A corrupção chinesa

Enviado por Carlos Manoel Marques

Nassif,

estou lendo um livro, não publicado em português, mas em espanhol: Um amigo trouxe-o quando de uma visita a Buenos Ayres.

Chama-se: CUENTOS CHINOS

Autor: Andrés Oppenheimer.

Traduzi parte de um capítulo do livro, que segue abaixo:

O “EFEITO CONTÁGIO” DA CORRUPÇÃO CHINESA

O maior perigo de uma relação especial com a China, não é comercial, e sim, é muito mais amplo: poderia fazer retroceder em várias décadas a agenda anticorrupção e a agenda pró direitos humanos na América Latina. Na China, bem diferente dos EUA e União Européia, não existem leis antisuborno, e se existem, se cumprem menos que no resto do mundo. Desde os escândalos dos subornos da Lockheed em 1977, quando os EUA aprovaram a “Ata de Práticas corruptas no Estrangeiro” que proíbe às empresas norte-americanas subornar funcionários estrangeiros, os sucessivos governos de Washington têm avançado cada vez mais para conseguir que se implementem no exterior, as leis antisuborno. E nos últimos anos – especialmente depois dos escândalos financeiros de Raúl Salinas de Gortari no México, e Vladimiro Montesinos, o chefe de inteligência, no Peru – a União Européia aderiu a esta ofensiva assinando a convenção antisubornos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OECD, que proíbe as deduções impositivas que países como a França e Alemanha davam a suas empresas pelas “comissões” que estas pagavam na América Latina, para ganhar contratos.

…No entanto, os empresários chineses, não estão sujeitos a leis internas como a “Ata antisuborno dos EUA e as da OECD.

…Segundo o “Índice de Propensão à Corrupção” da organização “Transparência Internacional”, a China é um dos países cujas empresas pagam mais subornos: ocupa o penúltimo lugar da lista, sendo que os que ocupam os primeiros lugares, são os que têm melhor reputação quanto a praticas antisuborno.

…Segundo Peter Eingen, o presidente da “Transparência Internacional” o nível de pratica de suborno pelas empresas chinesas é “intolerável”. Será possível evitar um “efeito contágio” na América Latina à medida que aumentem os contratos entre empresas chinesas e latino-americanas ?

…Não só suas relações com o mundo exterior, como também a nível interno, a corrupção é uma parte inata do capitalismo chinês. A rigor, como em muitos outros sistemas de economia planificada, o capitalismo chinês nasce à margem da lei.

Segundo a história oficial, as reformas econômicas das ultimas décadas na China, foram inspiradas pelo êxito econômico de 18 granjeiros do povoado de Xiaogang, na província de Anhui, que haviam firmado um pacto secreto, e ilegal naquele momento, para trabalhar a terra de forma individual dentro de sua granja coletiva. Estes 18 granjeiros que viviam na maior das pobrezas, firmaram este pacto em Dezembro de 1978, sabendo que se arriscavam a ser encarcerados, fuzilados, se descobertos. Em pouco tempo, a produção de suas granjas aumentou dramaticamente e a notícia chegou aos ouvidos de Deng Xiaoping, que em lugar de ordenar castigos aos granjeiros, após estudar o caso de tal sucesso, ordenou experimentar o sistema de granjas privadas em várias províncias e depois espalhou pelo resto do país. Assim sendo, o que ocorreu com os primeiros dezoito granjeiros, que fizeram acordo para aumentar seus ingressos “por debaixo da mesa”, milhares de outros empresários chineses começaram seus negócios quebrando a lei : fazendo uso de pactos secretos, subornos e todos os tipos de astúcias para sobreviver…

…Segundo Fishman, autor do livro “China Inc.”, o mais frustrante para empresários estrangeiros na China de hoje é “a ligeireza com que as empresas chinesas tratam dos acordos comerciais, e sua freqüente falta absoluta de respeito à legalidade. Mas o certo é que as empresas chinesas nasceram em um clima em que a ilegalidade era a única opção disponível”.

O “efeito contágio” pode também ter lugar no campo dos direitos humanos. Quando o governo chinês coloca com sua primeira razão para a aproximação com a America Latina, a criação de um “consenso estratégico” para contrabalancear a influencia dos EUA, um de seus principais objetivos é conseguir a adesão da America Latina de uma maneira tal que esta seja sua defensora contra acusações na “Comissão de Direitos Humanos” da ONU. Se a America Latina cede a essas pressões como parte de uma nova “Aliança Estratégica” com a China, se criará um precedente “nefasto” e ocorrerá um retrocesso no principio da unversalidade dos direitos humanos. Se a America latina defender a China contra acusações de violações de direitos humanos na ONU, como o estão fazendo cada vez mais a Argentina e o Brasil, os futuros governos repressores na região, terão um bom argumento para voltar ao nefasto princípio da “não intervenção”, pelo qual os ditadores poderiam cometer todos os tipos de abusos sem conseqüências internacionais. A aliança política com a China encerra tantos perigos para as democracias como para as economias latino-americanas.

Luis Nassif

27 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nassif.sempre desconfiei que
    Nassif.sempre desconfiei que havia algo não conhecido,por traz da eficiencia chineza nos negócios,e na invasão que eles impôem ao ocidente.Agora,após este seu comentário(seu ou de um colaborador deste blog?)vejo que minhas desconfianças,tinham razões.Nenhuma nação tem condições,de fazer o que a economia chineza faz,sem “agredir” aos mais elementares princípios de respeito aos trabalhadores nacionais,e aos consumidores de seus produtos.Somente com alta taxa de corrupção e desrreipeito às regras tributárias locais e internacionais,algum país consegue fazer o que a China está fazendo.Daí que este é mais um “castelo de areia”que mais dia,menos dia cairá,e aí,tudo o que hoje parece avanço,será retrocesso.È esperar par ver e conferir!

  2. Rebato ao curto e certo
    Rebato ao curto e certo comentário do leitor Antonio Francisco(abaixo)da seguinte pergunta:Se temos tanto know-how em corrupção,porque não a utizilamos corretamente,assim como os chineses,para crescermos industrial e comercialmente aos olhos exteriores,fasendo deste país um grande produtor de “exportáveis”como fasem os chineses?Claro que abomino tais práticas,porem se o preço do crescimento economico for este,que usemos os mesmos artifícios,afinal estamos numa selva de predadores,e somente os maiores, sobreviverão nesta selva,engolindo os menores e aparentemente os resultados finais justificarão os meios.Sabemos que na China,usa-se o “trabalho escravo”nas prisões;Obriva-se ao trabalhador rural,a ter jornadas de 16 hs diárias,em troca de um prato de comida;Não dá assistencia social nem previdenciária a ninguem;A remuneração(mesmo nas áreas urbanas)não é suficiente sequer para as condições mínimas de vida com dignidade;O governo Central apoia e subsidia os exploradores desta mão-de-obra e estimula e entrada de capitais de investidores que não tebham pressa do retôrno financeiro,desde que eles produzam em escala e comprometam-se a exportar,mesmo não acatando as exigencias dos órgãos de segurança,que nos outros países são levadas em consideração.Daí o grande superávit comercial daquela nação,e a admiração que têm no ocidente.Se agirmos como lá,e com as reservas naturais e as comodidades que o nosso clima proporciona,dentro em breve seríamos tão ou mais fortes que eles,porem somos razoavelmentes civilizados,e temos compromisso com as futuras gerações e com o meio ambiente,ao contrário dos chineses.

  3. Não há leis anti-suborno na
    Não há leis anti-suborno na China?

    Bem, segundo José Pastore há:

    “Durante 15 dias que passei na China no ano 2000, o governo fuzilou 17 presidentes de empresas estatais por causa de corrupção – o que foi anunciando amplamente na televisão, rádio e jornais chineses”.
    Em artigo no Jornal da Tarde de 28/05/2003.

  4. Acho que há erro nessa
    Acho que há erro nessa informação pois corrupção na China pode ser punida com pena de morte – há 2 ou 3 anos um dirigente de uma provincia (equivalente a governador) foi fuzilado por desviar alguns miseros milhoes de dolares. E era membro do PC. Sugiro contarem o numeros de politicos fuzilados nos 2 ultimos anos e depois avaliarem sobre dados concretos.

  5. O caso chines é
    O caso chines é surpreendente, para não dizer pertubador. O livro “Corrupcion and Market in Contemporary China” do pesquisador Yan Sun, revela que a China abriu suas portas para as Triads, as velhas máfias expulsas por Mao, que se abrigaram em Taiwan. O motivo foi que elas trouxeram capital e funcionam como banco para os pequenos empresários que não tem acesso ao banco estatal chines. Contudo, no seu rastro veio o tráfico de drogas e uma corrupção escandalosa. A polícia chinesa, com aproximadamente um milhão de membros, é considerada como 90% venal. Como todos sabem, o dinheiro dessas máfias vem do tráfico de droga (ópio e heroína), do jogo (os cassinos de Hong Kong e Macau), e outras atividades criminosas. Esse é o outro lado do crescimento chines: um mercado desregulamentado, não fiscalizado, semelhante ao dos EUA até os anos vinte, que criou os Robber Barons e a sua cosa nostra.

  6. SE PRESTARMOS A DEVIDA
    SE PRESTARMOS A DEVIDA ATENCAO, VEREMOS QUE OS CHINESES JAH ESTAO POR AQUI ATEH COM PARTIDO POLITICO MONTADO.ORA POIS, POIS, COMO
    DIRIA O LUZITANO !!!
    OLHEM A SUCIA –MALUF,PEDRO HENRY,PEDRO CORREA,SEVERINO CAVALCANTI,JOSE JANENE, MARIO NEGROMONTE (o nome diz algo ??/ ) ,,comensais de MARCOS VALERIO !!!
    MAS NAO SE PREOCUPEM POIS OS ECONOMISTAS MERCADEIROS,
    NAO CONSEGUIRAM COLOCAR
    EM SEUS MODELITOS MATEMATICOS MAMBEMBES,
    A VARIAVEL –CORRUPCAO,–,,
    PORTANTO ELA !!!!!!!!!

  7. Muito boa reflexão.

    Tenho
    Muito boa reflexão.

    Tenho constantemente perguntado aos entusiastas do crescimento chinês: “temos uma nova superpotência, mas qual a contribuição? No que ela se diferencia dos Estados Unidos?” Se em uma mesa de negociação os comunistas chineses se comportam como os mais inescrupulosos capitalistas, qual a contribuição da China?
    Nassif, na 7ª linha não seria 1977 em vez de 1077?

  8. Parabéns ao colaborador pelo
    Parabéns ao colaborador pelo excelente artigo: Que chance eu tenho de competir com um adversário que usa anabolizantes? Os chineses precisam acatar as convenções internacionais antes de pleitear os mesmos direitos dos outros países.

  9. Nassif, quando é que vc vai
    Nassif, quando é que vc vai lançar um post falando sobre essa escandalosa partilha de cargos no segundo escalão do governo? Gostaria muito de saber a sua opinião, pois vc é o único cara que consegue falar sobre gestão do Estado brasileiro sem usar aqueles chavões, como “enxugar a máquina”, muito caros aos “cabeças de planilha”… E cadê aquela lei que propunha a redução drástica na quantidade de cargos de confiança? Vc sabe onde ela foi parar? Abs.

  10. Só pra contrariar: certa vez
    Só pra contrariar: certa vez vi uma pesquisa em que 90%, aproximadamente, dos empresários europeus queriam investir na China. Qual a atração? Corrupção, trabalho escravo, etc etc… Então, a China não está só. Em 2002 houve uma revolta na Bolívia, com morte inclusive, porque uma empresa francesa de tratamento de água proibia os nativos de coletar água da chuva, isto é, estavam privatizando a água da chuva. A corrupção não está nos indivíduos isolados, está no sistema que exige: lucro ou falência. O problema não é moral é sistêmico.

  11. No finalzinho do texto, dá a
    No finalzinho do texto, dá a entender que o Brasil defendeu ou está defendendo na ONU casos chineses de violação de direitos humanos. O autor poderia ter citado alguns desses casos, o que me parece bastante relevante, já que a nossa imprensa não publicou nada a respeito, que eu saiba.

  12. Luis,

    Porque abrir o mercado
    Luis,

    Porque abrir o mercado para um pais com estes padrões de conduta ?
    Vamos declarar a China, de volta como “não econonomia de mercado¨

    De todas maneirase eles vão continuar comprando minerio de ferro e soja……..

    Montadoras perdem a luta contra os piratas chineses
    The Economist
    10/04/2007

    Indique Imprimir Digg del.icio.us Tamanho da Fonte: a- A+

    Na China, as cópias vão muito além de aparelhos de DVD, relógios e bolsas. “Como exceção de sua mãe, podemos copiar qualquer coisa,” é um dito jocoso corrente em Xangai. É muito comum encontrar molho de soja misturado a água gasosa rotulado de Pepsi-Cola, roteadores de redes Cisco falsificados (apelidados com a “marca” Chisco) e telefones celulares semelhantes aos mais recentes modelos da Nokia. Também é comum encontrar plasma sangüíneo falsificado.

    Entre todos os produtos, porém, automóveis são, seguramente, os mais complicados de copiar. Carros consistem em cerca de 6 mil componentes fabricados com precisão a partir de uma diversidade de materiais. Para que um automóvel seja barato, confiável e duradouro – segundo a equação econômica convencional no setor -, esses componentes precisam ser montados em fábricas que processam enormes volumes, dispõem de muito maquinário caríssimo e muitos engenheiros com boa formação.

    Por isso, foi surpreendente quando automóveis falsificados começaram a surgir na China, oito anos atrás. Às primeiras cópias de carros Volkswagen seguiu-se logo o infame Chery QQ. Ele surgiu seis meses antes do lançamento de seu original, o Chevy Spark, porque uma companhia chinesa, de alguma maneira, apropriou-se do projeto.

    O que inicialmente vinha em conta-gotas ganhou volume. O logotipo Toyota, a marca Honda (que tornou-se “Hongda”, para motocicletas) e pára-choques Nissan foram todos alvo de disputas na Justiça. A Shuanghuan Automobile teve problemas por ter copiado o famoso logo de quatro anéis da Audi, poucos anos atrás. A companhia então copiou o design do CR-V, da Honda, denominou-o SR-V e parece ter vencido a subseqüente batalha legal. No mês passado, a empresa conseguiu uma licença de exportação e planeja iniciá-la com outro modelo, o CEO – um veículo utilitário esportivo de notável semelhança com o BMW X5 – para a Romênia e a Itália.

    A cópia do Smart – um pequeno veículo de dois assentos da DaimlerChrysler – parece ter se tornado particularmente comum. Em janeiro, a Shuanghuan lançou uma versão elétrica, denominada Dushi Mini. Isso foi depois que a Shandong Huoyun Electromobile, uma companhia que fabrica buggies para golfistas, lançou sua própria versão no ano passado e anunciou planos para vender o carro na Europa por menos de metade do preço do original. Depois que a Daimler ameaçou abrir um processo, a produção do automóvel foi temporariamente suspensa. Um porta-voz da empresa chinesa declarou-se surpreso com a semelhança de seu modelo com o original, explicando que a companhia tinha simplesmente copiado um carrinho de brinquedo. A Shandong Huoyun está agora redesenhando seu automóvel em preparação para um relançamento ainda neste ano. Uma terceira cópia do Smart foi lançada recentemente pela CMEC Suzhou, fabricante de veículos elétricos.

    Existem muitos outros exemplos. O Landwind, da Jiangling Motors, que fracassou de forma espetacular nos testes de colisão europeus no ano passado, e uma cópia do Frontera, da Opel. A BYD, um fabricante de baterias, tem um carro conceitual que associa a traseira de um Renault Laguna com a frente de um Mercedes CLK e o logotipo dos autos BMW. A Great Wall, fabricante de automóveis com nomes exdrúxulos – como Sing, Wingle e Sailor -, produz uma versão do Hilux, da Toyota, que denominou Deer. A companhia está brigando com a Toyota por ter copiado seus modelos Scion e com a Fiat devido à cópia de elementos de seu novo Panda.

    Até hoje, processos judiciais iniciados por empresas estrangeiras revelaram-se praticamente inúteis. As diversas intimações, ameaças, liminares e brigas nos tribunais emperraram na lentidão de artifícios legais, foram descartadas devido a tecnicalidades legais ou malograram porque as empresas estrangeiras não registraram adequadamente seus projetos. Os fabricantes automobilísticos estrangeiros relutam em criar grandes casos, receando ser excluídos de um mercado em rápido crescimento ou gerar publicidade negativa indesejável.

    O grande mistério sobre esses carros copiados está em seus preços. Os piratas chineses evidentemente economizam em custos de pesquisa e desenvolvimento, mas, ainda assim, precisam comprar aço e outras matérias-primas a preços de mercado. A maioria deles fabrica automóveis em volumes muito pequenos, de modo que não há economias de escala. O fato de poderem vender esses automóveis por metade do preço dos originais sugere que algo estranho está acontecendo. Os fabricantes não conhecem seus próprios custos (uma possibilidade real), revolucionaram a fabricação de automóveis (extremamente improvável) ou estão sendo subsidiados de alguma maneira. Por enquanto, ninguém sabe a razão.

  13. O problema não é a corrupção
    O problema não é a corrupção dentro da China, que leva à pena de morte, mas a corrupção patrocinada pelos chineses fora da China. Dentro de outros países.
    Não é isso Nassif?

  14. Luis: em seguida passe a
    Luis: em seguida passe a exigir cotas para descendentes de libaneses e afins nas universidades públicas… afinal, há que se corrigir esta perseguição histórica…. rs

  15. Os EUA,investiram recursos
    Os EUA,investiram recursos humanos ,tecnológicos e financeiros durante boa parte do século passado,tentando decifrar o enigma chinês:produziram milhares de “sinólogos”,escreveram teses,tratados e livros em quantidade
    massiças .Resultou numa geração de especialistas a em língua e dialetos chineses e historiadores estrategistas , que aproveitaram a diplomacia do ping-pong,iniciada por Richard Nixon,para se antecipar ao resto do mundo nessa nova fronteira comercial.Funciona sim,o “centralismo democrático”,deliberações tomadas com ritos burocráticos reduzidos:para punir transgressores,
    criar leis,remover ou implantar obstáculos legais convenientes,dinamizar ou reduzir ,ou
    redirecionar os rumos da sociedade.

  16. Caro Nassif

    1 – A China faz
    Caro Nassif

    1 – A China faz parte do acordo da Basileia ?
    2 – As suas instituições financeiras são solidas ?
    3 – Se a China bota tanto medo, por que ela recebe tanto investimento do capital externo ?

  17. Não quero defender os
    Não quero defender os chineses, mas temos de olhar com cuidado livros deste tipo.
    Na minha opinião isso não passa de propaganda americana.
    Os americanos e europeus gostam de bancar os bons moços, mas quando interessa eles não hesitam em usar golpes sujos.
    A Africa é uma terra de ninguem por conta de multinacionais européias que derrubam qualquer iniciativa de criação de governos democraticos (preferem financiar ditaduras corruptas).
    O governo e as empresas americanas tem um histórico de financiar golpes, revoluções, corrupção e assassinatos na america latina.
    A unica diferença no caso dos americanos é que eles tem um marketing muito desenvolvido e pagam muito bem seus divulgadores no mundo todo.
    Posso parecer um esquerdista neurotico, mas não sou, sou um capitalista que sabe separar o que é realidade do que é marketing. Não me iludo com o “bom mocismo americano” que para ficar em um exemplo recente, gerou a guerra no Iraque.
    Quando se trata de dinheiro e negócios ainda não vi ninguem pior dos que os americanos.

  18. Entendo o receio do colega
    Entendo o receio do colega leitor, mas somos nós brasileiros que devemos criar mecanismos eficazes contra a corrupção em nosso país. Independente de quem sejam nossos parceiros comerciais.

  19. Se alguem se importar em
    Se alguem se importar em acompanhar os flagrantes dos sidnicatos trabalhadores rurais e Ministerio do Trabalho nas regioes de Piracicaba, Rib. Preto e Sao Carlos vai ver que os trabalhadores chineses sao muito bem tratados. Nos canaviais se morre de exaustao e nos acampamentos melhores se comparam às senzalas dos escravos sec. 18 e 19. Sem contar que houve aumento do trabalho infantil nessas regioes, devido falta / qualidade escolas publicas estaduais. Olhemos para nossos umbigos primeiro, antes.

  20. Livrinho chinfrim e sem base
    Livrinho chinfrim e sem base na realidade chinesa que é muito mais complexa que o norte-americanos, ou escribas a seu serviço, possam imaginar. Um monte de simplismos e lugares-comuns, muito distante do que acontece naquela parte do mundo. A questão é que os neoliberais não aceitam que um país independente e que mantém como linha de conduta o socialismo, possa usar o mercado para os seus propósitos. Nenhum mistério, pois se lermos com atenção Marx, esse já previa, pois em momento algum disse que o mercado era o problema.
    armando

  21. A china, como adolescente bem
    A china, como adolescente bem desenvolvido e com muita força, ainda está se disciplinando o que fazer com esses dotes bem desenvolvidos.
    Eles tem um padrão de raciocínio recebido do comunismo (um pai muito severo que tem que pedir até licença para sentar), com idéias estranhas. Agora que esse “adolescente” se sente mais livre, testa as possibilidades a que estava tolhido enquanto estava sob o jugo desse pai.
    Filosofia espiritual, esse pai não soube passar.
    Os chineses estão resgatando o confucionismo, que, 500 anos antes do cristianismo, já dizia aquela famosa frase ” fazes aos outros aquilo que queres que façam a você”, mas sem os dogmas arcaicos de uma religião. É um princípio filosófico, que se for resgatado, será mais evoluído do que o cristianismo ou qualquer outra religião que conhecemos.
    Depois que ficamos sabendo que eles, os chineses, faziam as grandes navegações (e sem depredar os povos de outros continentes como fizeram os europeus 100 anos depois) antes dos europeus com barcos 5x maior do que as caravelas, levo muita fé nesse povo.

  22. Fico sinceramente
    Fico sinceramente constrangido,e, deveras envergonhado quando noto que brasileiros subestimam e desvalorizam a capacidade do Brasil. Mas saber que o Brasil perde em tudo pra China é demais. Temos que dar um basta nisso!Menosprezar a capacidade de corrupção e suborno nesse país é desumano. A verve corrupta, que corre como uma das mais sólidas tradições brasileiras. ..O larápio brasileiro com seu jeitinho… Esse tem que ser respeitado! Não tem chinês que se compare! Temos que lançar um lema: A CORRUPÇÃO É NOSSA, antes que o PSDB privatize, e, o PT reestatize! E o chinezinho leve(ou melhor roube) este caneco!

  23. A Lição mais elementar que
    A Lição mais elementar que pode existir é: NÃO EXISTE AMIZADE ENTRE PAÍSES. HÁ SOMENTE INTERESSES ECONÔMICOS.

    Quanto à Corrupção Brasil versus China é preciso entender que a China é o Corruptor e o Brasil é o Corrompido.

    O Brasil é passivo nessa história. E sempre foi, desde o descobrimento.

    Quem não conhece a frase: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

    O problema não é a China. O problema não são os Estados Unidos.

    O problema somos NÓS. Nós é que nos vendemos a preço de bananas.

    Nesse NÓS não está incluso o povo brasileiro comum, é claro. Esse só paga a conta.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador