Choque especulativo da S&P contra o Brasil tem o dedo dos EUA

Enviado por jns

Do Independência Sulamericana

A Casa Branca está por trás do choque especulativo da Standart And Poor’s contra o governo Dilma

O Brasil incomoda por que vai bem, obrigado, num mundo em crise.

O que se pode deduzir das palavras bastante diplomáticas proferidas pelo consultor e jornalista Paulo Sotero (foto), diretor do Brazil Institute of the Woodrow Wilson International Center for Scholars, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, na quinta feira, 04, é que, como diria o Barão de Itararé, há muita coisa no ar além dos aviões de carreira.

Sotero, ex-correspondente do jornal O Estado de São Paulo, em Washington, um especialista formado em história, pela USP, profissional experimentado, destacou que são grandes as insatisfações da comunidade econômica e financeira americana com a situação criada pela suspensão da visita da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos, no segundo semestre do ano passado, devido ao episódio Snowden.

A espionagem americana, da NSA, bisbiblotou a vida da titular do Planalto, assim como a de diversos outros mandatários pelo mundo afora, e teve o troco inusitado na reação dilmista, que serviu de base para o comportamento geral dos líderes políticos, de reagirem para além dos métodos sofisticados da diplomacia.

Ângela Merkel, líder alemã, chiou.

Francois Hollandé, lider francês, idem.

A comunidade europeia reagiu forte.

Dilma, na verdade, fez escola.

Marcou ponto político importante, sendo a primeira a mostrar-se enérgica com os métodos fascistas de Tio Sam, na área da inteligência.

A ONU vocalizou favoravelmente a atitude da presidenta brasileira.

Não, apenas, suspendeu a visita oficial que faria a Obama, quando estava previsto lançamento de marco importante nas relações dos dois países, colocando elas num novo patamar de prioridades, de acordo com os mais altos interesses norte-americanos, no continente sul-americano, tendo o Brasil como alavanca continental, na linha de torná-lo ponto de equilíbrio em meio às tensões políticas nacionalistas que se ampliaram na América do Sul, nos últimos dez anos etc.

O que deixou a Casa Branca abalada foi que logo após a suspensão da visita, Dilma anunciou a compra de aviões da Suécia, deixando virar fumaça as esperanças dos americanos de se tornarem clientes do Brasil, nessa área.

Daí em diante azedou tudo.

Os empresários americanos, afirmou Sotero, perderam negócios da ordem de 6 bilhões de dólares, no Brasil, desde a decisão dilmista.

Os canais de entendimento comercial, embora independam, muitas vezes, das relações político-diplomáticas, relacionando-se, quase sempre, nas vantagens das ofertas e demandas dos compradores e vendedores, tiveram seus fluxos, relativamente, abalados.

No ano passado, destacou Sotero, os americanos movimentaram, no Brasil, 135 bilhões de dólares, entre aplicações, investimentos etc.

A balança comercial pendeu favoravelmente  para os americanos em 7 bilhões de dólares.

Sendo os gringos adeptos, antes de tudo, da diplomacia comercial – o negócio dos Estados Unidos são os negócios, já disse alguém -, certamente, pressionaram Obama.

O presidente americano, sob pressão, resolveu, da boca para fora, trabalhar diferente na área da inteligência, especialmente, com os aliados, dizendo que iria fazer e desfazer equívocos, como se isso fosse para valer.

As tentativas de reaproximação diplomática estão em curso e os negócios avançam, mas cheios de constrangimentos de lado a lado, porque a soberba e a arrogância do império americano o impediram de atender o pedido de desculpas solicitado pelo governo brasileiro.

O bate-boca, claro, vai continuar.

Mas, Sotero, no meio da sua argumentação, disse que, depois do choque Dilma-Obama, começou a engrossar uma onda contra a economia brasileira, ganhando força o que o mercado financeiro diz, sem parar, ou seja, que a confiança dele, no governo Dilma, estava perdendo força.

No rastro dessa ação, nitidamente, especulativa, o desgaste aumentou, por força, principalmente, da grande mídia, que compra, a preços superfaturados, as razões do mercado especulador, transformando no samba de uma nota só.

Sotero, muito sutilmente, admitiu não descartar que o rebaixamento da nota de crédito da dívida brasileira, pela Standart and Poor’ , colocando o governo Dilma mal na cena internacional, não estaria desvinculada desse movimento de descrédito intensificado, depois que Dilma deu um chega prá lá em Obama por conta dos casos de espionagem.

Essa possibilidade está no ar, especialmente, quando se pode ver e sentir o tipo de ação que o governo americano, por meio da sua diplomacia comercial, promoveu contra o governo brasileiro, em 1964, cujas metas eram reformas políticas e econômicas  que ampliavam o poder político das maiorias e o fortalecimento da economia, tornando-a sustentável.

Materializadas, causariam incômodos à economia dos Estados Unidos.

O nacionalismo dilmista-lulista guarda relação com o nacionalismo janguista-varguista, de apostar nas riquezas nacionais, no mercado interno, na valorização dos salários, na proteção das empresas brasileiras, no fortalecimento de programas sociais etc, ou seja, tudo que incomoda os Estados Unidos.

JK-65, isto é, a campanha eleitoral, já estava na rua, às vésperas do golpe militar, e a dinâmica da campanha juscelinista ancorava-se no prosseguimento do desenvolvimentismo nacionalista.

A aposta era a de uma nova agricultura, para ampliar a integração econômica nacional, ampliando o mercado interno e buscando conquistar o mercado internacional, onde os produtos agrícolas americanos davam as cartas.

Mesmo Carlos Lacerda, que jogou pelo golpe-64, já em 1966, partiria para a formação da Frente Ampla, com Jango e JK, no exílio, levantando o argumento semelhante ao que Lula brandiria, na crise de 2007/08, ou seja, o da necessidade de o Brasil apostar nas suas próprias forças, na valorização dos salários e do mercado interno, para promover o desenvolvimento sustentável.

Esse discurso, que ganhou sonoridade extraordinária na América do Sul, nas duas últimas décadas, com emergência de governos nacionalistas, foi o que levou Washington a financiar, nos anos 1960-70,  golpes políticos e militares, nos rastros dos quais foram preparadas estradas para os interesses econômicos americanos transitarem sem serem incomodados pela opinião pública, barrada pela repressão política policial tenebrosa.   

Repetindo, portanto, o Barão de Itararé, por trás da avalanche de acusações ao governo Dilma, os fatos latentes demonstram ser muito mais relevantes do que os meramente aparentes, manipulados pela grande mídia, porta-voz dos argumentos dos especuladores, no ambiente da financeirização econômica especulativa que tomou conta da economia global, abalada pela bancarrota americana e europeia.

Dilma, sim, virou pedra no sapato de Obama, de Washington, dos falcões do Pentágono, do mercado financeiro especulativo, que, mesmo dispondo de um juro mais alto do mundo, não se mostra satisfeito, querendo mais, agora, a cabeça dela, com medo de que, num eventual segundo mandato, se transforme num Hugo Chavez de saia.

O jogo é parar a economia brasileira, que, no entanto, cresce, embora, pouco, mas cresce, enquanto as economias ricas, como demonstrou o relatório do FMI, nessa semana, estão ameaçadas de morte pela escalada da deflação.

O Brasil incomoda por que vai bem, obrigado, num mundo em crise.

 

Ninguém chuta cachorro morto.

Redação

30 Comentários

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  1. O que esperar de um texto de

    O que esperar de um texto de um site chamado “Independência Sulamericana” a não ser o anacrônismo politico revisitando as guerrilhas dos anos de 1960.

    ….com medo de que, num eventual segundo mandato, se transforme num Hugo Chavez de saia…

    É triste ver que as sandices, irresponsabilidade e delírio “revolucionário” de um Chavez tenham feito escola e, sobretudo, tenha adeptos. Na verdade, é assustador! É só ver o que se tornou a terra de Simon Bolivar. O que Bolivar acharia disso tudo? 

     

    1. Porque será que figuras

      Porque será que figuras patéticas estão sempre de plantão aqui no blog para dar palpites entreguistas/infelizes em todos os posts?

      Será que são pagos para isso? 

        1. Qual a remuneração?

          Quer dizer que criticar um texto completamente imbecil como esse, sobre uma agência que foi elogiada pelo governo quando aumentou a nota do Brasi,  é coisa de entreguista, que ainda por cima é remunerado? Não resisto, quando deve ser a remuneração para criticar esses fantásticos comentários que encontramos neste blog, um ou dois centavos?

          Não é possível, o Nassif está na campanha do Aecio ou do Campos. De um tempo p cá é um monte de texto sem noção p atiçar os fanáticos que ainda acham que esse governo não é um monumental fracasso…

           

          1. Queria saber qual a tua

            Queria saber qual a tua autoridade para emitir sentenças tão definitivas.

            Cara, não confunda a realidade com os teus desejos e fracassos. É no mínimo desonesto quem faz juízo de valor terminativo sem justificá-lo com dados.

    2. O que esperar de um comentarista coxinha?

      Como este Orlando. Tá passando sede e fedendo em SP por falta de água mas a culpa é de São Pedro! Os gringos ainda acham que aqui quem governa é o PSDB e querem xeretar nosso governo, tomam uma na orelha e o Orlando acha que a Dilma que é inconsequente. Para o Orlando, sua posição é ficar prostado de 4 para Obama! Vai gostar?

      1. Ulisses 
        Acho, ao contrário,

        Ulisses 

        Acho, ao contrário, que quem está de quatro é você. Como o avestruz meteu a cabeça no chão e é incapaz de perceber que o mundo mudou e, no Brasil, com real complexo de viralatas ainda continuamos a colocar a culpa de nossos problemas e mazelas nos outros. Ou nos EUA. Isso enquanto a economia de países como Singapura vai de vento em popa e o país cresce e prospera. E ou da Coréia do Sul. Em comum esses dois países tem o fato de que fizeram enorme investimento em educação de qualidade. Enquanto isso no Brasil nós sucateamos nossos escolas e universidades… e expulsamos nossos cerebros para Europa e EUA. 

        1. Pô, que bom viver em Singapura

          Estes exemplos tem toda uma motivação que é atenciosamente omitida pela imprensa nacional e internacional, só para dar o exemplo, Singapura foi considerada a cidade com o maior número de milionários do mundo, só com um pequeno detalhe é a cidade mais cara do mundo, só para dar um exemplo, um hotél casulo (um beliche fechado para dormir sem café da manhã) conforme a altura do buraco o preço varia de R$50,00 a R$80,00 por noite (com banheiro coletivo, mas para quem não tem dor nas costas pode viajar pela Internet incluída no preço). Hotéis de 1 estrela (duvidosa) que alguns não tem luxos como espaço para por uma moxila (não falei de mala), chave na porta e outra coisas básicas, para um quarto de 6m² o valor é em torno de R$150,00 a R$200,00.

          Para não dizer que isto é para turistas vou colocar alguns preços locais.

          Restaurante barato R$18,00Cappuccino R$9,50Um copo de água mineral R$2,00Um litro de leite R$5,00Um quilo de arroz R$6,50Um pacote de cigarros Malboro R21,00Um automóvel Golf 1.4 R$250.000,00Um apartamento de 1 dormitório fora do centro (alugar) R$4.000,00m² de apartamento fora do centro (comprar) R20.000,00(um minha casa minha vida área R$796.000,00) Logo uma pessoa para ter um apartamento de 110m²  e um automóvel médio precisa ser milionário. Além de desvios políticos há uma total falta de informação.

        2. É tão sem noção

          Histórica que não sabe que os EUA depois de matar quase 30% da população da Coreia, após a guerra (1950-1954) não declarada e sem armistício, investiu os tubos na Coréia do Sul para servir de escudo ao comunismo. O investimento pesado em educação passou por uma reforma política e constitucional como a do Japão. O Brasil, como não havia risco de comunismo, os EUA investiu numa rede hipocrita chamada globo, nos militares e nos empresários lambe botas brasileros minusculos mesmo. O ensino publico foi destruído pelos militares. Estamos só começando uma refomra social no Brasil desde que o PT asumiu o governo. Temporalmente seria como se o Brasil fosse a Coréia de 1968, 1968 leu? Espere mais 40, 40 anos anos de governos democráticos e patriótico brasileiro para querer comparar com a Coréia de hoje. Comparar uma Coréia com 56 anos de desenvolvimento e investimentos maciços dos EUA com 12 anos de PT é sacanagem. Seja imparcial jé coxinha!

  2. O que era especulação virou fato.

    Há uma dezena de anos quando se falava em financiamento dos USA aos golpes militares, vários pseudos intelectuais travestidos de vanguarda falavam que eram SANDICES e tentavam desqualificar as fontes.

    Quando se falava que a própria marinha americana estava pronta para intervir e dar apoio aos militares golpistas, diziam os mesmos: Que bobagem, isto é informações de comunistas.

    Quando diziam que “intelectuais europeus” eram financidos pela CIA, os pró USA caiam na gargalhada.

    Hoje em dia depois que os documentos secretos norte-americanos foram parcialmente desclassificados e divulgados na Internet (por pesquisadores norte-americanos), depois que foram escritos livros sobre o financiamento dos intelectuais europeus pela CIA, ficou tudo evidente que não eram SANDICES as denúncias mas sim relatos do ocorrido.

    É fácil dizer que as fontes estão erradas, pois vamos precisar de no mínimo trinta anos para que venha a luz a verdade, a sorte de alguns é que os nomes das pessoas que trabalham para os serviços de inteligência norte-americanos são sempre resguardadas e assim muitos terão uma velhice feliz.

    1. Maestri
      Sem maniqueísmos ou

      Maestri

      Sem maniqueísmos ou discursos “imperialistas”. Do mesmo  modo, hoje em dia, se sabe que  a Antiga União Soviética deu apoio logistico [treinamento militar e afins],  e até financeiro, para as guerrilhas de esquerda no Brasil.

      Prezado não existem heróis. Cada um defendia o seu lado: ou revolução/comunismo/”esquerda” ou o capitalismo/”direita”. Ingenuo é pensar que o lado do “maligno”, EUA/ditadura ou o lado do “bem” guerrilha/revolução/comunismo, na verdade, se importasse como povo brasileiro e não com seus próprios interesses politicos e economicos.

      1. Só que um terminou, já o outro…

        Caro Orlando.

        Há dois pequenos detalhes, as tentativas de infiltração de outros países em movimentos sociais eram perseguidas e reprimidas e acabou, por outro lado o dinheiro da CIA e demais órgãos de segurança norte-americanos continua a correr e nunca (mas nunca mesmo) foi perseguido. A grande imprensa, pseudo-intelectuais e outros continuam a receber o dinheiro do exterior e estes ninguém os denuncia.

        Quando se fala que estas pessoas estão influenciando para  desestabilizar não só o executivo mas também outras instituições não há um só movimento de contra-espionagem para detectar a influência de países estrangeiros.

        Tem mais outra, nunca vi uma Fundation Soviética, Cubana, Albanesa, Chinesa ou Norte-Correana dando dinheiro para bolsistas brasileiros fazerem pesquisas políticas e/ou sociológicas que interessa, por exemplo, o governo Norte-Americano. Agora do lado norte-americano temos a Rockefeller, Ford e outras.

        Mais um exemplo, se a Coréia do Norte abrisse uma Fundation no Brasil (como eles tivessem dinheiro para isto!) e escrevesse em seus objetivos o seguinte:

        “NOSSA METAA meta do nosso trabalho é ajudar a mudar as estruturas e políticas que aprofundam as desigualdades enfrentadas pelos grupos marginalizados.Apoiamos esforços para modificar positivamente os principais sistemas e instituições que perpetuam a desigualdade, a discriminação e a exclusão. Acreditamos que essas medidas irão fortalecer a democracia e criar uma justiça social mais ampla, no qual os grupos vulneráveis de todo o país terão oportunidade de ter acesso a serviços públicos e de proteger seus direitos.” Acho que a grande imprensa cairia de pau com os chamados partidos de oposição, por outro lado se ela for norte-americana, pode.

  3. O que o esquerdoide não

    O que o esquerdoide não lembra é que a S&P foi a única agência a retirar o AAA da nota dos EUA, e por isso foi duramente criticada por lá.

    Quanta besteira sai dessas cabeças na tentativa de encontrar o “inimigo”, que desviaria as atenções da própria incompetência e do fogo bem amigo, como o do Gabrielli hoje.

    Que cheiro de naftalina…

     

  4. O mesmo discurso vem

    O mesmo discurso vem aparecendo aqui:

    “deixa disso, não tem nada disso”,

    “os EUA não querem e não tem nada a ver com isso”,

    “isso é coisa de comunista, de gente que está em 1960”

    “Ninguém quer vender a BR”

    “Os EUA cheretaram a BR pq estavam preocupados com a saúde financeira da empresa, nada mais”

    ” OS EUA só querem o melhor para o Brasil”

    “Isso é coisa para “esconder” a incompetência”

    “Os EUA promovem a paz pelo Mundo”

    “Se o Brasil fosse os EUA faria o mesmo”

     

    Quando não gosta da prórpia terra fica tudo mais fácil. Somente os imbecis que defenestram o seu prórpio pais na frente de estrangeiros para tentar ser aceito. E somenete os imbecis acreditam  na igualdade de pais = polticos, os polticos passam, mas a nação fica, isso caro não formos tão babacas.

    1. FrancyAcho que, no Brasil,

      Francy

      Acho que, no Brasil, já passou da hora de se acabar com as lamúrias e vitimização do tipo; 1. Não crescemos por que os EUA ou a Europa imperialistanão não deixa 2. O  golpe de 1964 aconteceu por culpa dosEUA 3. O capitalismo é o grande vilão da economia.

      Não crescemos por que no Brasil somos corruptos e temos o péssimo hábito de concentração de renda – desde sempre. Não crescemos por que cultuamos o deus mercadoe e squecemos do povo. Não crescemos por que somos incompetentes e não temos autocritica para perceber que apesar de algum crescimento economico ainda somos um país de terceirto mundo carente de saneamento básico para maioria da população, de educação de qualidade, de transporte de qualidade, de um sistema de saúde decente unviersal e  para todos os brasileiros. Enfim, falta quase tudo para gente ficar colocando a culpa nos EUA ou outros pela nossos problemas e incompetência.

      1. Vc está certíssimo, eu não

        Vc está certíssimo, eu não compactuo com alguns dogmas de esquerda, por exemplo, ideias de estabilidade no serviço público. Sou a favror das concessões desde que elas nãos sejam maléficas como foram aqueles dos tempos de FHC. O problema ,caro Orlando, é que as nossas igrejas, mesmo tendo virtudes, não querem se reconciliar. Agora, é uma falácia achar que não sabemos que não temos problemas. Virou fato determinante e usual para os mais exaltados da direita achar que uma pessoa colocou os óculos cor de roa só por destacar um ponto positivo do Brasil. Ei! É possível falar bem do país, mesmo sabendo que ele tem muitos desafios pela frente. Não é questão de se enganar, é questão de que de fato nada é tão bom ou ruim quanto parece ser. Mas o que me chatea é ver gente sair do Brasil e chegar lá fora e descascar o seu país na frente de estrangeiros, que tem uma visão muito estreita do que é o Brasil, para tentar se auto afirmar como “diferente” da patuléia de origem. Isso não é ser “realista”, isso é, na minha opinião, pobreza de espírito porque só mesmo um pobre de espírito que, na tentativa de ser aceito como diferente, se humilha na frente de quem já te enxerga como inferior. Desculpe-me, mas eu não posso. A rasidão com que pessoas  aqui na Europa falam do Brasil mostram que o contexto de dominação paira como algo natural, mas a realidade é que o nível de ignorância deliberada deles é algo constrangedor.

        É fácil dizer: “vem para Europa, aqui tudo funciona”, de fato, quase tudo funciona. Mas eu sempre me pergunto: “será que durante a época em que os países da Europa sofriam de males como o Brasil sofre hoje existessem outros países desenvolvidos, os europeus iriam abandonar o barco e defenestrar suas origens?  Nesse mundo globalizado ficou mais fácil descartar o que não se gosta, isso é mais fácil do que conviver com o fato de que nada irá melhor em tempo de se aproveitar em vida. Isso, na minha opinião, é um perverso pensamento egoísta. Um exemplo claro. As pessoas que estãos endo mandadas para o exterior para estudar pelo Ciências sem Fronteira, muitas delas, estão voltando não com o objetivo de melhorar o pais com o que aprenderam, pelo contrário, voltam querendo voltar ao “paraíso”, esquecem o fato de terem sido financiadas com o dinheiro do erário, do povo, que alguns enchem a boca para falar “meu dinheiro dos impostos”. Meu Deus! Não é assim que se constrói uma nação. Se a nação paga para a os nossos jovens se aperfeiçoarem, mas ele querem dar uma banana para a nação depois disso, eu não posso concordar. Ah, mas no Brasil só tem corrupto! Por que eu deveria lutar para melhorar a nação? IEsse tipo de afirmação, não rara, abre o leque para uma discussão interessante.

        É um engôdo e uma superficialidade de raciocínio achar que nos países considerados “ricos” não há corrupção, correto? Se sim, então porque as pessoas não se indignam com a corrpção dos chamados “paraísos” na terra? Isso é uma contradição que poucos tem a vergonha na cara de assumir. Se a corrupção faz parte do mundo capitalista e do comunista, a grita contra a corrupção no Brasil para justificar até atos como os que eu citei é contra, e somente contra, a falta de equipamentos públicos. Tudo bem? Óbvio que não! Isso é a prova clara de que o brasileiro não se importa com a corrupção a não ser que ela lhe afete. É o raciocínio do “rouba, mas faz”. MAs daí admitir isso são outros quinhentos.

         

         

         

         

  5. O delírio do Maestri

    Maestri

    A  Fundação Ford, segundo você e o Militão, é a mesma que tenta implantar o racismo no Brasil?

    Isto é, a mesma  Fundação Ford, que segundo você leva, jovens brasileiros para os EUA, isso com a desculpa de uma bolsa de estudos e lá, nos EUA, por meio de um lavagem cerebral, os faz voltar o Brasil e com eles trazem junto o racismo. americano.

    Prezado, a incompetência é nossa – de nós brasileiros -, que não usamos todos os recursos que temos para transformar o Brasil num país decente para todos. O resto é delírio da “esquerda” incompetente e da “direita” idem.

     

    Abs.

    1. “A  Fundação Ford, segundo

      “A  Fundação Ford, segundo você e o Militão, é a mesma que tenta implantar o racismo no Brasil?”:

      Mentira sua.  Onde isso foi dito por ele?

      “Fundação Ford, que segundo você leva, jovens brasileiros para os EUA, isso com a desculpa de uma bolsa de estudos e lá, nos EUA, por meio de um lavagem cerebral, os faz voltar o Brasil e com eles trazem junto o racismo. americano”:

      Mentira tambem:

      https://jornalggn.com.br/resultados?g=%22enviado%20por%20rdmaestri%22%20racismo

    2. Não fui eu quem falou!

      Caro Orlando.

      Muito engraçado, meu caro amigo, em nenhum momento me referenciei a Fundação Ford como tendo como ação uma de suas ações principais a implantação do racismo a moda norte-americana no Brasil (como já não fosse suficientemente o execrável racismo a moda Brasileira)  .

      A tua ilação, sobre o que talvez eu estivesse pensando ao ler o meu texto, me viu escrever nas entrelinhas me aliando ao caro Militão, com o qual concordo em muitas de suas observações, sobre o assunto racismo, algo que ninguém havia falado ou pensado nos textos que precedem a tua observação.

      Fugiste completamente ao objeto do texto e trouxeste para tua obsessão, ou pensando melhor agora para teu projeto intelectual pessoal, a correlação entre a Fundação Ford e a sustentação de idéias norte-americanas que estão levando a população afro-americana a uma miséria e um apartheid social que não viviam há várias décadas.

      Partindo de uma leitura própria de entrelinhas, que como diz a palavra entrelinhas pode estar escrito qualquer coisa, esqueceste que este talvez seja um dos itens de menor interesse de financiamentos das Fundations, pois precisam para isto bem mais da cooptação de intelectuais através de bolsas ou passeios ao exterio, para isto precisam de um investimento bem mais forte, pois é necessário comprar a consciência dos seus títeres.

  6. Entrevista com Perry Anderson

    Recomendo entrevista do proeminente historiador inglês Perry Anderson, para a Carta Maior, em que ele analisa a posição atual da América do Sul, incluindo o Brasil, como dissonante da hegemonia neoliberal liderada pelos EUA. No link http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/O-Brasil-e-a-America-Latina-segundo-Perry-Anderson/6/29203

    Abaixo coloco apenas o primeiro parágrafo, feito pelo entrevistador, sobre a perspectiva de Anderson:

     

    “O neoliberalismo segue aprofundando seu poder no mundo. Só na América do Sul a direção adotada tem sido a contrária, com maior ênfase no papel do Estado e no controle público e menos nas privatizações. A América Latina está no contrafluxo, sendo portadora de uma esperança que não existe em nenhum outro lugar do mundo hoje. E esse processo traz uma novidade importante. A maior nação do continente, o Brasil, não está na retaguarda como estava em 1820, mas sim na linha de frente. O Brasil foi o primeiro país latino-americano a cancelar uma viagem aos EUA, que costuma ser um tradicional exercício de humildade para os governos da região. Tudo isso ainda é uma obra em andamento, concluiu, mas é um processo no contrafluxo da ideologia mundial dominante que representa uma esperança para outros lugares do mundo.”

     

    Sem dúvida este desafio não ficaria sem resposta dos EUA e seus agentes no Brasil.

  7. Invasão de comentaristas orientados.

    Nassif, elegi, faz algum tempo , o seu blog e outros assemelhados,  que privilegiavam o contraditório para me informar. Ainda acreditando nestes espaços, vejo com preocupação intensa proliferação de novos nomes altamente alinhados com orientações esdruxulas, contrárias a interesses nacionais e até patentemente orientadas por pensamentos únicos. Estou acreditando que vocês estão sendo invadidos por profissionais visando desestabilizar estes espaços democráticos.

    1. Pô serralheiro não desanima os caras

      Pelo menos com uns “profissionais” pela frente vai dar mais gosto de ganhar no grito KKKKKK!!!!!

  8. Tudo isto que estamos cansados de ler

    Tudo isto que estamos cansados de ler, de que os EUA e o mercado financeiro interferem negativamente no mundo todo, não passa de criticas mansas. 

    Os próprios autores desses textos não se interessam pela solução do problema da submissão. Não querem avançar em princípois. Eles sabem, muiito bem, qual é a causa desses interesses obscuros.

    Depois da guerra, o Japão e demais países aceitaram passivamente serem centralizados exteriormente para trocar o desenvolvimento da sociedade industrial pelo dinheiro conversível para suas subexistências. 

    A economia, a priori, se baseia no fundamento da troca – de equivalantes, 

    É através do sistema  monetário americano a partir da troca – investimento externo, Bolsa de Valores e bancos – que se têm como consequencia simultaânea à alienação do Estado em torno do sistema de deficits públicos internacionais.

    O câmbio é o ultimo a expressar a nossa incapacidade para interpretar a simples abstração da produção pelo equivalente da sua natureza externa em que o valor da moeda se desenrola no dia-a-dia.

    Por conseguinte, parece normal criar a sequencia da moeda não conversível pela conversível e virtual pela moeda física, em que os países são capturados – sem o direito do modo de vida ser definido pelo valor do trabalho proporcional a soma de um padrão igual de dinheiro, para troca de mercadorias..

    Esta concepção da história se deve, em parte, à influência dos editores de jornais que mantém suas origens nesse tipo de crescimento, e têm que aprovar o poder da gestão alheia se manifestando em internvenções, como se vigiassem o domínio das trocas, estimagtizados pelos aspectos econômicos.

     

  9. Erro de quem, afinal?
    Culpar

    Erro de quem, afinal?

    Culpar os EUA, não resolve. Tendo em mente que após a guerra do Iraque eles deixaram centenas de milhares  de mortos para trás sem o menor remorso, não seria um caso de espionagem que lhes doeria a consciência. A única coisa que importa para os EUA é a vitória, mesmo que a qualquer custo.

    Sinceramente? O que o Lula teria feito se estivesse no poder? Teria sido diplomático. Não teria nem rompido com os EUA, nem desfeito negócios (principalmente), e nem cancelado viagem aos EUA. Lula sabia se manter neutro até quando Evo Morales invadiu as instalações da Petrobrás na Bolívia. E continuou a ter relações ,comerciais com os bolivianos.

    Política não se faz assim, com pavio curto. Tá certo que o Lula dizia que não iria virar capacho dos EUA, mas sempre tentou sair na melhor diplomacia possível das armadilhas norte americanas.

    Dilma poderia ter disfarçado, feito de desentendida, e secretamente ter pedido reforço na segurança das comunicações brasileiras para os técnicos em TI que servem ao Plánalto. Pedido uma criptografia masi eficaz, mas menos ter batido de frente com investidores americanos. Até porque o que menos o Governo precisa agora são mais inimigos. Mas nós já sabemos que o forte de Dilma não é a comunicação, certo? Este pode ser apenas mais um dos erros do Governo Dilma Roussef.

    A disputa aqui não será decidida ou perdida por ser de direita ou de esquerda, mas pelo mais hábil, mais talentoso, mais diplomático, num mundo onde a política nada mais é do que um jogo de xadrez.

    E só para lembrar: A Dilma não é o Lula. Nem chega perto.

  10. Os USA não conseguem admitir o próprio fracasso

    O Dólar está morrendo lentamente, o novo polo fianceiro mundial lançado pelos Brics que inclui uma nova moeda de trocas universais é mais um prego no seu caixão.

    Vão tentar desesperadamente impedir a total debacle financeira que se avizinha por lá.

    O Brasil, com sua longa amizade e afinidade com a nação americana podeu, pode e poderá dar uma mão para os irmãos do norte, mas eles vão ter de pedir.

    O Obama de certa forma ajuda o Brasil a amadurecer e descobrir o seu valor, não é um presidente ruim de tudo e até agora muito bom para o Brasil.

  11. Muitas vezes parece que

    Muitas vezes parece que alguém decide escrever sandices com o único objetivo de levar os governistas e ultra-nacionalistas ao orgasmo. E consegue.

    A S&P já tinha colocado o rating brasileiro em perspectiva de baixa muito antes deles saberem quem era Edward Sonwden e agora o sujeito vira pivô do rebaixamento do rating.

    Difícil para os governistas admitir que os motivos que levaram ao rebaixamento foram técnicos, assim como foram técnicos os motivos que leveram o Brasil a receber o nível de investimento nesse mesmo governo.

    Aliás, está tudo explicado na nota da S&P. Seria mais produtivo tentar rebater, tecnicamente, um a um, os motivos expostos pela agência.

    Em tempo, o nível do blog de onde saiu esse texto é sofrível.

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