A estratégia de Paulo Guedes para beneficiar o mercado, por Luis Nassif

Há dois discursos no governo Bolsonaro.

Um, é o da escatologia, com afirmações que só passam pelo crivo dos néscios. Outra sutil, fora do alcance da mídia e de grande parte da opinião pública, e que reflete o jogo da política econômica, de beneficiar o capital financeiro em detrimento do capital produtivo.

É onde se encaixam duas afirmações recentes de Bolsonaro e Paulo Guedes.

  1. A ameaça de abrir o sigilo de todos os financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
  2. Anunciando aumento da taxa de juros dos financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal (CEF) (depois foi desmentida pelo novo presidente da CEF).

Nesse Xadrez, vamos mostrar a lógica financeira do jogo.

Peça 1 – como incluir fator de risco no BNDES

No mercado de crédito, o financiamento de longo prazo é controlado por dois tipos de agentes:

  1. No financiamento ao investimento, o BNDES.
  2. No financiamento habitacional, a CEF.

O mercado tem duas alternativas a esses modelos. No caso dos investimentos do BNDES de longo prazo, as debêntures de infraestrutura, papéis colocados no mercado financeiro, para investidores, e que até hoje não conseguiram prazos superiores a 5 anos. No caso dos financiamentos imobiliários, as carteiras dos bancos comerciais e também papéis tipo debêntures.

Por ser o grande financiador, o BNDES é a referência do mercado. Para conseguir colocar debêntures, o emissor teria que oferecer taxas mais baratas. Senão, ficará apenas com as sobras do mercado, os financiamentos que, de alguma forma, não se enquadrarem nos critérios do BNDES.

Quando aumenta a taxa referencial de juros do BNDES, portanto, o governo abre espaço para a elevação do custo de todas as debêntures de infraestrutura – e, consequentemente, dos ganhos do mercado com os papéis, em detrimento das empresas do setor real da economia e dos consumidores.

Quatro medidas foram tomadas para restringir a atuação do banco e abrir espaço para o mercado:

  1. No governo Temer, trocou-se a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), taxa referencial do BNDES, pela TLP (Taxa de Longo Prazo), visando aproximá-la das taxas de mercado – totalmente incompatíveis com financiamentos de longo prazo.  A medida não foi mais perniciosa porque, no período, a taxa Selic caiu de 14,5% para 6,5%.
  2. O segundo movimento foi encarecer o funding do BNDES, através do aumento do custo do FAT, FGTS e outros fundos públicos.
  3. O terceiro movimento consistiu em obrigar o BNDES a quitar em curto prazo as dívidas com o Tesouro. Mas o banco continuou com recursos sobrando, em função da paralisação dos financiamentos no país.
  4. Aí entra a estratégia Paulo Guedes para reduzir ainda mais o alcance do BNDES, através de uma esperteza. Ele anuncia a abertura de informação todos os financiamentos do BNDES, atropelando normas básicas de sigilo bancário. Guedes sabe que o BNDES é uma instituição com plena governança, que passaria em qualquer análise de complience internacionalCom essa jogada, ele inclui um fator de risco nos financiamentos do banco. Muitas empresas aceitarão trocar os financiamentos por debêntures, ainda que a um custo maior, para não se exporem a toda sorte de jogadas, escandalizações inconsequentes, operações da Lava Jato Rio – que tentou criminalizar até financiamento de exportação de serviços.

Esse terrorismo acentuará ainda mais a paralisação do banco, já afetada pelo chamado apagão das canetas. Há dinheiro sobrando e os financiamentos estão paralisados pelo receio dos funcionários de se expor às maluquices da Lava Jato Rio de Janeiro.

É quase certeza que o novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, não irá quebrar o sigilo bancário. Sabe que é crime. Mas, pouco importa.  As ameaças de Guedes e Bolsonaro ajudarão a incutir o fator de risco no banco e a elevar o custo do dinheiro nos financiamentos de longo prazo.

Peça 2 – a apropriação financeira das riquezas

Vamos ver quem ganha e quem perde com esses movimentos de esvaziamento do BNDES.

Em um financiamento, há três pontas: o financiador, o financiado e o consumidor.

1. Financiador: são bancos, ou (no caso de debêntures de investimento) são os fundos administrados por instituições financeiras ou famílias. Engloba pessoas físicas, instituições financeiras, e investidores em geral, nacionais ou estrangeiros.

2. Financiado: são empresas do setor produtivo. Seus investimentos geram crescimento, emprego, melhoria da atividade econômica. Para conseguir o financiamento, o financiador monta um plano de negócios e estima de quanto será o faturamento necessário para cobrir o custo da dívida. Se consegue financiamento adequado, investe. Caso contrário, desiste.

3. Consumidor: para conseguir o financiamento, o financiador monta um plano de negócios e estima de quanto será o faturamento necessário para cobrir o custo da dívida.

Quando o custo do financiamento aumenta, há três consequências:

1. Parcela maior do lucro irá para o bolso do financiador.  Em vez de gerar emprego e crescimento, produz mais concentração de renda.

2. Também provocará um corte nos investimentos. Só irá investir a empresa que conseguir uma Taxa Interna de Retorno (TIR) superior ao custo do financiamento.

3. Gera um aumento no custo do produto ofertado. Nesse caso, é o consumidor quem paga a conta.

Nos projetos de infraestrutura – que exploram monopólios naturais – entra o investimento, o custo do capital, outros custos, e as receitas esperadas – que são constituídas pelo movimento e pelo preço do serviço. Se reduz o custo do capital, automaticamente cai o preço dos serviços. E vice-versa. Os tais subsídios que o BNDES concedia – ao emprestar a um custo inferior à maluquice da taxa Selic – não eram um benefício à empresa, nos projetos de infraestrutura, mas ao usuário de serviços públicos, permitindo uma tarifa menor.

 

Peça 2 – as simulações dos ganhos do mercado

Entenda a tabela abaixo:

Uma empresa que busca financiamentos de R$ 100 milhões.

Com o custo do dinheiro a 7,6% ao ano (a antiga TJLP, mais 3% de taxas adicionais do BNDES), necessitaria de R$ 11,4 milhões anuais para o serviço da dívida. Se a empresa tem uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 10% ao ano, os juros irão comprometer 87% do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o serviço da dívida). A 8% ao ano, o serviço da dívida saltaria para R$ 11,7 milhões ano (21% a mais). E a 10% ao ano, para R$ 13,1 milhões (36% a mais), comprometendo até mais que o EBITDA.

Entendida essa lógica, vamos ao quadro seguinte.

Peça 3 – o encarecimento dos financiamentos

A alternativa aos financiamentos do BNDES são as debêntures de infraestrutura, papéis de longo prazo emitidos por agentes financeiros, ou pelo próprio BNDES, e colocados no mercado. É uma bela alternativa, desde que reduza o custo do financiamento.

Qual o problema? Para projetos já consolidados, empresas conseguem colocar debêntures a um custo menor que os financiamentos do BNDES;

O problema são com os chamados projetos greenfield – que saem do zero. O investidor final de debêntures é a pessoa física, que não quer correr riscos com projetos de longo prazo, em início. Hoje em dia, aceita no máximo prazos de 5 anos. Por isso mesmo, não existem debêntures de longo prazo no país.

Como o BNDES tem a taxa referencial do mercado, as debêntures só se tornam alternativas se se aproximarem dos custos do BNDES. O que o governo Temer iniciou, e o Bolsonaro-Guedes continuará, é tratar de aproximar as duas taxas aumentando o custo dos financiamentos do BNDES, em vez de criar condições para reduzir o custo das debêntures.

O que se pretende, agora, é um jogo que irá encarecer o custo do financiamento e beneficiar exclusivamente o mercado.

Trata-se de obrigar o BNDES a assumir o risco integral do projeto e permitir a ele financiar apenas um percentual, de 80% ou 60% do projeto, ou menos ainda.

  1. O BNDES fica com o risco integral do projeto, mas financia apenas um percentual – digamos, 60%.
  2. Ao assumir o risco, o custo do financiamento aumenta, por incluir o IPCA + TLP + taxa de administração + taxa de risco. E pelo fato do retorno se dar em cima de um valor menor de financiamento. Ou seja, ele garante 100% do projeto, mas dilui o custo apenas por 60% ou 80% do valor financiado. Com isso, aumentará o custo do financiamento. Só nesse movimento, há um encarecimento de quase um ponto percentual no custo anual do financiamento.
  3. Além disso, quanto maior for o percentual que a empresa buscar no mercado, menor será o spread do BNDES. Ou seja, garante o ganho do debenturista reduzindo sua própria remuneração.
  4. Como o custo do dinheiro do BNDES é o piso do mercado, a empresa terá que recorrer às debêntures, que terão custo mais alto, por se basearem nos custos do BNDES acrescidos da taxa de risco. Ou seja, o aumento do custo do BNDES, para bancar o seguro, significará o aumento da rentabilidade da debênture (e do custo do tomador), mesmo sem ter mais risco algum.

Conclusão: o BNDES fica com o pior do risco. E o mercado com o melhor da rentabilidade.

Peça 4 – o custo do financiamento no EBITDA da empresa

Vamos comparar a maluquice do custo do financiamento no Brasil, em relação a outros países. E olhe que, agora, se está em um momento de calmaria, com a queda nas taxas de juros, ao custo de 13 milhões de desempregados.

 

A 9,75% ao ano

A tabela abaixo deve ser lida assim:

  1. Na linha horizontal, o custo anual do dinheiro. 7,6% a ano corresponde à antiga TJLP. Mais as taxas do BNDES. 10,2% à atual TLP, mais as taxas do BNDES. 8% e 10%, custos aproximados das debêntures mais baratas, dependendo do IPCA. 2%, o custo internacional do capital.
  2. As colunas azuis correspondem a investimentos com TIR (Taxa Interna de Retorno) de 10% ao ano; os amarelos, a TIR de 15% ao ano; e os verdes, a TIR de 20% ao ano.

 A 8% ao ano, por exemplo, o custo financeiro consumirá 89% do EBITDA de um investimento com TIR de 10%. Ou 51% do EBITD de um investimento com TIR de 20%

Com as taxas de juros praticamente zeradas nos grandes centros, o custo do financiamento de longo prazo corresponde a 36% do lucro de uma empresa que consiga TIR de 20%, até 59% do lucro de quem consegue TIR de 10%. Ou seja, viabiliza até investimento com taxas de retorno moderadas, de 10% ao ano.

Peça 5 – as conclusões

Na comparação internacional, mesmo nos tempos da TJLP, o custo do capital, por aqui, era 46%% maior do que nos países avançados. Quando se considera uma debênture de 7,75% e 2% de IPCA, o custo é 67% superior ao dos países avançados. Com IPCA de 4% ao ano, o custo poder chegar a 86% acima dos países avançados.

No entanto, o governo Bolsonaro pretende reduzir os custos apenas em cima da folha de salários, uma ninharia perto do custo financeiro.

Com essa estratégia, o que Guedes faz é aumentar a transferência de renda da economia real para o setor financeiro, comprometendo os investimentos em infraestrutura e a redução do custo Brasil.

Luis Nassif

21 Comentários

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  1. Ou então o financiado começar a buscar dinheiro no exterior?

    Em algum momento o primeiro grande financiado vai fazer as contas e chegar à conclusão de que é mais fácil pegar dinheiro no exterior e trazer as divisas pra cá. Criando, olhem só, dívida externa privada.

    Se muita gente fizer isso, temos uma crise cambial latente, só esperando o primeiro choque de desvalorização do real.

  2. Parabéns!

    Caro Nassif,

    Ótima análise.

    Quem bancou Bolsonaro/Guedes? 

    Neoliberalismo e hegemonia do capital financeiro são almas gêmeas, um não existe sem o outro. Isso explica os milhões de desempregados.

    Nassif, seria interessante que você fizesse uma análise sobre a relação das grandes empresas nacionais com o setor financeiro. 

     

  3. Estamos caminhando para uma espiral recessiva

    A queda do investimento na produção de bens e serviços vai tem impacto direto na arrecadação de impostos e taxas, no emprego e na renda das famílias,

    Tudo indica que a equipe econômica vai enfrentar está situação com mais cortes nos gastos públicos e aumentos dos impostos, o que vai gerar mais queda o emprego, na renda e na arrecadação de impostos e taxas.

    Certamente este debate já está sendo travado no novo Governo

    “Nós não podemos errar. Se nós errarmos, os senhores bem sabem quem poderá voltar.E as pessoas de bem, que foi a maioria que acreditou naquilo que nós pregamos ao longo dos últimos anos não poderá se decepcionar conosco. E eu tenho certeza, com essa equipe econômica aqui, com a equipe de ministros que está na minha frente, com os militares das Forças Armadas, que passam, sim, a ter o seu valor reconhecido no Brasil. Com essa grande equipe, nós poderemos colocar o Brasil em local de destaque que ele merece.”

    E a frase dita na posse da nova direção dos bancos públicos revela que este debate já se intensificou.

    anexo:

    URL: http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/discursos/2019/discurso-do-presidente-da-republica-jair-bolsonaro-durante-cerimonia-de-posse-do-presidente-do-banco-do-brasil-o-senhor-rubem-novaes-presidente-do-banco-nacional-de-desenvolvimento-economico-e-social-bndes-o-senhor-joaquim-levy-e-o-presidente-da-caixa

    Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante Cerimônia de Posse do Presidente do Banco do Brasil, o Senhor Rubem Novaes; Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Senhor Joaquim Levy e o Presidente da Caixa Econômica Federal, o Senhor Pedro Guimarães- Brasília/DF

    Brasília-DF, 07 de janeiro de 2019

    Senhor vice-presidente,
    Senhores ministros,
    Autoridades civis e militares,
    Brasileiros,
    Bom dia.

    Com toda a certeza o evento está bastante concorrido, porque são os homens do dinheiro que estão aqui. Só que, dessa vez, é o dinheiro do bem.

     Eu quero, primeiro, agradecer ao senhor Paulo Guedes, que acreditou em mim e, obviamente, ele passou a me conhecer, a partir daquele momento, de uns dois anos aproximadamente e eu disse para ele: “eu acredito no senhor”. E ele já falou que podia chamá-lo de “você”, mas a nossa formação não permite isso. Eu, Academia Militar das Agulhas Negras, e ele, Colégio Militar.

    Mas nasceu ali uma amizade. O desconhecimento meu ou dos senhores em muitas áreas e a aceitação disso é um sinal de humildade. Tenho certeza, sem qualquer demérito, que eu conheço um pouco mais de política que o Paulo Guedes. E ele conhece muito, mas muito mais de economia do que eu.

    Então, partindo desse princípio, do respeito acima de tudo, começamos a namorar, no bom sentido. E eu fui fortalecendo, ao lado dele, algo que parecia que não ia acontecer, pela tradição da política brasileira, na verdade, ela se concretizou. E o que é muito importante e nunca houve em governo nenhum no Brasil.

    O senhor Paulo Guedes, assim como os outros, senhores ministros, tiveram a liberdade de escolher todo o seu primeiro escalão, sem qualquer interferência política. Os hoje aqui titulares do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica escolheram todos os seus diretores. Há pouco, com a experiência de 28 anos de parlamentar, o que mais se ouvia era uma verdadeira briga por qual partido político ia ficar com essa ou aquela diretoria de banco.

    Sinal claro que não poderíamos dar certo na economia. Na reunião informal de agora há pouco na minha sala, foi a primeira vez que apertei a mão de Joaquim Levy, eu até perguntei para ele, já na informalidade: “o Brasil vai dar certo?”. E a resposta foi simples. Bater um pênalti sem goleiro. Se não fosse dar certo, não estaríamos aqui.

    É a mesma coisa os senhores. Vocês estão aqui porque acredito nos senhores e se os senhores estão aqui, é porque acreditam no nosso Brasil.

    E eu tenho falado, durante a pré-campanha, campanha e agora também, com esses jovens que estarão à frente aqui da política econômica nacional. Transparência acima de tudo. Todos os nossos atos, serão, terão que ser abertos ao público e o que ocorreu no passado também.

    Não podemos admitir em qualquer uma dessas instituições qualquer cláusula de confidencialidade pretérita. Aqueles que foram a estas instituições por serem amigos do rei, buscar privilégios, ninguém vai persegui-los, mas esses atos, essas ações, esses contratos tornar-se-ão públicos.

    Então, baseado nisso, é que eu também, porque ninguém sozinho consegue fazer nada. Temos equipe ao seu lado, é que eu acredito nessa equipe composta por senhor Paulo Guedes, para conduzir o destino não apenas econômico, que é a razão dele estar aqui. Mas os destinos do nosso Brasil. Se a economia for bem, teremos mais empregos. O índice de violência diminuirá, a satisfação se fará presente junto ao nosso povo. E nós começaremos a viver dias melhores para o nosso Brasil.

    Nós não podemos errar. Se nós errarmos, os senhores bem sabem quem poderá voltar. E as pessoas de bem, que foi a maioria que acreditou naquilo que nós pregamos ao longo dos últimos anos não poderá se decepcionar conosco. E eu tenho certeza, com essa equipe econômica aqui, com a equipe de ministros que está na minha frente, com os militares das Forças Armadas, que passam, sim, a ter o seu valor reconhecido no Brasil. Com essa grande equipe, nós poderemos colocar o Brasil em local de destaque que ele merece.

    E para concluir, parece que é simples, mas não é. Conversei também com as autoridades aqui da área econômica. Nós vamos democratizar as verbas publicitárias. Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos, naquilo que nós, de maneira bastante racional, viremos a gastar com a nossa imprensa. Que nós queremos, sim, cada vez mais, que vocês sejam mais fortes e isentos, e não sejam como alguns infelizmente o foram a pouco tempo ainda, parciais. A imprensa livre é a garantia da nossa democracia. Vamos acreditar em vocês, mas essas verbas publicitárias não serão mais privilegiadas para a empresa A, B ou C.

    E vamos buscar, junto ao Parlamento brasileiro, a questão da BV. Isso tem que deixar de existir. Aprendi há pouco o que é isso e fiquei surpreso e até mesmo assustado. Vamos eliminar essas questões, para que a imprensa possa, cada vez mais, fazer um bom trabalho no Brasil.

    A questão também de ONGs, parece que não tem importância, mas tem sim. Os recursos, os que forem liberados para as ONGs sofrerão, como é da esperança de todos, um rígido controle, para que nós possamos, então, fazer com que o recurso público seja bem utilizado.

    Meus senhores, minhas senhoras, meu prezado Paulo Guedes, meu amigo, se posso chamá-lo dessa maneira, mais velho, Zum Zaravalho. Eu quero agradecer a vocês, por terem aceito esse convite, para buscar uma saída para a crise econômica que nós temos. E fazer com que a população acredite no trabalho de vocês. Porque só assim nós poderemos realmente ser felizes no futuro.

    Então, a todos aqui presentes, em especial à equipe econômica, meu muito obrigado e até uma nova oportunidade, se Deus quiser.

     

    Ouça a íntegra (08min47s) do discurso do Presidente.

    http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-o-planalto/discursos/2019/discurso-do-presidente-da-republica-jair-bolsonaro-durante-cerimonia-de-posse-do-presidente-do-banco-do-brasil-o-senhor-rubem-novaes-presidente-do-banco-nacional-de-desenvolvimento-economico-e-social-bndes-o-senhor-joaquim-levy-e-o-presidente-da-caixa

     

  4. Isso sem contar o plano de

    Isso sem contar o plano de tornar a previdência um sistema de capitalização, ou seja, cada trabalhador terá que fazer uma espécie de poupança pra bancar sua aposentadoria. E quem tomaria conta dessa poupannça? Claro, a turma do Posto Ipiranga, o mercado financeiro. E é claro que não será na Globo que passará, no JN, o problema de grande parte dos aposentados chilenos, que desde o golpe do PInochet adotou o sistema de capitalização, que ganham muito pouco em relação ao mínimo lá deles – isso num país como o Chile que não tem a desigualdade social pornográfica nossa. Ou seja, o Brasil além de sempre estar atrasado em relação às mudanças que contam no mundo ( basta lembrar que foi o último país do ocidente a proibir a escravidão) ainda adota modelos que hoje se mostram falhos. OUtro exemplo é querer colocar o exército no setor de segurança pública. O México fez isso é olha o resultado = criou-se o narcotráfico mais poderoso do mundo em termos de armas e dinheiro. 

  5. Moro nasceu no nordeste

    E a estratégia de Moro para ganhar o Nordeste, já começou. logo logo estará pousando com chapéu de cangaceiro na cabeça. 

  6. A titulo de comparação…..

    Juros bancarios europeus 10 anos junho 2018……..E me parece que os bancos europeus ganham dinheiro…

    França janeiro 2019 media de juros de 7 à 25 anos

    E os bancos frenchie tambem ganham dinheiro…..

    1. Nassif este texto têm a
      Nassif este texto têm a estrutura de um Xadrez,quando vc coloca este nome para mim fica mais atraente,por acaso vc poderia fazer uma série Xadrez da economia do porvir,analisando e desvendando toda as safadezas desta área,olha acho q se vc fizer isso muitos vão ficar brabos com vc,pense duas vezes, não se obrigue já fez muito,uma linha interessante de Xadrez,seria a análise dos números do FGTS e o avanço dos bancos privados particulares no lucrativo mercado da habitação,Nassif sabe pq todos têm um medo danado de Lula?Pq o q ele diz o povo entende, a elite quer só aprontar e ninguém saber de nada, até acredito q o PT politicamente/institucionalmente só se salvará se começar a meter o dedo nas feridas bravas do país mas para isso ele não deve mais participar das tramóias do país,vejam a chapa vai esquentar,já estão preparando um novo Moro e ele é de Brasília !!

  7. Após cinco anos de recessão

    Após cinco anos de recessão aplicar uma politica na linha da Escola de Chicago, cujo totem é a estabilidade monetaria e não

    o crescimento, é o caminho da consolidação da miseria para 180 milhões de brasileiros que estão mal de vida.

    Um liberal da dimensão intelectual de um Roberto Campos ou um Delfim Neto teria a percepção do momento historico

    mas pequenos operadores como esse time de burocratas do mercado financeiro não tem a estatutra e a visão de uma

    sociedade  e de um Pais na escala que permite a elaboração de um politica ampla, de Estado e não de mercado financeiro.

    Não tem como dar certo para a população brasileira e o Banco Mundial hoje já revisou para baixo a projeção de crescimento

    do Brasil, o indice revisado de 2,2% tem pouca probabilidade de ser atingido, o Plano Guedes é recessivo na concepção, o

    crescimento só vai atrapalhar a ” arrumação da casa”, o projeto é o de um “cemitério organizado”.

    1. Cemitério cujos zumbis – que

      Cemitério cujos zumbis – que é como serão vistos pelos 30 milhões de brasileiros com direito a viver e não sobreviver os brasileiros que se recusarem a seguir nosso modelo cordeiro e irem às ruas pra protestar – serão contidos à bala – seja das forças armadas seja pelas milícias e afins que vão proliferar que nem mosquito da dengue assim que se afrouxar a posse e porte de armas. Mas não é à toa que nossa elite miserável, que apoia de corpo e alma o boçal, admira tanto Israel – o sonho dela é fazer do Brasil uma grande Israel, cercada de faixas de gaza por todos os lados. Uma Israel evangélica  rs 

  8. Eu tinha escrito um bom tempo

    Eu tinha escrito um bom tempo atrás que o Brasil era uma galinha gorda sem ninguém defendendo, só esperando o primeiro que viesse assaltar.

    E as raposas não demoraram a aparecer. Quando vocês vão liquidar as raposas? Ou vão esperar até o país deixar de existir?

    1. Eita Somebody

      Vc é fo** Somebody.

      Vc é gringo né? Americano?

      E como pode ter um visão tão certa nossa? Volta e meia vc dá umas “nas canelas” que chega a doer… de tão verdade que é.

      Mas… nao temos como matar esse bando de canalhas. Eles estão em todas as instituições, entranhados na vida pública brasileira… aqui o negócio é tao absurdo… que tem funcionário público defendendo que o Estado nao presta e que os empregos publicos devem acabar.

      Policial Federal que adora a direita e acha que o roubo deles é menos roubo do que o dos pobres…

      Segundo o pai de uma amiga, que é juiz nos EUA, se Moro fizesse o que fez aqui, lá… seria preso e julgado por traição e apodreceria na cadeia… com todos batendo palmas para mostrar que “com traidor é assim que se lida”.

      Aqui? Se vc ouvisse os absurdos que ouço…

      Queria saber mesmo como poderíamos fazer o que vc propoe… mas desconfio que não temos Homens de coragem para faze-lo… nem meios…

      Vou ficando por aqui…

      Um Abraço

  9. Prezados Camaradas
    1 – Nao ha

    Prezados Camaradas

    1 – Nao ha novidade, estao governando para o capitalismo financeiro

    2- Observo que ha um pacto entre quadrilhas (gangsteres são refinados perto destes caras, é coisa do naipe de PCC e Comando vermelho ): o sistema financeiro tunga a Sociedade, bozo e seus garotos tungam os cofres e a grana pública. 

    3- A funcao de bozo e seus garotos é apenas distrair a bugrada, enquanto guedes pratica a rendição do brasil ao capital financeiro. Guedes nao e apenas limitado, ele é sacana, porque toda essa porcaria que ele ira irá fazer é pensada

    4- quero quando a agua bater no forevis , empresarios como aquele careca que tem aquela loja de produtos xing líng com estatua da liberdade na fachada vao t que se capitalizar nos bancos privados  e vao chiar ou vao passar a regua e encerrar o negocio

    Concluindo, e lembro o que disse o Prof. Ladislao Dowbor,  o capitalismo financeiro não vai apenas liquidar a Humanidade, já ameaça o Planeta

  10. Essa gente continua

    Essa gente continua acreditando em papai noel e coelhinho da páscoa. Os bancos privados poderão até substituir o BNDES desde que pratiquem taxas de juros civilizadas,

    Do jeito que está,sem nenhuma melhora na distribuição de renda,não há porque o empresariado investir sabendo que não haverá retorno algum.

    Se,por acaso,pensarem em aumentar os custos da infraestrutura através de finaciamentos bárbaros,aí sim é que a porca torcerá o rabo de vez e se pensam em crescimento pífio,teremos,de novo,uma recessão.

    O caminho já foi ensinado: Somente crescimento com aumento do trabalho e renda são as rotas para o crescimento sustentável.

    Fora isso será o eterno esperto que ocupa a faixa do acostamento nas estradas para ultrapassar os demais e depois causar um tumulto enorme para todos.

  11. E o empresariado aplaude.

    Que loucura, destroem o bnds e os empresários, presentes nestes eventos, aplaudem. 

    Destruiram nossa engenharia, agora paralizam nossos empreendimentos. E os empresarios, tipo robson não sei o que, rindo e aplaudindo.

    Um processo com direção aos bancos particulares e o empresários aplaudem.

    Isto é o que desnima.

  12. O Brasil vai morrer gordo de

    O Brasil vai morrer gordo de tanto juros…

    E tudo com sinal verde do judiciário e forças armadas!

    Se correr o bicho prende, se ficar o bicho mata…

  13. Política econômica

    Caríssimo Nassif, essa análise está um primor! Grupo de pesquisadores vimos debatendo essas e outras questões e consegiomos detectar que a globalização está bifurcada. Isto é, Estados nacionais soberanos exercitam o poder de regular o trânsito de capital, a sua taxa de câmbio e fundamentalmente a sua política monetária. Esses Estados, no geral, detêm produção industrial mais dinâmica e a forma predominante de criação de riqueza real decorre do desenvolvimento industrial e econômico, essencialmente intermediada pela produção de bens (mercadoria) como se vê na fórmula (D – D – M – D’ – D’) e nos países que adotaram a política neoliberal caracterizada pelo livre trânsito de capitais e desregulamentação monetária, a intermediação da produção de mercadorias é suprimida fazendo com que haja o predomínio do capital portador de juros (capital fictício), na forma (D – D”). Gostaríamos de compartilhar contigo esse nosso texto que trata da “Globalização Bifurcada”. Grande abraço e parabéns pela análise.

    Walter Oliveira

    Doutor em Ciência Política pela UFRGS.

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