A venda do Hopi Hari

Primeiro leia a pesquisa Google (clique aqui). Encontrará um enorme conjunto de matérias sobre a venda da Hopi-Hari. O que demonstra trabalho intenso de assessoria de imprensa.

O teor da nota:

“No cardápio da GP Investimentos desde 1995, o parque de diversões Hopi Hari deve finalmente mudar de mãos. Ontem, a Íntegra – consultoria especializada em reestruturação de empresas em sérias dificuldades financeiras – assinou uma carta de intenções para assumir o controle da companhia. O acordo, previsto para sair em até três meses, só será concluído se os bancos credores aceitarem a renegociação da dívida, que hoje está entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões, segundo fontes próximas à companhia, cerca de sete vezes o faturamento anual do Hopi Hari.

Para levar o parque de diversões, a Íntegra colocou como condição que haja um grande abatimento na dívida. Hoje, o principal credor do parque é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Quando a consultoria assumiu a tarefa de renegociar a dívida da Parmalat, conseguiu um desconto de 80%. No caso do Hopi Hari, o saldo final deve ser proporcional à capacidade de geração de caixa da companhia. A dívida, como está hoje, inviabiliza o futuro do negócio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A consultoria é de Nelson Bastos, Para que o projeto dê certo, o BNDES terá que dar  enorme desconto. Bastos participou do processo de reestruturação da Parmalat. Conseguiu incluir a empresa no processo de recuperação judicial e arrancou deságios enormes dos credores. Competia a ele o trabalho de definir o novo controlador. Acabou passando para um grupo de aventureiros que, em pouco tempo, fez um enorme IPO e quebrou a empresa.

É bom ficar de olho aberto nessa operação. Apesar de algumas iniciativas de muito competência – como o site Submarino e a ALL – o GP Investimentos participa de operações nebulosas, como a compra suspeitíssima da Cemar (Centrais Elétricas do Maranhão), com apoio da Eletrobrás, durante o primeiro governo Lula.

Luis Nassif

24 Comentários

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  1. E tem mais uma coisa…

    Que
    E tem mais uma coisa…

    Que p. é essa de reduzir a dívida SE ELA PODE SER SIMPLESMENTE SUSPENSA, ATÉ O NOVO INVESTIDOR CONSEGUIR UM RETORNO MÍNIMO ?

    Bela negociação hein… Estamos t..dos f…didos com esses ladrões… E a empresica da família recolhendo dez paus no super simples todo mês..

    É foda…

  2. Se assim, deixa quebrar
    Se assim, deixa quebrar !!!!

    Porque sermos chamados pra colaborarmos (na figura do BNDES) no perdão e no saneamento dos prejuízos e dos negócios (ou administrações) mal feitos …se não o seríamos caso aquela brincadeira desse lucro

    …fora que aquilo (ANTRO DE IMPORTADORES) sequer desenvolvem algum trabalho socialmente digno de importância ou registro …mesmo pra quela região

    Pra mim R$ 600 mangos é muita grana pra ser levada na diversão

    olha o nome dos acionistas que querem socializar suas INCOMPETÊNCIAS:

    O parque tem como acionistas principais a GP (44,5%) e os fundos de pensão Previ (10%), Fundação Atlântico, do Grupo Oi (13,2%), Funcef, da Caixa Econômica Federal (10,91%), e Petros, da Petrobrás (9,88%).

  3. Qual é mesmo o interesse do
    Qual é mesmo o interesse do país em manter um parque como o Hopi Hari aberto ?? O BNDES deve simplesmente cobrar a dívida e pronto.

  4. Nassif, se é para o BNDES dar
    Nassif, se é para o BNDES dar um enorme desconto, a fim de viabilizar o salvamento, não seria mais lógico que o banco assuma, de uma vez, o controle do Hopi Hari?? Daí, se promove um saneamento da empresa e, depois, vende-se a mesma para o setor privado, recuperando, mesmo que parcialmente, o que se gastou neste processo.

    Mas cobrando aporte adicional de capital dos atuais acionistas.

  5. Em tempo: ainda bem que o
    Em tempo: ainda bem que o Parque da Xuxa, em Itanhaém, nem foi montado, em razão de problemas com a Secretaria do Meio ambiente. Do contrário talvez tivéssemos mais um parque em dificuldades financeiras.

  6. Como e que pode um parque de
    Como e que pode um parque de diversoes entrar em dificuldade financeira? Ninguem gosta de se divertir?

    Nao, o problema e que os nossos “estrategistas” querem “focar” os melhores, leia mais ricos, consumidores. Se este parque estivesse nos EUA haveriam milhares de onibus trazendo o pessoal de Sao Paulo ou Camoinas pro Parque, gratuitamente.

    Parques Tematicos dao din din no mundo inteiro, exceto em epocas de crises, o problema e que nao sabem fazer as coisas direito. Em turismo o Brasil e ruim de mais mesmo. Nao me espanta que estejam tendo prejuizo la naquele Resort na Bahia. Da pra imaginar isto, um Resort na Bahia dando prejuizo. Este setor do turismo so nao e pior que o comercio varejista.

    A proposito da GP, a Cemar foi elogiada na Exame como um primor de gestao.

  7. No final dessas brincadeiras
    No final dessas brincadeiras de mauricinhos, a fatura sempre sobra para a sociedade prasileira. É brincadeira?

  8. Quem serão os
    Quem serão os competentíssimos lobistas que conseguiram convencer administradores de fundos de pensão de empresas com capital do governo a investir em conjunto 30% do valor das ações de um parque de diversão?

    Visto que a Fundação Atlântico (parenta do Atlântico FIDC que anda atenazando pessoas no país inteiro com cobranças de dívidas verdadeiras ou falsas de contas telefônicas velhas) é também sócia do Hopi Hari, presumo que a mágica da inserção dos fundos nesse negócio teve o dedo de Daniel Dantas quando mandava e desmandava no pedaço, por obra dos prepostos de FHC.

    A GP (dona de 44% do Hopi Hari) é de quem? A wikipédia diz que ela é um fundo de private equity de Jorge Paulo Lehman, Marcel Telles e Carlos Sicupira.

  9. O Hopi Hari é um belo parque.
    O Hopi Hari é um belo parque. Porém, logisticamente inviável, pelo menos no curto prazo. Em várias Disneys do mundo, há acesso por trem, com estações na entrada dos parques.

  10. O BNDES deveria executar a
    O BNDES deveria executar a dívida dos controladores, que cantam por ai serem os mais ricos do Brasil. Na hora de pagar a incompretência da GP, sobre para o BNDES e para os Fundos de Pensão.

  11. Caro Luís Nassif
    A
    Caro Luís Nassif
    A nomencklatura sindicalista, que foi extremamente favorecida quando das privatizações do governo FHC, querem espetar mais essa conta nas costas do trabalhador brasileiro, via BNDES.
    Xô! gafanhoto!

  12. Peralá. 80% de desconto???
    Peralá. 80% de desconto??? Isso realmente é a parte nebulosa da estória. É difícil acreditar que seja factível um desconto desses sem que haja alguma manobra obscura envolvida.

  13. O Hopi Hari partiu de uma
    O Hopi Hari partiu de uma premissa de arrogancia dos GPs e similares. Acreditavam que o que dá certo nos EUA tambem tem que dar no Brasil. Os parques temáticos que existem em grande quantidade nos EUA (e não só na Florida) são carissimos pelos padrões de nossa renda per capita (em Orlando na base de 80 dolares por dia por pessoa) mas são populares nos EUA porque cabem no nolso do trabalhador. Aqui não. Só a classe média poderia pagar o alto custo do ingresso e das comidas e bebidas lá dentro. Mas esse lazer é muito brega para a classe média. Então fica o seguinte : a classe C brasileira não pode pagar os ingressos e a classe média acha que tem coisa melhor a fazer com o dinheiro. O Brasil tem uma cultura de praia que não tem nos EUA. O lazer preferencial é a praia ou a chácara, não é um parque temático caro.
    Não pesquisaram o mercado antes de investir? Nem o Hopi Hari, nem o Terra Encantada parece que sacaram a monumental diferença de renda e de cultura de lazer entre EUA e Brasil. Só podia dar errado e deu.

  14. Ih.. Primeiro foi o caso
    Ih.. Primeiro foi o caso Madoff, agora o Hopi Hari… é a jóia perdendo o brilho?

    Você se esqueceu de citar a jóia da coroa do grup GP: a AmBev/InBev, que deve ter dívidas gigantescas, decorrentes da compra da Anheuser-Bush(vulgo Bud).

    MEDO, muito MEDO….

  15. pura fantasia!

    eh tanta
    pura fantasia!

    eh tanta fantasia que eu – perdoe a ignorancia – fui no site da empresa, li um monte de coisas sobre as fantasias do tal parque(!) mas nao sei onde fica!!!
    Eh em sao paulo?
    nordeste?
    mexico?
    eua?

    (se eu quisesse ir eu iria, claro, pesquisaria, perguntaria, telefonaria, mas eles poderiam facilitar mais, nao eh?)

    acho que eles tiraram zero em geografia na escola…

    ou querem atingir uma elite, como disse um dos comentaristas…deu no deu?

  16. Temos o exemplo do Beto
    Temos o exemplo do Beto Carreiro. Parece, até informação contrária, que parques temáticos são viáveis no Brasil também. Para o GP et Cia., era só mais um negocinho qualquer. Para ganharem dinheiro fácil. Quando se viu que o patinho é feio, que dá trabalho, ninguém quis meter a mão.
    Agora passam para um especialista em salvar empresas. O BNDES dá um descontão, o cara fica com o parque por um preço bem baixo, enxuga a operação e vende o que sobrar. Mais puro capitalismo. E nem precisa mudar o Plano Geral de Outorgas, como em casos semelhantes.
    Viva Brasil!

  17. Conheco de perto a
    Conheco de perto a operacao,…
    neste ultimo ano o presidente do parque deu a ordem de despencar o faturamento (incrivel nao e ) o parque abre so de sexta,sabado,domingo onde ja se viu….. seg,terc,quart,quinta, fechado. isto devendo e tendo que faturar.
    Bom ta esplicado , a divida a ser negociada e compativel com o faturamento ,nao e isto que eles falaram. ( vamos despencar o faturamento ,desvalorizar o parque ,renegociar com todos ) ai abriremos igual ao Beto Carreiro de (segunda a domingo).
    Nada que um parque ter cara como o Beto Carreiro ou Walt Disney agora o hopi tem cara de BNDS fazer o que….

  18. O maior problema foi no
    O maior problema foi no inicio, confiaram na valorização da moeda, na economia do Brasil, e antes mesmo de abrirem o parque ouve uma crise financeira, o parque foi projetado para classe “A”, fica no meio do nada, e a sonhada “Disney World Brasileira” tem sido um péssimo negócio…

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