A planilha do PAC

Clique aqui para conferir a planilha que serviu de base para a análise macroeconômica do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento).

1. Utilizando as projeções da pesquisa Focus do Banco Central para a taxa Selic, crescimento de 5% ao ano a partir de 2008, e superávit primário de 4,25% (com meio ponto para o PPI), a dívida cairia de 50% do PIB para 39,75% em 2010.

2. Suponha que o superávit primário caia para 3,25% do PIB. Nesse caso, em 2010 a relação dívida/PIB estaria em 43,78%.

3. Suponha que, em um ataque de bom senso, a taxa Selic média fique em 11% este ano caindo um ponto ao ano até 2010. A relação dívida/PIB cairia para 37,2%

4. Vamos imaginar que o PIB cresça sofríveis 3% ao ano até 2010. A relação dívida/PIB cairia para 43,13%.

Luis Nassif

20 Comentários

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  1. Há muito tempo venho a este
    Há muito tempo venho a este blog para pegar nóticias e análises independentes de quem realmente conhece. Tenho aprendido muito aqui. Parabéns pelo Blog.

  2. Pessoal, não sou economistas
    Pessoal, não sou economistas mas observo o que acontece. Nessa discussão de redução de dívida, de redução de juros, taxa de cambio, etc tem muita gente se passando por técnico e economista, mas , na verdade estão mesmo é fazendo política. Eu não acho que Lula deve ter pressa em fazer nada porque ele já fez o principal e o mais importante que nenhum outro presidente recente já fez: colocou o país numa rota de crescimento estável, retirou a vulnerabilidade no nosso horizonte e está reduzindo a pobreza. Todos os nossos presidentes recentes ou fizeram o inverso de tudo isso ou melhoraram em um aspecto e pioraram nos outros. Agora vemos um monte de gente reclamando. Reclamam do quê? Muitos desses quando no governo soltaram fogos para comemorar feitos muito mais insignificantes. Lula precisa ser alertado para não cometer o erro classico dos democratas americanos que vivem pagando os déficits do republicanos e depois entregam um governo enxuto para os republicanos promoverem uma nova farra deficitária. Lula agora tem um plano, se der certo ótimo e torço por isso, se der errado (toc toc toc) quem fez melhor?

  3. Mário, a formalização das
    Mário, a formalização das micro e pequenas empresas deve ter significado um acréscimo de arrecadação muito maior do que esse incentivo. Mas só entra no déficit da Previdência a despesa, não a receita.

  4. Aproveito este espaço para
    Aproveito este espaço para uma denúncia: nos EUA estão ensinando em aulas de geografia que a Amazônia e o Pantanal são terras internacionais!
    Como a mídai brasielira não toca no assunto, resolvi apelar par esse blog.

  5. Nassif,

    No Brasil tudo tem
    Nassif,

    No Brasil tudo tem que ser radical, até pela extensão do pais, tudo tem que ser grande e radical.
    Melhor futebol, melhor carnaval, o volei está chegando lá, maior estadio de futebol, etc.
    Agora o que estou querendo dizer é que até a democracia no Brasil tem quer ser radical. Mas a democracia no Brasil não muito salutar. Ela visa mais a ajudar os algozes de quem está no poder e eles terem toda a liberdade de falar as besteiras que quizerem, e depois dizem “vivemos em um país democrático e temos a liberdade de imprensa”. E tecem os maiores comentários absurdos que estão a rolar pelos jornais. Eu já não estou lendo mais esses caras que usam a democracia para espezinhar o presidente. Lia muito, mais hoje passa ao largo.

  6. Mesmo antes do PAC tomar
    Mesmo antes do PAC tomar forma, certas pessoas já fazem críticas infundadas. A sua isenção é importante e simulações reais e não aleatórias, como o Langone faz também. As críticas ao governo devem ser fundadas em bases reais.Mas querer um crescimento do PIB com o sacrificio dos mais pobres é uma utopia e sempre foi assim aquí no brasil.Cuidamos dos interesses dos mais ricos tirando do pobres.Não vimos ainda nenhuma proposta para tributar as grandes fortunas e nem de passar o cálculo da contribuição previdenciária sobre as receitas, nem a defesa da nota fiscal eletronica, para acabar com a sonegação fiscal e tributária.Mas há uma corrente direcionada a interesses escusos torcendo por mais inflação e investimentos, para proteger determinado setor produtivo, em detrimento da maioria. É preciso que esses analistas se volvem p/os interesses de nossa nação e não de grupos. Porque não debater a sonegação fiscal e as carradas de incentivos e renúncias fiscais e a nota fiscal eletronica ou se desejamos a incorporação da corrupção e a sonegação fiscal como integrante de nossa cultura?

  7. não é possível que o país
    não é possível que o país somente se estabilizou depois de quatro anos, somente agora depois das eleições que o governo indica algum plano para o crescimento do país.
    Por que esses gênios da politica não ficam logo em casa curtindo suas longas férias

  8. Não é o assunto, que já
    Não é o assunto, que já passou, mas não deixa de estar ligado a crescimento.
    Será que isto é quebrar contrato também..? Matéria da FSP hoje. Um faz M, outro tem que consertar. Bom, agora quem sabe teremos opção.

    PARANÁ

    Requião gastará R$ 200 mi em estradas para “furar” pedágio
    DA AGÊNCIA FOLHA

    O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), anunciou ontem que vai investir R$ 200 milhões em rodovias sem pedágio no Estado. O “Estradas da Liberdade” tem a intenção de criar até 2010 cinco corredores alternativos a estradas onde há pedágio. O plano era uma promessa feita na última campanha eleitoral.
    Um dos eixos, entre Curitiba e Londrina, faria com que o motorista evitasse quatro praças de cobrança na estrada convencional. Outro corredor vai ligar a capital paranaense a Foz do Iguaçu, desviando de rodovias onde o pagamento é obrigatório.
    O secretário estadual de Transportes, Rogério Tizzot, argumenta que o pedágio no Paraná foi mal concebido. Para ele, a cobrança prejudica a economia. “A contribuição embutida no preço do combustível [Cide] é o melhor pedágio.” Ninguém foi encontrado na Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias ontem para comentar o tema.

  9. Caro Nassif:

    Eu sou fã de
    Caro Nassif:

    Eu sou fã de carteirinha de suas planilhas. O caminho é por aí, só ficou faltando um cálculo anterior, do efeito-substituição na alocação dos investimentos privados considerando a taxa Selic e a Taxa Interna de Retorno dos projetos do PAC.

    Não custa lembrar que a análise crua dos números pode levar a sérios enganos. Por exemplo, mesmo com a perspectiva de lucrar cobrando juros de 27% a 60% a.a. (bem acima da taxa Selic), os bancos comerciais não se interessaram pelo microcrédito.

    O cálculo mais factível é o que considera as externalidades positivas de cada projeto, o efeito multiplicador na economia, as possibilidades de alavancagem.

    Por exemplo, investir numa ferrovia, mesmo que eventualmente renda menos que a taxa Selic, pode ser interessante porque permite um escoamento mais ágil de safras agrícolas. Para uma trading que trabalha com o comércio de grãos, valeria a pena investir nesse setor para incrementar suas receitas. A “perda” num lado seria mais do que compensada pelo ganho em outro.

    Sei que é trabalhoso, mas vale a pena criar uma planilha para cada projeto para poder montar uma planilha agregada para o PAC. A partir daí, você poderia modificar as variáveis numa determinada planilha para verificar qual seria o efeito geral no programa.

    Definidos os investimentos mais impactantes no resultado geral do PAC, o BNDES e outras agências de fomento poderiam entrar com ainda mais recursos para estimulá-los, incrementando o PIB e reduzindo o peso da dívida.

  10. O problema é que não há
    O problema é que não há preparo técnico para diferenciar trabalhos consistentes, muito menos inovadores, dos repetidores de clichês. Porque o espaço para o Maílson, paa o Schwartsman, para o Gianetti? Porque falam hoje o que falaram ontem e antes de ontem. Então não há risco em publicar o que dizem. Como a discussão ficou ideológica, desde que a conclusão seja a que se quer, tanto faz as premissas.

  11. Se a inflação ficasse em 5%
    Se a inflação ficasse em 5% este ano e 5,5% nos anos seguintes, só por esse efeito a relação dívida/PIB cairia para 38%.

  12. Estamos aqui defendendo a boa
    Estamos aqui defendendo a boa contabilidade aplicada pela ENRON e WORLDCOM pelo jeito.
    Ou seja, o INSS recebe menos contribuição, por não receber a parcela empresarial, e passa a pagar mais benefícios, aos que antes eram informais, então como isto não deve ser encarado como deficit?
    Se ao final a união deve transferir os outros impostos para fechar a conta do INSS, então efetivamente tivemos um deficit. A contabilidade da previdência deve ser considerada como deficitária, ou vamos passar a maquear o balanço para agradar os economistas?

  13. Nassif, quais os motivos que
    Nassif, quais os motivos que o governo federal tem para mantes a atual diretoria do BC sabendo que eles nao trabalham pelo desenvolvimento do país? O governo poderia trocá-los? Se sim, por que não os troca?

  14. Caro Nassif,

    Achei a
    Caro Nassif,

    Achei a planilha muito simplória. É só um jogo entre as variáveis macroeconômicas tendo como finalidade… bom…, hein?, O que? O objetivo é baixar a relação dívida pública/PIB? Este é o objetivo da política econômica do Brasil? Mas para isto deveria ter sido aceita a idéia do autista Mangabeira Unger de renegociar a dívida, ou, melhor, de simplesmente não pagar 75% dela, como fez e saiu-se muito bem o Kirchner na Argentina, sem necessidade de PAC, com aumento imediato de produção, empregos, renda! Francamente, Nassif, o objetivo de Lula é reduzir a dívida pública em relação ao PIB? Vários países têm dívidas muito maiores e crescem muito mais, não é verdade? Por outro lado, vamos falar sério, para variar: é sim necessário o governo fazer várias reformas para fazer superávit. Reduzir despesas públicas é essencial (caramba o setor público não investe quase nada), equacionar essa questão da previdência é essencial – quer se mudem ou não os critérios de contabilização – fazer a reforma trabalhista é essencial para gerar mais empregos, fazer a reforma política é essencial para várias coisas mas do ponto de vista econômico seria para tentar aplacar a corrupção endêmica e talvez despolitizar a administração pública. Fazer funcionar melhor os marcos regulatórios é essencial para a credibilidade junto aos investidores, fazer uma reforma na educação é essencial (gasta-se muito e temos os alunos mais medíocres do mundo), melhorar o atendimento do SUS é essencial (um dia você precisa falar no Blog da privatização a que o Sus está submetido, com ONG de todo lado e interesses escusos os mais diversos) e logicamente passar a limpo a segurança pública, que funciona mal e porcamente (nunca usei adverbios tão bem colocados). Acho que o PAC não é excludente das reformas, mas o objetivo da planilhinha deveria ser incremento do investimento público, não a relação dívida pública/PIB. Empresta ao governo quem quer, ninguém obriga. Em outras palavras emprestam ao governo porque é excelente negócio e quem está metido num excelente negócio evidentemente vai lutar com unhas e dentes para permanecer nele. Pobres banqueiros, há uma planilhinha no seu caminho. O problema é a maldita pressa que obriga a gente a nem ler o que se escreve. Sai essa m… que escrevi. Abraços.

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