A colocação de títulos externos

Não há lógica na colocação pela Secretaria do Tesouro Nacional de títulos brasileiros no exterior neste momento, a não ser pagar comissões para os bancos que organizam as emissões.

Qual a lógica? Nenhuma. Nem essa desculpa esfarrapada de que a colocação ajudará na formação da tal curva de juros.

O Banco Central está entupido de reservas cambiais. Além disso, o Brasil caminha para ser “investment grande”. Quando isso ocorre, cai a remuneração dos papéis brasileiros. Qual a lógica de colocar papéis pré-investment-grade? Paga-se um juro mais alto, e não se ajuda na formação da curva de juros, porque essa realidade mudará com a própria melhoria do rating brasileiro. A posição correta seria comprar dívida velha (mais barata) antes da elevação do rating.

Mas, desde o início dos anos 90, as complexidades do mercado de títulos têm permitido toda sorte de operações nebulosas, sem justificativas técnicas.

Luis Nassif

65 Comentários

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  1. Apesar de considerar
    Apesar de considerar interessante a compra de dívida externa velha antes da elevação do rating, acho melhor ser mais prudente e guardar as Reservas Cambias para ver com a economia se comprta com o juros da Selic próximos do 6% nominais.

    As condições para o Brasil praticar juros da Selic próximo dos 6% nominais estão dadas, mas o fato é que isso será uma situação nova para o Brasil .

  2. Creio que são importantes
    Creio que são importantes essas colocações de títulos externos praticadas pelo tesouro, pois ratificam o nível de juros que o mercado internacional esta disposto a pagar num ambiente de estabilidade cambial.

    Alem disso pressiona o COPOM pois deixa claro o diferencial do juros praticados pelo COPOM e o juros dos títulos colocados no exterior que por sinal ficou bem abaixo do Risco Brasil.

    Creio que com as atuais Reservas Cambiais, os saldos da Balança Comercial e a entrada de investimento estrangeiro o Brasil tem todas as condições de manter uma estalidade cambial reforçando ainda mais a importancia da colocação dos titulos externos como referencial de juros que podem ser praticados internamewnte no Brasil sem risco de liquidez.

    A atual queda do dolar é uma demonstação de que os juros da Selic estão muito altos, e que é necessário uma equiparação dos juros da Selic com os juros internacionais para permitir uma maior estabilidade Cambial.

  3. Desde quando dívida externa
    Desde quando dívida externa substitui dívida interna? Você tem uma segurança invejável para exprimir conceitos incorretos, Economista.

  4. Marco, dívida externa não
    Marco, dívida externa não substitui dívida interna. Esse dinheiro entra e precisa ser convertido em reais. Para esterilizar os reais emitidos para adquirir os dõlares, o BC coloca títulos no mercado. Portanto, para uma determinada quantidade de ativos externos que entra há a contrapartida de um valor similar de aumento do passivo interno.

  5. Nassif, concordo com você.
    Nassif, concordo com você. Parece mesmo que existe uma parcedria entre o sistema financeiro e o banco central, já se sabendo previamente que o tesouro nacional será o grande perdedor. O momento é de antecipar pagamentos de títulos com juros elevadissimos e reduzir o caixa das reservas internacionais. Os bancos estão ganhando demais na administração desses recursos. Primeiro ganham na colocação dos títulos com uma cara taxa de administração e, segundo, usando parte desses mesmos recursos, com remuneração bruta de 5% ao ano., colocando-os aquí em nosso país com rentabilidade da selic. Tem coisa melhor e sem nenum risco ou rerembolsos para eles?. O governo não pode ser míope ou cego e deve dar um basta nessa vávula que só está engordando o cartel dos bancos e sangrando o tesouro nacional. Não deixe o assunto ficar no esquecimento, por cheira até a apropriação indébita e o mais sério, com a anuência do BC

  6. Em todos os setores da
    Em todos os setores da administração pública brasileira, a busca por cargos no alto escalão tem como principal mola propulsora a possibilidade de enriquecimento por meio da corrupção.

    Essa é a realidade. É essas emissões sem pé nem cabeça do Tesouro são mais um fato a demonstrá-la.

    O objetivo, obviamente, é só pagar comissões aos bancos, diretamente e também por meio do ganho obtido pela revenda dos títulos ao mercado secundário.

    Isso já não devia ser novidade.

  7. E recebeu em reais lá fora?
    E recebeu em reais lá fora? Amanhã, se tiver tempo, vou escrever sobre o que acontece com a entrada de dólares no país, não tendo uma moeda conversível.

  8. O nosso amigo Economista é de
    O nosso amigo Economista é de uma modéstia fora de série, como diria o Dirceuzinho, aquela ponta esquerda da Seleção.

  9. Essa “compartimentalização”
    Essa “compartimentalização” da política econômica é terrível. Quando Gustavo Loyolla manteve os juros lá em cima, cobrei dele o custo fiscal. E ele: isso é problema do Tesouro e da Receita.

  10. PERGUNTAS:

    Tem gente
    PERGUNTAS:

    Tem gente afirmando que os juros efetivos dessa última emissão em reais resultaram num custo menor do que o pago pelos titulos da dívida interna.

    Muito bem:

    Qual o prazo dos títulos ?

    É juro prefixado ?

    QUANTO FOI PAGO DE COMISSÃO AOS BANCOS COLOCADORES/SUBSCRITORES ? ALGUM ILUMINADO SABE ?

    E SE A EMISSÃO FOI FEITA EM REAIS, PORQUE NÃO FOI FEITA INTERNAMENTE, USANDO OS MECANISMOS NORMAIS DE COLOCAÇÃO DE TÍTULOS NO MERCADO INTERNO ?

    monte de Pedro Bó…

  11. Creio que o erro não está na
    Creio que o erro não está na colocação dos títulos externos e sim no COPOM não aproveitar as quedas dos juros e o aumento da líquidez dos títulos Brasileiros ratificadas pela colocação dos títulos externos para derrubar definitivmente os juros as Selic.

    Além de diminiur ainda mais o custo da colocação dos títulos externos e do ajuste das contas externas como um todo permitiria a redução de custo de toda a dívida interna.

    Esse aumento da liquidez dos títulos externos brasileros só reforça o aumento da capacidade de importação do Brasil, caso ocorra uma forte expansão da PIB, dando tempo para que o aumento de investimento aumente a capacidade de produção para atender a demanda, sem risco de uma inflação de demanda em função de um grande crescimento do PIB,.

  12. nem todo “Economista” é bom
    nem todo “Economista” é bom operador de mercado; nem todo operador de mercado é economista, embora sólido conhecimento da área seja requerido.

    não façam confusão. títulos denominados em real não implicam que sejam pagos em R$ no exterior.

    do mesmo modo que não há qualquer melhora do perfil da dívida interna com a emissão de LFT longas.

    “dívida interna” não é necessariamente um “endividamento”, no sentido negativo. é muito mais uma forma de gestão da liquidez e de financiamento – a longo prazo – de investimentos na infraestrutura.

  13. Os testes são em outro
    Os testes são em outro sistema. O Economista adotou esse plural majestático só para avacalhar de vez a profissão. Acho que ele é um advogado vingativo.

  14. Então não compare captação em
    Então não compare captação em dólares (na dívida externa) com dívida interna (que é em reais). No meio do caminho tem uma conversão de dólares em reais que impede essa substituição automática que você pretende.

  15. Que nada. O mundo está
    Que nada. O mundo está regurgitando liquidez e procurando qualquer coisa para aplicar. Quando começar a cair de novo, elas pulam fora e realizam o prejuízo.

  16. Economista, você é de uma
    Economista, você é de uma pretensão similar ao “professor de Deus”. Faz contas incorretas de somar e subtrair dívida interna e externa, não considera os efeitos do processo de conversão, e ainda quer humilhar outros leitores? Se manca, siô. Nem que tivesse conhecimento mais aprofundado de economia, não tem o direito de humilhar ninguém aqui não. A colocação do leitor está correta sim. Como você avalia o custo de captação em dólares, sem considerar o custo fiscal do carregamento das reservas?

  17. Ué, Marco, porque essa crença
    Ué, Marco, porque essa crença de que o pessoal do Tesouro não erra? Quanto a liquidar dívidas antigas, com esse excesso de reservas não há porque não utilizá-las. O BC não copmra dólares meramente para entesourar, mas para evitar a apreciação do real. Portanto não há nenhum inconveniente (pelo contrário) que utilize as reservas para quitar dívidas antigas.

  18. assim como o Copom se limita
    assim como o Copom se limita apenas as metas de inflação, o TN se preocupa somente com o perfil da dívida interna.

    metas de inflação e perfil da dívida precisam estar subordinados a uma estratégia de governo, voltada para o desenvolvimento nacional.

    o equívoco está na segmentação, e não na atribuição de missões (no caso do BC deveria incluir, além da estabilidade monetária, o nível de emprego e crescimento do PIB).

    qual o objetivo da polêmica? como avançar no rumo do desenvolvimento sustentável e com inclusão social.

    não será certamente com órgãos do governo agindo sem integração. é um problema de coordenação interna do governo. de gestão. de política econômica.

    o político não precisa ser um gestor. mas o gestor tem que obrigatoriamente estar sujeito a uma estratégia política.

  19. estas colocações de títulos
    estas colocações de títulos externos indexados ao real indicam, entre outros aspectos, um dissimulado confronto entre TN e o Copom.

    é o TN demonstrando, na prática, que o mercado aceita taxas mais baixas e prazos maiores, apontando para uma curva de juros com inclinação positiva.

    só que nenhum argumento, nem mesmo a mais incontestável realidade dos fatos, é suficiente para convencer o BC.

    pois não é questão de convencimento. o Copom defende determinados interesses e age politicamente de acordo com eles. é o último bastião da ortodoxia convencional.

  20. Prezado, sabe o que significa
    Prezado, sabe o que significa não esterilização? Significa emissão monetária. Uma política monetária autônoma conseguiria o mesmo efeito sem ter que colocar títulos no exterior e trazer dólares.

  21. A poupança pode estar
    A poupança pode estar sobrando no mundo, mas duvido que um detentor do bocado jogaria fora qualquer coisa. Esse papel tem um comprador de perfil bem definido que conhece o buraco em que está se metendo. Não vi o valor transado, mas sei que ninguém joga dinheiro fora; fora disso a cupidez particular do agente. O que importa agora é saber saber quem comprou o gato. Quem entende que se meta no assunto.

  22. Quem deve para o BNDES pode
    Quem deve para o BNDES pode cobrir com títulos públicos de tempos casados? Se o lastro for mesmo o Real, uma captação lá fora fica muito mais barato do que a similar interna. De todo jeito isso pode significar uma “reentrada” de dólares no país; com suas normais conseqüências, é claro.

  23. Marco Aurélio diz:

    “As
    Marco Aurélio diz:

    “As captações em Reais no exterior (livres de IR) devem ser comparadas com a taxa fixa interna líquida de IR (elas se equivalem). A taxa de maio de 2010 estava ontem em 10,08% (10,08% menos 15% de IR = 8,568%). Não existem mágicas.”

    Existe algum brasileiro minimamente milionário lá fora que não tenha uma conta em Dellaware ou Luxemburgo, e que aplique no Brasil livre de IR??? Para mim é um mistério como o Brasil 22 pode estar sendo negociado a 8.5%… Vc pode internar o dinheiro, pagar CPMF mas ganhar 9.9%… Vc pode comprar uma credit linked note d algum grande banco, e receber 9.9% (se for bom cliente, nem o custo de CPMF te cobram). Mas tem gente que “compra” divida externa a 8.5%… Por mim, pode emitir qto quiser do Brasil 22 a 8.5%: parece uma barganha… vai emitir em dólares a 6% por que? Neste ritmo já-já vai ser viável emitir em reais, 20 anos, a taxas mexicanas, 7.8%… Impressionante, absolutamente impressionante… E o COPOM brincando com juros de 12.5%… Haja paciência, haja paciência…

  24. Veja só:
    1. Tem dois tipos de
    Veja só:
    1. Tem dois tipos de dólar: o que está nas reservas cambiais, que me custa a taxa Selic de 12,75%; e o do Tesouro, com taxas de 5,5% (mas em euro).
    2. Os dólares que tenho na reserva visam impedir a valorização do real. Se utilizo para quitar uma dívida externa antiga, que tenha um custo de, digamos, 12% ao ano, ganho duas vezes: deixo de pagar 12,75% da taxa Selic sobre os dólares que usei; e deixo de pagar os 12% ao ano sobre a dívida que quitei.
    3. Em vez disso, resolvo tomar um crédito lá fora, de US$ 300 milhões, a uma taxa de 10% em reais. Esses recursos não serão utilizados para pagamento de dívida externa.
    4. Como conseqüência, perde-se duas vezes. Primeiro, criando uma nova dívida inutilmente (porque o país não precisa dela), que custará 10% ao ano. Segundo, por não permitir a esterilização do valor correspondente das reservas cambiais, que custam taxa Selic, de 12,75% ao ano.
    5. Qual o objetivo dessa captação? Ajudar a definir a curva de juros? Como assim, se no momento em que o país virar “investment grade” não só as taxas de captação cairão, como a própria curva de juros será outra?
    Quanto a não ver motivo para acreditar que o BC vá esterilizar, não estamos falando em hipóteses. Estamos falando em uma dívida concreta, que foi emitida para esterilizar as reservas. É um dado da realidade, não é matéria de fé.

  25. Qualquer pais, que nao seja
    Qualquer pais, que nao seja os EUA, teria que evitar de fazer dividas em moedas estrangeiras, em dolares. Sempre representam um grave perigo per o pais e um grave obstaculo a atuacao de uma politica economica nacional.
    A captacao do TN no exterior nao tem uma clara giustificativa e nao e’ conveniente para o Brasil.
    O Banco Central em teoria e pratica pode financiar qualquer politica monetaria expansiva em reais e fornecer ao TN os reais que precisa.
    De todas as analises que ja li a mais inteligente e pertinente, em sentido tecnico e politico, e’ aquela apresentada no blog e feita per E. Tomas Malaga, economista-chefe do ITAU. Ela teria que ser estudada e aplicada.
    Aproveitando da situacao dos mercados financeiros mundiais, e da situacao de elevada liquidez seria muito conveniente per o Brasil reduzir ao minimo possivel a divida esterna. Exatamente o oposto de ampliar a divida em dolares. Pra aumentar o grau de independência do pais.
    As observacoes do leitor Economista, som um pouco infantis, parecem de um aluno de um primeiro curso de economia que decorou bem a materia mas falta capacidade logica e politica de analise.
    E

  26. Não é só incompetência ou
    Não é só incompetência ou burrice…

    Além das emissões externas, o Tesouro está emitindo uma montanha de titulos da divida interna em taxa pré-fixada de longo prazo, o que vai manter por décadas os ganhos da atual Selic estratosférica.

    As tesourarias de bancos, os fundos e os bancos de investimentos, além dos Paulo Lemes e Arminios da vida agradecem a ajudinha.

  27. Esse debate pseudo-complicado
    Esse debate pseudo-complicado baixo se resume no seguinte, ao meu ver:
    1. O brasil não é o dono da impressora de dinheiro?
    2. Não está entrando dolar, que é o lastro do mundo?
    —Então praquê fazer dívida???–
    4. Põe a máquina pra imprimir, inclusive pra pagar as dívidas, lastro não falta, e de quebra deprecia o real.

    Comprar lastro à prazo perde duas vezes, na dívida não paga, na nova dívida que até pode sair mais barata, e na operação que custa mais caro que a tinta da impressão.

    Ou eu sou muito burro e não entendi nada, ou realmente é elementar demais, apesar do jargão economista

  28. “Por que sai mais barato
    “Por que sai mais barato emitir lah fora, tolinho.”

    Não me incomodo com a resposta, Nassif.
    Até porque o que ele diz não necessariamente é verdadeiro, pois ele não considera o quanto foi pago de comissão a quem colocou os títulos, em primeiro lugar.

    Em segundo lugar, ele aparentemente ou é ingênuo ou muito esperto, ao deixar de considerar que por trás de muitas captações existe o interesse dos intermediários agindo ou contra a ponta emissora dos títulos ou contra a que os adquire no mercado secundário (vide escândalo dos precatórios, sobre o qual cheguei a emitir um parecer).

    Nesse caso, pode ter havido lesão ao Tesouro (resultante do custo de colocação) ou aos tomadores finais (fundos de pensão, etc).

    O fato é que, para tomadores finais e para emissores, é MUITO MAIS BARATO adquirir no mercado interno, até porque (nosso amiguinho talvez desconheça) não há I.R. sobre o juro pago por títulos federais adquiridos por estrangeiros (ponto de vista do comprador final) e já há uma estrutura de colocação montada, sem necessidade de pagamento de comissões absurdas (ponto de vista do emissor).

    Isso é um esquema. Quem “entende da mortadela” e trabalhou com fiscalização do sistema financeiro sabe muito bem disso.

    Não é a toa que BACEN e TN disputam isso a tapa.

    Quanto ao rapaz, “he´s just a kid trying to play a master”.

    E eu um realmente um “tolinho” tentando argumentar com quem não entende patavina da realidade…

    abs.

  29. há um equívoco conceitual em
    há um equívoco conceitual em relação a dívida interna.

    a dívida pública mobiliária é uma carteira. mas não apenas uma carteira!

    em um de seus aspectos ela é um portfólio, cujos instrumentos de gestão são os títulos públicos, e tem como benchmark a busca de maior prazo e menor taxa, mantendo uma relação % com o PIB que minimize o risco de insolvência.

    a dívida interna não existe por necessidade, obrigatoriamente, de financiamento do governo.

    muitas vezes o lucro excede a capacidade de reinvestimento na produção. isto pode ocorrer no ciclo de negócios, pelo descompasso entre produção de bens de consumo e produção de máquinas que produzem bens de consumo. uma das alternativas do produtor é aplicar em títulos públicos, cuja contrapartida é o investimento público.

    a dívida pública é um elemento de regularização do ciclo econômico. quando existe alto desemprego e grande capacidade ociosa na economia, o investimento do Estado a partir da mobilização da poupança privada pelo endividamento é fundamental e insubstituível para reversão do ciclo.

    uma operação do Tesouro, com suas implicações com o BC (e vice-versa), deve ser considerada não apenas do ponto de vista da gestão da dívida interna como se fosse uma carteira. deve também levar em conta todos os aspectos da política econômica.

  30. INTRÓITO: Luis, estou
    INTRÓITO: Luis, estou escrevendo por considerá-lo um brilhante jornalista, um trabalhador incansável, que tem convicções no que escreve, que defende bravamente seu ponto de vista (mas a favor do país, segundo suas convicções), que influencia parte da opinião pública, mineiro, coestaduano, turquinho, descendente de imigrantes como eu. Minhas convicções são divergentes das suas (como já exposto no blog repetidas vezes). Mas divergências fazem bem ao pensar.
    1) O Bacen compra dólares utilizando seu estoque de títulos do TN (para não monetizar a economia). Fala que compra para aumentar reservas, mas de fato é para defender o dólar (comprar para dar liquidez aos exportadores é correto e aceito).
    2) O TN não pode utilizar as reservas pois não são suas. O Bacen é proibido de fazer empréstimos ao TN. O prazo das captações também são diferentes dos recursos das reservas.
    3) O TN tem obrigações a pagar em Reais e em dólares (tem que financiar o déficit nominal e os vencimentos dos títulos antigos).
    4) Não defendo a turma do TN nem do Bacen, apenas constato que pelo que vivemos no passado hoje está bastante aceitável (elogios para o Lula, lembro á turma que não sou o MAG do PT, tenho um pensamento liberal-democrata, hoje acredito que igual ao Lula, não ao PT ). Considero que são profissionais capacitados (todos com formação acadêmica respeitável e também experientes, apesar de muitos serem ainda novos).
    5) O fato de respeitar não impede que discorde de algumas políticas. O custo para o TN das captações em SELIC tem sido menor do que as taxas fixas ou indexadas (apesar de todos criticarem as SELIC). Como a curva da SELIC tem sido descendente tem ocasionado um custo menor que as taxas fixas. Algumas vendas de títulos com taxa fixa (feitas no passado) seriam presumivelmente mais caras no tempo que as SELIC. Mas as opções de vendas respeitam as condições do mercado na época.
    6) A SELIC, taxa de juro de curto prazo, principal instrumento de política monetária do Bacen, por ter sido utilizada pelo TN para vender seus títulos de médio e de longo prazo trouxe muita confusão e críticas (o Bacen não conseguiu explicar com clareza para os formadores de opinião) na imprensa, em autoridades governamentais, nas confederaçoes e federações e até em economistas formados na inflação (onde a política monetária tinha seus efeitos confundidos com as indexações e com expectativas sempre negativas ou crises).
    7) Assustou-me ver que muitos economistas (e a imprensa, quase em geral, com poucas exceções) confundiam os efeitos da política monetária. Se a SELIC for fixada abaixo da taxa natural (no meu entendimento a de longo prazo, principalmente com expectativas positivas), ela fará os agentes econômicos preverem aumento de inflação e por conseqüência exigirão taxa de juro de longo prazo maior (a curva fica ascendente). Se a SELIC for fixada acima da taxa de longo prazo (a taxa natural) os agentes prevendo queda da inflação exigem taxas de longo prazo menores (a curva fica descendente). A taxa de juro de longo prazo descendente é uma indicação de política monetária correta. Até o Delfim agrediu a teoria em sua coluna (apesar de ser uma inteligência inconfundível e instigante). Mas tem muitos creditos.
    8) O Bacen tem conseguido fazer a inflação e a curva da taxa de juro futuro (além das expectativas positivas) ficarem em rota descendente o que é a prova da correta política monetária.
    9) Para a taxa SELIC conseguir influenciar a relação cambial Real x Dólar (em ambiente de expecatativas positivas) teria que ser fixada em um nível abaixo da taxa de juro de longo prazo (a natural), que mudassse a expectativa de inflação de descendente para para ascendente. Aí o Real deixaria de ser atraente, uma moeda que cumpre sua função primordial que é SER RESERVA DE VALOR, passando a deixar de ser considerada. Mas isto é um retrocesso (as expectativas passariam a ser negativas).
    10) Desculpe o português deste humilde economista, mas escrevi no vapt-vupt, entre um assunto (e telefonemas) e outro.

  31. Está comprando sim. Por isso
    Está comprando sim. Por isso não se entende a colocação de dívida nova, antes da melhoria do rating.

  32. Porque certos personagens
    Porque certos personagens defendem tanto o Banco Central , a STN e a politica monetária? Será fanatismo, uma seita com pastores ou os tipos são bilionários com grandes carteiras de papéis brasileiros?
    Não se encontram nos EUA defensores do Federal Reserve e do Tesouro, mlahados dia e noite pela mídia e pela academia, porque aqui o Partido do Copom tem tantos torcedores fanáticos?
    Esse biotipo merece uma boa analise psicologica.
    A torcida uniformizada do COPOM parece que aumentou.
    Em 1999, quando a STN transformou 44 emissões de moedas podres em Notas do Tesouro Classe C, o melhor e mais liquido papel público federal, trocando cascalho por ouro puro, beneficiando quem detinha esses titulos, quase 100% com o sistema bancário e dentro deste mais de dois terços com um só banco, não vi ninguem defender. Ao contrário, até habituais comentaristas pró-equipe economica criticaram a aberração. Hoje vemos muito mais defensores dos excessos da politica monetária na mídia, na academia e nas classes empresariais. O proselitismo propagado pela grande imprensa deu certo.
    Esse leitor que se alcunha como “Economista” é um exemplo acabado. Tem a fé cega dos cruzados, não importa o que aconteça, o Partido do COPOM estará sempre certo, são infalíveis no quer que façam e só idiotas, segundo ele, podem criticar os sábios.

  33. Nassif,

    Varias já me
    Nassif,

    Varias já me manifestei aqui contra esse pessoal do BC mas nesse caso dos titulos o “investment grade “, já não estaria precificado pelo mercado?
    Outro dia estava convrsando com um amigo meu do mercado (um dos bons, não um planilhão ) e ele me disse que mesmo o risco Brasil na verdade já esta ao redor dos 100 pontos , que esse nivel ao redor de 150 pontos só existe pois o Morgan considera em sua composição de titulos para os calculos um titulo de altas taxas que não é mais negociado , ou seja por um erro de metodologia..
    Ele me deu o nome do titulo mas eu não lembro , se por algum acaso voce não souber qual é , e se interessar eu posso perguntar.

    Abs,

    Ele

  34. Esse Economista aí da banda
    Esse Economista aí da banda de baixo é realmente um gênio. Q.I. elevadíssimo.

    Você precisa assessorar o Mangabeira Unger lá no Planalto. Se o Manga não te aceitar, tente o Suplicy.

  35. Luis continua:

    “5. Qual o
    Luis continua:

    “5. Qual o objetivo dessa captação? Ajudar a definir a curva de juros? Como assim, se no momento em que o país virar “investment grade” não só as taxas de captação cairão, como a própria curva de juros será outra?”

    O objetivo primordial é reduzir o custo da dívida pública e tal operação é uma ação efetiva e consistente com tal objetivo.

  36. Prezado, não venha com o jogo
    Prezado, não venha com o jogo do “suponhamos que”. Você “supõe que” o BC não esteriliza, e sua conta fecha. Concretamente, o BC esteriliza, portanto sua conta só é “supostamente” correta. Estad”ao de hoje: “A ação mais agressiva do Banco Central (BC) no mercado de câmbio piorou o perfil da dívida pública interna em abril, que atingiu R$ 1,15 trilhão (ante R$ 1,14 trilhão em março). A parcela da dívida atrelada à taxa básica de juros (Selic) está R$ 29,3 bilhões maior por causa dos leilões do BC de swap cambial. Essas operações funcionam, na prática, como se o BC comprasse dólares”. Como muitos dos seus colegas, você quer espanar os fatos a golpes de “suponhamos que”.

  37. Luis se expõe publicamente:
    Luis se expõe publicamente:

    “1. Tem dois tipos de dólar: o que está nas reservas cambiais, que me custa a taxa Selic de 12,75%; e o do Tesouro, com taxas de 5,5% (mas em euro).
    2. Os dólares que tenho na reserva visam impedir a valorização do real. Se utilizo para quitar uma dívida externa antiga, que tenha um custo de, digamos, 12% ao ano, ganho duas vezes: deixo de pagar 12,75% da taxa Selic sobre os dólares que usei; e deixo de pagar os 12% ao ano sobre a dívida que quitei. ”

    Com todo perdão, este balde não segura água. Quando o Tesouro quita dívida externa, ele precisa comprar os dólares do Banco Central. Para comprar esses dólares, recursos financeiros são necessários, e na margem tais recursos custam SELIC, portanto não existe nenhum almoço gratuito. O único ganho de tal transação é o diferencial entre o juro da dívida externa e o rendimento das reservas, geralmente aplicadas em títulos americanos.

  38. “O objetivo primordial é
    “O objetivo primordial é reduzir o custo da dívida pública e tal operação é uma ação efetiva e consistente com tal objetivo. ”

    a visão exposta na declaração acima é a de um operador de mercado. não é uma abordagem gerencial. e muito menos a perspectiva do formulador de política econômica. sem ofensas.

    reduzir o custo da dívida é um objetivo estratégico ou operacional?

    suponhamos que o governo tome uma decisão radical. vamos reduzir o custo da dívida de forma definitiva. vamos zerar o custo. quitar integralmente a dívida. custo zero!

    o que aconteceria com o mercado? com a economia? o mercado de capitais, o sistema bancário e as grandes empresas – com as aplicações de seus fluxos de caixa positivos e os recursos que excedem a possibilidade de reinvestimento produtivo – perderiam sua principal receita: a financeira. onde seriam aplicados os colossais (a dívida corresponde a cerca de 50% do PIB ) recursos disponibilizados?

    o tal custo da dívida jamais é pago em cash. os recursos subtraídos da sociedade, via a elevada carga tributária, através do superávit primário, ao contrário do que prega o mito, não são utilizados para quitar a dívida ou pagar os juros. quando um título público vence, o investidor não saca o dinheiro. compra um outro título. porque esta é a lógica do investidor, do mercado: a busca de rentabilidade, de juros. não interessa ao mercado que o Governo quite a dívida. seria um caos.

    o problema está na denominação, na palavra, “dívida” que impede a compreensão que se trata de um instrumento de auto-financiamento da sociedade (o que deveria ser, pelo menos).

    os recursos disponíveis que não podem ser reinvestidos na produção são captados pelo estado que, pelo investimento público, cria as condições para que o crescimento da economia. com isto, o investidor saca e reaplica na produção. fecha-se um círculo virtuoso.

    com as altas taxas de juros, os títulos pós-fixados e a remuneração das reservas bancárias e aplicações over (operações compromissadas) pela Selic, a dívida interna se coverte num brutal mecanismo de transferência de renda do contribuinte para o empresariado com saldo de caixa positivo. a margem de lucro que é formada na empresa decorre da receita financeira, cuja contrapartida é uma despesa pública de juros paga por superávit primário ou por emissão de mais títulos públicos.

    o sistema favorece de alguma forma a estabilidade de preços, por paradoxal que pareça. as empresas podem defender suas margens brutas de lucro com a receita não operacional de juros, absorvendo aumento de salários sem aumentar os preços. isso explica melhor a estabilidade de preços do que qualquer política monetarista de juros estratosféricos.

  39. debate sobre títulos
    debate sobre títulos externos, apesar das limitações do formato do blog, é excelente oportunidade para se aprofundar um pouco o assunto.

    atenção: o que segue abaixo NÃO é um apoio a operação em questão no post.

    emissão de títulos externos denominados em real (indexados ao real) podem ser um bom negócio para o Brasil, porque eliminam o risco cambial de emissões em dólar.

    quando um país tem dívida em dólar, com a queda
    dqs taxas de juros a moeda se deprecia, tornando o serviço da dívida [os juros] mais oneroso. com a depreciação, geram-se problemas financeiros nos balanços das empresas e do próprio governo. uma política que seria expansiva já não é mais. para evitar que a moeda se deprecie, os governos aumentam as taxas de juros. a política monetária, em vez de ser anticíclica, é pró-cíclica. não ajuda a estabilidade econômica. gera a possibilidade de crises porque se cria no mercado esse círculo vicioso. os investidores retiraram o dinheiro do país, provocando ainda mais depreciação da moeda. criando o círculo vicioso.

    um título em reais do Brasil tem risco creditício Brasil e risco cambial Brasil. o que é ruim para o câmbio é ruim para o risco creditício. há uma correlação positiva entre os dois riscos. isso faz com que os instrumentos que têm ambos os riscos sejam ineficientes. o que o mercado procura fazer é separar os dois tipos de risco: ter um instrumento em que está o risco cambial puro e outro em que está o risco creditício puro.

    com os títulos externos indexados ao real, o Brasil pode assim se endividar externamente, em longo prazo, em reais. com os recursos captados pode financiar a construção de estradas, de usinas elétricas, sem risco cambial.

  40. AiminhaSantaMadreMarcelina…
    AiminhaSantaMadreMarcelina…. Esterilizar significa colocar títulos no mercado para enxugar os reais que foram colocados, antes, para a compra de dólares. E não vender dólares para anular a compra de dólares. Só faltava! Economista, é a última vez que respondo a você. É uma discussão inglória, que toma enorme tempo e não tem racionalidade. Se você não fosse tão convicto no que diz, até tomaria por provocação. Mas não é não. Esse é o drama: você aparentemente acredita piamente no que escreve.

  41. Ruben,
    Considerando que citou
    Ruben,
    Considerando que citou meu nome, explico.
    1) O TN coloca títulos no exterior referenciados em dólares e em Reais (as taxas não são iguais). A comparação da taxa de juro fixo utilizada para captação em Reais deve ser feita com a curva da taxa de juro fixo interna (percentual e prazo). O que procurei demonstrar é que o custo de captação externa é semelhante ao custo de captação interna (descontando-se o IR). Não podemos comparar com a SELIC pois a mesma é uma taxa variável e está descendente (a comparação teria que ser com a média do período, que é o que o mercado precifica com a curva da taxa de juro). As aplicações internas pagam IR. Os títulos SELIC emitidos pelo TN estão sendo os de menor custo quando comparados com títulos de renda fixa. Isto prova o acerto da política monetária. O AMBIENTE BRASIL evoluiu de crise de confiança (das piores que já passamos, tanto que o PT foi obrigado a engolir o Meirelles) para expectativas negativas e agora estamos com expectativas positivas.Todos os índices estão positivos e ascendentes no aspecto de melhoria. O problema é o desemprego (mas isto pode ser debitado a uma relação capital x trabalho, como disse o Lula, desatualizada e desmotivadora).
    2) Se a SELIC está reduzindo a taxa de juro de longo prazo (está por consequência reduzindo o custo com juros). O sucesso da política monetária é incontestável (inflação e taxa de juro descendentes, PIB com taxa de crescimento ascendente, moeda pátria valorizando com câmbio flutuante).
    3) Se a SELIC for fixada abaixo do ponto correto, os agentes podem prever o reinício da inflação e taxa de longo prazo pode inveter a tendência para ascendente (isto é a derrocada da política monetária). As expectativas podem passar de positivas para negativas.

  42. ” Em 1999, quando a STN
    ” Em 1999, quando a STN transformou 44 emissões de moedas podres em Notas do Tesouro Classe C, o melhor e mais liquido papel público federal, trocando cascalho por ouro puro, beneficiando quem detinha esses titulos, quase 100% com o sistema bancário e dentro deste mais de dois terços com um só banco, não vi ninguem defender. ”

    Poxa, ainda existe gente que pensa..Esse devia ser o foco…

  43. Essa discussão está ficando
    Essa discussão está ficando fora de foco.

    Qual a justificativa de se fazer uma emissão ridícula em face da dívida mobiliária interna, com um custo muito maior em termos de colocação, quando uma operação equivalente pode ser feita internamente ?

    P.S. : Houve também recompra de titulos pelo Tesouro -> alguém perguntou por quanto esses títulos foram recomprados ?

  44. Elwood
    Elwood escreveu:
    “Aproveitando da situacao dos mercados financeiros mundiais, e da situacao de elevada liquidez seria muito conveniente per o Brasil reduzir ao minimo possivel a divida esterna. Exatamente o oposto de ampliar a divida em dolares. Pra aumentar o grau de independência do pais.
    As observacoes do leitor Economista, som um pouco infantis, parecem de um aluno de um primeiro curso de economia que decorou bem a materia mas falta capacidade logica e politica de analise.”

    Caro Elwood, estamos falando sobre emissao em Reais no exterior. Tais emissoes sao acertadas em dolares, mas a divida eh indexada em Reais. Portanto, eh apenas uma divida externa no sentido que os contra-partes sao externos, mas para todos os efeitos, pode ser paga com aquilo que sai da impressora do Banco Central brasileiro.

    Quanto a minha linguagem, muito obrigado pelo elogio, estou tentando isso mesmo!!

  45. “AiminhaSantaMadreMarcelina..
    “AiminhaSantaMadreMarcelina…. Esterilizar significa colocar títulos no mercado para enxugar os reais que foram colocados, antes, para a compra de dólares. E não vender dólares para anular a compra de dólares.”

    Opa! Você está correto. O Economista deixou escapar uma (como dizia um professor de matemática semi-senil do meus tempos de ginásio: “Estava só testando vocês, né?”).

    Mas falando sério, não sei se muda alguma coisa no meu argumento.

    Do ponto de vista do Tesouro, captar no exterior faz sentido porque é mais barato.

    Do ponto de vista do Banco Central, na medida que este esteriliza, sua carteira vai incorrer perdas devido ao diferencial da SELIC para o rendimento das reservas, mas eu não esqueceria do efeito da depreciação cambial. Se o Bacen reduzir a SELIC (como vai continuar fazendo), eventualmente o Real vai ceder e o Banco Central vai realizar um grande ganho de capital. E você mais do que ninguém parece achar que o câmbio a 1.95 não é sustentável, então deveria lembrar desse pequeno detalhe antes de sair de metralhadora na mão basicamente chamando os profissionais do Tesouro de corruptos.

  46. ” Do ponto de vista do
    ” Do ponto de vista do Tesouro, captar no exterior faz sentido porque é mais barato. ”

    É mesmo. ? Então prove…(considerando as custos de colocação e a possibilidade de emitir os mesmos títulos de longo prazo internamente)

  47. OK Economista, mas as vezes
    OK Economista, mas as vezes vc surrealmente entorta mais o assunto , como a resperito da esterilizacao, q clariar.
    Mas a sua boa vontade, intecao e insistencia som sempre valiosas.
    E

  48. Januario escreveu:

    É
    Januario escreveu:

    É mesmo. ? Então prove…(considerando as custos de colocação e a possibilidade de emitir os mesmos títulos de longo prazo internamente)”

    Caro Januario,

    O assunto principal deste blog nao eh nenhum pais imaginario, mas um tal de Brasil. Nesse pais chamado Brasil, nao existe AINDA um mercado domestico desenvolvido e liquido para titulos de longo prazo.

  49. Os leitores do blog podiam
    Os leitores do blog podiam fazer uma bolsa de apostas para identificar o Economista. Todos temos os nossos palpites e a esolha é realmente dificil porque o Economista deste blog tem características que são comuns a quase todos os economistas ortodoxos conservadores neoliberais monetaristas : é detalhista e chato, vê a árvore e detesta a floresta, vê o presente e não gosta do passado, acha que só ele sabe tudo e os demais não sabem nada, não aceita contestação e exulta quando pode exibir seu pedantismo intelectual. Como esses sinais são comuns a toda a classe, na bolsa de apostas teriamos que incluir muitos nomes,
    a categoria é enorme no Brasil, temos aqui mais economisyas monetaristas do que nos EUA e Europa, porque nossas escolas pràticamente eliminaram os professores de outras tendências,
    O Brasil tem uma curiosa propensão a ser um grande lixão de teorias, teses, seitas e doutrinas aposentadas no resto do mundo.

  50. Andre escreveu:
    “a categoria
    Andre escreveu:
    “a categoria é enorme no Brasil, temos aqui mais economisyas monetaristas do que nos EUA e Europa, porque nossas escolas pràticamente eliminaram os professores de outras tendências,”

    Vamos por partes.

    (1) Nao sou monetarista, nada que escrevo ou jah escrevi sugere que seja monetarista.

    (2) Nao tem muito monetarista no Brasil… os poucos que conheco sao quase todos da velha guarda, perto dos 60 anos.

    (3) Existe muito mais variedade nos departamentos de economia no Brasil do que nos EUA. Conheco ate marxista.

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