A MP da internacionalização da Embrapa

Por Flavio Lages Monteiro Júnior 

Oi Nassif

Sou empregado da Embrapa há 11 anos, sou da área de apoio, responsável pelo sistema da Qualidade da unidade Embrapa Agrobiologia, na minha visão um dos grandes segredos da Embrapa foi a capacitação do primeiro corpo de pesquisadores, formando mão de obra especializada, que não tínhamos no país, para iniciar os primeiros trabalhos de pesquisa, além disso a Embrapa também incorporou diversos pesquisadores estrangeiros, na minha unidade, posso citar como exemplo Johanna Döbereiner, tcheca, Segundo Urquiaga, peruano, Robert Boddey, inglês.

Outro dos seus segredos, foi, mesmo chegando ao topo, não deixar de manter as parcerias com entidades no exterior, mantendo-se atualizada das novidades e executando projetos em parceria com outra entidades.

A historia da Embrapa é tão bonita que temos um projeto para resgatar esta memória, o chamado projeto memória Embrapa (http://hotsites.sct.embrapa.br/pme).

Hoje tivemos uma excelente noticia que vai cada vez mais acelerar a Embrapa, reproduzo a matéria da colega da Embrapa Deva Rodrigues (http://www.embrapa.br/embrapa/imprensa/noticias/2010/setembro/3a-semana/medida-provisoria-flexibiliza-atuacao-internacional-da-embrapa):

Medida Provisória flexibiliza atuação internacional da Embrapa (23/09/2010)

As áreas de cooperação cientifica, tecnológica e para transferência de tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ganham reforço, a partir de quinta-feira (23), com a Medida Provisória 504. A MP, publicada no Diário Oficial da União, flexibiliza a operacionalização da Embrapa no exterior, permitindo que a instituição responda com maior rapidez às demandas internacionais por suas tecnologias e aumente a interação com organizações congêneres.

A Lei 5.851, que trata da criação da Embrapa, permitia à estatal operar no território brasileiro. Assim, a presença formal fora do Brasil ocorria por meio de projetos estabelecidos com instituições parceiras.

De acordo com o chefe da Secretaria de Gestão Estratégica da Embrapa, Luiz Gomes de Souza, a MP traz benefícios operacionais. Permite à empresa enviar e receber recursos para os locais onde já estão instalados projetos e há a atuação de corpo técnico.

Isso tornará mais fácil fazer mobilizar recursos”, comenta Gomes. “Não vamos abrir novas estruturas ou centros de pesquisa no exterior”, complementa o coordenador de cooperação internacional da Secretaria de Relações Internacionais (SRI), Antônio Prado.

Outros benefícios

O negócio agrícola brasileiro poderá ser beneficiado com essa MP, pois para adotar tecnologias, os países deverão atualizar material genético (sementes, por exemplo), comprar máquinas e equipamentos. Por outro lado, de forma geral, a instituição terá mais agilidade no que diz respeito a execução de projetos em outros países.

A atuação da Embrapa fora do Brasil, seja na área de ciência e tecnologia ou da transferência de tecnologia, não é recente e se dá de diferentes formas, desde o intercâmbio de pesquisadores até a execução de programas de pesquisa. A atuação do corpo técnico fora do território brasileiro se intensificou com o Labex Estados Unidos (laboratório virtual no exterior), em 1998, em parceria com o Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O formato foi expandido e atualmente existem o Labex Europa (presente em três países) e o Labex Coréia.

No âmbito da cooperação para transferência de tecnologia, a estatal brasileira – considerada líder na agricultura tropical – tem sido demandada por países da África e da América Latina e outros continentes. Essa procura tornou necessário à Embrapa montar projetos na Venezuela, na África e no Panamá. Boa parte das demandas recebida pela Empresa são formalizadas pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores.

A Embrapa no exterior:

Pesquisa de ponta:

Labex Estados Unidos
Labex Europa
Labex Coréia

Transferência de tecnologia:

Embrapa África, com estruturas em Gana, Mali, Moçambique e Senegal
Embrapa Venezuela, em Caracas
Transferência de tecnologia e plataforma de pesquisa
Embrapa Américas, no Panamá

A cooperação internacional em números:

Acordos bilaterais: 78
Países: 56
Instituições: 89
Acordos Multilaterais: 20

Deva Rodrigues (MTB/RS 5297)
Contato: (61) 3448-4015
E-mail: [email protected] 

Luis Nassif

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