelling – computer programs that give virtual economic agents differing characteristics that in turn determine interactions. That’s easier said than done: just like economists, biologists usually model relatively simple agents with simple rules of interaction. How do you model a human?

    It’s a nut we’re beginning to crack. One attendee at the forum was Joshua Epstein, director of the Center for Advanced Modelling at Johns Hopkins University in Baltimore, Maryland. He and his colleagues have come up withAgent_Zero, an open-source software template for a more human-like actor influenced by emotion, reason and social pressures. Collections of Agent_Zeros think, feel and deliberate. They have more human-like relationships with other agents and groups, and their interactions lead to social conflict, violence and financial panic. Agent_Zero offers economists a way to explore a range of scenarios and see which best matches what is going on in the real world. This kind of sophistication means they could potentially create scenarios approaching the complexity of real life.

    Orthodox economics likes to portray economies as stately ships proceeding forwards on an even keel, occasionally buffeted by unforeseen storms. Kirman prefers a different metaphor, one borrowed from biology: economies are like slime moulds, collections of single-celled organisms that move as a single body, constantly reorganising themselves to slide in directions that are neither understood nor necessarily desired by their component parts.

    “Economies are like collections of organisms moving as a single body”

    For Kirman, viewing economies as complex adaptive systems might help us understand how they evolve over time – and perhaps even suggest ways to make them more robust and adaptable. He’s not alone. Drawing analogies between financial and biological networks, the Bank of England’s research chief Andrew Haldane and University of Oxford ecologist Robert May have together argued that we should be less concerned with the robustness of individual banks than the contagious effects of one bank’s problems on others to which it is connected (Nature, vol 469, p 351). Approaches like this might help markets to avoid failures that come from within the system itself, Kirman says.

    To put this view of macroeconomics into practice, however, might mean making it more like weather forecasting, which has improved its accuracy by feeding enormous amounts of real-time data into computer simulation models that are tested against each other. That’s not going to be easy.

    So will the ideas that came out of the Strüngmann Forum have any practical influence? Economist Scott Page from the University of Michigan, Ann Arbor, is sceptical. He doubts that “evo-complex economics”, as he calls it, will ever be mainstream. “Most economists are already smart to the alternatives,” he says. And although the biological perspective offers a more realistic view of human behaviour, incorporating this disorder into workable economic models is a massive challenge. What’s more, Page points out, economists are not alone in resisting complexity. “Politicians want simplicity, hence the appeal of the neoclassical approach.”

    Biologist Peter Turchin of the University of Connecticut in Storrs, another attendee in Frankfurt, thinks it is more to do with an attitude problem. Although some economists are open to new ideas, he says, the field as a whole is resistant to outside incursions. “I doubt that our forum will make any impact on this proud and superior profession,” Turchin wrote in the aftermath of the gathering.

    It’s a point echoed by David Sloan Wilson, an evolutionary biologist at Binghamton University in New York who co-chaired the meeting and in 2008 set up the Evolution Institute, a think-tank that aims to bring evolutionary thinking into policy formation. “The reluctance of the economics profession to change and the fact that the people most in need of change are also in a position of power is a big part of the problem,” says Wilson. “At what point does one stop trying to be diplomatic and adopt a rebellious stance?”

    Yet the calls are not going entirely unheard. Haldane, for one, sees the need for a change in attitude (New Scientist, 28 March, p 28). “We require a great leap forward if we are to do a better job of reading the bumps in the economy in future,” he says. “That calls for new data, new models and a new humility across the profession.”

    For would-be revolutionaries, it’s not just a question of whether economists should do biology. It’s about viewing the world through a different lens. It’s about basing economic modelling on what biology tells us about human behaviour – and how we can channel that into creating the outcomes we desire. What is the right balance between competition and cooperation? How should we value welfare? Can we pull together to solve global problems? How do we create a more equitable form of capitalism? These are daunting questions – but all revolutions have to start somewhere.

    Leader: “Is it time to accept that economic crashes are inevitable?

    Team humanity

    After the crash, can biologists fix economics?(Image: Jeff Jacobson/Aurora Photos)The selfishness of humans is a central assumption of orthodox economics, where it is thought to lead to benefits for the economy as a whole. It is what the 18th-century Scottish economist Adam Smith described as the “invisible hand”.

     

    But evolutionary biologists have come to see cooperation and selflessness as a big part our success as a species. During the course of our evolution, they point out, cooperative groups consistently outcompeted groups of cheats.

    So we are inherently cooperative when operating within our own groups. We have also developed social mechanisms to reinforce actions that benefit the group. “You could say teamwork at the scale of small groups is the signature adaptation of our species,” says evolutionary biologist David Sloan Wilson from Binghamton University in New York.

    But effective teamwork can include competition, and mechanisms to promote actions that benefit the group can break down, particularly in larger groups. It’s also important to remember that in-group cooperation evolved partly in response to competition between groups.

    This evolutionary perspective is radically new to economics, and it could be relevant to grand-scale economic problems that require solutions involving cooperation between nations. Take the challenge of getting nations to work together over economic solutions to climate change – a particular focus in the run-up to climate negotiations in Paris, France, later this year. This is a gargantuan problem from any perspective, but it is essentially an issue of coordination for the sake of the common good at a massive scale, says Wilson. “The challenge is therefore to implement at larger scales the coordination and control that takes place more spontaneously at smaller scales,” he says – from multicellular organisms to village-sized groups of humans.

    “Morality evolved out of cooperation within and competition between groups, so when acting as a single group to tackle global problems we will have to assume the role of natural selection ourselves,” Wilson says. This might involve pursuing a wide variety of strategies, identifying those that work best, and then creating incentives to cooperate on implementation. “In some ways it’s the opposite of the invisible hand.”

     

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