Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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A combinação de políticas econômicas para destravar o crescimento, por André Araújo

Por André Araújo

No velho pensamento econômico anterior a 2008, conviveu-se com uma divisão entre o pensamento econômico ortodoxo e o conjunto de escolas consideradas heterodoxas, entre as quais a do estado de bem estar social e a escola desenvolvimentista do pós guerra. Após a crise financeira de 2008, uma nova visão do pensamento econômico concluiu que a complexidade dos problemas não conseguiria ser atacado por esse modelo binário.
 
Nasceu pós 2008 o chamado “novo pensamento econômico” (new economic thinking) cujo centro de análise é o Instituto para o Novo Pensamento Econômico, de Nova York (INET), reunindo 650 economistas de todo o mundo que consideram que a extrema complexidade da economia pós globalizada não pode se entendida por análises puramente ortodoxas ou heterodoxas. O INET reúne Prêmios Nobel de Economia, catedrpaticos das melhores universidades do mundo e economistas de formação cultural bem mais ampla do que economistas de mercado que imperaram no ciclo neoliberal dos anos 70 a 90.

 
Uma política econômica, especialmente para países emergentes, não pode ser puxada por concepções puramente de mero ajuste fiscal na expectativa de que esses processos por si só irão gerar uma economia próspera através da criação de confiança dos mercados. Uma simples política desse modelo de ajuste fiscal mais juros altos para combater a inflação não trará resultados dentro do tempo necessário para administrar agudos problemas sociais que precisam ser tratados CONCOMITANTEMENTE com o controle dos gastos públicos.
 
Nas eleições americanas de 1932, o Presidente Herbert Hoover propunha exclusivamente uma política econômica ortodoxa para, através da recuperação da confiança, trazer de volta a prosperidade, isso em meio a uma depressão que causou agudo desemprego. Roosevelt, apoiado por Keynes, propunha duas políticas simultâneas, uma para melhorar a racionalidade da gestão do Tesouro e outra SIMULTÂNEA para gerar rápido emprego. Essa proposta venceu e nasceu o New Deal, uma COMBINAÇÃO de ortodoxia financeira com grande intervenção do Estado para relançar a economia estagnada através da expansão monetÁria e suporte às empresas visando gerar emprego com a Corporação para Reconstrução Financeira e o Programa de Serviços de Conservação, que gerou em um ano seis mIlhões de empregos.
 
No mesmo período e por outros caminhos, a política econômica do novo governo alemão do chanceler Hitler, que chegou ao poder no mesmo momento em que Roosevelt assumia a Presidência dos EUA, seguia política parecida. Através da recomendação de Hjalmar Schacht, o Reichsbank providenciou instrumentos de ativação da economia industrial paralisada por um desemprego que chegava a 40%, criação de uma moeda gráfica, os “marcos de compensação” e de uma quase moeda para expansão da demanda, os ” Mefo Bonds”, bônus rotativos para financiar o rearmamento. Em três anos o desemprego tinha desaparecido e a economia industrial alemã estava a pleno vapor.
 
Uma política exclusiva de ajuste fiscal + combate à inflação, no quadro econômico atual do Brasil, não terá o tempo político suficiente para mostrar resultados, porque na sua primeira fase irá aprofundar a recessão, aumentando o desemprego.
 
A política de juros altos para combater a inflação é suicida em um quadro de recessão, uma vez que os juros altos visam esfriar a demanda que já esta baixíssima, o que é um contrassenso. Por outro lado, como os bancos deixaram de emprestar por falta de demanda de crédito e pelo alto risco de inadimplência, a liquidez empoçada nos bancos é imensa e não necessita de juros altos para absorver títulos públicos, ÚNICA aplicação disponível no mercado, que irá para títulos federais de risco zero, mesmo com juros de 5%, por falta de outro campo de parqueamento de liquidez.
 
Há imenso espaço para expansão monetária em investimentos de infraestrutura sem risco de inflação, pois não há no horizonte pressão de demanda, muito ao contrário, há excesso de capacidade industrial e de fatores de produção.
 
Implantar no quadro econômico de hoje uma POLÍTICA ORTODOXA só aumentará a recessão, sem trazer nenhuma condição de crescimento, processo que necessita um INSTRUMENTO de reignição da economia, que só pode ser o investimento publico, ao qual se seguirá o privado por ele arrastado pela necessidade de reiniciar a produção.
 
No radar de um novo governo se aponta um conjunto de operadores ortodoxos cujo conhecimento está vencido e que não dispõe das ferramentas para ao mesmo tempo conduzir o necessário controle dos gastos de custeio, onde há muito desperdício e ineficiência e ao mesmo tempo RELANÇAR a economia com instrumentos de puxada de demanda, para rapidamente criar emprego sadio na construção de infra estrutura. No quadro econômico de hoje é preciso fazer COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS, operando em mais de uma área ao mesmo tempo para produzir mais de um efeito virtuoso.
Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

27 Comentários

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  1. juros altos visam esfriar a

    juros altos visam esfriar a demanda que já esta baixíssima, o que é um contrassenso

    Exatamente, é um enorme nonsense. Mas vocês precisam entender que a sua economia foi “sequestrada” por rentistas e para eles tudo o que interessa é juro no bolso deles. Eles não se importam se as suas indústrias estão sendo sucateadas, não se importam se o seu mercado interno está entrando em colapso, eles não se importam. Eles pensam única e exclusivamente neles e vocês deviam parar de ouvir eles e passar a ouvir os seus industriais que são os que geram divisas reais.

  2. Então quais

    Então quais serão os fatores que fazem com que o executivo continue com sua política econômica recessiva?

    Esperança? No quê? Se todo o dinheiro está reverberando como lucro bancário?

    Má orientação? 

    Auto mutilação?

  3. Um governo ilegitimo, formado por um conjunto

    de facções criminosas e gente sem escrúpulos, e que aprofundou infinitamente a crise e destruiu a imagem do Brasil para chegar ao poder não é sinal para bons prognósticos. Não há a mínima possibilidade dessa turma, que deve incluir até zezé perrella (como chegamos tão baixo??????), fazer qualquer coisa que não seja roubar, vender tudo a preço de banana (roubo disfarçado), destruir e mudar as leis para garantir impunidade eterna e perpetuação da nossa condição de país bananeiro. O que os move não é essa ou aquela corrente de pensamento ou visão de país, mas uma imensa falta de carácter e escrúpulos. O Brasil acabou, pelo menos temporariamente. Viramos o reino dos milhares de cunhas.

     

  4. Economia Real

    Ela não é muito diferente do desenho que ilustra o ciclo básico da água no planeta.

    Existe um oceano global, que leva o dólar para a nuvem e esta irriga as economias periféricas, arrastando detritos (lucros) de volta para o oceano. Maus brasileiros “transpiram” para Miami e muita água é perdida também por gente alienada.

    A melhor solução é de criar uma grande lagoa, acima do nível do oceano global, equivalente ao tamanho do Brasil e países do MERCOSUL, para complementar a economia com base em “chuva”, bombeando muita água de volta nas encostas, com maior intensidade do que apenas a chuva faria e, ainda, para evitar que o ciclo da economia transborde “água” gratuitamente, por “força de gravidade” para o Oceano dos EUA. Algo pode sim, mas em forma controlada. China fez isso.

    Essa analogia é válida para a transposição do São Francisco.

    Hoje, entrar de cara na economia global (principalmente agora, com a tal de “Ponte para o Futuro” do Temer), praticamente estar-se-ia abrindo um canal na nossa já pequena lagoa e deixando escorregar toda a economia por gravidade, para o Oceano do mundo, voltando a viver de “chuvas” da nuvem.

  5. Os vários tipos de inflação.

    Caro André,

    não dá para ficar tratando só da tal de “inflação de demanda”.

    Você sabe que há várias “tipos” de inflação, inclusive, de lucro.

    Minha proposta é a seguinte:

    Depois de olhar bastante para o Brasil e para o “mundo” ( que chega em nossas mentes pela adorável mídia) , depois de perceber como nossas “instituições sólidas atuam, em plena atividade “democrática”,  sobretudo, no presente momento, no qual  a “interpretação” da lei retroage para prejudicar  a “responsavelmente criminosa”, etc, etc e etc, estou propondo   um novo “tipo de inflação”. Mas, já adianto que  não espero ganhar o prêmio nobel de economia vez que esse  prêmio não, por óbvio, não vai premiar um latino  americano.

    Pois bem. É com imenso prazer senhores,  que proponho a inflação de fraude, ou inflação fraudulenta.

    Vejamos a fundamentação teórica:

     

    Trata-se de um desdobramento da inflação inercial que teria sido “vencida” na FALSA batalha do plano real( irreal)

    A inflação de fraude é aquela  que serve para justificar qualquer  medida antipopular e assim  obter o êxito de CONSERVAR as regras do jogo, devidamente postas, sem democracia.

    A inflação de fraude no brasil se assemelha com a democracia de fraude.

    Minhas pesquisas apontaram para um certo tipo de movimentação de preços de mercado e ‘no mercado”(*) devidamente manobrados em conluio visando  gerar inflação e assim  justificar a alta da selic e demais taxas de juros ao cubo.

    Com taxas de juros ao cubo o “capital” que gera emprego retorna quase que imediatamente para o bolso do investidor. E o risco é controlado pela mídia, a polícia e as leis, com as “instituições sólidas”.

    Ao final, o “retorno” seguro dos “investimentos” faz a “economia” – ciência natural de homens racionais – girar para o bom crescimento economico e feliz do mundo.

    (*) Mercado é um ser que vive em algum lugar, uma espécie de monstro sagrado. Nenhum governo, muito menos um Estado pode com ele. Em casos mais extremos, esse monstro sagrado- o mercado – aciona o CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU para que eventuais BOMBAS possam “estabilizar”  as regras do jogo em busca da felicidade de todos.

    É isso. Ou melhor, aqui apenas mostrei um esboço do embasamento teórico da inflação de fraude.

    Se o debate avançar, podemos demonstrar o comportamento humano em fórmulas matemáticas. Inciaremos com as  “famílias” – detentoras dos meios de produção,  com deus pela liberdade – meu voto é sim – para fundamentar todo o arcabouço jurídico-econômico-político-social-científico-natural-racional-antropológico-midiático-circense-etc, até chegarmos às isoquantas etc.

    Evidentemente, coeteris paribus.

    Menos Marx, mais Mises.

     

     

     

    1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
      Ado

      KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

      Adorei o conceito de “mercado” Por mim já tens o Nobel, só falta eu ter voto . Ah desculpa esqueci que voto não vale, quer dizer só vale o voto  do “mercado”.

  6. Política ortodoxa é o que

    Política ortodoxa é o que “vem ao caso!”

    Reduzir os juros dos bancos “não vem ao caso!”

    SE ISSO ACONTECE EM GOVERNOS DE “ESQUERDA(?) imaginem o

    que vem por aí,no mínimo ficará como está!!!A questão é só boa vontade para agir!!

     

  7. De novo?
    Boa tarde AA, mas vc está sugerindo exatamente a nova matriz econômica aplicada há anos…

    Diminuir juros na canetada, aumento do déficit e aumento da base monetária… Por que dessa vez daria certo? Por que as mesmas medidas trariam resultados diferentes?

    Tem um artigo muito bom do Leandro Roque no IMB refutando essas teorias. Caso interesse:

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2394

    1. Absolutamente nada a ver. A

      Absolutamente nada a ver. A mal chamada ” nova matriz economica” não tinha investimentos, só expansão do consumo via credito e aumento dos gastos correntos do governo muito acima da arrecadação e do crescimento do PIB.

      Os gastos da União são insanos, há mais de 30.000 supersalarios, anlguns de mais de 150 mil Reais mensais nos tres poderes, gente que não vale 5 mil  no mercado competitivo, só na Camara só 3.675 supersalarios. Alugueis de predios publicos novose de luxo quando a União tem centenas de imoveis vazios, terceirizações mal explicadas esuperfaturadas, dá para cortar muita despesa inutil.

      Tudo isso é completamente errado e nunca proporia tal serie de desatinos.

      A taxa SELIC é sempre fixada na canetada, pois é uma decisão do Banco Central, tanto faz ser 1% quanto 14,25%

      a taxa Selic é uma determinação imposta por decisão legal e não por mecanismo de mercado, é canetada sempre.

      A visão do INET é muito mais ampla e visa a impedir que “politicas de austeridade ” a frio e lineares prejudiquem mais a população a pretexto de salva-las, a coordenação de politicas economicas tem que ser muito mais pensadas do que a simploriedade de aumentar taxas de juros ao infinito como se isso fosse uma politica economica sadia.

       

      https://ineteconomics.org/

       

      1. Ótimo, estou de acordo com o
        Ótimo, estou de acordo com o fim de gastos insanos e que os mesmos se mantenham próximos à arrecadação e ao crescimento do PIB.

        O seu texto inicial deu a entender que expansão da base monetária e das despesas correntes seriam benéficos… Aí eu discordo. A expansão do M2 só vai causar mais inflação de preços generalizada. Aumento das despesas geram déficit. As duas coisas associadas, necessariamente forçam a Selic para cima e afugentam investimentos no setor produtivo (é impossível fazer um cálculo econômico minimamente previsível para se saber se seu novo investimento será lucrativo. Principalmente em se tratando de investimentos de longo prazo).

        Em relação a Selic em 5% por força política, vc está propondo juros negativos reais menores que 5% (considerando IPCA acima de 10%). Isso não faz sentindo. Nenhum país dos que estão na faixa negativa de juros chegam a -1%. Isso lembrando que são os países de menor risco de default do mundo.
        Fazer isso com a Selic, é forçar uma moratória. Nem mesmo os bancos nacionais financiaria o tesouro nacional.

        Nos estamos nessa situação exatamente por termos adotado uma política econômica nada sadia: diminuir a taxa de juros para um valor abaixo do real. Isso no mundo inteiro. Foi exatamente essa canetada nos juros para expandir a economia juntamente com o sistema de reservas fracionário usado pelos bancos que nos trouxe até aqui. Aplicar a mesma atitude em maior intensidade para resolver o problema não é a solução.

        1. Por causa da recessão

          Por causa da recessão profunda a expansão monetaria tem espaço para reativar a economia sem aumentar preços por excesso de demanda. A capacidade ociosa na produção industrial é de mais de 40%, em alguns setores de mais de 50%,

          o estoque de mão de obra ociosa é de 10 milhões de pessoas, portanto os salarios não aumentam até o esgotamento da

          grande reserva ociosa de mão de obra.

          Quanto aos juros negativos em relação à taxa básica, isso acontece hoje nos EUA, na Europa e no Japão.

  8. Entenda de uma vez por todas,

    Entenda de uma vez por todas, caro Mota Araujo, títulos federais não possuem risco zero. Com o nível crescente da dívida pública só interessa emprestar com juros mais altos mesmo, senão o investidor prefere até botar dinheiro no colchão. Entenda que existe na natureza algo chamado Risco X Retorno.

    1. Titulos federais emitidos em

      Titulos federais emitidos em MOEDA LOCAL são universalmente considerados de risco ZERO porque o mesmo Ente que

      e o devedor, a União, tem o monopolio da emissão de moeda, portanto sempre poderá emitir moeda para pagar a divida.

      1. Errado, caro Mota Araujo,

        Errado, caro Mota Araujo,  pois nessa situação em que o tesouro emite moeda para honrar títulos por si só já se caracteriza uma situação de default, pois somente o valor de face estaria sendo devolvido, com uma inflação devido à emissão de moeda que teria corroído o valor do dinheiro.. entenda, a relação risco x retorno é uma lei da natureza.. se fosse possível, o governo emitiria títulos com juros muito menores, tenho certeza.

        1. Quem são os compradores

          Quem são os compradores principais de titulos publicos em qualquer Pais? É o sistema bancario em grande maioria não porque ahce uma boa aplicação e sim porque não há outro tipo de investimento no volume que a liquidez bancaria necessita, portanto essa compra de titulos federais não é dependente da taxa de juros, tanto que quano esta foi baixada pela metade em 2012 não houve falta de tomadores. Onde os bancos vão colocar R$2,7 trilhões?  O grosso da liquidez é de DEPOSITOS A VISTA pelos quais os bancos não pagam qualquer juro, nem 0,1%, portanto ao aplicarem a 7% não estão perdendo.

          Portanto é perfeitamente possivel o Tesouro emitir titulos com juros muito menores, terá compradores porque estaes não tem opção  isso não é feito porque o controle do Banco Central é do sistema bancario por falta de capacidade do sistema politico.

          1. caro Mota Araujo, concordo

            caro Mota Araujo, concordo que não é um conceito simples, mas pensa bem no que significa pra um investidor a relação Risco X Retorno.. é assim, mais ou menos.. se eu sinto que há um risco grande de eu não receber o meu dinheiro investido, eu só vou me sentir confortável em investir se lá na frente eu vislumtrar um retorno bem acima do normal (Risco X Retorno).. senão eu não invisto, mesmo que seja um título federal.. caso não fosse assim, os títulos federais seriam comprados por um valor de face muito maior.. revise os seus conceitos caro Mota Araujo, reflita sobre isso, é assim que funciona, RiscoxRetorno é um dado da natureza.

          2. Meu caro, não é rico

            Meu caro, não é rico boiadeiro de Aquidauna quem compra titulos federais em mega escala, é o Bradesco e o Itau com o dinheiro dos depositos à vista, o rendimento dos titulos vai para o lucro liquido do balanço. O rico boiadeiro tem seguramente coisa melhor para investir do que LTN,  então está havendo uma mistificação do conceito de risco x retorno. O grosso das LTN e NTN estão nos bancos comprados com dinheiro de depositos à vista, investidor milionario NÃO aplica em titulos federais porque para “raposas do mercado” 14,25% menos IR é muito poco mas para o Bradesco e o Itau é muito.

            Os bancos NÃO podem pegar o dinheiro dos depositos à vista e comprar debentures da Gerdau, eles só podem comprar titulos federais ou depositar o excesso de liquidez no Banco Central, Então a DIVIDA PUBLICA FEDERAL tem outra realidade, muito distante das cartilhas de primeiro ano de escolas de economia.

          3. sinceramente caro Mota

            sinceramente caro Mota Araujo, em termos lógicos não faz muito sentido grandes bancos como Itau e Bradesco aplicarem majoritariamente os recursos de terceiros no tesouro, pois esses bancos deverão remunerar os seus clientes, e eles próprios muitas vezes poderiam faze-lo diretamente. Os recursos da poupança são investidos onde por Itau e Bradesco? É uma pergunta mesmo. A experiência mostra que grandes investidores, como fundos de pensão aplicam diretamente no tesouro, e de certo que se a taxa selic não for satisfatória dado o risco esses investidores irão procurar outros ativos. Vc teria algum link que demonstre a sua informação sobre o Bradesco e Itau?

          4. Meu caro, o “float” de

            Meu caro, o “float” de depositos a vista e o “float” de caixa dos fundos de pensão NÃO tem outros instrumentos em VOLUME para aplicação de sobras de caixa. Os bancos gostariam muito de emprestar com SEGURANÇA a totalidade dos depositos a vista MAS não existem tomadores para esse volume, o unico INSTRUMENTO de aplicação são as LFT eas NTN, com qualquer taxa de juros. Sobre links basta acessar o Banco Central  http://www.bcb.gov que lá estão as estatisticas diarias de saldos de depositos à vista e das aplicações do sistema bancario em titulos publicos.

             

          5. De toda forma Mota Araujo, o

            De toda forma Mota Araujo, o seu raciocínio somente seria válido se não houvesse uma dinâmica envolvida no processo. No primeiro momento o primeiro conjunto de agentes mais avessos a risco não irão comprar os títulos do governo se não houver adequada relação Risco x Retorno. No segundo momento, com o risco de solvência ainda maior dada a retirada do primeiro grupo, fará com que o segundo grupo de agentes mais avesso ao risco também se retire, e assim por diante, levando os títulos a um risco cada vez maior.

            Ao final, o governo NAO consegue colocar os títulos no mercado, entenda Mota Araújo. Se o mundo fosse como vc diz, todos os governos dos diversos países venderiam títulos à vontade valor próximo ao de face (brincadeira o seu argumento de que títluos federais não tem risco porque o governo emite moeda). Espero ter ajudado.

          6. Então me explique ONDE os

            Então me explique ONDE os bancos vão aplicar seu saldo de deposios à vista se não quiserem titulos federais.

            Papel do Tesouro não tem risco legal porque são moeda com juros, o meio circulante os titulos federais tem o mesmo risco.

  9. há o domínio dos “Sem Noção”

    Fico pasmo pelo posicionamento oportunista e “Sem Noção” de parte do setor empresarial, especialmente desse líder atual da Fiesp em endossar o plano Temer-Moreira Franco de ajuste econômico. Todos sabem tal programa que tem cara, coração e alma recessivo, de ajuste ultra ortodoxo, que vai prejudicar completamente a indústria nacional. Vão cortar os subsídios, as linhas de financiamento; em suma, voltar-se-á ao privilégio rentista puro. Mas sabemos bem as razões: o engajamento oportunista e privado de uns, acima do interesse geral. Me faz lembrar a história do Chang Kai-shek: recebe armas dos americanos e faz o “trading” dessas mesmas armas com o inimigo japonês. A propósito: interessante notar que esse mesmo líder que se diz “industrial” tem um filho que é dono de uma das maiores trading importadoras brasileiras. E diz que não tem nada a ver com os negócios do filho. Tá bom.

     

     

     

  10. http://cbn.globoradio.globo.c

    http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/call-de-abertura/2016/04/28/BANCO-CENTRAL-PRECISA-SEGURAR-TAXA-DE-JUROS-POR-MAIS-UM-TEMPO.htm

    Os  “”ECONOMISTAS DE MERCADO “”  adoram os juros altos e acham que eles são a cura para todos os problemas economicos, nada mais importa, tudo o mais é detalhe, Alexandre prega a continução da SELI altissima, que maravilha.

    Um dos inacreditaveis quadros de comentaristas da CBN é esse do Schwartsmann com o dito Teco.  Nem Milton Friedman era tão radical, estão adorando as indicações para o novo governo, todos “”são mes amigos” segundo Schwastsman, Ilan Goldfajn, que fala português com sotaque, vindo diretamente do Itau para o BC, Eduardo Loyo, ultra-mega-monetarista para uma diretoria do BC, é toda a turma dos “juros na estratosfera”, que tambem é a fé do Schwastman e do seu levantador de bola,  o tal Teco, vão transformar a recessão em depressão tipo 1929.

    Nenhuma, vou repetir, NENHUMA palavra sobre recessão e desemprego, o importante para os dois é “”entregar a meta de inflação”, expressão ridicula tal qual essa visão de economia das catacumbas.

    Recessão e desemprego? Mas que importancia isso tem isso?

    1. caro Mota Araujo, vc parece

      caro Mota Araujo, vc parece ser um bom advogado, mas quando fala de economia parece um adolescente, seus escritos em economia se assemelham a uma redação do enem quando muito.

      1. https://catalog.hathitrust.or

        https://catalog.hathitrust.org/Record/007269682

        Não entendendo nada de economia mesmo nessa condição de ignorancia completa meus livros estão à venda na AMAZON e mais 17 principais  livrarias on line nos Estados Unidos, inclusive da Stanford University, nesta tambem nas livrarias fisicas.

        No Brasil nas principais livrarias como Cultura, Vila, Saraiva, Argumento e Travessa, livraria on line da FOLHA e nas demais principais livraias eletronicas.

         

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