A (não) recuperação do setor de serviços, por Luis Nassif

Nas próximas semanas as curvas da pandemia crescerão mais ainda, devido às aglomerações de final de ano. E há perspectivas claras de distúrbios sociais pela frente.

Mesmo ainda refletindo a renda emergencial, o setor de serviços continuou com comportamento sofrível em outubro. Houve alguma comemoração pelas altas registradas, em relação a setembro, nos serviços prestados às famílias (+6,1%) e nos serviços administrativos (+3,3%) e transportes (+2,6%).

Quando se analisa o acumulado, em relação a novembro de 2019, houve queda acentuada em quase todos os setores: de 22,8% nos serviços prestados às famílias e de 8,6% nos serviços administrativos. No acumulado, houve queda de 3,7%, contra alta de 2,7% no mês.

A análise dos subsetores também não permite nenhuma forma de otimismo.Houve quedas expressivas em transporte aéreo (-48,4%), outros serviços às famílias (-24,4%).

No Turismo, as quedas são mais expressivas.

Com o crescimento vigorosa da segunda onda, não há esperança no horizonte de recuperação do setor.

Considere-se que este ano começa não apenas com o recrudescimento da pandemia, mas com o fim da renda emergencial e explosão do desemprego.

Nas próximas semanas as curvas da pandemia crescerão mais ainda, devido às aglomerações de final de ano. E há perspectivas claras de distúrbios sociais pela frente.

Luis Nassif

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